Translate this Page

Rating: 2.9/5 (1469 votos)



ONLINE
26




Partilhe esta Página

 

 

<

Flag Counter

mmmmmmmmmmm


// ]]>

how to watch super bowl 2021 for free

lições CPAD movimento Pentecostal 2 trim-2011
lições CPAD movimento Pentecostal 2 trim-2011

                                                                   Lições Bíblicas CPAD

                                               Jovens e Adultos 

                                          2º Trimestre de 2011

 

Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé

Comentarista: Elienai Cabral

Lição 1: Quem é o Espírito Santo

Data: 03 de Abril de 2011 

TEXTO ÁUREO 

E eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16).

 VERDADE PRÁTICA

 

O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Trindade Santíssima e, à semelhança do Pai e do Filho, é Deus.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Gn 1.2,26

O Espírito Santo na criação

 

 

 

Terça - Gn 41.38,39

O Espírito Santo na era patriarcal

 

 

 

Quarta - Jz 3.10; 6.34

O Espírito Santo no tempo dos juízes

 

 

 

Quinta - Jo 14.16,17

O Espírito Santo como a promessa do Pai à Igreja

 

 

 

Sexta - Jl 2.28,29

O Espírito Santo e a promessa no AT de sua efusão

 

 

 

Sábado - At 2.1-4

O Espírito Santo no Pentecostes

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

João 14.16,17,26; 16.13-15.

 

João 14

16 - E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,

17 - o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece: mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.

26 - Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.

 

João 16

13 - Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.

14 - Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.

15 - Tudo quanto o Pai tem é meu: por isso, vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.

 

INTERAÇÃO

 

Caro professor, inicie a primeira aula deste trimestre explicando aos alunos que vamos estudar a respeito dos fundamentos da fé pentecostal. Diga que o Movimento Pentecostal teve sua origem no Dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo foi derramado sobre a Igreja (At 2.2). Desde então a chama do Espírito Santo tem se mantido acesa nos corações de muitos crentes ao longo dos anos. Ela chegou ao Brasil com os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren. Não podemos deixar que esta chama se apague!

Fale também a respeito do comentarista, Pr. Elienai Cabral — conferencista e autor de várias obras publicadas pela CPAD, membro do Conselho Administrativo da CPAD, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e também da Casa de Letras Emílio Conde. Que Deus abençoe ricamente a sua vida e a de seus alunos.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Conhecer os principais pontos da doutrina bíblica do Espírito Santo.
  • Explicar o que é a aseidade do Santo Espírito.
  • Saber que o Espírito Santo tem personalidade.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Professor, reproduza o esquema abaixo para introduzir o tópico l. Faca a exposição panorâmica da doutrina do Espírito Santo, informando suas principais atribuições no tempo atual. Explique que o Espírito Santo é um Ser pessoal que busca relacionar-se com o homem. No desenvolvimento deste relacionamento, o Espírito Santo protagoniza o papel de condutor da Igreja. Sob Sua direção, a Igreja caminha na “estrada” da Graça de Deus buscando ser a principal testemunha de Jesus Cristo de Nazaré. Boa Aula!

 

A PESSOA E A OBRA DO ESPÍRITO SANTO

 

Quem é o Espírito Santo?

       O Espírito Santo é o agente da salvação.

       O Espírito Santo é o agente da santificação.

       O Espírito Santo reveste os crentes para o serviço do Senhor.

       O Espírito implanta os crentes no corpo místico de Cristo, que é sua Igreja.

 

Seu trabalho

       Ele convence, faz nascer de novo e habita no crente (Jo 16.7-11; 3.3-6; 14.16,17).

       Ele influencia, purifica e liberta (Rm 8.8-11: 2 Ts 2.13-17: Rm 8.1-4).

       Ele capacita para o testemunho (At 1.8; Jo 1.12,33).

       Ele edifica, inspira para adoração e envia (Ef 2.20-22; Fp 3.3; At 13.2-4).

 

“|...| O Espírito de Deus nos guia para a revelação da verdade se nós assim o permitirmos. Se tivermos o desejo de dar frutos, então devemos deixá-lo que nos guie porque Ele nos conduzirá até a verdade. Se deixarmos o Espírito ser o nosso consolador e guia, isso nos ajudará quando estivermos passando pelos momentos difíceis de nossas vidas” (Moody).

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Palavra Chave

Espírito Santo: [Do heb. Ruah Kadosh; do gr. Hagios Peneumathos] Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. É um ser dotado de personalidade e vontade própria.

 

No ano do Centenário das Assembleias de Deus no Brasil, por-nos-emos a estudar, uma vez mais, os fundamentos da fé pentecostal. Abriremos esta série de estudos, tratando sobre o Espírito Santo a Terceira Pessoa da Trindade, o divino Consolador. Nesta lição, você conhecerá mais a respeito do Consolador: sua deidade, personalidade, operações e manifestações. Quanto mais conhecermos o Espírito Santo, com temor de Deus e santidade, mais íntimos nos tornaremos dEle, e melhor compreenderemos a obra realizada por Ele.

 

I. A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO

 

1. A doutrina do Espírito Santo. A pneumatologia é o estudo da pessoa, obra e ministério do Espírito Santo. O termo vem de pneuma (gr. “ar”, “vento”, “espírito”), cognato do verbo pnéo, “respirar”, “soprar”, “inspirar”.

Há teólogos, frios na fé, modernistas e irreverentes que, menosprezando o Espírito Santo, afirmam que Ele é tão somente uma força, ou poder, que emana de Deus. Todavia, o Consolador é a Terceira Pessoa da Trindade. Sim. Ele é uma pessoa em toda a sua plenitude, pois ensina, guia, consola e fala (Jo 14.26; 16.13; At 21.11). Como pessoa, o Espírito Santo chama-se a Si mesmo “Eu” (At 10.19.20).

2. O Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. O Espírito Santo está presente em toda a Bíblia. Na criação, no planejamento e na construção do universo (Gn 1.2; Sl 104.30). Ele também atuou na formação do homem (Jó 33.4). E agiu por intermédio dos juízes, reis, sacerdotes e profetas (2 Sm 23.2; Mq 3.8).

O Espírito Santo fez-se presente, ainda, no nascimento e na vida terrena de Jesus (Lc 1.35; 4.1) . Ele Inspirou, capacitou e guiou os autores do Novo Testamento a registrar, fidedignamente, os principais episódios do ministério de Cristo (Lc 1.1-4; Jo 21.25). Sua atuação em Atos dos Apóstolos é tão marcante, que o livro é conhecido também como os “Atos do Espírito Santo”.

3. O Espírito Santo na atualidade. No Dia de Pentecostes, o Espírito Santo foi derramado sobre a Igreja (At 2.2), enchendo a todos aqueles crentes e batizando-os, tal como prometera o Senhor (Lc 24.49; At 1.5). Após o Pentecostes, os discípulos passaram a pregar e a evangelizar vigorosa e eficazmente, alcançando Israel e as nações gentias sem impedimento algum (At 28.31).

Busquemos o poder do alto; mantenhamos acesa a chama pentecostal.

O autêntico pentecostes leva o crente a evangelizar com poder e dinamismo, a orar e a contribuir para a obra missionária. Precisamos do Espírito atuando poderosamente em nosso meio. Caso contrário, corremos o risco de compactuar com o mundo (Rm 12.2; 1 Jo 2.15). Laodiceia tornou-se intragável, porque havia se tornado espiritualmente morna (Ap 3.15b). Busquemos, pois, o poder do alto, e lancemo-nos à conquista do mundo para Cristo no poder do Espírito Santo (At 1.8).

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

 

A doutrina do Espírito Santo está presente no Antigo e Novo Testamento.

 

 

 

II. A ASEIDADE DO ESPIRITO SANTO

 

I. A aseidade e existência do Espírito Santo. A palavra aseidade advém do latim aseitatis e serve para designar o atributo divino, segundo o qual Deus existe por si próprio. Assim como o Pai e o Filho, o Espírito Santo é auto-existente. Ou seja: não depende de nada fora de si para existir. Ele sempre existiu; é um ser incausado; “não teve princípio de dias, nem fim de existência” (Hb 7.3). De eternidade a eternidade, o Espírito Santo é Deus.

O autor da Epístola aos Hebreus apresenta o Consolador como “o Espírito eterno” (9.14). Ele tem existência própria. Mas isso não significa que esteja separado da Trindade. O Pai, o Filho e o próprio Espírito Santo, embora distintos como pessoas, constituem a mesma essência indivisível e eterna da divindade.

2. Atributos incomunicáveis do Espírito Santo. O Espírito Santo possui todos os atributos divinos. Em primeiro lugar, Ele é imutável. Sua essência e caráter não podem ser alterados. A imutabilidade, por conseguinte, é um atributo que pertence exclusivamente á divindade (Rm 1.23; Hb 1.11).

a) Onipresença. Ele está presente em todos os lugares ao mesmo tempo. Não podemos fugir à sua presença (Sl 139.7). Como ê bom saber que podemos contar com a sua companhia em todo o tempo.

b) Onisciência. O Espírito Santo tudo sabe e tudo conhece. Ele nos sonda e nos prova quanto às intenções de nosso coração (1 Co 2.10). Ninguém pode mentir àquEle que sabe toda a verdade. Lembra-se de Ananias e Safira? Nada escapa ao conhecimento do Espírito Santo. Sua compreensão é infinita. Ele tudo sabe e nada ignora (Sl 139.2.11,13).

c) Onipotência. Ele é Deus. Não há impossíveis para o Espírito Santo. O homem é limitado, mas o Consolador tudo pode fazer. Ele sustenta todas as coisas (Hb 1.3). E o maior milagre que Ele opera no homem ê o do novo nascimento (Jo 3.3).

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

 

Assim como o Pai e o Filho, o Espírito Santo é autoexistente. Os seus atributos incomunicáveis confirmam sua aseidade.

 

 

 

III. A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO

 

1. O Espírito Santo tem personalidade. Você sabe o que é personalidade? De acordo com o pastor Antonio Gilberto, “é o conjunto de atributos de várias categorias que caracterizam uma pessoa”. As Escrituras mostram com clareza e simplicidade que o Espírito Santo é uma pessoa. Suas ações evidenciam esta verdade. Ele ensina (Jo 14.26), testifica (Jo 15.26), guia (Rm 8.14) e intercede por nós (Rm 8.26). Ele possui qualidades intelectivas: “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus” (1 Co 2.10,11). De acordo com Ron Rhodes, a palavra grega para penetrar significa “investigar profundamente”. No versículo 11, a Palavra de Deus afirma que o Espírito Santo “sabe” os pensamentos de Deus.

2. O Espírito Santo tem emoções. “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da redenção” (Ef 4.30). Sim, o Espírito se entristece ante a desobediência consciente, crescente e contínua do homem para com Deus (Is 63.10). E a tristeza é algo que somente uma pessoa pode experimentar. Quando pecamos, entristecemos o divino Consolador que em nós habita. Deixemos de lado, pois, tudo que possa entristecê-lo (Ef 4.25-29).

3. O Espírito Santo tem vontade. “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (1 Co 12.11). O texto bíblico mostra a vontade e a soberania do Espírito Santo. Segundo Ron Rhodes, a palavra grega bouletai, traduzida por “querer”, refere-se à decisão proveniente da vontade, após deliberação prévia, caracterizando o exercício volitivo de uma pessoa.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

 

As ações do Espírito Santo evidenciam que Ele é uma pessoa, a Terceira da Santíssima Trindade.

 

 

 

CONCLUSÃO

 

Precisamos conhecer melhor o Espírito Santo, pela nossa total e continua rendição e comunhão com Ele para entendermos devidamente suas manifestações. Ele não é um mero símbolo ou uma energia celestial. É a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Ele é Deus. Como Igreja de Cristo, mantenhamos a comunhão com o Espírito Santo, o Espírito de santidade e de vida, a fim de preservar os ensinos e os valores bíblicos que fundamentam a fé pentecostal.

 

VOCABULÁRIO

 

Atributo: Aquilo que é próprio de um ser.
Exercício Volitivo: Exercício da vontade.
Fidedigno: Digno de fé.
Intragável: Insuportável.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

HORTON, S. M. A Doutrina do Espírito Santo. 4.ed., RJ: CPAD, 1995.
HORTON, S. M. et all. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed., RJ: CPAD, 2006.
BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed., RJ: CPAD. 2005.

 

EXERCÍCIOS

 

1. O que é pneumatologia?

R. É o estudo da pessoa, obra e ministério do Espírito Santo.

 

2. Cite algumas referências bíblicas que comprovam a atuação do Espírito Santo no Antigo Testamento e em o Novo Testamento.

R. Gn 1.2; Is 40.12-14; Lc 1.35; Jo 21.25.

 

3. Após o Pentecostes, o que os discípulos passaram a fazer?

R. Passaram a pregar e a evangelizar vigorosa e eficazmente, alcançando Israel e as nações gentias sem impedimento algum.

 

4. O que significa a aseidade do Espírito Santo?

R. Assim como o Pai e o Filho, o Espírito Santo é autoexistente, ou seja, não depende de nada fora de si para existir.

 

5. Quais são os principais atributos que caracterizam a personalidade do Espírito Santo?

R. Vontade e emoção.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

 

Subsídio Teológico

 

“O Espírito Santo e Sua Pessoalidade

Tanto explícita como implicitamente, a Bíblia trata o Espírito Santo como uma Pessoa distinta. ‘E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos’ (Rm 8.27). ‘O Espírito penetra todas as coisas’ (1 Co 2.10). Desse modo. Ele age com inteligência e sabedoria (ver Efésios 1.17; Isaías 11.2). Ele tem emoções e pode ser entristecido ou ofendido (magoado, desgostado: Efésios 4.30; Isaías 63.10). Ele reparte dons ‘a cada um como quer’ (1 Co 12.11). Ele guiou a Igreja Primitiva e dirigiu os principais movimentos missionários de forma nítida, específica e pessoal. (Ver Atos 13.2; 16.6). O apóstolo João até usa pronomes pessoais masculinos para indicar a pessoa do Espírito. (A palavra espírito em grego é sempre neutra, e exige, gramaticalmente, pronomes neutros).

Mais importante do que isso, a Bíblia deixa claro que homens e mulheres, os quais foram movidos pelo Espírito Santo, conheciam-no de modo específico e pessoal.

[...] O Espírito Santo fornecia calor, a dinâmica, e a alegria que caracterizavam todo o movimento do Evangelho no primeiro século. Cada parte da vida diária dos crentes, inclusive seu trabalho e sua adoração, era dedicada a Cristo Jesus como Senhor e estava sob a orientação do Espírito Santo” (HORTON, S. M. A Doutrina do Espírito Santo. 5.ed., RJ: CPAD, 1995, pp.8.9).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

 

Subsidio Teológico

 

“Verbalização Inspirada pelo Espírito Santo Antes do Pentecostes

No Antigo Testamento, o Espírito Santo se manifestou em uma variedade de formas. De fato, virtualmente tudo o que o Novo Testamento fala sobre sua obra e seu ministério já foi encontrado, de algum modo, no Antigo Testamento. Mas, no Antigo Testamento, a obra recorrente com mais características do Espírito é aquela de verbalização inspirada. Os livros proféticos, tanto os maiores quanto os menores, são vistos na dedução de que o Espírito inspirou os escritores: ‘Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo’ (2 Pe 1.21). Além disso, houve muitas situações em que as pessoas profetizaram oralmente sob a ação do Espírito. Repetidamente, encontramos relatos de pessoas profetizando quando o Espírito do Senhor veio sobre elas (por exemplo, Nm 11.25.26; 24.2.3; 1 Sm 10.6,10; 19.20.21). A inspiração oral do Espírito para profetizar é o elo que conecta as verbalizações oraculares do Antigo Testamento com: (1) a predição de Joel de que um dia todo o povo de Deus iria profetizar (Jl 2.28,29) e (2) o desejo intenso de Moisés — o próprio Moisés sendo um profeta de que todo o povo de Deus fosse profetizar (Nm 11.29).

À luz de tudo isso, vemos uma conexão clara entre as verbalizações inspiradas pelo Espírito no Antigo Testamento e experiências comparáveis às de pessoas no pré-pentecostes, incidentes neotestamentários registrados em Lucas 1 a 4. Isso traz à compreensão correta de que o conceito de profetizar é focalizado na fonte e não necessariamente inclui um elemento preditivo. Mas esses registros no Evangelho de Lucas antecipam os derramamentos maiores e mais inclusivos do Espírito registrados no livro de Atos. Será instrutivo ver como as experiências de crentes com o Espírito em Atos se relacionam com aquelas de seus predecessores. Essa volta ao Antigo Testamento e Lucas 1 a 4 para uma compreensão do cumprimento da profecia de Joel é indispensável, porque estabelece uma ligação clara entre as experiências dos crentes do Novo Testamento e aquelas dos tempos antigos” (PALMA. A. D. O Batismo no Espírito Santo e com Fogo: Os Fundamentos Bíblicos e a Atualidade da Doutrina Pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 2002, pp.54.55).

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

2º Trimestre de 2011

 

Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé

Comentarista: Elienai Cabral

 

 

 

Lição 2: Nomes e símbolos do Espírito Santo

Data: 10 de Abril de 2011

 

TEXTO ÁUREO

 

E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sofre ele” (Mt 3.16).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A pluralidade dos nomes e símbolos do Espírito Santo revela sua divindade, obra e ministério na vida da Igreja de Cristo.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Jo 16.13

O Espírito Santo guia-nos em toda a verdade

 

 

 

Terça - Jo 16.8

O Espírito Santo convence do pecado

 

 

 

Quarta - Jo 14.26

O Espírito Santo nos ensina todas as coisas

 

 

 

Quinta - Rm 8.26

O Espírito Santo intercede por nós

 

 

 

Sexta - At 1.8

O Espírito Santo confere poder para testemunhar

 

 

 

Sábado - Rm 8.14

O Espírito Santo guia os filhos de Deus

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

João 1.29-33; Romanos 8.9-11,14,15.

 

João 1

29 - No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.

30 - Este é aquele do qual eu disse: após mim vem um homem que foi antes de mim, porque já era primeiro do que eu.

31 - E eu não o conhecia, mas, para que ele fosse manifestado a Israel, vim eu, por isso, batizando com água.

32 - E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba e repousar sobre ele.

33 - E eu não o conhecia, mas o que me mandou batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo.

 

Romanos 8

9 - Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.

10 - E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da Justiça.

11 - E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita.

14 - Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.

15 - Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.

 

INTERAÇÃO

 

O estudo analítico e sistemático da Bíblia Sagrada evidencia a centralidade da obra do Espírito Santo como o agente ativo de Deus atuando na totalidade da criação (Rm 8.18-27). Através dos títulos e símbolos do Santo Espírito, as Escrituras Sagradas revelam a pluralidade de ação que a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade exerce na e através da Igreja. É preciso, porém, que não nos contentemos em apenas conhecê-Lo teoricamente. Precisamos buscar uma experiência real com o Espírito Santo de Deus e valorizarmos devidamente a sua obra, pois Ele é o agente divino que inclui o crente no Corpo de Cristo e confirma a veracidade das Escrituras. Eis o grande segredo de os cristãos entendermos a doutrina do Espírito Santo.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Conhecer a pluralidade dos nomes do Espírito Santo.
  • Definir o que é símbolo bíblico.
  • Saber as representações simbólicas do Espírito Santo.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Prezado professor, reproduza, conforme suas possibilidades, o esquema abaixo. O tópico I trata sobre a pluralidade dos nomes ou títulos do Espírito Santo.

Com o auxílio do esquema, introduza o assunto mostrando os aspectos da consolação, do ensino e da promessa do Espírito Santo. Explique aos seus alunos que a atividade e intervenção do Espírito são para todos os que o buscam perseverantemente. Os verdadeiros discípulos de Cristo serão ensinados, consolados e abençoados por sua promessa. Boa aula!

 

O ESPÍRITO SANTO

 

Como Ensinador

       Ele leva o crente a toda verdade. Ajuda-o na interpretação e compreensão correta da Palavra de Deus dando continuidade a obra iniciada por Cristo no mundo (Mt 10.20; Jo 14.26; 1 Jo 4.1,2).

 

Como Consolador

       A obra do Espírito Santo inclui o seu papel como Espírito da Verdade que habita em nós. Ele ensina todas as coisas e faz lembrar tudo o que Cristo disse, além de consolar-nos (Jo 14.16,26; 15.26).

 

Como Promessa

       Ele é o penhor que garante a nossa herança futura em Cristo Jesus. É a garantia de Deus de que a Igreja é propriedade exclusiva dEle, operando poderosamente no Corpo de Cristo (Ef 1.13,14).

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Palavra Chave

Símbolo: Aquilo que, por princípio de analogia, representa ou substitui outra coisa.

 

O Espírito Santo não é uma força, influência ou poder emanado de Deus. Ele é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Sua atuação na Bíblia é marcante e plena: vai do Gênesis ao Apocalipse. A Palavra de Deus no-lo mostra como uma pessoa que age, decide, guia e cumpre o plano de salvação que o Pai traçou para a humanidade através do sacrifício vicário de seu Unigênito.

Nesta lição, estudaremos os nomes e símbolos do Espírito Santo. Por que este assunto é tão importante? Os nomes e símbolos do Espírito Santo revelam seu caráter e obra. Se quisermos aprender mais a respeito da fé pentecostal, precisamos conhecer melhor o caráter e o ministério do Consolador.

 

I. A PLURALIDADE DOS NOMES DO ESPÍRITO SANTO

 

Os nomes do Espírito Santo estão relacionados à sua obra e caráter. Entre os hebreus, o nome não era utilizado apenas para distinguir as pessoas, mas também para revelar-lhes o caráter e a índole (Gn 25.26). Vejamos, pois, alguns dos nomes do Espírito Santo.

1. Nomes do Espírito Santo relacionados à Trindade. Na Palavra de Deus, há vários nomes que descrevem a deidade do Espírito Santo: Espírito de Deus, Espírito do Senhor, Espírito de Cristo e Espírito de Seu Filho (Gn 1.2; Is 11.2; Gl 4.16; Fp 1.19). Encontramos também nomes que relacionam o Espírito Santo diretamente a Deus e a Jesus: Espírito de Jesus (At 16.7) e Espírito do nosso Deus (1 Co 6.11).

2. O Consolador. Este é um dos nomes mais conhecidos do Espírito Santo. Ao ouvirem o Senhor anunciar a sua ascensão, os discípulos ficaram preocupados. Quem haveria de ajudá-los? O Mestre aquieta-lhes os corações, assegurando-lhes que não ficariam órfãos. Nós também não estamos sós neste mundo que jaz no maligno. Contamos com a doce presença do Espírito Santo. Jesus prometeu aos discípulos: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16). Ele está conosco! Você tem sentido a meiga presença do Consolador?

No grego, a palavra Consolador significa paracleto, e segundo a Bíblia de Estudo Pentecostalparacleto é “alguém chamado a ficar ao lado de outro para ajudar”.

3. O Espírito da Verdade. O Consolador tem como missão revelar a verdade de Deus em Jesus Cristo (Jo 14.6). O Espírito Santo convence o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8), levando-o a crer na única Verdade — Jesus Cristo.

4. Espírito de Graça. Sem o Espírito Santo não há arrependimento. É Ele quem nos convence dos nossos erros. Sem arrependimento verdadeiro, não há salvação pela graça. O Consolador comunica a graça de Deus a nós (Hb 10.29 e Zc 12.10).

5. Espírito de Vida. Sem o Espírito Santo, estaríamos mortos em nossos delitos e pecados (Ef 2.1). Ele operou em nós o novo nascimento e deu-nos nova vida em Cristo (2 Co 5.17).

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

 

O Consolador, o Espírito da Verdade, o Espírito de Graça e Espírito de Vida são expressões que denotam a pluralidade de nomes do Espírito Santo no Texto Sagrado.

 

 

 

II. OS SÍMBOLOS BÍBLICOS

 

1. A Bíblia e os símbolos. A Palavra de Deus é rica em linguagem simbólica. Por isso, precisamos da hermenêutica e da exegese para termos uma compreensão real e correta do texto bíblico. Muitos, por desconhecerem esta linguagem, acabam criando e atribuindo figuras e símbolos impróprios ao Espírito Santo. Para se compreender os símbolos é necessário interpretá-los dentro de seu contexto de origem.

2. Jesus utilizou alguns símbolos. O Mestre utilizou-se dos símbolos para ilustrar verdades espirituais a respeito da sua missão aqui na Terra (Jo 6.35; 8.12; 10.9; 14.6). A própria Bíblia, a Palavra de Deus, é representada por vários símbolos: espada (Hb 4.12), lâmpada (Sl 119.105), alimento (Jó 23.12), leite (1 Pe 2.2) e mel (Sl 19.10).

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

 

O símbolo bíblico é uma figura cuja função é revelar uma verdade moral ou religiosa. Através do símbolo a verdade bíblica é ensinada de modo objetivo.

 

 

 

III. OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO

 

1. Fogo (Lc 3.16). No Antigo Testamento, “o fogo” fazia parte da liturgia hebreia: simbolizava a presença de Deus, a purificação e o juízo divino (Êx 3.2; Sl 50.3; Is 6.1-7). Em Lucas 3.16, o fogo é apresentado como elemento purificador na vida de quem recebe o batismo com o Espírito Santo. O Consolador ajuda-nos a viver em santidade, pois, em nós, efetua a santificação (2 Ts 2.13).

Já regenerados pelo Espírito Santo, tornamos nosso corpo templo do Espírito Santo (1 Co 6.19). Isto significa que todas as nossas ações devem visar a glória de Deus. Ao sermos redimidos do mundo, passamos a pertencer unicamente a Ele. Deixe que o fogo do Espírito queime-lhe toda a impureza, fazendo real a presença de Deus em sua vida.

2. Água, rio e chuva (Jo 7.37,38). A água é vital para a natureza. Sem ela, o ser humano não vive. Deus utiliza-se desse elemento indispensável à existência para mostrar que o Espírito Santo sacia toda a nossa sede espiritual. No plano espiritual, água, rios e chuvas simbolizam o mover do Espírito na vida dos que recebem a Cristo (Jo 4.14).

A renovação que a água produz significa a operação miraculosa do Espírito Santo na vida do homem, produzindo a regeneração e a vivificação espirituais (Tt 3.5). Em Isaías 44.3, o Senhor promete derramar água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca. O profeta falava a respeito do derramamento do Espírito Santo sobre uma geração vindoura. A profecia começou a cumprir-se no dia de Pentecostes e prossegue através do Movimento Pentecostal, o maior avivamento da história da Igreja Cristã.

3. Selo (2 Co 1.21,22; Ef 1.13). Segundo o pastor Antonio Gilberto, “nos tempos bíblicos, o selo era usado para designar a posse de uma pessoa sobre algum objeto ou coisa por ela selada”. O selo indica propriedade, posse. Fomos selados pelo Espírito Santo quando aceitamos a Cristo como nosso único e suficiente Salvador. Hoje, pela fé, somos propriedade particular de Deus. Quando Cristo voltar para buscar a sua Igreja, subiremos com Ele, pois o Senhor virá buscar aqueles que lhe pertencem.

Como podemos ter certeza de que fomos selados? Segundo as Escrituras, o próprio Espírito Santo testifica com o nosso espírito que pertencemos a Deus (Rm 8.16). Não podemos nos esquecer que o Espírito Santo também é o penhor da herança celestial (Ef 1.14), isto é, a garantia de que receberemos a nossa herança, pois somos coerdeiros de Cristo (Rm 8.17a).

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

 

Os símbolos que representam a Pessoa do Espírito Santo, como elementos da natureza, são: Fogo, Água, Rio e Chuva.

 

 

 

CONCLUSÃO

 

Mediante o estudo dos nomes e símbolos do Espírito Santo, aprendemos mais sobre a sua obra e o seu caráter. Quando entregamos nossas vidas a Jesus Cristo, crendo nEle como Salvador pessoal, o Espírito Santo passa habitar em nós. Ele é a nossa garantia de que somos do Senhor. Pertencemos a Deus! Vivamos então de maneira santa, agradando ao Senhor e ao Espírito Santo que habita em nós.

 

VOCABULÁRIO

 

Pluralidade: o maior número, multiplicidade; o geral.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

HORTON, S. M. et alTeologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed., RJ: CPAD, 2006.
ZUCK, R. B. Teologia do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2008.

 

EXERCÍCIOS

 

1. De acordo com a lição, quais são as funções do nome na cultura hebraica?

R. O nome não era utilizado apenas para distinguir as pessoas, porém tinha a função de revelar o caráter e a índole.

 

2. Cite três nomes do Espírito Santo que estão relacionados à Trindade.

R. Espírito do Senhor, Espírito de Cristo e Espírito de Seu Filho.

 

3. O que significa paracleto?

R. É alguém chamado para ficar ao lado de outro para ajudar.

 

4. Segundo a lição, defina símbolo.

R. O símbolo é uma figura ou objeto cuja função é revelar uma verdade moral ou religiosa.

 

5. Cite três símbolos do Espírito Santo.

R. Fogo, Água e Selo.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

 

Subsídio Teológico

 

Espírito Santo: O Consolador e o Penhor da igreja

“Conforme observado no estudo dos títulos [nomes] do Espírito Santo, eles nos oferecem chaves para entendermos a sua pessoa e obra. A obra do Espírito Santo como Consolador inclui o seu papel como Espírito da Verdade que habita em nós (Jo 14.16; 15.26), como Ensinador de todas as coisas, como aquEle que nos fez lembrar tudo o que Cristo tem dito (14.26), como aquEle que dará testemunho de Cristo (15.26) e como aquEle que convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo (16.8). Não se pode subestimar a importância dessas tarefas. O Espírito Santo, dentro em nós, começa a esclarecer as crenças incompletas e errôneas sobre Deus, sua obra, seus propósitos, sua Palavra, o mundo, crenças estas que trazemos conosco ao iniciarmos nosso relacionamento com Deus. Conforme as palavras de Paulo, é uma obra vitalícia, jamais completada neste lado da eternidade (1 Co 13.12). Claro está que a obra do Espírito Santo é mais que nos consolar em nossas tristezas; Ele também nos leva à vitória sobre o pecado e sobre a tristeza. O Espírito Santo habita em nós para completar a transformação que iniciou no momento de nossa salvação. Jesus veio para nos salvar dos nossos pecados, e não dentro deles. Ele veio não somente para nos salvar do inferno no além. Veio também para nos salvar do inferno nesta vida terrestre — o inferno que criamos com os nossos pecados. Jesus trabalha para realizar essa obra por intermédio do Espírito Santo.

[...] É difícil sugerir que um dos títulos [nomes] ou propósitos do Espírito Santo seja mais importante que outro. Tudo que o Espírito faz é vital para o Reino de Deus. Há, no entanto, um propósito, uma função essencial do Espírito Santo, sem a qual tudo quanto se tem dito a respeito dEle até agora não passa de palavras vazias; o Espírito Santo é o penhor que garante nossa futura herança em Cristo. ‘Em quem [Cristo] também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória’ (Ef 1.13,14). Qual a garantia oferecida pela operação do Espírito em nossa vida e na vida da Igreja? ‘Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu; se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus. Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados, não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. Ora, quem para isso mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito’ (2 Co 5.1-5, ver também 2 Co 1.22; Ef 4.30)” (HORTON, S. M. et al. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed., RJ: CPAD, 2006, pp.397,401).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

 

Subsídio Teológico

 

O Espírito Santo: A Mansidão de uma Pomba

“O Espírito Santo desceu sobre Jesus na forma de uma pomba, segundo o relato dos quatro evangelhos. A pomba é arquétipo da mansidão e da paz. O Espírito Santo habita em nós, mas nos liga a si mesmo com amor, em contraste às correntes dos hábitos pecaminosos. Ele é manso e, nas tempestades da vida, produz paz. Mesmo ao lidar com os pecadores, Ele é suave, conforme se vê quando conclama a humanidade à vida, no belo porém tristonho apelo que se encontra em Ezequiel 18.30-32: ‘Vinde e convertei-vos de todas as vossas transgressões, e a iniquidade não vos servirá de tropeço. Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes e criai em vós um coração novo e um espírito novo; pois por que razão morreríeis...? Porque não tomo prazer na morte do que morre, diz o Senhor Jeová; convertei-vos, pois, e vivei’.

Os títulos e símbolos do Espírito Santo são chaves para o entendimento de sua obra em nosso favor” (HORTON, S. M. et al.Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed., RJ: CPAD, 2006, p.389).

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

2º Trimestre de 2011

 

Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé

Comentarista: Elienai Cabral

 

 

 

Lição 3: O que é o batismo com o Espírito Santo

Data: 17 de Abril de 2011

 

TEXTO ÁUREO

 

E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3.11).

 

VERDADE PRÁTICA

 

O batismo com o Espírito Santo é uma experiência subsequente à salvação, concedida por Deus aos seus servos, tornando-os aptos a cumprir a missão de pregar o Evangelho.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Jl 2.28-32

A promessa da efusão do Espírito

 

 

 

Terça - Jo 14.16-18,26

A promessa do Pai Celestial

 

 

 

Quarta - Lc 24.49; At 1.8

A promessa de poder espiritual

 

 

 

Quinta - Ef 5.18

Cheios do Espírito Santo

 

 

 

Sexta - Jo 1.29-33

Jesus é o que batiza com o Espírito Santo

 

 

 

Sábado - At 2.1-4,16-18

O cumprimento do derramamento do Espírito Santo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Atos 2.1-4,7,8.

 

1 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar,

2 - e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.

3 - E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.

4 - E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.

7 - E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando?

8 - Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?

 

INTERAÇÃO

 

Professor, enfatize o fato de que o batismo com o Espírito Santo é uma bênção na vida do crente. Esta dádiva divina é subsequente a experiência da salvação. Todavia, o batismo com o Espírito Santo não pode ser confundido com o novo nascimento, regeneração ou a santificação. Uma pessoa pode ser regenerada, justificada e santificada e ainda não ter recebido o revestimento de poder. Ressalte o fato de que o batismo com o Espírito Santo, com evidência de falar em línguas, não é uma experiência exclusiva dos dias apostólicos, como pregam os cessacionistas. Tal bênção não se restringe a Atos 2, por isso se em sua classe algum aluno ainda não recebeu a promessa pentecostal, incentive-o a buscá-la com dedicação.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Saber o que não é o batismo com o Espírito Santo.
  • Explicar o que é o batismo com o Espírito Santo.
  • Definir glossolalia e xenolalia.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Prezado professor, sugerimos o uso do esquema abaixo para introduzir o tópico II da lição. Reproduza-o no data show, retroprojetor, quadro-de-giz ou tire cópias para os alunos. Utilizando o esquema, mostre à turma o que é o batismo com o Espírito Santo. Explique que muitos crentes na atualidade não conhecem as principais doutrinas pentecostais. Essa é uma boa oportunidade para sanar as dúvidas que os alunos possam ter em relação ao tema da aula. Aproveite a oportunidade e reserve um tempo para que os alunos façam perguntas. Boa aula!

 

 

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Palavra Chave

Batismo: Do gr. baptisma. Significa mergulhar, submergir.

 

O batismo com o Espírito Santo é um tema atualíssimo e imprescindível à Igreja de Cristo. Muitos crentes, até mesmo pentecostais, não receberam ainda a gloriosa e necessária promessa por não compreenderem devidamente o que ela representa na vida do cristão. Neste domingo, aprenderemos o que é o batismo com o Espírito Santo.

Os que ainda não receberam a promessa pentecostal, busquem-na zelosamente. Sim, busque-a com todo o zelo. Jesus quer batizar a todos com o seu Espírito Santo. Comemore o Centenário cheio do Espírito Santo e falando em novas línguas. Eis o que nos garante o Senhor Jesus: “Mas sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1.5b).

 

I. O QUE NÃO É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

 

1. O batismo com o Espírito Santo não é a regeneração espiritual do pecador. Ao longo da história da igreja Cristã, muitas foram as contradições doutrinárias acerca do batismo com o Espírito Santo. Alguns, desprezando até mesmo as evidências bíblicas e históricas da doutrina, alegam que o falar noutras línguas foi um fenômeno circunscrito ao período apostólico.

Outros confundem o batismo com o Espírito Santo com a salvação e a santificação. Eles desconhecem que, na obra regeneradora, o Espírito Santo transmite nova vida ao pecador conforme o texto de 2 Coríntios 5.17: “Quem está em Cristo nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. Mas na experiência do batismo com o Espírito Santo, após a conversão, o crente é revestido com o poder do alto para testemunhar eficazmente de Jesus Cristo. Sabemos que todos os salvos em Cristo têm o Espírito Santo e que o nosso corpo é o seu templo (Jo 20.22; 1 Co 6.19). Mas nem todos os salvos são batizados com o Espírito Santo no momento da conversão. Se você ainda não recebeu a promessa, o momento chegou.

2. O batismo no corpo de Cristo não é o batismo com o Espírito Santo. Muitos não compreendem devidamente o batismo com o Espírito Santo, por não fazerem uma exegese correta de 1 Coríntios 12.13: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito”. Paulo não faz aqui nenhuma referência ao batismo com o Espírito Santo, nem ao batismo em águas. William Menzies, teólogo pentecostal, explica que “nós somos batizados pelo Espírito em Cristo — isso é regeneração, novo nascimento”. Mais adiante, acrescenta: “Nós somos batizados com o Espírito por Cristo — essa é a capacitação para servir e ministrar!”.

3. O batismo com o Espírito Santo não é uma experiência exclusiva dos dias apostólicos. Os cessacionistas negam a atualidade do batismo com o Espírito Santo com a evidência inicial do falar noutras línguas, ensinando que o fenômeno foi um sinal apenas para os dias apostólicos. Todavia, não encontramos nada nas Escrituras Sagradas que prove que o falar em línguas seja uma experiência restrita à Igreja Primitiva. Ao contrário, a Bíblia e a própria experiência demonstram a plena atualidade da promessa (At 2.39; 9.17; 19.1-6).

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

 

O batismo com o Espírito Santo não é: a regeneração, o batismo no corpo de Cristo e, muito menos, uma experiência exclusiva dos dias apostólicos.

 

 

 

II. O QUE É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

 

1. O falar em línguas como sinal do batismo. O Espírito Santo manifestou-se de diferentes maneiras no Antigo Testamento. Em várias ocasiões, homens de Deus profetizaram verbalmente sob a ação do Espírito Santo. Todavia, não há qualquer indício de que alguém tenha experimentado o dom de línguas. Pois o falar em línguas estranhas, seja como sinal, seja como o dom, é uma operação divina encontrada somente a partir de Atos 2. O falar em línguas como sinal do batismo com o Espírito Santo teve o seu início no dia de Pentecostes (At 2.4). Segundo o pastor Antonio Gilberto “é uma imersão do crente no espiritual e sobrenatural de Deus” (At 1.5).

Se no Antigo Testamento a atuação do Espírito Santo era esporádica e reservada a alguns, atualmente todos os crentes podem e devem buscar o batismo com o Espírito Santo e ao mesmo tempo pelo Espírito falar noutras línguas, pois é uma promessa a todos os salvos em Cristo Jesus (At 1.4; 2.38).

2. O dom de variedade de línguas. No batismo com o Espírito Santo, o crente, pelo mesmo Espírito, fala em línguas como sinal e evidência inicial da promessa recebida, isso não significa que ele recebeu o “dom de variedade de línguas”, pois, segundo pastor Antonio Gilberto, “é um milagre linguístico sobrenatural” e “nem todos os crentes batizados com o Espírito Santo recebem este dom (1 Co 12.30)”. Os dons são distribuídos segundo a vontade e o propósito de Deus. Não depende do querer do homem, mas da soberania divina (1 Co 12.11). Cabe a cada crente buscar com zelo os melhores dons (1 Co 12.31). Você deseja receber os dons espirituais? Então, ore, creia e busque com fervor, pois o Senhor irá conceder-lhos.

3. A finalidade do dom de línguas. O propósito primário deste dom não é edificar coletivamente a igreja, mas o crente de forma individual, oferecendo-lhe a oportunidade de ter um relacionamento maior com Deus (1 Co 14.2,4). Contudo, havendo interpretação (1 Co 14.5), as línguas cumprem a mesma função da profecia e edifica toda a congregação.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

 

O falar em línguas e o dom de variedades de línguas evidenciam o batismo com o Espírito Santo. O propósito primário, no uso deste dom, é edificar o crente individualmente.

 

 

 

III. A EXPERIÊNCIA DE ATOS 2

 

1. Glossolalia. No dia de Pentecostes, pessoas oriundas de várias nacionalidades, judeus e prosélitos, estavam reunidas em Jerusalém para a celebração da festa sagrada do Pentecostes (At 2.5). No momento em que o Senhor derramou o seu Espírito (v.15), a área do Templo estava repleta. As línguas estranhas, como sinal, que os discípulos de Jesus falavam chamaram a atenção da multidão deixando-a perplexa com o fenômeno (At 2.6-12). O falar em línguas, a glossolalia, é a manifestação física do enchimento do Espírito Santo. Tal fenômeno não se restringe a Atos 2, pois o encontramos em diferentes passagens (1 Co 12.30; 14.5,6).

2. Xenolalia. Segundo Stanley Horton, xenolalia “é o falar em línguas num idioma conhecido, estranho apenas a quem o fala”. No dia de Pentecostes, os crentes cheios do Espírito Santo falaram num idioma desconhecido para eles, mas, como a cidade de Jerusalém estava repleta de estrangeiros, estes puderam tomar conhecimento da mensagem do Evangelho em sua própria língua. O que vemos em Atos 2 foi uma concessão divina, a fim de que muitos pudessem crer em Jesus e receber a salvação. Foi um sinal para os incrédulos. Foi o batismo com o Espírito Santo acompanhado, simultaneamente, de uma mensagem de salvação. Ainda que raro, este fenômeno repete-se segundo a soberania divina e em momentos em que ele faz-se necessário.

3. Atualidade das manifestações espirituais. O falar em línguas — tanto conhecidas como desconhecidas — quando provenientes do Espírito Santo, edificam o crente, a igreja e servem como sinal para os descrentes. A atualidade dessas manifestações é visível na vida de milhares de servos de Deus na experiência bíblica, durante a história da igreja e nos dias atuais, pois, como disse o apóstolo Pedro, “a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.39).

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

 

Os fenômenos de falar em línguas — tanto conhecidas (xenolalia) como desconhecidas (glossolalia) — quando provenientes do Espírito Santo edificam o crente, a igreja e servem como um sinal para os descrentes.

 

 

 

CONCLUSÃO

 

O batismo com o Espírito Santo não pode ser tratado somente como teoria ou possibilidade remota, mas como algo indispensável do Senhor para o seu povo. Precisa ser uma experiência vital para o crente e para a igreja, pois é um dom divino para os salvos em Jesus. Que venhamos a orar e a buscar o revestimento de poder. Enchei-vos do Espírito.

 

VOCABULÁRIO

 

Cessacionista: Aquele que crê na cessação dos dons do Espírito Santo, ou seja, estes não estão disponíveis para a igreja hoje.
Linguístico: Relativo à linguística ou à língua, ou que tem por base a língua.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

HORTON, S. M. A Doutrina do Espírito Santo. RJ: CPAD, 2001.
MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5.ed., RJ: CPAD, 2005.

 

EXERCÍCIOS

 

1. O que não é o batismo com o Espírito Santo?

R. Batismo com o Espírito Santo não é: regeneração, batismo no corpo de Cristo, ou uma experiência exclusiva dos tempos apostólicos.

 

2. O batismo com o Espírito Santo não é uma experiência exclusiva dos dias apostólicos. Justifique a afirmação com referências bíblicas.

R. A Bíblia e a própria experiência demonstram a plena atualidade dessa promessa (At 2.39; 9.17; 19.1-6).

 

3. Qual é a evidência física do batismo com o Espírito Santo?

R. O falar em línguas.

 

4. Qual a finalidade do dom de línguas?

R. O propósito primário deste dom é edificar o crente de forma individual, oferecendo-lhe a oportunidade de ter um relacionamento maior com Deus.

 

5. Defina glossolalia e xenolalia.

R. Glossolalia é o falar em línguas desconhecidas. Xenolalia é o falar em línguas conhecidas (idiomas humanos).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

 

Subsídio Bibliológico

 

“Outras Línguas

Um só sinal fazia parte do batismo pentecostal. Todos os que foram cheios do Espírito Santo começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Isso quer dizer que faziam uso das suas línguas, dos seus músculos. Falavam. Mas as palavras não brotavam das suas mentes ou do seu pensamento. O Espírito lhes concedia que falassem, e expressavam as palavras com ousadia, em voz alta, e com unção e poder.

Isso é interpretado de várias maneiras. Alguns se detêm no versículo 8 (‘Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?’) e supõem que todos os discípulos falaram em sua língua materna, aramaico, e que se tratava de um milagre de audição ao invés de fala. Mas os dois versículos anteriores são muito claros. Cada um os ouvia falar na sua própria língua, sem o sotaque galileu.

Outros chegam a um meio-termo, e dizem que os discípulos falavam em línguas desconhecidas, que o Espírito Santo interpretava nos ouvidos de cada um dos ouvintes em sua própria língua. Mas Atos 2.6,7 exclui essa interpretação, também. Os 120 falavam em idiomas que foram compreendidos por pessoas de diversas nações. Esse fato testemunhou a universalidade do dom e da unidade da Igreja” (HORTON, S. M. A Doutrina do Espírito Santo. RJ: CPAD, 2001, p.155).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

 

Subsídio Lexicográfico

 

Glossolalia — [Do gr. glosso, língua + lalia, falar em língua]. Dom sobrenatural concedido pelo Espírito Santo, que capacita o crente a fazer enunciados proféticos em línguas que lhe são desconhecidas.

O objetivo da glossolalia é enunciar sobrenatural e extraordinariamente o Evangelho de Cristo, como aconteceu no Dia de Pentecoste (Atos 2); levar o crente a consolar-se no espírito, e a proclamar, com o auxílio do dom da interpretação, o conhecimento e a vontade de Deus à Igreja (1 Co 14).

glossolária, conhecida também como dom de línguas [desconhecidas], é um dom espiritual que, à semelhança dos demais, não ficou circunscrito aos dias dos apóstolos: continua atual e atuante na vida da Igreja” (ANDRADE, C. C. Dicionário Teológico. 6.ed., RJ: CPAD, 1998, p.167).

 

Xenolalia — O falar em línguas num idioma conhecido, estranho apenas a quem o fala.

[...] O interesse generalizado pelo batismo e dons do Espírito Santo convenceu alguns [os evangélicos do século XIX] de que Deus concederia o dom de línguas a fim de equipá-los com idiomas humanos identificáveis (xenolalia) para que pudessem anunciar o Evangelho noutro países, agilizando assim a obra missionária.

[...] Em 1895, o autor e líder do Movimento da Santidade, W. B. Codbey, disse que o ‘dom de línguas’ era ‘destinado a desempenhar um papel de destaque na evangelização do mundo pagão e no cumprimento profético glorioso dos últimos dias. Todos os missionários nos países pagãos deviam buscar e esperar esse dom que os capacitaria a pregar fluentemente no vernáculo’.

[...] Entre os que esperavam o recebimento do poder do Espírito para evangelizar rapidamente o mundo, achava-se o pregador da Santidade, em Kansas, Charles Fox Parham e seus seguidores. Convencido pelos seus próprios estudos de Atos dos Apóstolos, e influenciado por Irwin e Sandford, testemunhou Parham um reavivamento notável na Escola Bíblica Bethel, em Topeka, Kansas, em Janeiro de 1901. A maioria dos alunos, bem como o próprio Parham, regozijaram-se por terem sido batizados no Espírito e de haverem falado noutras línguas (xenolalia). Assim como Deus concedera a plenitude do Espírito Santo aos 120 no Dia do Pentecoste, eles também haviam recebido a promessa (At 2.39).

[...] Depois de 1906, os pentecostais passaram a reconhecer, cada vez mais, que, na maioria das ocorrências do falar em línguas, os cristãos realmente estavam orando em línguas não identificáveis e não em idiomas identificáveis (glossolalia ao invés de xenolalia). Embora Parham mantivesse sua opinião a respeito da finalidade das línguas na pregação transcultural, os pentecostais chegaram finalmente à conclusão: as línguas representavam a oração no Espírito, a intercessão e o louvor” (HORTON, S. M. et all. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed., RJ: CPAD, 2006, pp.15-17,19,20).

 

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

2º Trimestre de 2011

 

Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé

Comentarista: Elienai Cabral

 

 

 

Lição 4: Espírito Santo – Agente capacitador da Obra da Deus

Data: 24 de Abril de 2011

 

TEXTO ÁUREO

 

E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até do que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49).

 

VERDADE PRÁTICA

 

O Espírito Santo ajuda-nos a viver de maneira santa e habilita-nos a realizar, com eficácia, a obra do Senhor Jesus Cristo.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - At 2.37-41

Os resultados do Pentecostes

 

 

 

Terça - At 8.14-17

Os crentes de Samaria recebem o batismo com o Espírito Santo

 

 

 

Quarta - At 11.22-24

O evangelho em Antioquia

 

 

 

Quinta - At 13.1-3

O Espírito Santo e a obra missionária

 

 

 

Sexta - Ef 4.11

O Espírito Santo e os dons ministeriais para a Igreja

 

 

 

Sábado - Mt 28.19,20

A Grande Comissão

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Lucas 24.46-49; Atos 1.4-8.

 

Lucas 24

46 - E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos;

47 - e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.

48 - E dessas coisas sois vós testemunhas.

49 - E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.

 

Atos 1

4 - E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.

5 - Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.

6 - Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?

7 - E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.

8 - Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.

 

INTERAÇÃO

 

Professor, enfatize o fato de que o Espírito Santo nos capacita e habilita-nos a realizar a obra de Deus. Sem Ele não temos condições para cumprir eficazmente a Grande Comissão que nos confiou Jesus. Podemos ver que os discípulos de Jesus antes do batismo com o Espírito Santo eram tímidos e bem temerosos, mas após o revestimento de poder eles tornaram-se ousados e corajosos. Eles saíram por toda parte anunciando a Palavra de Deus. Precisamos do Consolador! Permita que o Espírito Santo controle e guie a sua vida. Siga a orientação de Paulo — “ser cheio do Espírito” (Ef 5.18) e seja um instrumento nas mãos de Deus.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Conhecer a atuação do Espírito Santo na humanidade.
  • Compreender que não podemos viver sem a presença do Espírito Santo.
  • Conscientizar-se de que o Batismo com o Espírito Santo capacita o crente no serviço de Reino.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Prezado professor, para introduzir o tópico II da lição, sugerimos que você reproduza na lousa, em cartolina ou no data show, o esquema abaixo, ou tire cópias. Explique aos alunos que a renovação do Espírito Santo é necessária na vida do crente. Discuta com eles as implicações espirituais de se ter um relacionamento diário com o Espírito Santo. Conscientize-os da necessidade de uma renovação espiritual diária em suas vidas. Conclua, enfatizando que somente cheio do Espírito Santo somos capazes de obedecer à voz do Senhor. Boa aula!

 

 

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Palavra Chave

Capacitação: Ato ou efeito de capacitar, habilitar para alguma função.

 

O Dia de Pentecostes inaugurou uma nova fase no relacionamento do Espírito Santo com a humanidade (At 2). Esse acontecimento também demarcou o início da capacitação sobrenatural — o “revestimento de poder” — para que a Igreja cumpra eficazmente a Grande Comissão que nos confiou o Senhor Jesus (Mt 28.19,20). Na lição de hoje, veremos que o Consolador atua em nossa conversão, auxilia-nos a viver de modo santo e digno e habilita-nos a realizar a obra de Deus.

 

I. O RELACIONAMENTO DO ESPÍRITO SANTO COM A HUMANIDADE

 

1. O Espírito Santo operando em nossas faculdades mentais. O Espírito Santo trabalha no coração e na mente do homem para que este se renda a Cristo, pois é da vontade de Deus que todos, sem exceção, sejam salvos (1 Tm 2.1-4). O Senhor Jesus Cristo ensinou que um dos trabalhos do Espírito Santo é justamente convencer o pecador dos seus erros (Jo 16.8-11), dando-lhe o entendimento necessário para que creia e se arrependa, sendo assim vivificado espiritualmente (Rm 8.1,2).

2. O Espírito Santo operando nos sentimentos e vontades. O convencimento intelectual do homem não é suficiente para levá-lo a receber a Cristo (Mt 7.26,27; Tg 1.21-25). Por isso, na esfera das emoções, é preciso que o pecador seja encorajado pelo Espírito Santo a inclinar-se às coisas espirituais, levando o homem ao arrependimento e a decidir-se por Cristo (Jo 12.42,43). Stanley Horton, teólogo pentecostal, afirma que “esse trabalho do Espírito Santo é chamado de ‘a doutrina da vocação’ ou do ‘chamamento’”. Estejamos certos de algo muito importante: é Deus, mediante o Espírito Santo, quem dá o primeiro passo em direção ao pecador. Todavia, é bom lembrar que Ele não restringe a liberdade do indivíduo e respeita o nosso livre arbítrio (Jo 12.47,48).

3. O Espírito Santo e a adoção. Sem a ação do Espírito Santo, jamais seríamos adotados pelo Pai (Rm 8.15). Adotar significa “pôr como filho”. Após decidir-se pelo Senhor Jesus Cristo, passamos a ser herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo (Rm 8.17). A partir desse momento, inicia-se o processo de falar e agir em conformidade com a Palavra de Deus (Rm 12.2). A boa notícia é que não estamos sozinhos; o Espírito de Deus fortalece-nos e ajuda-nos também nessa nova etapa (Gl 5.16-26).

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

 

O Espírito Santo age nas faculdades mentais, sentimentos e vontades do homem a fim de operar a adoção do Pai.

 

 

 

II. O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO CRENTE

 

1. A presença constante do Espírito Santo. Como acabamos de verificar, mesmo após a conversão, o Espírito Santo continua a trabalhar em nossa vida, aperfeiçoando-nos o caráter, moldando-nos a personalidade e controlando-nos o temperamento. Sem essa presença e companhia constantes, não seria possível ao crente viver de maneira fiel na presença de Deus (Jo 14.16,17; Rm 8.9).

2. O desenvolvimento da relação com o Divino Espírito Santo. Assim como o processo de adoção não termina com o ato em si (na realidade, é neste momento que tudo, de fato, inicia-se), da mesma forma ocorre quando, através da adoção (Rm 8.15), tomamo-nos “filhos de Deus” (Jo 1.12,13). A partir de então, passamos a desfrutar de um relacionamento que deve aprofundar-se e estreitar-se a cada dia (Jo 11.13). Evidentemente, uma das formas mais eficazes de desenvolver um relacionamento é desfrutar da presença da pessoa a quem amamos. Com o Espírito Santo não é diferente, precisamos buscá-lo e desejar-lhe a presença (At 5.32; 7.55; 9.31; 13.2; 2 Tm 1.14).

3. Ser “cheio do Espírito Santo”. Paulo ensina que devemos manter-nos sempre cheios do Espírito Santo (Ef 5.18). Estar “cheio do Espírito Santo” ou “deixar que o Espírito nos encha” significa ser controlado, governado e guiado por Ele (Cl 5.16). Como filhos de Deus, precisamos de uma renovação contínua em nosso ser a fim de que sejamos instrumentos do Altíssimo.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

 

O Espírito Santo trabalha na vida do crente, aperfeiçoando o caráter, moldando a personalidade e controlando o temperamento.

 

 

 

III. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO CAPACITA-NOS A FAZER A OBRA DE DEUS

 

1. Intrepidez para testemunhar. Já aprendemos que o batismo com o Espírito Santo encoraja e fortalece o crente a testemunhar de Cristo, capacitando-o a cumprir a missão máxima da Igreja — a evangelização (At 1.8). Seu propósito não é somente capacitar-nos a falar línguas estranhas, mas preparar-nos para o serviço cristão. Os discípulos de Cristo, após receberem a promessa, saíram ousadamente a pregar a Palavra de Deus (At 4.13). Antes, eram tímidos e temerosos, porém, após o revestimento de poder, passaram a proclamar audaciosamente o Evangelho de Cristo e a realizar sinais, milagres e maravilhas (At 2.14-40; At 3.1-10). Você tem pregado o evangelho com abnegação, amor e poder?

2. Formação de discípulos. Em o Novo Testamento, a palavra discípulo significa “aprendiz” e “seguidor do seu mestre”. Jesus chamou-nos a seguir seus passos. Você tem seguido os passos do Salvador? O próprio Mestre oferece-nos uma condição para que venhamos a ser, de fato, seus discípulos: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.31b,32). O Espírito Santo é quem ajuda-nos a seguir os passos do Mestre, seu exemplo e seus ensinamentos.

Neste ponto, cabe-nos uma reflexão. Todas as atividades desempenhadas pela Igreja são importantes, mas a prioritária é a evangelização e a formação de discípulos (Mt 28.19,20). O progresso de uma igreja não pode ser medido, ou avaliado, apenas por suas atividades filantrópicas, educacionais e materiais. Estas, apesar de importantes, não constituem o principal trabalho da Igreja de Cristo. O progresso de uma igreja, por conseguinte, deve ser mensurado por seu trabalho missionário e evangelístico, juntamente com seus frutos espirituais, como resultado da semeadura da Palavra de Deus (At 6.2; 15.36-41).

3. Chamados para servir. Deus chamou-nos a servir. Muitos, recusando esse chamado, querem apenas ser servidos. As Sagradas Escrituras mostram que Jesus, nosso Mestre e Senhor, foi ungido pelo Espírito Santo para servir (Lc 4.18,19). Certa vez, Jesus declarou: “[...] o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20.28). Se quisermos realmente servir ao Senhor com inteireza de coração, é preciso que sirvamos aos nossos irmãos (1 Jo 3.16-18). Assim agia Jesus, nosso perfeito modelo de líder servidor. Ele viveu para fazer a vontade do Pai e servir a todos (Mc 10.45). Você está disposto a servir ao Mestre? O que você tem feito — pela Igreja e pelas demais pessoas — com os dons e talentos que recebeu do Senhor? Um dia teremos que prestar contas de tudo que recebemos dEle.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

 

O batismo com o Espírito Santo dá intrepidez ao crente para testemunhar, capacitando-o para fazer a obra de Deus.

 

 

 

CONCLUSÃO

 

Fomos chamados para a santificação e o serviço. Sabemos que ainda há muito trabalho a ser feito, por isso precisamos do revestimento de poder que vem do alto. Sem o Espírito Santo não conseguiremos cumprir as demandas e reivindicações da Grande Comissão (Mt 28.19,20; Mc 16.15), pois somente alguém cheio do Espírito Santo é capaz de ouvir, compreender e obedecer à voz do Senhor.

 

VOCABULÁRIO

 

Atividades Filantrópicas: Ajuda aos necessitados.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5.ed., RJ: CPAD, 2005.
PALMA, A. D. O Batismo no Espírito Santo e Com Fogo: Os Fundamentos e a Atualidade da Doutrina Pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 2002.

 

EXERCÍCIOS

 

1. Quem trabalha no coração e na mente do homem para este se render a Cristo?

R. O Espírito Santo.

 

2. Através do Espírito Santo, quem dá o primeiro passo em direção ao pecador?

R. Deus.

 

3. O que significa ser “cheio do Espírito Santo”?

R. Significa ser controlado, governado e guiado por Deus.

 

4. Qual o propósito do batismo com o Espírito Santo?

R. Encorajar e fortalecer o crente para cumprir a missão máxima da Igreja: a evangelização.

 

5. Como podemos avaliar o progresso de uma igreja?

R. O progresso de uma igreja deve ser mensurado por seu trabalho missionário e evangelístico, juntamente com seus frutos espirituais.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

 

Subsídio Eclesiológico

 

“A Obra da Igreja

A Igreja tem tríplice objetivo.

[...] O primeiro objetivo da Igreja é a evangelização do mundo. Da mesma maneira que Jesus Cristo veio para buscar e salvar o perdido, assim também a extensão de seu corpo nesta era, a Igreja, deve compartilhar desse interesse (Mt 18.11).

[...] O segundo objetivo da Igreja é ministrar a Deus, como diz o catecismo de uma grande denominação: ‘A principal e mais elevada finalidade do homem consiste em glorificar a Deus e desfrutar dEle para sempre’ (The Westminster Larger Catechism, Richmond: Presbyterian Comitee of Publication, 1939, pág. 162).

[...] Há um terceiro objetivo da igreja neotestamentária: edificar um corpo de santos (crentes dedicados), nutrindo-os afim de que se conformem à imagem de Cristo. O evangelismo é a conquista de novos convertidos; a adoração é a Igreja voltada para Deus; a nutrição é o desenvolvimento dos novos convertidos em santos maduros. Deus preocupa-se grandemente em que os recém-nascidos cresçam na graça (à base de Ef 4.11-16; cf. 1 Co 12.28; 14.12). Paulo enfatiza repetidamente o anelo de Deus pela maturidade espiritual dos crentes (1 Co 14.12; Ef 4.11-13; Cl 1.28,29)” (MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5.ed., RJ: CPAD, 2005, pp.138,139,143).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

 

Subsídio Histórico-Missiológico

 

“O Poder Para Testemunhar

Nos círculos pentecostais, nenhum aspecto dos propósitos do batismo no Espírito tem recebido mais atenção do que a sua utilização para a evangelização do mundo. Isso é firmemente baseado em Atos 1.8: ‘Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra’. O livro de Atos é um comentário desses dois temas relacionados, que os discípulos receberiam poder quando o Espírito viesse sobre eles e de que eles seriam testemunhas de Jesus por todo o mundo.

Quando Jesus disse aos seus discípulos que eles seriam suas ‘testemunhas’, o pensamento não é tanto que seriam seus representantes, embora isso seja verdade, mas sim que iriam atestar a sua ressurreição. A ideia do testemunho ocorre ao longo do livro de Atos; ela é aplicada geralmente aos discípulos (1.8,22; 2.32; 3.15; 5.32; 10.39,41; 13.31) e especificamente a Estêvão (22.20) e a Paulo (22.15; 26.16).

A evangelização mundial pelos pentecostais, que aconteceu no século XX, é um testemunho da realidade da experiência pentecostal. Infelizmente, alguns historiadores e missiologistas da igreja moderna foram lentos ao reconhecer a tremenda contribuição do movimento pentecostal com relação à propagação do evangelho por todo o mundo. Os pentecostais não podem e não se atrevem a negar a obra maravilhosa e frequentemente sacrificial dos missionários ao longo da história da Igreja, que não experimentaram o batismo no Espírito como compreendido pelos pentecostais. Nós agradecemos a Deus por todos os corpos eclesiásticos e todas as agências missionárias que contribuíram para a empreitada missionária mundial. E como outros assuntos previamente discutidos, a diferença entre esses missionários e os pentecostais está no nível da gradação. Seria irresponsável os pentecostais dizerem que os outros não sabem nada sobre o poder do Espírito.

A associação entre o poder (do grego dunamis) e o Espírito Santo é frequentemente feita no Novo Testamento, onde os dois termos são intercambiáveis (por exemplo, Lc 1.35; 4.14; At 10.38; Rm 15.19; 1 Co 2.4; 1 Ts 1.15). O poder do Espírito Santo concedido aos primeiros discípulos, no entanto, não pode se restrito ao poder para evangelizar” (PALMA, A. D. O Batismo no Espírito Santo e Com Fogo: Os Fundamentos e a Atualidade da Doutrina Pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 2002, pp.86,87).

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

2º Trimestre de 2011

 

Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé

Comentarista: Elienai Cabral

 

 

 

Lição 5: A importância dos Dons Espirituais

Data: 1 de Maio de 2011

 

TEXTO ÁUREO

 

Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (1 Co 12.1).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Os dons espirituais são concessões do Espírito Santo, objetivando expandir, edificar, consolar e exortar a Igreja de Cristo, para que ela cumpra, eficaz e plenamente, a missão que Deus lhe confiou.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Jl 2.28,29

Os dons espirituais preditos

 

 

 

Terça - Lc 24.49; At 1.8

Os dons prometidos por Jesus

 

 

 

Quarta - At 2.1-4

Os dons concedidos a partir do Pentecostes

 

 

 

Quinta - At 14.3; Hb 2.4

Os dons na confirmação do Evangelho

 

 

 

Sexta - 1 Co 12.7; 14.12

Os dons exercidos na edificação da Igreja

 

 

 

Sábado - 1 Co 13.1-3

Os dons espirituais sem amor são ineficazes

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

1 Coríntios 12.1-11.

 

1 - Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.

2 - Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados.

3 - Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema! E ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo.

4 - Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.

5 - E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.

6 - E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.

7 - Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil.

8 - Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;

9 - e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;

10 - e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.

11 - Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.

 

INTERAÇÃO

 

A lição de hoje destaca a importância dos dons espirituais na Igreja de Cristo, bem como o seu significado e propósito. Dom é um presente de Deus que não se recebe por merecimento, mas pela vontade soberana do Senhor. É imprescindível entender que os dons do Espírito são concedidos para a realização da obra do Senhor e não para a glória humana ou usufruto. Por isso, incentive seus alunos a buscarem, em oração, os dons espirituais.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Reconhecer a importância dos dons espirituais para a obra do Senhor.
  • Compreender que os dons espirituais e o fruto do Espírito devem caminhar juntos.
  • Saber os propósitos dos dons espirituais.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Professor, esta aula é ideal para traçarmos um paralelo entre os dons e o Fruto do Espírito. Muitos ostentam dons, mas parecem não possuir uma vida transformada. Este era o caso da igreja de Corinto que possuía todos os dons (1 Co 1.7). Não obstante, faltava-lhe as características mais básicas de um discípulo de Cristo (1 Co 3.1-4). Na atualidade, infelizmente, a situação é bem parecida. Pessoas, muitas vezes, sem compromisso com o evangelho querem com os dons, ou usando uma imitação desses, manipular famílias, ministério, obreiros e até a obra do Senhor em nome de uma espiritualidade “acima da média”. Reproduza o quadro abaixo, conforme suas possibilidades, e explique aos alunos que o Fruto e os dons do Espírito devem caminhar juntos para que a Igreja de Cristo seja edificada e o nome do Senhor seja glorificado.

 

 

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Palavra Chave

Dom: Do latim donum, dádiva, presente.

 

O apóstolo Paulo foi o homem que Deus inspirou para escrever e ensinar a respeito dos dons do Espírito Santo (1 Co 12.1-31; 14.1-40). Muitos pentecostais, hoje, parecem desconhecer por completo a origem bíblica e os propósitos dos dons, bem como a doutrina bíblica em geral sobre eles (1 Co 12.7). Como a ignorância sempre acaba por acarretar prejuízos à Obra de Deus, estudaremos nesta lição a respeito deste tema tão relevante à Igreja de Cristo: Os dons espirituais na Igreja.

 

I. OS DONS ESPIRITUAIS

 

1. O significado da palavra “dom” e o crescimento da Igreja. Na língua grega, a palavra “dom” está no singular —charisma (At 2.38). O termo tem mais de um sentido, pois há dons naturais (habilidades, aptidões e competências inatas), dons ministeriais (Rm 12.7,8) e dons espirituais (1 Co 14.1).

O livro de Atos relata que, na Igreja Primitiva, havia abundante manifestação de dons espirituais, e que estes ajudavam a promover a expansão e o crescimento do Evangelho, apesar de tanta oposição e dificuldades (At 5.12-16).

2. A concessão dos dons espirituais. Os dons espirituais acham-se disponíveis à Igreja de Cristo (At 2.39). Entretanto, não esperemos recebê-los como prêmio por algum serviço prestado a Deus. Sua concessão não depende de méritos pessoais; depende única e exclusivamente da vontade soberana do Espírito Santo (1 Co 12.7). Ele quer que os utilizemos para a edificação, exortação e consolação da Igreja de Cristo, a fim de que esta cumpra a missão redentora que lhe confiou o Senhor (Mt 28.19,20; Mc 16.17-20).

3. A manifestação do dom. De acordo com Stanley Horton, teólogo pentecostal, os dons são como “faculdades da Pessoa divina operando no ser humano”. Ou seja, o Espírito Santo manifesta-se através dos dons espirituais concedidos aos crentes (1 Co 12.7-11). Qual o propósito destas manifestações? Não é para o nosso deleite, ou demonstração de superioridade espiritual, mas para o fortalecimento e santificação da Igreja (1 Co 12.7; 14.12).

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

 

Os dons espirituais são concedidos não por merecimento do crente, mas pela soberania de Deus. Eles são entregues à Igreja para o fortalecimento e santificação do Corpo de Cristo.

 

 

 

II. OS DONS DO ESPÍRITO SANTO E A ESPIRITUALIDADE

 

1. A espiritualidade e os dons. A espiritualidade de um crente não pode ser aferida pela manifestação dos dons espirituais. Pedro corrigiu esse equívoco logo nos primórdios da Igreja, quando o povo maravilhou-se ante a cura do coxo de nascença (At 3.1-11). Disse ele: “Varões israelitas, por que vos maravilhais disto? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem?” (At 3.12). O apóstolo deixou claro que o milagre aconteceu não por seus méritos, mas através da fé em o nome de Jesus Cristo (At 3.16). O milagre é uma autenticação da mensagem do Evangelho para a salvação de vidas, não motivo de espetáculo (At 4.1-31).

Os crentes de Corinto possuíam variados dons espirituais (1 Co 1.7). Todavia, Paulo afirma que eles eram carnais: “Porque ainda sois carnais, pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois, porventura, carnais e não andais segundo os homens?” (1 Co 3.3). Nossa espiritualidade não pode ser avaliada por atos miraculosos, mas mediante o fruto do Espírito, manifesto em nossa vida (Gl 5.22).

2. Os dons espirituais sem o fruto do Espírito. Os dons espirituais e o fruto do Espírito devem caminhar juntos para que a Igreja seja plenamente edificada e o nome do Senhor, glorificado (Ef 2.10). Uma árvore é identificada e conhecida mediante os seus frutos (Lc 6.44). Portanto, só viremos a aferir a espiritualidade de um crente através de suas obras realizadas mediante o fruto do Espírito e não apenas por seus dons espirituais (1 Tm 5.25).

Os dons estão relacionados ao que fazemos para Deus, enquanto que o fruto está relacionado ao que Deus, através do Espírito Santo, realiza em nós, moldando-nos o caráter de acordo com a entrega incondicional do nosso inteiro ser a Ele, e de conformidade com as demandas de sua Palavra. Ser crente implica em se ter uma conduta condizente com a fé que ostentamos (Mt 5.16).

3. Imaturidade espiritual e os dons. No que diz respeito ao uso dos dons, há uma nítida distinção entre uma criança e um adulto na fé. Paulo adverte aos crentes de Éfeso para que não ajam infantilmente (Ef 4.14). Os “meninos na fé” são aqueles que ainda não se desenvolveram espiritualmente e requerem um cuidado especial, pois são mais vulneráveis aos ventos de doutrina.

Tais crentes experimentam tudo o que lhes é oferecido. São facilmente seduzidos por falsos mestres e doutores. Há, ainda, os que além de imaturos são carnais: deixam-se levar por novas ideias, princípios e atitudes sem respaldo bíblico, resultando isso em conduta corrompida. Em nome de uma falsa revelação, distorcem a verdade de acordo com suas conveniências pessoais (2 Tm 4.3,4).

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

 

A espiritualidade do servo de Deus não pode ser avaliada apenas pela manifestação dos dons espirituais em sua vida, e sim pelas obras que o crente realiza como resultado do Fruto do Espírito em sua vida.

 

 

 

III. OS PROPÓSITOS DOS DONS ESPIRITUAIS

 

1. Edificar a Igreja. O que dizer dos que utilizam os dons para fortalecer o seu marketing pessoal? Os dons do Espírito Santo são concedidos para a realização da obra de Deus, expansão de seu Reino e edificação da Igreja de Cristo. A comercialização de coisas santas constitui-se num gravíssimo pecado (At 8.17-21). Muito cuidado, pois, com o que Deus lhe concedeu. Não o utilize para a sua promoção nem para o seu enriquecimento. Lembre-se: nada podemos fazer sem a graça de Deus em nossa vida.

2. Promover a pregação do evangelho. Os dons tomam a pregação do Evangelho mais eficaz, pois confirmam a Palavra de Deus que está sendo proclamada (Hb 2.3,4). Infelizmente, muitos utilizam os dons, principalmente os de curar, para atrair multidões. Enquanto isto, a mensagem que leva o pecador ao arrependimento é deixada de lado. De que adianta ser curado no corpo e ter a alma lançada no inferno?

A pregação verdadeiramente bíblica e pentecostal é centrada em Cristo e na sua morte na cruz. Cremos na cura divina e na operação de maravilhas. No entanto, este é o maior milagre: o novo nascimento que Deus opera no coração do pecador mediante a ação do Espírito Santo. O compromisso do Espírito é com a “palavra da cruz”, “o evangelho da salvação” (Ef 1.13; 1 Co 1.18).

3. O aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.11,12). Os dons contribuem também para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos crentes. Todavia, para que isso aconteça, temos de utilizá-los com sabedoria. Observemos, pois, a recomendação bíblica quanto ao seu uso: “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1 Co 14.40).

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

 

Os dons espirituais foram concedidos a Igreja para promover a pregação do evangelho, a edificação da Igreja e para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos crentes.

 

 

 

CONCLUSÃO

 

Nesta lição, destacamos que Deus deseja conceder dons espirituais aos crentes. Vimos também a importância e o propósito destes. A Igreja, por conseguinte, precisa não apenas ensinar os crentes a usar os dons, mas também incentivá-los a buscá-los.

Você tem buscado com zelo, fervor e oração os dons espirituais? Carecemos deles para que o povo de Deus seja edificado, consolado e fortalecido.

 

VOCABULÁRIO

 

Aferir: Medir

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

SOUZA, E. Â. Os noves Dons do Espírito Santo. RJ: CPAD, 1985.
BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed., RJ: CPAD, 2005.

 

EXERCÍCIOS

 

1. De acordo com a lição, classifique os tipos de dom.

R. Dons naturais, ministeriais e dons espirituais.

 

2. Cite três dons ministeriais (Rm 12.7,8).

R. Ensinar, exortar e repartir.

 

3. Por que os crentes de Corinto foram considerados carnais?

R. Porque ainda havia neles, inveja, contendas e dissensões e andavam segundo os homens.

 

4. Por que os dons espirituais e o fruto devem caminhar juntos?

R. Porque os dons estão relacionados ao que fazemos para Deus, enquanto que o fruto está relacionado ao que Deus, através do Espírito Santo, realiza em nós, moldando-nos o caráter de acordo com a entrega incondicional do nosso inteiro ser a Ele, e de conformidade com as demandas de sua Palavra.

 

5. Quais são os propósitos dos dons espirituais?

R. Edificar o Corpo de Cristo, promover a pregação do Evangelho e o aperfeiçoamento da Igreja.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

 

Subsídio Bibliológico

 

“Paulo, no capítulo 12 de 1 Coríntios, descreve a Igreja como o Corpo de Cristo e afirma que os crentes são membros desse Corpo, com diferentes dons, provindos de Deus pelo Espírito Santo, do mesmo modo como os membros do corpo humano têm diferentes funções para diversos propósitos. Os dons do Espírito são os meios pelos quais os membros do Corpo de Cristo são habilitados e equipados para a realização da obra de Deus. Sem os dons do Espírito, ao invés de a Igreja ser um organismo vivo e poderoso seria apenas mais uma organização humana religiosa.

Cremos que a Igreja da época atual é a Igreja dos últimos dias e a noiva destinada a encontrar-se com Cristo no dia do arrebatamento, para as Bodas do Cordeiro. À luz do Novo Testamento, os últimos dias da Igreja de Cristo na terra serão assinalados pelo maior avivamento espiritual de todos os tempos: ‘Acontecerá que nos último dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne...’ (At 2.17). Em adição, revelam-nos as Escrituras, e também a história da Igreja, que o verdadeiro avivamento se caracteriza pela manifestação abundante dos dons do Espírito, tal como aconteceu nos dias apostólicos e em outros períodos de avivamento espiritual. Paulo referiu-se à vinda de Cristo, associando-a com a manifestação dos dons do Espírito, nestes termos: ‘assim como o testemunho de Cristo tem sido confirmado em vós, de maneira que não vos falte nenhum dom, aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo’ (1 Co 1.6,7)” (SOUZA, E. Â. Os nove Dons do Espírito Santo. RJ: CPAD, 1985, pp.11,12).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

 

Subsídio Teológico

 

Os dons são oferecidos à Igreja

“Convém, portanto, que os dons sejam usados na igreja. Assim, a igreja poderá exercer a sua influência espiritual de modo constante. Todos os dons cabem no trabalho da Igreja (At 5.12-16; 6.7,8; 14.7-10). Alguns acham que, tendo recebido um dom, torna-se mais convenientes exercê-lo em um trabalho particular, isto é, desvinculado da Igreja. A igreja não precisa de nenhum trabalho ‘especializado’ à parte dela, como por exemplo, um trabalho profético, ou de cura, ou de discernimento de espíritos e de revelação. Não, mas todos os dons podem e devem funcionar na Igreja, no seu trabalho normal.

Deus colocou os ministros na direção da Igreja. Os dons são dados aos membros da Igreja, para que sirvam de ajuda como uma confirmação da parte de Deus para a pregação do Evangelho (cf. Mc 16.20). Porém, a direção da igreja continua na mão dos ministros, pois ninguém, por possuir um dom espiritual, torna-se ‘líder da igreja’.

 

Os crentes de hoje devem ser orientados a buscar os dons

Vivemos agora no tempo do derramamento do Espírito Santo (cf. At 2.17). É o tempo de buscar a Deus.

Devemos ensinar sobre a necessidade de buscar dons. Foi isso que o apóstolo Paulo fez (cf. 1 Co 12,1-31). Insistiu para que os crentes não fossem ignorantes acerca dos dons, e os ensinou sobre o valor deles (cf. 1 Co 14.12,39). ‘A fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus’ (Rm 10.17). Os dons enriquecem a igreja (cf. 1 Co 1.5).

Devemos orientar os crentes a buscarem os dons pela oração (cf. Hc 3.1-4; 2 Tm 1.6), Devemos orar buscando os dons conforme a orientação da Bíblia (cf. 1 Co 12.31; 14.1,13,39). Quando o rei Salomão pediu, Deus lhe deu o dom de sabedoria (cf. 1 Rs 3.6-13). Devemos pedir com fé (cf. Tg 1.6; 1 Jo 5.14,15; Mc 11.22-24). Devemos ficar então na expectativa, esperando no Senhor (cf. Sl 27.14; Is 30.18). ‘Ele a nós virá como chuva’ (Os 6.3). E, quando vier, devemos obedecer-lhe (cf. At 5.32)” (BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed., RJ: CPAD, 2005, pp.105,106,109).

 

 

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

2º Trimestre de 2011

 

Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé

Comentarista: Elienai Cabral

 

 

 

Lição 6: Dons que manifestam a Sabedoria de Deus

Data: 8 de Maio de 2011

 

TEXTO ÁUREO

 

Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja” (1 Co 14.12).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Através dos dons da palavra de sabedoria e da ciência, o Espírito Santo capacita-nos a conhecer fatos e circunstâncias que somente Deus conhece.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Is 11.2

O Espírito de sabedoria e inteligência

 

 

 

Terça - Ef 1.17

O espírito de revelação e sabedoria

 

 

 

Quarta - 1 Rs 3.16-28

O conhecimento sobrenatural

 

 

 

Quinta - 2 Rs 6.8-17

Deus revela o oculto

 

 

 

Sexta - 1 Co 12.10

Discernimento de espíritos

 

 

 

Sábado - 1 Jo 4.1-3

Provai os espíritos

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Atos 16.16-24.

 

16 - E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores.

17 - Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo.

18 - E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E, na mesma hora, saiu.

19 - E, vendo seus senhores que a esperança do seu lucro estava perdida, prenderam Paulo e Silas e os levaram à praça, à presença dos magistrados.

20 - E, apresentando-os aos magistrados, disseram: Estes homens, sendo judeus, perturbaram a nossa cidade.

21 - E nos expõem costumes que nos não é lícito receber nem praticar, visto que somos romanos.

22 - E a multidão se levantou unida contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes as vestes, mandaram açoitá-los com varas.

23 - E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança,

24 - o qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior e lhes segurou os pés no tronco.

 

INTERAÇÃO

 

Professor, dando sequência ao estudo acerca da importância dos dons espirituais na Igreja, estudaremos nesta lição a respeito dos dons que manifestam a sabedoria divina: a palavra da sabedoria, a palavra da ciência e o discernimento de espíritos. Enfatize o fato de que a palavra da sabedoria é uma operação sobrenatural do Espírito Santo sobre a mente humana. A palavra da ciência é o dom divino para conhecer os fatos e circunstâncias que se acham oculto (At 5.1-10). Não é conhecimento científico. Já o discernimento de espíritos é uma habilitação sobrenatural para identificar a natureza dos espíritos (divino, humano e maligno). Incentive os alunos a buscarem os dons espirituais, pois vivemos em um mundo corrompido pelo pecado onde as falsificações espirituais e o engano aumentam a cada dia.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Relacionar os dons do Espírito Santo conforme 1 Co 12.8-10.
  • Explicar o que é o dom da palavra de sabedoria, palavra de ciência e discernimento de espíritos.
  • Compreender a importância de estarmos atentos e munidos dos dons espirituais.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Professor, reproduza o esquema abaixo e distribua para os alunos. Ao introduzir o tópico II da lição, fale a respeito dos tipos de sabedorias que influenciam o homem na sociedade hodierna: sabedoria satânica, sabedoria humana e sabedoria divina. Explique que a sabedoria divina não pode ser confundida com o “dom da palavra da sabedoria”, pois esta é uma habilitação sobrenatural do Espírito Santo. Enfatize que todo crente deve buscar sabedoria em Deus através das Escrituras Sagradas. Boa aula!

 

 

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Palavra Chave

Sabedoria: Qualidade de sábio; prudência; sensatez.

 

Abordaremos, nesta lição, os dons que manifestam a sabedoria divina: a palavra da sabedoria, a palavra da ciência e o dom de discernir os espíritos (1 Co 12.8-10). Através desses dons espirituais, a Igreja de Cristo passa a conhecer as coisas de forma sobrenatural. Conforme veremos, tais ferramentas são indispensáveis à igreja, a fim de que esta venha a cumprir integralmente a sua missão.

 

I. OS DONS DO ESPÍRITO SANTO

 

1. Os dons espirituais. Em 1 Coríntios 12.8-10, Paulo apresenta os dons espirituais concedidos pelo Espírito Santo, visando a edificação da Igreja (1 Co 12.7). Neste mesmo texto, o apóstolo esclarece que a diferença mais notável entre os verdadeiros e os falsos dons é a rejeição, ou a aceitação, do senhorio de Cristo (1 Co 12.3). Somente os autênticos servos de Cristo aceitam-no como Salvador e Senhor.

2. Classificação dos dons. Os dons podem ser classificados, para uma melhor compreensão, da seguinte maneira: 1) dons que manifestam a sabedoria de Deus (1 Co 12.8-10); 2) dons que manifestam o poder de Deus (1 Co 12.9,10); e 3) dons que manifestam a mensagem de Deus (1 Co 12.10).

3. A escassez dos dons espirituais. Nunca os dons espirituais fizeram-se tão necessários quanto hoje. Num século de enganos e falsificações espirituais, carecemos das capacitações sobrenaturais provindas do Espírito Santo, a fim de que saibamos diferençar a verdade da mentira. Mas sem a santíssima fé como poderemos receber os dons (Rm 12.6)? As dádivas de Deus só podem ser recebidas pela fé mediante a ação do Espírito Santo (Gl 3.5; Hb 10.38).

Na Igreja Primitiva, onde o temor de Deus e a reverência eram abundantes (At 2.43), os dons espirituais manifestavam-se com regularidade e frequência. A irreverência, a falta de oração e de leitura da Bíblia Sagrada, além de impedirem as legítimas manifestações espirituais, deturpam-nas, gerando confusão e desordem (cf. 1 Co 14).

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

 

Os dons do Espírito Santo podem ser classificados em três categorias: manifestação da sabedoria de Deus; manifestação do poder de Deus e manifestação da mensagem de Deus.

 

 

 

II. A PALAVRA DA SABEDORIA

 

1. A sabedoria satânica. Embora Satanás seja considerado astuto e sábio (Gn 3.1; Ez 28.3-5), ele, como toda a criatura, tem suas limitações. Apesar de sábio, não é onisciente. Todavia, astuto como é, usa de toda a sua sagacidade para induzir o ser humano a fazer-lhe a vontade. Eis porque, precisamos ter muita cautela com os milagres, sinais e maravilhas, pois nem toda manifestação sobrenatural vem de Deus. É por isso que os dons espirituais relacionados à sabedoria divina fazem-se urgentes e necessários à Igreja de Cristo.

2. A sabedoria de Deus. Onisciente e onipresente, a sabedoria de Deus é ilimitada, pois dEle procede todo conhecimento (Pv 2.6). Se Ele é a fonte de todo o saber, por que não lho pedir? Tiago afirma que o Senhor concede sabedoria aos que lhe pedem (Tg 1.5). Essa sabedoria, porém, não deve ser confundida com o dom do Espírito Santo conhecido como a palavra de sabedoria. Ressalvamos que, independente deste dom, deve o crente continuar a crescer na graça e no conhecimento, pois somente assim chegaremos à maturidade cristã (2 Pe 3.18).

3. O dom da palavra de sabedoria. A palavra de sabedoria é o primeiro dos nove dons espirituais mencionados pelo apóstolo Paulo em 1 Coríntios, capítulo 12. Não se trata de habilidade intelectual ou acúmulo de conhecimentos através de estudos e pesquisas; trata-se de uma operação sobrenatural do Espírito Santo sobre a mente humana, tornando-a capaz de resolver problemas tidos como insolúveis (1 Co 12.8).

Salomão, por exemplo, usou a sabedoria divina ao julgar o caso daquelas mulheres que lutavam pela posse de um recém-nascido (1 Rs 3.16-28). Todos os que ouviram a sentença do rei temeram ao Senhor, pois sabiam que sobre o monarca atuara uma sabedoria sobrenatural vinda diretamente de Deus (1 Rs 3.28). Como carecemos desse dom! Muitos problemas, tidos como insolúveis, seriam prontamente resolvidos entre nós, na obra de Deus, em toda sua abrangência.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

 

O dom da palavra de sabedoria é a operação sobrenatural do Espírito Santo na mente humana, objetivando, resolver problemas insolúveis.

 

 

 

III. A PALAVRA DA CIÊNCIA E O DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS

 

1. O dom da palavra da ciência. “[...] e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência” (1 Co 12.8). Paulo não se referia evidentemente ao conhecimento científico que se adquire nas cátedras das universidades; referia-se ele à capacidade sobrenatural concedida diretamente pelo Espírito Santo, que nos habilita a conhecer fatos e circunstâncias que se acham ocultos. Haja vista o ocorrido em Atos 5. Naquele momento, o Espírito Santo revelou a Pedro, através da palavra da ciência, o que Ananias e Safira haviam feito em segredo (At 5.1-10).

2. O discernimento de espíritos. Discernir significa distinguir, estabelecer diferença. O Espírito Santo concede o dom de discernir, a fim de que não sejamos enganados por espíritos e manifestações espirituais que, apesar das aparências, não se originam em Deus, mas em fontes demoníacas e carnais (1 Co 12.10).

Num universo religioso, como o atual, onde há tantas imitações e fingimentos, faz-se urgente essa capacidade sobrenatural que nos concede o Espírito Santo, para sabermos as proveniências dos espíritos. Recomenda-nos o apóstolo João: “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1 Jo 4.1).

3. A importância do dom de discernimento. A vinda de Cristo está mui próxima (1 Jo 2.18). Cumprem-se os sinais que anunciam a volta iminente do Senhor. Haja vista a operação dos falsos doutores e profetas que, usados por Satanás, ostentam uma aparente piedade e operam maravilhas com o objetivo de enganar os escolhidos (Mt 24.24). Por isso, afirma John Stott, “de todos os dons espirituais, um dos que mais devemos desejar é seguramente o de discernimento”. Leia e medite em 2 Timóteo 3.1-9 e 2 Pedro 2.1-3.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

 

O dom da palavra da ciência e o discernimento de espíritos são capacidades sobrenaturais que o Espírito Santo concede, ao crente, para conhecer fatos ocultos.

 

 

 

CONCLUSÃO

 

Os dons que manifestam a sabedoria divina têm por objetivo não permitir que sejamos enganados e caiamos no erro. Satanás é o enganador. Ele mudou suas táticas, porém continua a trabalhar dia e noite para destruir a Igreja do Senhor. Estejamos atentos, munidos dos dons espirituais e revestidos da armadura de Deus contra as astutas ciladas do Diabo (Ef 6.11). Reavivemos, pois, o dom que há em nós (2 Tm 1.6).

 

VOCABULÁRIO

 

Cátedra: Matéria ou disciplina ensinada por um professor.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

HORTON, S. M. I & II Coríntios: Os Problemas da Igreja e suas Soluções. 1.ed., RJ: CPAD, 2003.
HORTON, S. M. et al. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed., RJ: CPAD, 2006.

 

EXERCÍCIOS

 

1. Qual o propósito dos dons?

R. Edificar a Igreja.

 

2. De acordo com a lição, classifique os dons?

R. Dons que manifestam a sabedoria de Deus (1 Co 12.8-10); dons que manifestam o poder de Deus (1 Co 12.9,10); dons que manifestam a mensagem de Deus (1 Co 12.10).

 

3. Defina o dom da palavra de sabedoria.

R. É uma operação sobrenatural do Espírito Santo sobre a mente humana, tornando-a capaz de resolver problemas que parecem não ter solução.

 

4. O que significa discernir?

R. Distinguir, estabelecer diferença.

 

5. Qual a importância do dom de discernimento hoje?

R. Não permitir que sejamos enganados e caiamos no erro.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

 

Subsídio Bíbliológico

 

“Distribuídos pelo Espírito para o que for útil

 

Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil’ (1 Co 12.7).

 

Paulo dá três listas de dons neste capítulo (1 Co 12.8-10,28-30). Cada dom mencionado por ele parece algo que pode ser manifesto em uma diversidade de modos segundo a vontade do Espírito Santo. Alguns supõem que a primeira lista é completa e inclusiva. Mas Paulo não diz: ‘Estes são os dons do Espírito’. Ele simplesmente apresenta a lista, dizendo: ‘Aqui está um dom dado pelo Espírito, eis outro dom dado pelo mesmo Espírito’. Ele está enfatizando que todos os dons vêm do Espírito Santo. Ele é uma pessoa infinita e podemos ter absoluta certeza de que tem uma provisão infinita para atender a cada necessidade.

O Espírito Santo dá manifestações (revelações, meios pelos quais o Espírito Santo se faz conhecer abertamente) para cada crente, mas não para o próprio benefício do indivíduo ou para alguma bênção que a pessoa possa reivindicar para si mesma. Nem Paulo quer dizer que cada crente tem um dom ou é ‘dotado’. O ponto é que todo dom que o Espírito Santo distribui é dado por meio de indivíduos ‘para o que for útil’, para o bem comum, para o bem do corpo local como um todo. Os dons ajudarão a edificar a assembleia local, tanto espiritual quanto numericamente, da mesma maneira que os dons do Espírito Santo o fizeram no livro de Atos” (HORTON, S. M. I & II Coríntios: Os Problemas da Igreja e suas Soluções. 1.ed., RJ: CPAD, 2003, p.113).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

 

Subsídio Teológico

 

“Que é a palavra de conhecimento [ciência]

A palavra do conhecimento não é algo que se aprende através do processo educacional. Nem ainda por conhecimento profundo, adquirido mediante estudo das Escrituras, muito embora seja este um meio eficiente para obtermos conhecimento de Deus. Não é bíblico admitir que um dom sobrenatural tenha o propósito de substituir o estudo sistemático da Palavra de Deus. Seria um erro muito sério presumir tal coisa (Mt 22.29). Por outro lado, temos a lamentar que muitos cristãos se mostram ávidos por ‘revelações’ e extremamente ‘interessados’ por obras escatológicas e negligenciam o estudo da doutrina bíblica, como considerando-a uma terceira ou quarta prioridade. Muitos erros e dolorosas desilusões seriam evitados mediante o conhecimento básico da Bíblia.

O dom da palavra do conhecimento não tem, portanto, o propósito de tomar o lugar devido ao estudo regular da Palavra de Deus. É dado como provimento divino para servir em necessidade espiritual, para ocasiões especiais, como e quando bem parece ao Espírito de Deus.

 

A função do dom de discernimento na Igreja

A Igreja é assediada pelo poder das trevas. O inimigo é propriamente o ‘espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência’ (Ef 2.2). Ele também domina as mentes e os corpos das pessoas incrédulas, suscetíveis à influência de espíritos maus e de demônios. Satanás pode usá-los para atacar e enganar até os obreiros desprovidos de discernimento espiritual.

Todos podemos admitir que há muitas forças espirituais neste mundo perdido. Por isso, somos advertidos a estar alerta quanto à ação delas. O apóstolo João descreve: ‘Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que está já no mundo. Filhinhos, sois de Deus e já os tendes vencido, porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo’ (1 Jo 4.1-3). Neste texto, o apóstolo nos indica um método pelo qual qualquer crente pode identificar um espírito mau. Contudo, nem todas as circunstâncias são apropriadas para este método de identificação. O dom de discernimento de espíritos pode prover-nos dos meios evidentes para em qualquer ocasião detectarmos os espíritos maus, e isto é obra de grande proveito para a causa de Cristo” (SOUZA, E. Â. Os nove dons do Espírito Santo. RJ: CPAD, 1985, pp.37,38,44,45).

 

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

2º Trimestre de 2011

 

Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé

Comentarista: Elienai Cabral

 

 

 

Lição 7: Os dons de poder

Data: 15 de Maio de 2011

 

TEXTO ÁUREO

 

E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia” (At 8.6).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Através da operação de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito Santo, o Senhor Jesus confirma a ação evangelizadora e missionária da Igreja no mundo.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Mt 17.20

O poder mediante a fé e seus resultados

 

 

 

Terça - Lc 7.6-10

O resultado através da fé em Cristo

 

 

 

Quarta - 1 Co 12.9

Os dons da fé, de curas e de maravilhas

 

 

 

Quinta - At 16.27-34

O livramento pelo poder da fé

 

 

 

Sexta - Mc 16.14-18

Sinais que acompanham os que crêem

 

 

 

Sábado - At 28.7-10

Deus cura as enfermidades

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Atos 8.5-8; 1 Coríntios 12.4-10.

 

Atos 8

5 - E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo.

6 - E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia,

7 - pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados.

8 - E havia grande alegria naquela cidade.

 

1 Coríntios 12

4 - Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.

5 - E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.

6 - E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.

7 - Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil.

8 - Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;

9 - e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;

10 - e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.

 

INTERAÇÃO

 

Neste domingo estudaremos a respeito dos dons espirituais de poder. Esses dons foram concedidos à igreja a fim de auxiliá-la na propagação do evangelho, para que o nome do Senhor seja glorificado. Não devemos jamais nos gloriar por termos recebido de Deus qualquer dom. Toda a honra e glória devem ser dadas Àquele que nos dotou de tal bênção. Tanto a Igreja Primitiva como a Assembléia de Deus tem registrado em sua trajetória a manifestação dos dons. Busquemos, pois, incansavelmente os dons que o Senhor prometeu à sua Igreja.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Conhecer os dons de poder.
  • Explicar o que representa cada dom.
  • Saber que os dons são necessários para a edificação do Corpo de Cristo.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

A lição de hoje trata dos dons espirituais de poder. Explique aos alunos que esses dons são concedidos à Igreja para sua edificação, a fim de que possa manifestar o poder divino na Terra. No início da aula, escreva no quadro-de-giz os nomes dos três dons de poder que serão estudados na lição (fé, cura e operação de maravilhas). Solicite aos alunos que falem a respeito desses dons. Aproveite para avaliar o conhecimento que eles têm sobre o assunto. Depois, de acordo com o texto da revista, escreva no quadro-de-giz a definição de cada dom. Conclua enfatizando que os dons jamais devem ser utilizados para a exaltação pessoal.

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Palavra Chave

Poder: [Do grego Kratos]. “Força para fazer a obra de Deus”.

 

Antes de ascender aos céus, o Senhor Jesus prometera aos discípulos revesti-los de poder, a fim de capacitá-los não só a pregar o Evangelho, mas também a operar sinais, prodígios e maravilhas (Mc 16.9-20; At 1.8). Lucas, ao escrever os Atos dos Apóstolos, confirma o que lhes havia prometido Jesus (At 2.43; 8.13; 19.11). A ação evangelizadora e missionária da igreja era acompanhada, de fato, por milagres. Pois o Senhor, através do Espírito Santo, dotou os apóstolos e evangelistas com os dons de poder. Ele quer continuar a confirmar a sua obra por meio de nós, também com operações sobrenaturais.

Nesta lição, estudaremos o dom da fé, os dons de curar e o dom de operar maravilhas. Através destes dons, a Igreja de Cristo habilita-se a realizar o sobrenatural no reino natural, levando os pecadores a receber o Evangelho, e o mundo a reconhecer o poder de Deus.

 

I. O DOM DA FÉ

 

1. Definição. A fé, como dom, tem um caráter distinto da fé salvadora (Ef 2.8) e da fé que, como fruto do Espírito, pode ser interpretada como sinônimo de fidelidade (Gl 5.22). O dom da fé, pois, é concedido para as realizações de proezas em nome do Senhor. O hebraísta pentecostal, Gordon Chown, afirma que o dom da fé “é o equipamento espiritual e sobrenatural do crente, para lhe conceder o poder sobrenatural de confiar em Deus nas ocasiões onde só um milagre glorioso poderia alterar a situação” (Mc 7.24-30). Em outras palavras, é um convite a buscar a intervenção divina para operar o impossível!

2. A distinção entre o dom da fé e a fé natural. O texto sagrado fala literalmente do “dom da fé” ou “fé maravilhosa” (1 Co 12.9). Isso indica que não podemos confundi-la com a “fé natural” que é implícita e inerente ao ser humano. Através da fé natural, o ser humano possui a capacidade necessária para crer na existência de Deus (Rm 1.19,20). Mesmo a pessoa mais ímpia sabe que Deus existe (Tg 2.19). Portanto, é clara a distinção entre o dom da fé e a fé natural.

3. Nem todos possuem o dom da fé. Embora todos os salvos possuam a fé salvadora, nem todos são agraciados com o dom da fé, que é concedido pelo Espírito Santo para o crescimento, desenvolvimento e expansão do Reino de Deus.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

 

O dom da fé é concedido ao crente para que ele realize proezas em nome do Senhor.

 

 

 

II. OS DONS DE CURAR

 

1. Por que “dons de curar”? O fato de as duas palavras no original encontrarem-se no plural significa que o Espírito Santo habilita os que recebem os dons de curar a atuarem na cura sobrenatural das mais diversas enfermidades (1 Co 12.9). O Senhor Jesus, pois, capacita a sua Igreja, através desses dons, a curar todos os tipos de doenças: câncer, AIDS, lepra, paralisia, demência, etc.

2. O propósito dos dons de curar. Os dons de curar manifestam-se como intervenção especial e direta de Deus em favor daquele que sofre. Há dois propósitos básicos em seu exercício. O primeiro é atestar o poder do Evangelho com o objetivo de glorificar a Deus (Lc 5.23-26). E o segundo é amenizar o sofrimento humano, confirmando o amor do Eterno pela humanidade (Mt 9.36; Mc 1.41).

Alguns pregadores, usurpando a glória do Senhor, usam os dons de curar para se autopromover, não demonstrando nenhum respeito pelos que sofrem. Outros, fazendo comércio das coisas sagradas (At 8.17-21), espoliam as igrejas em campanhas que, de Deus, só têm o nome. Descompromissados e vaidosos, valem-se da simplicidade do povo e da omissão dos líderes, e, assim, vão ludibriando os incautos com técnicas psicológicas e hipnóticas como se estivessem sendo usados pelo Espírito Santo.

3. Os dons de curar e a doutrina da salvação. Apesar de a cura divina fazer parte da obra expiatória de Cristo (Is 53.4,5; Mt 8.14-17), devemos entender que a salvação da alma é mais importante do que a cura do corpo. Embora Jesus possa curar todas as enfermidades, não cura a todos os enfermos. Em sua soberania, Ele somente opera de acordo com a sua vontade. Isto não nos isenta, porém, de orar pelos enfermos, nem de insistir na busca dos dons de curar. Além do mais, se nos pusermos a evangelizar e a fazer missões, os sinais nos seguirão e as curas divinas farão parte de nosso cotidiano (Mc 16.15-20).

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

 

Os dons de curar são concedidos à igreja para que os enfermos sejam curados e o nome do Senhor seja glorificado.

 

 

 

III. O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS

 

1. O que é a operação de maravilhas. O dom espiritual da operação de maravilhas é a capacidade sobrenatural que o Senhor Jesus, mediante o Espírito Santo, concede a sua Igreja, a fim de que esta opere sobrenaturalmente no terreno do natural, com o objetivo de demonstrar o poder de Deus e a autenticidade da mensagem evangélica (1 Co 12.10). A expressão “maravilhas” significa que a Igreja de Cristo habilita-se, por este dom e de acordo com a vontade divina, a operar de forma sobrenatural nas mais diversas circunstâncias. Um exemplo desse dom, temos num clássico episódio de Atos dos Apóstolos (At 13.4-12).

2. A atualidade do dom da operação de maravilhas. O livro de Atos confirma a operação desse dom em diversas passagens (Atos 4.16,30; 14.3; 15.12; 28.3-6). Devemos entender, porém, que as maravilhas somente se manifestam de acordo com a fé de quem ministra e dos que ouvem a proclamação da Palavra. A incredulidade impede a manifestação dos dons espirituais (Mt 13.58).

No Centenário das Assembléias de Deus no Brasil, é fundamental que nos conscientizemos de que Deus não mudou. Ele continua a operar o impossível e a realizar o sobrenatural. O dom de operar maravilhas, por conseguinte, é tão atual hoje como nos dias da Igreja Primitiva.

3. A importância desse dom para a Igreja. A operação de maravilhas traz o sobrenatural de Deus ao mundo natural dos homens. É o Espírito Santo manifestando a glória de Deus, para que Ele seja louvado e enaltecido e para que o seu Reino expanda-se até aos confins da terra (Lc 19.37; At 9.36-42). Que o Senhor distribua abundantemente os seus dons entre os seus santos, e que o seu nome seja eternamente exaltado.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

 

O dom de operação de maravilhas é concedido pelo Senhor para que a igreja opere sobrenaturalmente nas mais diversas circunstâncias.

 

 

 

CONCLUSÃO

 

Os dons de poder são capacitações extraordinárias concedidas à Igreja de Cristo para a realização da missão proclamadora do Evangelho. Não podemos relegá-los a segundo plano. Busquemos os dons, a fim de cumprirmos ousadamente a obra que nos confiou o Senhor. Afinal, como pentecostais, acreditamos na atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais (Mc 16.17-20). Coloque-se na presença do Senhor e deixe que o Espírito de Deus o use.

 

VOCABULÁRIO

 

SEM OCORRÊNCIAS

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed., RJ: CPAD, 2005.

 

EXERCÍCIOS

 

1. De acordo com a lição, defina o dom da fé.

R. É o equipamento espiritual e sobrenatural do crente, para lhe conceder o poder sobrenatural de confiar em Deus nas ocasiões onde só um milagre glorioso poderia alterar a situação.

 

2. Quais são os dois propósitos básicos dos dons de curar?

R. Atestar o poder do Evangelho com o objetivo de glorificar a Deus e amenizar o sofrimento humano, confirmando o amor do Eterno.

 

3. O que acontece quando uma igreja superenfatiza a cura divina?

R. Quando a igreja superenfatiza a cura divina, a salvação de almas deixa de ser o mais importante.

 

4. Qual o significado da expressão “operação de maravilhas”?

R. Significa que a Igreja de Cristo habilita-se, por este dom e de acordo com a vontade divina, a operar de forma sobrenatural nas mais diversas circunstâncias.

 

5. Qual a importância desse dom para a Igreja?

R. Traz o sobrenatural de Deus ao mundo natural dos homens, fazendo com que Deus seja engrandecido e o seu Reino venha se expandir até os confins da terra.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

 

“O dom da fé

 

Esse dom não se refere à fé salvadora (cf. At 16.31), nem ao crescimento da fé (cf. 2 Ts 1.3) ou ao reforço à fé que o batismo no Espírito Santo nos dá (cf. 2 Co 4.13), mas consiste em um impulso à fé [...] para executar aquilo que Deus determinou que fizéssemos. Esse dom em ação gera uma atmosfera de fé, que dá a convicção de que agora tudo é possível (cf. Jo 11.40-44; Mc 9.23) [...].

 

 

Os dons de curar

 

A cura do corpo doente pela fé é um fruto da morte de Cristo na cruz do Calvário (cf Is 53.4,5; 1 Pe 2.24,25; Mt 8.16,17 e 9.35,36). Os dons de curar consistem em uma operação do Espírito Santo, pela qual o poder de cura que Jesus ganhou é transmitido ao doente de modo abundante, imediato, para a cura completa. [...] Esse dom não significa uma capacidade de curar quando e como a pessoa quer, porém é sempre uma transmissão de poder do Espírito Santo. Por isso, é indispensável que o portador do dom esteja ligado a Cristo e siga a sua direção. O dom é dado à Igreja e constitui uma confirmação de Deus à pregação da Palavra (cf. Mc 16.20; At 14.1-4; 10.38 e 5.11,12). Por esse motivo, Jesus deve sempre ser o único glorificado.

 

 

O dom de operar maravilhas

 

Esse dom constitui uma operação do Espírito Santo pela qual é transmitido o poder ilimitado do Deus Todo-Poderoso (cf. Sl 115.3 e 135.6). Jesus possuía esse dom (cf. Mt 8.26; Jo 11.43,44)” (BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed., RJ: CPAD, 2005, pp.111-12).

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

2º Trimestre de 2011

 

Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé

Comentarista: Elienai Cabral

 

 

 

Lição 8: O genuíno culto pentecostal

Data: 22 de Maio de 2011

 

TEXTO ÁUREO

 

Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1 Co 14.26).

 

VERDADE PRÁTICA

 

O genuíno culto pentecostal é marcado pela reverência, ordem e profundo temor a Deus, propiciando, assim, o contínuo derramamento do Espírito Santo sobre a igreja de Cristo.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Mt 4.10

Adorar somente ao Senhor

 

 

 

Terça - Sl 95.1,2

Apresentemo-nos com júbilo ao Senhor

 

 

 

Quarta - Sl 96.7,8

Dai a glória devida ao Senhor

 

 

 

Quinta - 1 Co 14.26

A necessidade de ordem no culto

 

 

 

Sexta - Jo 4.23

Adorar a Deus em espírito e em verdade

 

 

 

Sábado - Sl 128

A família que teme e adora ao Senhor

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

1 Coríntios 14.26-33,39,40.

 

26 - Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.

27 - E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, guando muito três, e por sua vez, e haja intérprete.

28 - Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.

29 - E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.

30 - Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.

31 - Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.

32 - E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.

33 - Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.

39 - Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas.

40 - Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.

 

INTERAÇÃO

 

Nesta lição, estudaremos a respeito do genuíno culto pentecostal e o seu verdadeiro significado. Este assunto é importante, pois o culto deve ser evidenciado pela ordem e profundo temor a Deus, pois trata-se de um ato de adoração. É o momento em que, juntos, bendizemos e glorificamos o nome do Senhor Deus. Enfatize que não podemos transformar o culto em um ponto de encontro ou vê-lo simplesmente como parte de nossa vida social. Que em cada culto possamos, pura e unicamente, adorar o Senhor em espírito, e em verdade (Jo 4.24).

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Conscientizar-se sobre o verdadeiro significado do culto.
  • Definir os elementos do genuíno culto pentecostal.
  • Saber que a Casa de Deus é lugar de adoração.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Professor, reproduza o quadro abaixo e utilize-o para explicar aos alunos que nos cultos da Igreja Primitiva, havia uma liturgia a ser seguida. O próprio apóstolo Paulo ensinou às igrejas de Corinto, Colossos e Éfeso a importância dessa liturgia em suas reuniões. Explique que liturgia não significa um culto tradicional ou “engessado”, mas que há elementos básicos que devem estar presentes para que se possa prestar um culto racional ao Senhor. Na Casa de Deus deve haver ordem e decência.

 

 

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Palavra Chave

Culto: Tributação voluntária de louvores e honra ao Criador.

 

Estudaremos, nesta lição, os elementos do autêntico culto pentecostal. Veremos, outrossim, os perigos que há na adoção de modismos litúrgicos que, apesar das aparências, sempre acabam por acarretar sérios prejuízos à sã doutrina e aos costumes genuinamente cristãos. Como Igreja de Cristo, ofereçamos a Deus uma adoração segundo nos prescreve a Bíblia, sem quaisquer misturas.

Adorar e cultuar ao Senhor requer reverência, rendição e amor, pois o Pai continua a buscar os que o adoram em “espírito e em verdade” (Jo 4.23,24).

 

I. ADORAÇÃO E CULTO

 

1. O verdadeiro significado de culto. Será que realmente cultuamos a Deus como a Bíblia o requer? Vejamos em primeiro lugar, o que significa culto. O próprio significado da palavra “culto”, ou “serviço”, já sugere, em si mesmo, o ato de adoração que, por sua vez, implica na reverência que todos devemos prestar ao Todo-Poderoso (Sl 29.2). Cultuar a Deus significa adorá-lo, exaltá-lo, prestar-lhe a devida reverência (Sl 96.9).

Infelizmente, muitos vão ao culto, cantam e até oram, mas não adoram ao Senhor, pois o seu coração acha-se distante de sua presença (Is 29.13). O culto para os tais é apenas um ponto de encontro, um momento de interatividade social.

Deus se compraz naqueles que o buscam com um coração puro e sincero, e alegra-se naqueles que o adoram “em espírito e em verdade” (Sl 15.1-5; Jo 4.23,24). Por conseguinte, não devemos prestar-lhe culto como se estivéssemos a barganhar-lhe as bênçãos e os favores. Há muitos que, desprezando a soberania divina, passam a determinar seus “direitos” e a decretar suas “posses” como se o Senhor lhes fosse um mero empregado. Isso é falta de reverência e temor diante dAquele a quem devemos adorar pelo que é e pelo que já fez por nós (Jo 3.16; Ef 2.8,9; 1 Jo 4.19; Ap 4.10).

2. A essência do culto a Deus é a adoração. O ato de adorar a Deus constrange-nos a submetermo-nos incondicionalmente à sua vontade (Mt 6.10) e a nos humilharmos até ao pó diante de sua presença (Gn 18.27). A mulher pecadora, que ungiu a Jesus com fino unguento, “beijava-lhe os pés” em santa adoração (Lc 7.38). Se adorar é um ato de rendição, gratidão e exaltação ao Deus que nos criou (Sl 95.6), cheguemo-nos, pois, diante do Todo-Poderoso com temor e tremor, reconhecendo-lhe o senhorio sobre nossas vidas.

3. Adoração completa e incondicional. Se todo culto é um ato de adoração, nem todo ato de adoração é necessariamente um culto. Os judeus dos tempos de Isaías e Miqueias não sabiam fazer tal distinção, por isso o Senhor repreendeu-os energicamente (Is 1.11; Mq 6.3-8). Aliás, até mesmo nossas atividades profissionais têm de ser realizadas como atos de sincera adoração ao Senhor (Ef 6.5-9). O que isto significa? A vida do crente deve ser um contínuo ato de adoração e louvor a Deus (Sl 146.1).

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

 

O culto, assim como todas as nossas ações, deve ser um ato de adoração sincera a Deus onde reconhecemos a sua grandeza e magnitude.

 

 

 

II. COMPOSIÇÃO DO CULTO PENTECOSTAL

 

1. Liturgia do culto pentecostal. Apesar de suas características, o culto pentecostal também possui a sua liturgia. Mas o que significa liturgia? Não devemos assustar-nos diante dessa palavra, nem tê-la como sinônimo de formalismo. Liturgia, de acordo com o grego, significa serviço público. Nesse sentido, o culto cristão pode ser definido como um serviço que, em espírito e em verdade, prestamos a Deus (Sl 100.2).

Paulo apresenta a liturgia ideal para o culto cristão: “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1 Co 12.26). Embora a igreja em Corinto fosse autenticamente pentecostal, o seu culto deveria primar pela boa condução: “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1 Co 14.40). O culto deve ser racional e consciente, conforme exige a Palavra de Deus (Rm 12.1). Caso contrário, ou cairá no formalismo, ou em algo desordenado e sem forma.

Queremos deixar bem claro que a liturgia realmente bíblica jamais impedirá a manifestação do poder de Deus, batismos com o Espírito Santo, curas divinas, milagres e, principalmente, salvação de almas.

2. Elementos do genuíno culto pentecostal. Vejamos, a seguirmos elementos que, de acordo com Paulo, devem compor o verdadeiro culto cristão:

a) Leitura da Palavra. No Antigo Testamento, a leitura e a dissertação das Sagradas Escrituras tinham um sentido especial no serviço de adoração a Deus (Ed 8.1-12). Na Igreja Primitiva, quando o Novo Testamento ainda não havia sido escrito, os crentes utilizavam as Escrituras do Antigo Testamento em suas reuniões (At 2.42; 17.11).

Por conseguinte, o verdadeiro culto de adoração a Deus não pode ficar sem o ensino ou a pregação bíblica. A sua igreja ouve regularmente a leitura da Palavra de Deus? O culto sem a leitura e a explanação das Sagradas Escrituras é incompleto.

b) Cânticos na adoração. Uma das formas mais expressivas da adoração cristã é manifestada através de hinos e cânticos (Ef 5.18-21). Infelizmente, essa área da liturgia cristã muito tem sofrido com a proliferação de músicas que, sublimando o homem, minimizam o Senhor. Por outro lado, glorificamos a Deus porque nosso hinário oficial, a Harpa Cristã, tem como o seu primeiro compromisso exaltar o Senhor além de cantar as doutrinas da Bíblia Sagrada.

c) As orações e as ofertas voluntárias. Os crentes na Igreja Primitiva, por não disporem de templos, oravam nas casas. Os de Jerusalém oravam também no Santo Templo (At 3.1; 4.23,24; 12.12). Além da oração, eles adoravam a Deus com a entrega voluntária de dízimos e ofertas (1 Co 16.2; 2 Co 9.7; Fp 4.18). A oração e a intercessão jamais devem ausentar-se do culto pentecostal.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

 

O culto ao Senhor deve ter ordem e decência. A leitura da Palavra, cânticos de adoração ao Senhor, orações e as ofertas voluntárias são elementos indispensáveis para a realização do culto racional a Deus.

 

 

 

III. MODISMOS LITÚRGICOS

 

1. Adoção de movimentos estranhos ao cristianismo do Novo Testamento. A maneira como uma igreja adora ao Senhor reflete a sua crença e os seus valores. A igreja Primitiva, por exemplo, era autenticamente pentecostal tanto na forma quanto no conteúdo: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos” (At 2.42.43).

O segredo do avivamento, por conseguinte, não se acha na adoção de modismos litúrgicos nem na criação de gestos e posturas artificiais que, mostra a experiência, sempre acabam por roubar a reverência do culto cristão. O verdadeiro avivamento espiritual torna-se realidade quando a igreja se volta à Palavra de Deus (2 Cr 34.15). A partir daí, a igreja não mais se escraviza à liturgia, porque a sua preocupação, doravante, será adorar a Deus através de um culto ordeiro e decente. Sua adoração também será demonstrada por meio de um serviço cristão completo: evangelismo, missões, ensino sistemático das Escrituras, assistência social, etc. Isto é avivamento.

2. Cultos exóticos. Há tantas inovações e exotismos invadindo nossos cultos, que, algumas dessas extravagâncias, em nada diferem do misticismo pagão. Recomenda-nos Paulo: “Ninguém vos domine a seu bel-prazer, com pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão, e não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus” (Cl 2.18).

Infelizmente, tais coisas não ficaram no passado. Haja vista as igrejas que, ao invés de adorar ao Criador, acabam por adorar a criatura, por causa da ênfase que dão aos seres angélicos. Ora, que os anjos existem, todos sabemos. Mas eles existem para ministrar aos santos e não para serem adorados por estes (Hb 1.14). A presença mais importante no culto cristão é a do Espírito Santo. Cuidado, pois, com esses elementos estranhos ao culto pentecostal.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

 

Os modismos e cultos exóticos não podem produzir nada mais que movimentação, pois o avivamento só acontece quando a igreja se volta à Palavra de Deus.

 

 

 

CONCLUSÃO

 

Você tem cultuado a Deus conforme recomenda a Bíblia? Cultuar ao Senhor não é apenas ir à igreja e se reunir com os irmãos, pois muitos vão à casa do Senhor, mas não lhe prestam culto; não passam de meros expectadores. Adoremos a Deus, pois, em espírito e em verdade.

 

VOCABULÁRIO

 

Modismos Litúrgicos: Inovações estranhas que são incorporadas à liturgia do culto cristão, com a finalidade de transformá-lo em um espetáculo ou show para os presentes.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

ANDRADE, C. As Disciplinas da vida cristã. 1.ed., RJ: CPAD, 2008.

 

EXERCÍCIOS

 

1. Defina, com suas palavras, o que é cultuar a Deus.

R. Cultuar a Deus significa adorá-Lo, exaltá-Lo, prestar-lhe a devida reverência.

 

2. Qual é a essência do culto a Deus?

R. A essência do culto é a verdadeira adoração a Deus.

 

3. Cite os elementos do genuíno culto cristão.

R. Leitura da Palavra, cânticos de adoração, orações e ofertas voluntárias.

 

4. Qual é o propósito principal de um culto?

R. Adorar a Deus em espírito e em verdade.

 

5. De acordo com a lição, qual a presença mais importante no culto cristão?

R. Espírito Santo.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

 

Subsídio Devocional

 

Atos dos Apóstolos

“Com que me apresentarei diante do Senhor? Pergunta o escritor sacro ao Todo-Poderoso. Vejamos algumas coisas a serem observadas quando entrarmos na Casa de Deus para cultuá-lo:

 

  •  Reverência e profundo temor

‘Guarda o teu pé, quando entrares na Casa de Deus; chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal’ (Ec 5.1). Quando entramos na Casa do Senhor, que o nosso espírito seja imbuído de um profundo espírito de reverência e santo temor. Goethe, poeta alemão, fala da importância da reverência: ‘A alma da religião cristã é a reverência’.

 

  •  Alegria e regozijo

‘Alegrei-me quando me disseram: vamos à Casa do Senhor’ (Sl 122.1). Quando os filhos de Israel dirigiam-se ao Santo Templo, em Jerusalém, para celebrar as festas sagradas, eles o faziam com o espírito de regozijo. Estar no santuário divino era o seu maior prazer, pois ali todos os israelitas reuniam-se para enaltecer o Senhor.

 

  •  Predisposição e discernimento espirituais

‘Acordado, pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. E temeu e disse: Quão terrível é este lugar! Esse não é outro lugar senão a Casa de Deus; e esta é a porta dos céus’ (Gn 28.16,17). Não se encontrava o patriarca num suntuoso templo; achava-se no relento. Mas ali, tendo por cobertura os céus, viu Jacó os anjos de Deus subirem e descerem por uma escada que ligava os céus à terra. Em simplicidade contemplou Jacó o Eterno. Tem você igual predisposição para enaltecer a Deus?” (ANDRADE, C. As Disciplinas da Vida Cristã. 1.ed., RJ: CPAD, 2008, pp.65-7).

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

2º Trimestre de 2011

 

Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé

Comentarista: Elienai Cabral

 

 

 

Lição 9: A pureza do Movimento Pentecostal

Data: 29 de Maio de 2011

 

TEXTO ÁUREO

 

Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8).

 

VERDADE PRÁTICA

 

O Movimento Pentecostal é a maior demonstração de que a Igreja de Cristo não é uma mera organização, mas um organismo vivo.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - At 2.1-4

O nascimento do Pentecostalismo

 

 

 

Terça - At 2.4

O sinal mais evidente do Pentecostalismo

 

 

 

Quarta - At 8.16,17; 9.17; 19.2,5,6

A atualidade do batismo com o Espírito Santo

 

 

 

Quinta - At 10.44,45

O Espírito Santo é derramado entre os gentios

 

 

 

Sexta - 1 Co 14.22

Um sinal para os infiéis

 

 

 

Sábado - 1 Co 14.5

Línguas estranhas

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Atos 2.1-4,14-17.

 

1 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar,

2 - e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.

3 - E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.

4 - E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.

14 - Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.

15 - Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia.

16 - Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:

17 - E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos.

 

INTERAÇÃO

 

Prezado professor, nesta lição procure dar ênfase às principais características de uma igreja legitimamente pentecostal. Explique que esta igreja tem por certo: a soberania da Bíblia, como a inspirada e inerrante Palavra de Deus; a atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais; a pureza da doutrina bíblica cristã e o cumprimento integral da Grande Comissão.

Diante do surgimento de muitos movimentos “pseudopentecostais” que vêm semeando confusão doutrinária e heresias, precisamos aprender a separar o falso do verdadeiro, o precioso do vil. Que venhamos conservar o legítimo pentecostalismo, conforme encontramos na Palavra de Deus.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Conhecer a origem do pentecoste cristão.
  • Descrever a trajetória histórica do pentecostalismo.
  • Saber distinguir o verdadeiro do falso pentecostalismo.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Professor, sugerimos que você inicie a aula com a seguinte pergunta: “Como distinguir o verdadeiro do falso pentecostalismo?”. Ouça com atenção as respostas e incentive a participação de todos. Depois, escreva no quadro-de-giz as principais características do genuíno Movimento Pentecostal apresentadas no tópico III da revista. Em seguida, relacione no quadro-de-giz, algumas práticas místicas e antibíblicas que os pseudopentecostais fazem uso (culto aos anjos, sal grosso, rosa ungida). Discuta, tendo como referência a Palavra de Deus, tais práticas. Conclua lendo com os alunos Colossenses 2.18.

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Palavra Chave

Pureza: Estado ou qualidade de puro.

 

O Movimento Pentecostal, embora comprovadamente bíblico e ortodoxamente teológico, vem sofrendo, desde o seu nascedouro, injustificados ataques. Isto se deve a dois principais fatores: 1) falta de conhecimento bíblico-teológico acerca da doutrina do Espírito Santo e 2) ignorância sobre a origem do maior avivamento já registrado pela história.

Nesta lição, teremos oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a origem e a atualidade do Pentecostalismo. Viremos a constatar que o Movimento Pentecostal, apesar de seus cem anos de história, é uma realidade que vem sendo experimentada pela Igreja de Cristo há quase vinte séculos. Infelizmente, muitos são os movimentos que, cognominados de pentecostais, vêm semeando confusão acerca do verdadeiro movimento do Espírito Santo.

 

I. A ORIGEM DO PENTECOSTES CRISTÃO

 

1. O ponto de partida. No Dia de Pentecostes, em Jerusalém, cumpriu-se a promessa que o Senhor Jesus fizera aos seus discípulos: a vinda do Consolador (Jo 14.16; At 2.1-4). Inaugurou-se, assim, um novo tempo para o povo de Deus que passou a usufruir de um abundante derramamento do Espírito Santo, conforme havia profetizado Joel (Jl 2.28-31). Sim, o que Jesus prometera tornou-se realidade (Lc 24.49). Mas qual a origem do Pentecostes? E por que as igrejas que crêem na atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais são denominadas pentecostais?

2. Como surgiu o termo pentecostalismo. A expressão “pentecostalismo” procede do vocábulo grego pentekosté que significa quinquagésimo. O Pentecostes era a segunda das três principais festas judaicas (Lv 23) e recebe esse nome por ser comemorado cinquenta dias após a Páscoa (Lv 23.16). Era também conhecido como a Festa das Semanas, Festa das Primícias e Festa da Colheita (Êx 34.22). Foi durante o Pentecostes que os quase 120 que oravam no cenáculo receberam o batismo com o Espírito Santo (At 1.3; 2.1-13).

3. Do Pentecostes judaico ao cristão. Devido à destruição do Santo Templo em 70 d.C, os judeus ficaram impossibilitados de praticar muitos de seus rituais e liturgias. Mas para os cristãos, o Pentecostes, em virtude do derramamento do Espírito Santo, adquiriu um novo sentido. Tornou-se sinônimo do ministério, operações, atos poderosos e manifestações sobrenaturais do Espírito Santo na Igreja e através da Igreja (At 19.1-20).

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

 

O verdadeiro Movimento Pentecostal teve sua origem no Dia de Pentecostes.

 

 

 

II. A TRAJETÓRIA DO PENTECOSTALISMO

 

1. A promessa da efusão do Espírito. Deus revelou ao profeta Joel que, nos últimos dias, haveria uma efusão do Espírito Santo sobre os fiéis (Jl 2.28-32). Por conseguinte, a promessa do derramamento do Espírito Santo não se destinava apenas aos crentes que se achavam reunidos no cenáculo, mas diz respeito a todos os servos de Deus em todos os lugares e épocas (At 2.1-13, 39). O Movimento Pentecostal implica numa ação contínua e renovadora do Espírito Santo na vida da Igreja, fazendo com que esta cumpra cabalmente as demandas da Grande Comissão (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20).

2. O Movimento Pentecostal tem o testemunho dos séculos. O escritor e jornalista Emílio Conde evidencia em O Testemunho dos Séculos, através de inúmeras provas, que o Pentecostalismo é um movimento legitimamente bíblico e que, historicamente, não se restringiu à Igreja Primitiva. Não é, portanto, um modismo sueco ou norte-americano. Em seuDicionário do Movimento Pentecostal, afirma o historiador Isael de Araujo que o “pentecostalismo, em suas diferentes formas, tem existido por toda a história cristã, tanto do Ocidente como no Oriente, desde o Dia de Pentecostes, em Jerusalém”. No verbete “cronologia do pentecostalismo mundial”, o autor mostra um panorama das manifestações históricas do pentecostalismo do primeiro até ao século vinte.

3. O genuíno Pentecostalismo. Como distinguir o verdadeiro do falso pentecostalismo? O genuíno pentecostalismo não admite qualquer outra revelação além das Escrituras Sagradas, pois prima pela ortodoxia bíblica e pela sã doutrina (Cl 1.6-9). Logo, nossa única regra de fé e conduta é a Bíblia Sagrada, a inspirada, inerrante, absoluta e completa Palavra de Deus.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

 

Podemos afirmar que Pentecostalismo é um movimento legitimamente bíblico e que, historicamente, não se restringiu à Igreja Primitiva.

 

 

 

III. O VERDADEIRO PENTECOSTALISMO

 

1. Características das igrejas pentecostais. São igrejas legitimamente pentecostais as que, em primeiro lugar: a) Aceitam a soberania da Bíblia Sagrada, como a inspirada e inerrante Palavra de Deus, elegendo-a como infalível regra de avaliação de toda e qualquer manifestação espiritual (2 Tm 3.16); b) Mantém a pureza da sã doutrina, conforme a encontramos na Bíblia Sagrada (At 2.42; 1 Tm 4.16); c) Acreditam na atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais (At 2.39); d) Cumprem integralmente as demandas da Grande Comissão que nos deixou o Senhor Jesus (Mc 16.15-20); e) Têm compromisso com a santidade, defendem o aperfeiçoamento da vida cristã através da leitura da Bíblia, da oração e do exercício da piedade na consolação do Espírito Santo (Gl 5.22; 1 Ts 5.17-23; 1 Tm 4.8).

2. Novos movimentos. Vários movimentos, incorretamente intitulados de pentecostais, têm surgido ao longo dos anos. Tais dissidências acabaram criando um segmento esotérico, místico e sincrético que em nada lembra o verdadeiro cristianismo (Cl 2.18).

Tais são os desvios doutrinários desses movimentos que eles, sequer, podem ser considerados cristãos, pois incorporaram às suas liturgias práticas místicas e antibílicas, fazendo uso de sal grosso, rosa ungida, óleo e água “santificados”, culto aos anjos, etc. Tais práticas são heréticas e inadmissíveis, não tendo nenhum respaldo na Palavra de Deus.

Não podemos nos esquecer, também, de extravagâncias doutrinárias como, por exemplo, a teologia da prosperidade, confissão positiva, quebra de maldição, triunfalismo e outros aleijões teológicos e heresias.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

 

O verdadeiro pentecostalismo caracteriza-se pela aceitação das Escrituras como a inspirada e inerrante Palavra de Deus, manutenção da sã doutrina, atualidade dos dons espirituais, cumprimento integral da grande comissão e compromisso com a santidade.

 

 

 

CONCLUSÃO

 

O verdadeiro Movimento Pentecostal teve sua origem no Dia de Pentecostes. Os anos se passaram, mas a chama pentecostal continua a arder, pois a promessa do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais é para nós também. Conservemos, pois, o legítimo pentecostalismo, conforme o encontramos nas Sagradas Escrituras.

Neste Centenário das Assembleias de Deus no Brasil, preservemos e vivamos com intensidade o avivamento que nos legaram Daniel Berg e Gunnar Vingren.

 

VOCABULÁRIO

 

Ortodoxo: O que se acha de acordo com a Palavra de Deus.
Místico: Misterioso espiritualmente e ligado ao sobrenatural.
Sincrético: Unificação de ideias ou doutrinas diversificadas.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

ARAUJO, I. Dicionário do Movimento Pentecostal. RJ: CPAD, 2007.
MENZIES, W. W. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5.ed., RJ: CPAD, 2005.

 

EXERCÍCIOS

 

1. Como surgiu o termo “pentecostalismo”?

R. A expressão “pentecostalismo” procede do vocábulo grego pentekosté que significa quinquagésimo.

 

2. O que significa Pentecostes?

R. Quinquagésimo.

 

3. Como distinguir o verdadeiro do falso pentecostalismo?

R. O pentecostalismo não admite outra revelação além das Escrituras Sagradas.

 

4. Cite algumas características das igrejas pentecostais.

R. Manutenção da pureza da sã doutrina, crer na atualidade dos dons espirituais e cumprir integralmente a Grande Comissão.

 

5. Qual a origem do verdadeiro Movimento Pentecostal?

R. O dia de Pentecostes.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

 

Subsídio Bibliológico

 

Pentecostes

“Pentecostes era a segunda das três grandes festas de Israel (Dt 16.16). Suas principais passagens estão em Êxodo 23.16, Levítico 23.15-22, Números 28.26-31 e Deuteronômio 16.9-12. A palavra grega Pentecostes (pentekosté) significa ‘quinquagésimo’, referindo-se ao quinquagésimo dia depois da oferta de manjares durante a Festa dos Pães Asmos (At 2.1; 20.16; 1 Co 16.8).

Outro título pelo qual esta festa é conhecida é a Festa das Semanas (Êx 34.22; Dt 16.10,16; 2 Cr 8.13), que se refere a sete semanas após a oferta das primícias; a Festa da Colheita (Êx 23.16), referindo-se à conclusão das colheitas de grãos; o dia das primícias (Nm 28.26), falando das primícias de uma colheita terminada, e mais tarde os judeus a chamaram solenemente de assembleia, que foi aplicado ao encerramento da festa da estação da colheita. Embora as Escrituras não afirmem especificamente seu significado histórico, elas parecem indicar basicamente uma festa da colheita.

[...] Em Números 28.26 o Pentecostes é chamado tanto de Festa das Semanas como de Festa das Primícias. Esta Festa das Primícias não deve ser confundida com as primícias oferecidas durante os dias dos pães asmos.

No NT, o Pentecostes está relacionado ao dom do Espírito Santo (At 2.1-4). Cristo ascendeu como as primícias da ressurreição (1 Co 15.23), e 50 dias depois deste evento veio o derramamento do Espírito Santo, dando início ao cumprimento da profecia de Joel (Jl 2.28-32)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2009, pp.1500-01).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

 

Subsídio Histórico

 

“Os historiadores que se ocupam do Avivamento Pentecostal no século 20 são unânimes em mencionar a Rua Azuza, em Los Angeles, Califórnia, em 1906, como o centro irradiador de onde o avivamento se espalhou para outras cidades e nações.

A Rua Azuza transformou-se em poderosa fogueira divina, onde centenas e milhares de pessoas de todos os pontos da América, ao chegarem atraídas pelos acontecimentos e para ver o que estava se passando ali, eram batizadas com o Espírito Santo, e ao retornarem para suas cidades levavam essa chama viva que alcançava também outras pessoas.

Porém, quem havia trazido a mensagem pentecostal a Los Angeles fora uma senhora metodista, que, por sua vez, a recebera na cidade de Houston, quando tinha ido visitar seus parentes. Antes dessa data (1906), podemos citar também os avivamentos ocorridos na Suécia em 1858, e na Inglaterra em 1740. Na América do Norte, podem-se mencionar os avivamentos nos Estados de Nova Inglaterra em 1854, e na cidade de Moorehead, em 1892, seguidos dos de Caiena, Kansas, em 1903, e Orchard e Houston, em 1904 e 1905, respectivamente.

Os membros das várias igrejas, uns por curiosidade, outros por desejo de receber mais graça do céu, chegavam para ver com os próprios olhos aquele fenômeno. Muitos deles traziam consigo a opinião de que tudo aquilo não passava de obra de fanáticos. Porém, todos saíam dali convencidos de que era um movimento divino, e transformavam-se em testemunhas e propagandistas do Movimento Pentecostal que se iniciara naquela ruazinha em Los Angeles.

[...] Dentro em pouco os grandes centros urbanos norte-americanos foram alcançados pelo avivamento. Uma das cidades que mais se destacaram e se projetaram no Movimento Pentecostal foi Chicago. As boas-novas do avivamento alcançaram, praticamente, todas as igrejas evangélicas da cidade. Em algumas, houve oposição da parte de uns poucos crentes, porém o avivamento triunfou, pois, além de outras características que o recomendavam, ele se destacava pelo espírito evangelístico e pelo interesse que despertava pelo evangelismo dos outros povos. Ou seja: cada um que se convertia, transformava-se também em missionário” (CONDE, E. História das Assembleias de Deus no Brasil. 1.ed., RJ: CPAD, pp.23-4).

 

 

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

2º Trimestre de 2011

 

Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé

Comentarista: Elienai Cabral

 

 

 

Lição 10: Assembleia de Deus — 100 anos de Pentecostes

Data: 5 de Junho de 2011

 

TEXTO ÁUREO

 

De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé e cada dia cresciam em número” (At 16.5).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Deus levantou as Assembleias de Deus no Brasil para proclamar ao mundo que Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Jl 2.28-32; At 2.1-12

O pentecostalismo e a obra do Espírito Santo através da Igreja

 

 

 

Terça - At 2.37-47

O pentecostalismo e os tempos apostólicos

 

 

 

Quarta - 1 Co 12.1-11

O pentecostalismo e os dons espirituais

 

 

 

Quinta - Ef 4.11,12

O pentecostalismo e os dons ministeriais

 

 

 

Sexta - Mc 16.15-20

O pentecostalismo e a evangelização

 

 

 

Sábado - At 2.4-11

O pentecostalismo e a obra missionária

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

1 Coríntios 3.6-11.

 

6 - Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.

7 - Pelo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento,

8 - Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão, segundo o seu trabalho.

9 - Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.

10 - Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele.

11 - Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.

 

INTERAÇÃO

 

A Assembleia de Deus no Brasil não nasceu por acaso. Foi o Senhor quem plantou a “semente” no coração de Daniel Berg e Gunnar Vingren e a fez germinar, crescer e dar muitos frutos. Homens e mulheres, cheios do Espírito Santo, ajudaram a construir a sua história. Você também faz parte desta trajetória de êxitos e triunfos em Cristo. É sua responsabilidade dar continuidade ao legado deixado pelos fervorosos e destemidos servos do Senhor. Glorifique ao Senhor pelos cem anos de genuíno pentecostalismo e continue a proclamar que Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Explicar como se deu o chamado missionário de Daniel Berg e Gunnar Vingren.
  • Conhecer como foi a fundação da Assembleia de Deus no Brasil.
  • Saber que a Assembleia de Deus é a pioneira do Movimento Pentecostal brasileiro.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Professor, sugerimos para a aula de hoje que você faça cópias do quadro abaixo para os alunos. Utilize o quadro ao concluir o terceiro tópico da lição. Diga aos alunos que o mapa mostra como a chama pentecostal se propagou em nossa nação. Enfatize o fato de que hoje as Assembleias de Deus estão presentes em todos os estados brasileiros. Somos a maior denominação pentecostal do Brasil. Conclua orando juntamente com seus alunos. Agradeça ao Senhor por todas as bênçãos e pelo crescimento das ADs em nossa nação.

 

 

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Palavra Chave

Movimento Pentecostal: “Surgiu no finai do século 19. Enfatiza a atualidade da doutrina do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais”.

 

Por ocasião do Centenário das Assembleias de Deus no Brasil é fundamental que a imensa multidão de seus membros e congregados estude como Deus chamou os seus pioneiros, começou a derramar do seu Espírito Santo sobre todos os que crêem e fez prosperar essa obra em todos os rincões de nossa querida pátria.

 

I. O CHAMADO MISSIONÁRIO DOS PIONEIROS

 

1. A experiência pentecostal de Daniel Berg. Em 25 de março de 1902, o jovem sueco Daniel Berg, com 18 anos e crente batista, desembarcou em Boston, nos Estados Unidos. Depois de sete anos, retornou a Suécia e conheceu a nova doutrina do batismo com o Espírito Santo por meio do pastor Lewi Pethrus que fora seu amigo de infância.

Quando retornou aos Estados Unidos, em Chicago, ele recebeu a promessa pentecostal em 15 de setembro de 1909.

2. A experiência pentecostal de Gunnar Vingren. Em 19 de novembro de 1903, o jovem sueco Gunnar Vingren chegou a Kansas City (EUA). Era crente batista e trabalhara como evangelista na Suécia. Recebeu o batismo com o Espírito Santo em novembro de 1909 numa conferência em Chicago.

3. O encontro em Chicago e a visão do Pará. Gunnar Vingren e Daniel Berg se conheceram em 1909, na cidade de Chicago. Os dois descobriram que tinham uma chamada missionária.

Adolf Uldin, membro da Igreja Batista sueca em South Bend, que Vingren pastoreava, profetizou que eles iriam para um lugar chamado “Pará”. Vingren descobriu num mapa na biblioteca de sua cidade que Pará era um Estado do Norte do Brasil.

Deus, então, revelou-lhes, quando estavam orando, em outra ocasião, que deveriam sair de Nova Iorque com destino ao Pará no dia 5 de novembro de 1910.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

 

Depois de serem batizados com o Espírito Santo, os jovens Daniel Berg e Gunnar Vingren receberam de Deus o chamado para virem ao Brasil.

 

 

 

II. A FUNDAÇÃO DA ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

 

1. A viagem a bordo do navio Clement. Decididos a atender ao chamado divino para a obra missionária no Brasil, Vingren deixou em 12 de outubro de 1910, o pastorado da igreja em South Bend e Daniel Berg saiu do seu emprego numa quitanda em Chicago.

Após terem experiências marcantes em relação ao dinheiro de que precisariam para viajar, embarcaram em Nova Iorque na terceira classe do navio Clement rumo ao Brasil. Na viagem de quatorze dias, tiveram de experimentar uma comida nada agradável. Mas, eles ficaram ali, deitados na terceira classe, orando durante todo o tempo. Certo dia, Daniel profetizou que o Senhor estava com eles, e verdadeiramente sentiram isso em seus corações.

Durante o período em que estavam no navio, oraram por um companheiro de viagem e evangelizaram um outro que veio a aceitar a Cristo como Salvador.

2. A chegada ao Pará e a doutrina pentecostal. Chegaram a Belém do Pará em 19 de novembro de 1910. Em Belém, moraram no porão da Igreja Batista. Nos cultos e reuniões de oração da igreja, Vingren e Berg, quando começaram a falar o idioma português, pregavam a respeito do batismo com o Espírito Santo. O objetivo deles era pregar o evangelho de poder aos seus ouvintes.

Celina Martins Albuquerque, membro da Igreja Batista, creu na mensagem pentecostal pregada pelos jovens missionários e recebeu o batismo com o Espírito Santo quando orava de madrugada em sua casa, no dia 2 de junho de 1911, juntamente com outra irmã da sua igreja, Maria de Nazaré.

3. Nasce a Assembleia de Deus. O batismo com o Espírito Santo da irmã Celina Albuquerque, e também, da irmã Maria de Nazaré, que ocorreu na noite do dia 2 de junho, fez surgir uma discussão na Igreja Batista de Belém, que culminou na expulsão de 13 membros, no dia 13 de junho de 1911. No dia 18 do mesmo mês e ano, domingo, com 18 pessoas presentes mais Vingren e Berg, nasceu, na casa de Celina Albuquerque, a Missão de Fé Apostólica, que, em 11 de janeiro de 1918, foi registrada oficialmente como Sociedade Evangélica Assembleia de Deus.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

 

No Brasil, os jovens missionários pregavam fervorosamente a respeito do batismo com o Espírito Santo.

 

 

 

III. DO NORTE PARA TODO O BRASIL

 

1. O trabalho evangelístico e a expansão nacional. Daniel Berg e Gunnar Vingren, juntamente com os primeiros membros da igreja, começaram a realizar cultos em outros locais em Belém e a evangelizar em lugares distantes dessa cidade, principalmente nas ilhas paraenses.

Logo, novos companheiros missionários foram chegando. Os primeiros foram Otto e Adina Nelson (1914), Samuel e Lina Nyström (1916), Frida Vingren (1917) e Joel e Signe Carlson (1918). Também, a igreja começou a ordenar seus primeiros pastores: Isidoro Filho (1912); Absalão Piano (1913); Crispiniano de Melo; Pedro Trajano; Adriano Nobre; Clímaco Bueno Aza (1918); José Paulino Estumano de Morais (1919); Bruno Skolimowski (1921).

Membros das igrejas, missionários estrangeiros e pregadores nacionais, impelidos pelo ardor evangelístico pentecostal, começaram a visitar outros Estados, principalmente onde tinham parentes. Dessa maneira, apesar das muitas lutas e perseguições, aconteceram os primeiros passos para a fundação de igrejas em todas as regiões do país: Ceará (1914); Alagoas (1914); Paraíba (1914); Roraima (1915); Pernambuco (1916); Rio Grande do Norte (1911, 1918); Maranhão (1921); Espírito Santo (1922); Rondônia (1922); São Paulo (1923); Rio de Janeiro (1924); Rio Grande do Sul (1924); Bahia (1926); Piauí (1927); Minas Gerais (1927); Sergipe (1927); Paraná (1928); Santa Catarina (1920, 1931); Acre (1932); Goiás (1936); Mato Grosso (1936); Mato Grosso do Sul (1944) e Distrito Federal (1956).

2. Os missionários e o desenvolvimento doutrinário nas ADs. Atuaram entre as Assembleias de Deus, missionários escandinavos (suecos, noruegueses e finlandeses) e norte-americanos. Nas primeiras cinco décadas das Assembleias de Deus, os missionários escandinavos tomaram iniciativas que contribuíram para o desenvolvimento doutrinário da igreja. Eles fundaram jornais (Boa SementeO Som AlegreMensageiro da Paz), criaram as Lições Bíblicas para a Escola Dominical, editaram os primeiros hinários (Cantor Pentecostal e Harpa Cristã), publicaram livros e folhetos evangelísticos, promoveram as primeiras Escolas Bíblicas que duravam um mês, e fundaram a Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) em 1940.

Em 1936, os primeiros missionários das Assembleias de Deus norte-americanas chegaram oficialmente ao Brasil. Eles passaram a atuar juntamente com a liderança sueca, principalmente no ensino bíblico e, investiram na publicação de livros teológicos, no ensino teológico formal e no estabelecimento gráfico da CPAD.

Dentre os missionários pioneiros nessas áreas do desenvolvimento bíblico-doutrinário, estão: Gunnar Vingren, Frida Vingren, Samuel Nyström, Nils Kastberg, Otto Nelson, Nels Nelson, Joel Carlson, Eurico Bergstén, Orlando Boyer, N. Lawrence Olson, John Peter Kolenda, João Kolenda e Ruth Dóris Lemos, Thomas Reginald Hoover e Bernhard Johnson Jr.

3. A Assembleia de Deus nos dias atuais. A igreja chegou ao seu primeiro centenário apresentando um crescimento vertiginoso e acelerado, consolidando-se como a maior expressão do pentecostalismo brasileiro. Numa estimativa feita em 2005, com bases em números do Censo Brasileiro, divulgada no jornal Mensageiro da Paz, as Assembleias de Deus teriam chegado a 20 milhões de fiéis espalhados por todo o país em 2010, e representariam 40% dos evangélicos brasileiros ao completar 100 anos de fundação. São mais de trinta mil pastores, mais de seis mil igrejas-sede, mais de dois mil missionários, milhares de obreiros e mais de 100 mil locais de cultos nos mais de cinco mil municípios brasileiros.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

 

A chama pentecostal se propagou por todo solo brasileiro. A Assembleia de Deus cresceu e se organizou doutrinariamente. Hoje é a maior denominação pentecostal brasileira.

 

 

 

CONCLUSÃO

 

Somos a continuidade do trabalho iniciado pelos pioneiros Gunnar Vingren e Daniel Berg. O Centenário não deve ser apenas um fato para comemorarmos, mas para despertar-nos a continuar pregando a mensagem que deu início à nossa caminhada em território nacional: Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará!

 

VOCABULÁRIO

 

SEM OCORRÊNCIAS.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

VINGREN, I. O Diário do Pioneiro. 1.ed., RJ: CPAD, 2010.
ARAUJO, I. Dicionário do Movimento Pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.

 

EXERCÍCIOS

 

1. Em que ano Gunnar Vingren e Daniel Berg foram, respectivamente, batizados com o Espírito Santo?

R. Gunnar Vingren recebeu o batismo com o Espírito Santo em novembro de 1909 e Daniel Berg em 15 de setembro de 1909.

 

2. Quando os dois pioneiros chegaram a Belém do Pará?

R. Em 19 de novembro de 1910.

 

3. Quem foi a primeira crente que recebeu o batismo com o Espírito Santo em Belém do Pará?

R. Irmã Celina Martins Albuquerque.

 

4. Quem levou a mensagem pentecostal para os outros Estados brasileiros?

R. Membros das igrejas, missionários estrangeiros e pregadores nacionais.

 

5. Cite o nome de alguns missionários que contribuíram para o desenvolvimento doutrinário das Assembleias de Deus.

R. Eurico Bergstén, Orlando Boyer, João Kolenda e Ruth Doris Lemos.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

 

Subsídio Bibliológico

 

Daniel Berg e o seu trabalho no Brasil

“No Pará, Daniel, com 26 anos de idade, que logo se empregou como caldereiro e fundidor na Companhia Porto do Pará, recebendo salário mensal de 12 mil réis, passou a custear as aulas de português ministradas a Vingren por um professor particular. No fim do dia, Vingren ensinava o que aprendera a Daniel. Justamente por isso, Berg nunca aprendeu bem a língua portuguesa. O dinheiro que sobrava era usado para comprar Bíblias nos Estados Unidos.

Tão logo começou a se fazer entender na língua portuguesa, passou a evangelizar nas cidades e vilas ao longo da Estrada de Ferro Belém-Bragança, enquanto Vingren cuidava do trabalho recém-nascido na capital. Como o evangelho era praticamente desconhecido no interior do Pará, Berg se tornou o pioneiro da evangelização na região. É que as igrejas evangélicas existentes na época não tinham recursos suficientes para promover a evangelização no interior.

Após a evangelização em Bragança, tornou-se também o pioneiro na evangelização na Ilha de Marajó, onde peregrinou por muitos anos, a bordo de pequenas e grandes canoas. Berg ia de ilha em ilha, levando a mensagem bíblica aos pequenos grupos evangélicos que ia se formando por onde passava. Daniel Berg sempre foi muito humilde e simples. Em suas pregações e diálogos, sempre demonstrou essas virtudes. Ninguém o via irritado ou desanimado” (ARAUJO, I. Dicionário do Movimento Pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 2007, p.123).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

 

Subsídio Biográfico

 

“Escolhido por Deus

Nasci em Östra Husby, Östergötland, Suécia, em 8 de agosto de 1879. Meu pai era jardineiro. Por serem crentes, meus pais procuraram desde a minha infância ensinar-me os caminhos e preceitos do Senhor. Quando eu ainda era bem pequeno, ia à Escola Dominical, da qual, meu pai era dirigente. Aos 11 anos de idade concluí o curso primário e comecei a ajudar meu pai no ofício de jardineiro. Continuei nessa atividade até os 19 anos.

Eu era um menino de apenas 9 anos de idade quando senti a chamada de Deus na minha vida. Senti-me atraído por Deus de uma forma especial, e costumava orar muito. Às vezes reunia outras crianças comigo e orava com elas. Porém, com 12 anos de idade desviei-me do Senhor e tornei-me um filho pródigo. Caí profundamente no pecado até os 17 anos, quando o Senhor outra vez me chamou. Isso aconteceu em 1896. Eu resolvera ir ao culto de vigília de ano-novo e entregar-me outra vez ao Senhor. Fui com meu pai para esse culto, e fiz o que havia resolvido. Aleluia!

Aos 18 anos fui batizado nas águas. Isto aconteceu numa igreja Batista em Wraka, Smaland, Suécia, no mês de março ou abril de 1897. Neste mesmo ano tornei-me sucessor de meu pai no trabalho da Escola Dominical. Isto aumentou muito a minha necessidade de Deus e de sua graça. Ainda neste ano, em 14 de julho, li numa revista um artigo sobre as grandes necessidades e sofrimentos de tribos nativas no exterior, o que me fez derramar muitas lágrimas. Subi para o meu quarto e ali prometi a Deus pertence-lhe e pôr-me à sua disposição para honra e glória do seu nome. Orei também insistentemente para que Ele me ajudasse a cumprir essa promessa.

No mês de outubro realizamos uma festa para levantar dinheiro a fim de ajudar um irmão que ia sair para o campo missionário como evangelista. Tudo o que eu tinha nessa oportunidade eram 6 coroas, e eu as entreguei como oferta. Quando voltei para casa depois da festa, senti uma alegria imensa, e ouvi uma voz que me dizia: ‘Tu também irás ao campo de evangelização da mesma forma que Emílio!’.

Fiquei um ano mais no meu trabalho, mas sempre participando dos cultos, testificando e tratando de ganhar almas para Jesus. Continuei à frente da Escola Dominical até o fim de outubro de 1898. Depois de muitas orações dos irmãos, fui para uma escola bíblica em Götabro, Närke. Os dirigentes daquela escola eram os pastores Emílio Gustavsson e C. J. A. Kihlstedt” (VINGREN, I. O Diário do Pioneiro. 1.ed., RJ: CPAD, 2010, pp.19,20).

 

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

2º Trimestre de 2011

 

Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé

Comentarista: Elienai Cabral

 

 

 

Lição 11: Uma Igreja autenticamente Pentecostal

Data: 12 de Junho de 2011

 

TEXTO ÁUREO

 

Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Uma igreja autenticamente Pentecostal evangeliza, faz missões, ensina, protesta contra o pecado e ajuda aos necessitados, cumprindo integralmente a missão que lhe confiou o Senhor Jesus.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - 1 Tm 3.14,15

Igreja, coluna e firmeza da verdade

 

 

 

Terça - Mt 28.1

A missão evangelizadora da igreja

 

 

 

Quarta - Mt 28.20

A missão ensinadora da igreja

 

 

 

Quinta - Mt 16.13-18

O fundamento da igreja

 

 

 

Sexta - Tg 1.27

A religião pura e imaculada

 

 

 

Sábado - 1 Jo 3.17,18

O amor ao próximo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Marcos 16.15-20; Atos 2.42-47.

 

Marcos 16

15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.

16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.

17 - E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;

18 - pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.

19 - Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus.

20 - E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!

 

Atos 2

42 - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.

43 - Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.

44 - Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.

45 - Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.

46 - perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,

47 - louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

 

INTERAÇÃO

 

Prezado professor, você terá a oportunidade, mediante o estudo da lição, de refletir a respeito de uma questão bem oportuna e relevante para alcançar os objetivos propostos: “Somos uma igreja autenticamente pentecostal?”. Não se esqueça de que ser pentecostal não é só falar em línguas estranhas. Uma igreja pentecostal genuína evangeliza, ensina, ajuda os necessitados e mantém os seus membros em comunhão, ou seja, cumpre sua missão integral. Que venhamos, como Igreja do Senhor, agir no poder do Espírito Santo a fim de cumprir integralmente a missão que nos confiou o Senhor Jesus.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Conhecer as bases da missão evangelizadora da Igreja.
  • Explicar a missão educadora e social da Igreja Pentecostal.
  • Conscientizar-se de que a evangelização, discipulado, educação, comunhão e serviço social constituem a missão da Igreja de Cristo.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Professor, escreva as questões abaixo em folhas de papel ofício (duas questões em cada folha). Divida a classe em 2 grupos. Depois que os grupos estiverem estabelecidos, entregue as folhas. As questões devem ser resolvidas tendo como base Atos 2.42-47. Cada grupo terá aproximadamente 6 minutos para discutir os temas e 3 minutos para expor o resultado à classe.

 

 Em que os discípulos perseveravam?

 Quais as características dos que criam?

 O que os crentes faziam para suprir a necessidade do próximo?

 Como eles perseveravam unânimes no templo?

 

Conclua dizendo que a Igreja Primitiva cumpriu a Grande Comissão, ordenada por Jesus.

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Palavra Chave

Autêntico: Verdadeiro, legítimo.

 

No Centenário das Assembleias de Deus no Brasil, não podemos calar a pergunta: Temos realmente todas as características de uma igreja autenticamente pentecostal? Para responder a esta questão, temos de voltar aos Atos dos Apóstolos e ver como vivia e agia a Igreja Primitiva. Basta ler os primeiros capítulos do relato lucano, para se concluir: a igreja que se acha sob a flama do pentecostes evangeliza, faz missões, discipula, ensina sistematicamente a Bíblia, socorre aos necessitados e aguarda, amorosamente, a volta de Nosso Senhor.

Sim, a igreja que se acha sob a flama do pentecostes age no poder do Espírito Santo.

Neste domingo, veremos as principais características de uma igreja legitimamente pentecostal. Desde já, oramos para que o Senhor Jesus continue a reavivar-nos, a fim de que o seu Espírito aja em nós e através de nós.

 

I. EVANGELIZAÇÃO, MISSÃO DA IGREJA PENTECOSTAL

 

1. O imperativo da evangelização. O Senhor Jesus, antes de sua ascensão aos céus, instruiu os discípulos a respeito das quatro principais ações da Igreja: pregar, fazer discípulos, batizar e ensinar (Mt 28.19,20). Sim, exatamente nesta ordem.

A igreja autenticamente pentecostal sai das “quatro paredes”, para comunicar a mensagem do Evangelho. Ela sabe que o revestimento de poder foi-lhe concedido pelo Senhor, para que testemunhe ousadamente da salvação em Cristo (At 1.8). Consequentemente, todo cristão batizado com o Espírito Santo é impulsionado a pregar a Cristo e a fazer discípulos. E estes, por sua vez, são constrangidos a fazer outros discípulos, dando sequência a um processo continuo de geração de outras testemunhas (2 Tm 2.2).

2. A evangelização como fator de crescimento. A Assembleia de Deus sempre primou pela evangelização e pela obra missionária. Seus fundadores eram autênticos evangelistas. Daniel Berg e Gunnar Vingren, apesar dos parcos recursos de que dispunham, viajavam em meio à floresta amazônica, pregando o Evangelho. Devemos seguir-lhes o exemplo, pois ainda há muita terra a ser conquistada dentro e fora do Brasil. Além do mais, temos o exemplo do Filho de Deus que veio ao mundo para salvar o pecador (Mt 20.28; Lc 19.10).

Evangelize, faça discípulos e ensine na direção e na unção do Espírito Santo (At 16.4,5). E a sua igreja crescerá tanto em quantidade quanto em qualidade.

3. O discipulado. A igreja tem como tarefa não somente a evangelização, mas também o discipulado (Mt 28.20). Este é um dos mais importantes trabalhos da igreja, pois leva os novos convertidos (homens, mulheres, jovens e crianças) a se tornarem autênticos seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo (Ef 4.13). A Igreja Primitiva levou a sério essa tarefa (At 15.36).

Pedro, por exemplo, evangelizou e discipulou a casa de Cornélio (At 10.1-48). E o seu trabalho foi coroado com o derramamento do Espírito Santo sobre os novos convertidos (At 10.44,46).

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

 

A igreja pentecostal autêntica não descuida da evangelização.

 

 

 

II. A MISSÃO EDUCADORA DA IGREJA PENTECOSTAL

 

1. Jesus e o ensino da Palavra. Grande parte do ministério de Nosso Senhor Jesus Cristo foi dedicada ao ensino (Mc 2.1,2; Jo 1.3-21). Mestre por excelência, ensinava com autoridade deixando a todos atônitos com a singular autoridade de sua doutrina (Mt 7.29). Após sua ascensão, os discípulos deram continuidade ao seu ministério, pois Ele deixara-lhes bem explícito que o ensino bíblico tem de acompanhar necessariamente a pregação do Evangelho (Mt 28.19,20). O Espírito Santo concede o dom de ensinar à sua igreja, objetivando a edificação dos santos (Ef 4.12). Uma igreja pentecostal autêntica ama e dá toda a prioridade ao ensino da Palavra de Deus.

2. O exemplo da igreja em Antioquia. Em Antioquia, havia profetas e doutores, pois esta igreja era indubitavelmente pentecostal (At 13.1). E o ensinar, nesse caso, não é uma mera capacidade humana, nem uma conquista acadêmica, mas um dom ministerial concedido pelo Espírito Santo (1 Co 12.28; Rm 12.7; Ef 4.11,12). Nas Escrituras Sagradas, o ensino sempre recebeu especial destaque.

Muita meninice que vemos por aí deve-se à falta do ensino bíblico. Nesses tempos difíceis e trabalhosos, faz-se imperioso que os crentes sejam incentivados a estudar a Bíblia Sagrada. E que a igreja invista na qualificação e aperfeiçoamento de seus professores (1 Tm 4.13). Uma igreja pentecostal destaca-se pelo ensino bíblico ortodoxo, pois somente assim conservaremos acesa a chama do Espírito Santo (1 Ts 5.19).

3. A ortodoxia do ensino bíblico. O ensino das Escrituras deve ser, acima de tudo, ortodoxo. A palavra ortodoxia significa “absoluta conformidade com um princípio ou doutrina bíblica”. Todo ensino bíblico-doutrinário tem de estar de acordo com a mensagem divina revelada na Bíblia Sagrada.

Por conseguinte, uma igreja autenticamente pentecostal acha-se edificada “sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra de esquina; no qual todo edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor” (Ef 2.20,21). Mantenhamo-nos, pois, fiéis à sã doutrina.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

 

A igreja pentecostal genuína prioriza o ensino da Palavra de Deus.

 

 

 

III. A IGREJA PENTECOSTAL NÃO DEVE DESCUIDAR DO SERVIÇO SOCIAL E DA COMUNHÃO

 

1. O serviço social. Tanto a evangelização quanto a assistência social fazem parte da missão integral da Igreja de Cristo. Tomemos o exemplo do próprio Senhor. Ele e seus discípulos iam de cidade em cidade anunciando o Evangelho, mas não descuravam dos que tinham fome (Lc 8.1; Lc 9.37).

A Igreja Primitiva, instruída pelo Espírito Santo, entendeu que a sua missão também compreendia assistir aos necessitados (At 4.34,35). Com a mensagem evangelizadora, ofertamos aos pecadores o pão que desce do céu; por intermédio do serviço social, oferecemos aos necessitados o pão que brota da terra (Tg 2.14-17).

2. Atender aos necessitados. Como a igreja pode afirmar ser cheia do Espírito Santo se não atende aos necessitados? Socorrê-los é antes de tudo um preceito bíblico (Dt 15.11; Sl 41.1; Tg 2.14-16). Jesus jamais se esqueceu dos pobres e a igreja também não haverá de olvidá-los. Assim procederam os cristãos primitivos (Cl 2.10).

3. Comunhão. A comunhão cristã é o vínculo de unidade fraternal que, sustentada pelo Espírito Santo, constrange os crentes a se sentirem um só corpo em Jesus Cristo. Esta era uma das marcas da Igreja Primitiva (At 2.42). A igreja que prima pela comunhão demonstra, na prática, a plenitude do Espírito Santo; cada um de seus membros vive harmoniosamente como irmãos em Cristo (Sl 133.1). Quanto às inimizades, iras, pelejas e dissensões, tais coisas são próprias dos que alimentam as obras da carne (1 Co 3.1-3; Gl 5.20).

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

 

A igreja pentecostal não deve descuidar do serviço social e da comunhão.

 

 

 

CONCLUSÃO

 

Uma igreja autenticamente pentecostal evangeliza, ensina, ajuda os necessitados e mantém os seus membros em plena comunhão conforme recomenda a Palavra de Deus. Pentecostalismo não é só falar em línguas estranhas; vai muito além. Segundo o teólogo Anthony D. Palma, “o batismo com o Espírito Santo tem que ser mais do que uma doutrina; tem de ser uma experiência vital e produtiva na vida dos crentes e seu testemunho no mundo”.

 

VOCABULÁRIO

 

Parco: Escasso
Primar: Dar preferência.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

LEBAR, L. E. Educação que é Cristã. 1.ed., RJ: CPAD, 2009.
PEARCEY, N. Verdade Absoluta: Libertando o Cristianismo de seu cativeiro cultural. 1.ed., RJ: CPAD, 2006.
PETERS, G. W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed., RJ: CPAD, 2000.
STOTT, J. R. W. Cristianismo Equilibrado. RJ: CPAD.

 

EXERCÍCIOS

 

1. De acordo com a lição, quais são as quatro principais ações da igreja?

R. Pregar, fazer discípulos, batizar e ensinar.

 

2. O que contribui para o crescimento de uma igreja?

R. Evangelizar, fazer discípulos e ensinar na direção e na unção do Espírito Santo.

 

3. Qual o significado da palavra ortodoxia?

R. Absoluta conformidade com um princípio ou doutrina bíblica.

 

4. De acordo com a lição, uma igreja autenticamente pentecostal acha-se edificada sobre qual fundamento?

R. Sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra de esquina.

 

5. O que significa comunhão?

R. A comunhão cristã é o vínculo de unidade fraternal que constrange os crentes a se sentirem um só corpo em Jesus Cristo.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

 

Subsídio Educacional

 

Seguindo o Mestre em Ensinar

“Jesus era o Mestre de quinta-essência. Ele fornece o padrão de ensino, o exemplo de perfeição da Pedagogia. Ele era a autoridade e o protótipo máximos do ensino, ainda que nunca tivesse discutido o assunto. Suas ações modelaram a disciplina.

Embora se tenha escrito mais sobre Jesus como pessoa do que qualquer outra figura da História, Seu papel como Mestre tem sido um tanto quanto minimizado, talvez por causa da reação negativa à imagem de mestre que caracterizou o liberalismo do século XIX. Herman Harrell Horne nomeia essa negligência de ‘uma mina inexplorada’.

No Novo Testamento, mais de quarenta epítetos descrevem a pessoa e obra de Jesus Cristo. Por exemplo, Ele é Senhor, Messias, Salvador, Filho de Deus, Filho do homem, etc. Às vezes, é frequente enfatizar-se um mais que o outro.

Nos evangelhos, o termo Mestre é uma das designações mais usadas para identificar Jesus; ocorre quarenta e cinco vezes. Em quatorze ocasiões Ele é chamado de Rabi. Assim, é óbvio que uma das proeminentes funções de nosso Senhor durante Seu ministério público foi a de ensinar” (GANGEL, K. O.; HENDRICKS, H. G. Manual de Ensino Para o Educador Cristão:Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. 1.ed., RJ: CPAD, 1999, p.11).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

 

Subsídio Apologético

 

“A compreensão integral do propósito de Deus

Como começar a construir uma cosmovisão cristã? A passagem fundamental é a narrativa da criação em Gênesis, porque é o ponto que devemos examinar a fim de aprender qual era o propósito original de Deus ao criar a raça humana. Com a entrada do pecado, os seres humanos saíram do trajeto, afastaram-se do caminho, perderam-se. Porém, quando aceitamos a salvação em Cristo, somos recolocados no caminho certo e restaurados ao nosso propósito original. A redenção não é somente ser salvo do pecado, mas também ser salvo para algo — retomar a tarefa para a qual fomos originalmente criados (grifo nosso).

E qual era a tarefa? Em Gênesis, Deus dá o que chamaríamos de a primeira descrição de cargo: ‘Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a...’ (Gn 1.28) A primeira frase — ‘Frutificai, e multiplicai-vos’ — significa desenvolver o mundo social: formar famílias, igrejas, escolas, cidades, governos, leis. A segunda frase — ‘enchei a terra, e sujeitai-a’ — significa subordinar o mundo natural: fazer colheitas, construir pontes, projetar computadores, compor músicas. Esta passagem é chamada de o mandato cultural, porque nos fala que nosso propósito original era criar culturas, construir civilizações — nada mais.

Isto significa que nossa vocação ou trabalho profissional não é uma atividade de segunda classe, algo que fazemos para pôr comida na mesa. É a grande obra para a qual fomos criados. O modo como servimos ao Deus Criador pode ser demonstrado ao utilizarmos, com criatividade, os talentos e dons que Ele nos deu. Poderíamos dizer que somos chamados a continuar a obra criativa de Deus. Claro que não criamos do nada, ex nihilo, como Deus fez; nosso trabalho é desenvolver a capacidade e potencial que Ele construiu na criação, usando madeira para edificar casas, algodão para fazer roupas ou silício para fazer chips de computador. Embora as modernas instituições sociais e econômicas não se refiram explicitamente ao jardim do Éden, sua justificativa bíblica está fundamentada no mandato cultural” (PEARCEY, N. Verdade Absoluta: Libertando o cristianismo de seu cativeiro cultural. 1.ed., RJ: CPAD, 2006, pp.51,52).

 

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

2º Trimestre de 2011

 

Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé

Comentarista: Elienai Cabral

 

 

 

Lição 12: Conservando a pureza da Doutrina Pentecostal

Data: 19 de Junho de 2011

 

TEXTO ÁUREO

 

Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1 Tm 4.16).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Mantendo-se firme e fiel à Palavra de Deus, a Igreja de Cristo conservará a sã doutrina no poder do Espírito Santo.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Ef 6.11

Armados contra as astutas ciladas do Diabo

 

 

 

Terça - At 19.19

O Evangelho leva ao abandono do ocultismo

 

 

 

Quarta - Mt 10.16

Prudência e simplicidade

 

 

 

Quinta - 1 Co 14.20

Menino na malícia, adulto no entendimento

 

 

 

Sexta - Cl 2.8

Cuidado com as filosofias e vãs sutilezas

 

 

 

Sábado - Cl 2.4

Cuidado com palavras persuasivas

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

2 Timóteo 4.1-4; 2 Pedro 2.1-3.

 

2 Timóteo 4

1 - Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino,

2 - que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.

3 - Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;

4 - e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.

 

2 Pedro 2

1 - E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.

2 - E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade;

3 - e, por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.

INTERAÇÃO

 

Professor, você terá a oportunidade ímpar de ensinar a respeito da importância de se conservar a pureza da doutrina pentecostal. Nestes últimos dias temos visto que muitos crentes, por falta de conhecimento bíblico, estão sendo enganados pelas artimanhas teológicas dos falsos profetas e falsos mestres. Infelizmente, algumas igrejas pentecostais não priorizam mais o estudo sistemático da Palavra de Deus fazendo com que seus membros tornem-se “presas” fáceis dos falsificadores da Palavra. Por isso, no decorrer da lição, enfatize o fato de que precisamos nos manter firmes e fiéis às Sagradas Escrituras a fim de que possamos desmascarar os enganos de Satanás. Precisamos estar atentos, procurando seguir a recomendação bíblica: “Examinai tudo” (1 Ts 5.21).

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Saber que atualmente muitos falsos profetas e mestres têm tentado macular a Igreja.
  • Compreender que Satanás tem usado de sutilezas para enganar os crentes.
  • Conscientizar-se de que a Igreja é a guardiã da sã doutrina.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Professor, inicie a lição escrevendo no quadro as seguintes palavras: instrução e ensino. Depois pergunte aos alunos qual a relação dessas duas expressões com o vocábulo “doutrina”. Ouça os alunos com atenção e explique que em o Novo Testamento, a palavra grega mais usada para doutrina é didachē, cujo significado pode ser traduzido como “instrução” ou “ensino”. Em seguida explique que doutrina é a “exposição sistemática e lógica das verdades extraídas da Bíblia, visando o aperfeiçoamento do crente”. Conclua enfatizando que não podemos descuidar da doutrina, ou seja, do ensino, a fim de que não venhamos ser alcançados pela avalanche de heresias que tem assolado algumas igrejas.

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Palavra Chave

Doutrina: Ensino, instrução dos princípios bíblicos.

 

Como manter a pureza da doutrina pentecostal? O que fazer para evitar que a Igreja seja vitimada pelos falsos mestres e doutores? Na lição de hoje, veremos por que a Igreja, a guardiã da sã doutrina, deve manter-se sempre alerta, a fim de não ser enganada por ensinos que, apesar de sua aparente piedade, procuram destruir a pureza dos santos, arrastando-os à heresia e, finalmente, à apostasia.

 

I. FALSOS DOUTORES E PROFETAS

 

1. Uma avalanche de heresias. Lamentavelmente, na atualidade, algumas igrejas pentecostais têm sido invadidas por uma avalanche de heresias e apostasias (1 Tm 4.1). Não podemos fechar os olhos aos absurdos que, sorrateiramente, têm entrado nas igrejas e chegado aos púlpitos, por intermédio de falsos mestres e pregadores que, literalmente, blasfemam o caminho da verdade com inovações doutrinárias, em nome de uma espiritualidade que não acha base na Bíblia (2 Tm 4.3). Dentre elas podemos mencionar o culto aos anjos, o uso de amuletos que “estimulam a fé”, o triunfalismo, etc (Cl 2.18).

2. Falsos mestres e falsos profetas. Orientado peio Espírito Santo, o apóstolo Pedro advertiu a igreja a respeito dos falsos mestres e líderes, que disseminam o engano entre o povo de Deus; homens presunçosos, que com os seus ensinos fraudulentos, acabam por corromper a sã doutrina. Esses pseudopregadores e mestres levam muitas pessoas a seguir suas dissoluções, “introduzindo encobertamente heresias de perdição” (2 Pe 2.1). Estes, a fim de agradar as pessoas e delas tirar vantagem, adulteram a Palavra, levando os crentes a pecar (2 Tm 4.3).

3. A falta do estudo bíblico no meio pentecostal. Se quisermos preservar a sã doutrina, precisamos voltar a priorizar o estudo da Palavra de Deus (2 Tm 3.15-17). Atualmente, muitos já não querem estudar, de modo sistemático, a Bíblia. O Senhor sempre desejou que o seu povo fosse instruído na Palavra (Js 1.8; Sl 1.2), pois ela é a luz que dissipa o engano e as trevas (Sl 119.105). Você tem se dedicado ao estudo sistemático da Palavra de Deus?

O ouvinte da pregação deve ser também um estudante da Bíblia, averiguando na Palavra a veracidade daquilo que ouve (At 17.11). Siga o exemplo do salmista: “Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia!” (119.97).

A Palavra de Deus nos torna sábios para a salvação (2 Tm 3.15), santifica-nos (Jo 17.17), e leva-nos a conhecer mais profundamente ao Senhor (Os 6.3).

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

 

Falsos mestres e profetas, com seus ensinos fraudulentos, vêm de modo sorrateiro corrompendo a sã doutrina.

 

 

 

II. A SUTILEZA DE SATANÁS NO FIM DOS TEMPOS

 

1. Os ardis de Satanás. Satanás é astuto e usa de sutilezas para enganar e macular a Igreja do Senhor. Os falsos mestres e profetas utilizam vários disfarces para semear suas heresias (2 Ts 2.15). Dissimuladamente, escondem suas reais intenções e apresentam-se como ovelhas; interiormente, porém, são lobos predadores. O Senhor Jesus adverte-nos quanto a estes: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mt 7.15). Oremos e vigiemos (Mt 26.41a) para não virmos a cair nas muitas ciladas do Diabo.

2. Palavras persuasivas. Paulo adverte os crentes de Colossos a que não sejam enganados pelos falsos mestres (Cl 2.4). Eles empregavam palavras bonitas e raciocínio capcioso, a fim de enganar e seduzir os salvos. Tomemos cuidado para não sermos presas desses mestres do engano, dando ouvidos a espíritos enganadores (1 Tm 4.1).

3. “Ninguém vós faça presa sua”. Satanás lança mão de todos os meios possíveis para induzir ao erro o povo de Deus. Como igreja do Senhor, estejamos devidamente preparados, alicerçados na Palavra de Deus, para detectar e combater suas muitas sutilezas. A Bíblia adverte-nos: “Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas [...]” (Cl 2.8). Um dos maiores desafios da igreja nestes últimos dias é lutar contra os ardis e enganos do Inimigo.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

 

Como igreja do Senhor devemos estar preparados, alicerçados na Palavra, para detectar e combater as sutilezas de Satanás.

 

 

 

III. A IGREJA É A GUARDIÃ DA SÃ DOUTRINA

 

1. A sã doutrina. A igreja deve preservar a sã doutrina, mas só conseguirá tal intento mediante o estudo sistemático e ortodoxo da Palavra de Deus (Tt 2.1). Ainda que alguns na atualidade não dêem a devida importância à doutrina bíblica, sabemos da sua necessidade face aos perigos espirituais que rondam a Igreja do Senhor nesta era pós-moderna.

O Senhor adverte-nos, em sua Palavra, de que nos últimos tempos haveria grande rebeldia e apostasia: “Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1 Tm 4.1).

Se a igreja não estiver atenta à voz do Espírito Santo e comprometida com o ensino bíblico ortodoxo, muitos crentes deixarão de amar a verdade, desviando-se da fé genuína em Cristo. Segundo a Palavra de Deus, nestes dias que antecedem a manifestação do Anticristo, haverá um tempo de grande apostasia (2 Ts 2.3,4). Redobremos a vigilância!

2. Examinemos tudo. Paulo exortou a igreja de Tessalônica: “Examinai tudo. Retende o bem” (1 Ts 5.21). Toda e qualquer manifestação espiritual precisa ser examinada e avaliada segundo a Palavra de Deus. Vivemos tempos difíceis, de muita heresia e engano. Como discernir o verdadeiro do falso? Podemos identificar a fonte da mensagem, dos milagres, visões ou revelações, de duas maneiras: mediante o conteúdo doutrinário (Hb 5.14), ou mediante a revelação do Espírito Santo — o dom de discernimento (At 5.1-5). O crente não pode deixar-se levar pelos sinais e manifestações sobrenaturais, sem antes ter a certeza de que a sua origem é divina (1 Jo 4.1-3).

3. Sólido mantimento. O crente deve desejar o crescimento espiritual e o alimento sólido (Hb 5.14), a fim de discernir bem todas as coisas (1 Co 2.15). Você está crescendo em sua vida espiritual? São cem anos de Assembleia de Deus no Brasil; somos uma igreja adulta, onde já não há espaço para meninices. O crente espiritual tem “fome” da Palavra de Deus e deseja buscar o leite puro, sem falsificações: “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo” (1 Pe 2.2). Muitos estão sofrendo física e espiritualmente por não estar se alimentando corretamente.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

 

A Igreja de Cristo é responsável peia preservação da sã doutrina.

 

 

 

CONCLUSÃO

 

A igreja deve estar alicerçada nas Escrituras Sagradas para combater, com vigor e eficácia, as forças do mal, que se levantam contra o Evangelho de Cristo. Toda e qualquer atividade espiritual deve ser examinada à luz da Palavra de Deus. A igreja deve primar pela ortodoxia bíblica, não permitindo que os modismos, baseados em experiências pessoais, sejam colocados acima dos princípios das Sagradas Escrituras.

 

VOCABULÁRIO

 

SEM OCORRÊNCIAS.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

HORTON, S. M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 1996.
ANDRADE, C. As Verdades Centrais da Fé Cristã. 1.ed., RJ: CPAD, 2006.

 

EXERCÍCIOS

 

1. Qual foi a orientação de Pedro em relação aos falsos mestres e líderes?

R. Ter cuidado, pois estes “introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão ao Senhor que os resgatou”.

 

2. De acordo com a lição, se quisermos preservar a são doutrina o que devemos priorizar?

R. O estudo sistemático da Palavra de Deus.

 

3. Cite um texto bíblico onde o Senhor Jesus nos adverte quanto aos falsos mestres e falsos profetas.

R. “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vos vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mt 7.15).

 

4. Qual foi a exortação de Paulo à igreja de Tessalônica?

R. “Examinai tudo. Retende o bem” (1 Ts 5.21).

 

5. De acordo com a lição, como podemos identificar a fonte da mensagem, dos milagres, visões ou revelações?

R. De duas maneiras: mediante o conteúdo doutrinário, ou mediante a revelação do Espírito Santo — dom de discernimento.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

 

Subsídio Apologético

 

“Apostatando da Fé.

‘Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios’ (1 Tm 4.1). Paulo escreveu ao jovem Timóteo, há quase dois mil anos, alertando quanto aos perigos da apostasia.

Apostasia — gr. apostasia — quer dizer ‘desvio’, ‘afastamento’, ‘abandono’; no texto bíblico, sempre significa abandono ou desvio da fé em Jesus. Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, a apostasia na igreja será de dois tipos — ‘apostasia teológica’ e ‘apostasia moral’. Na primeira, observamos os desvios doutrinários. Na segunda, são manifestos comportamentos contrários à santidade requerida por Deus em sua Palavra (cf. Hb 12.14; 1 Pe 1.15,16). Muitas igrejas permitirão quase tudo, para terem muitos membros, dinheiro, sucesso e prestigio (cf. 1 Tm 4.1).

‘O evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por Cristo (Fp 1.29), de renunciar todo pecado (Rm 8.1 3), de sacrificar-se pelo reino de Deus e de renunciar a si mesmo será algo raro’ (Mt 24.12; 2 Tm 3.1-5; 4.3). É uma característica dos tempos pós-modernos em termos religiosos. Há muitas igrejas e seitas no mundo.

Entretanto, em relação à Igreja de Jesus, há muitos desvios nos últimos tempos. Certamente, em toda a história da Igreja, nunca houve tanta apostasia quanto no século passado e no início do presente século 21” (RENOVATO, E. Perigos da Pós modernidade. 1.ed., RJ: CPAD, 2007, pp.16-7).

 

 

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

2º Trimestre de 2011

 

Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé

Comentarista: Elienai Cabral

 

 

 

Lição 13: Aviva, ó Senhor, a Tua Obra!

Data: 26 de Junho de 2011

 

TEXTO ÁUREO

 

Porque derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes” (Is 44.3).

 

VERDADE PRÁTICA

 

O avivamento só é possível quando a Igreja de Cristo se volta ao estudo sistemático e à obediência incondicional da Bíblia Sagrada.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - 2 Cr 7.14

Buscando a Deus

 

 

 

Terça - Jr 33.3

Clamando a Deus

 

 

 

Quarta - Os 6.3

Conhecendo a Deus

 

 

 

Quinta - Ed 7.10

Conhecendo a Palavra de Deus

 

 

 

Sexta - Dt 28.1-14

Obedecendo os preceitos de Deus

 

 

 

Sábado - Hb 4.16

Chegando com confiança ao trono da graça

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Atos 19.1-6,11,12,18,19.

 

1 - E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos,

2 - disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.

3 - Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados, então? E eles disseram: No batismo de João.

4 - Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.

5 - Eos que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.

6 - E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam.

11 - E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias,

12 - de sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam.

18 - Muitos dos que tinham crido vinham, confessando e publicando os seus feitos.

19 - Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros e os queimaram na presença de todos, e, feita a conta do seu preço, acharam que montava a cinquenta mil peças de prata.

 

INTERAÇÃO

 

Professor, com a graça de Deus chegamos ao final de mais um trimestre. Este foi um período bem especial onde comemoramos o Centenário das Assembleias de Deus no Brasil. Cem anos de pentecostalismo clássico. Como Igreja do Senhor não podemos deixar que essa chama venha a apagar-se, pois precisamos cumprir integralmente, até a vinda do Senhor Jesus, a nossa missão (Mt 28.19,20). Ore de modo especial por esta última aula e permita que o Espírito Santo use a sua vida a fim de que sua classe venha experimentar um genuíno avivamento espiritual.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Compreender que a Igreja do Senhor, na atualidade, precisa buscar um autêntico avivamento espiritual.
  • Saber que um genuíno avivamento gera mudança de vida.
  • Conscientizar-se de que é tempo de buscarmos a face de Deus.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Professor, inicie a aula perguntando: “O que é um avivamento?”. Ouça com atenção os alunos e diga que, segundo Robert Coleman, “o avivamento torna-se evidente pela mudança operada no coração pelo Espírito Santo”. Explique que a ideia de avivamento, tanto no Antigo quanto em o Novo Testamento, sugere um “retorno de algo à sua natureza e propósito”. Mostre que Deus sempre estabelece condições para que uma renovação espiritual aconteça. Escreva, no quadro, algumas dessas condições relacionadas abaixo e discuta com os alunos a respeito de cada uma delas:

 

Condições para um avivamento

 

      Buscar a Deus;

      Submeter-se à Palavra do Senhor;

      Confissão de pecados;

      Arrependimento;

      Mudança de vida.

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Palavra Chave

Avivamento: Retorno de algo à sua verdadeira natureza e propósito.

 

Da mesma forma que Deus avivou Daniel Berg e Gunnar Vingren a trazerem ao Brasil o Movimento Pentecostal, Ele desperta-nos, agora, a levar a flama do Pentecostes aos confins da terra, na direção, no poder e na unção do Espírito Santo. Submetamo-nos, pois, à sua vontade e roguemos-lhe por um avivamento que nos impulsione a expandir o seu Reino dentro e fora de nossas fronteiras.

Jesus Cristo não mudou. Ele é o mesmo que, há cem anos, acendeu a chama do Pentecostes em nosso país. Cabe-nos, agora, manter acesa e ardente essa flama.

 

I. BUSCANDO O AVIVAMENTO

 

1. O Livro da Lei é encontrado. Ainda bem jovem, o rei Josias foi despertado a restaurar a vida espiritual de Judá e a reformar o Santo Templo. Durante a reparação da Casa de Deus, o sumo sacerdote Hilquias encontrou o Livro da Lei que se havia perdido (2 Cr 34.8-17). Pondo-se a ouvir a Lei de Deus, o monarca, num gesto de profunda dor e contrição, rasgou as vestes, expondo toda a sua dor (2 Cr 34.19). Conscientiza-se ele de que Israel havia transgredido os mandamentos divinos, pecando contra o Senhor (2 Cr 34.20,21). E o castigo divino fez-se inevitável.

Constrangido, ajuntou o povo, a fim de que ouvisse a Palavra de Deus e, arrependido, renovasse o seu conserto com o Eterno (2 Cr 34.29-33). Aquele avivamento trouxe maravilhosos resultados ao Reino de Judá. Puseram-se os judeus, temerosos, mas com o coração pleno de júbilo, a celebrar as festas do Senhor (2 Cr 35.18).

Por conseguinte, nenhum avivamento é possível sem um retorno incondicional à Palavra de Deus.

2. Quando a Palavra de Deus é ensinada. Os judeus haviam apostatado de sua fé e se rebelado contra o Senhor (Ed 10.2,3). Por causa disso, Deus os expulsara de sua boa e ampla terra, exilando-os em Babilônia durante setenta anos. Terminado o período de disciplina, Jeová usa diversos reis gentios para reconduzi-los à terra de seus ancestrais (Ed 1.1; 7.1-28). Deus, então, instrumentaliza o sacerdote e escriba Esdras para constranger o povo a estabelecer um novo concerto com o Senhor, através do qual seriam restaurados mediante um grande avivamento.

O avivamento no tempo de Esdras também teve início com a volta incondicional de todos ao estudo e à obediência da Palavra de Deus (Ed 7.10). Nessa tarefa, Esdras foi auxiliado pelo sábio administrador Neemias que, além de restaurar os muros de Jerusalém que Nabucodonosor havia derribado, proporcionou-lhe as condições necessárias para que ensinasse ao povo a Palavra de Deus.

3. Os frutos do avivamento. Juntamente com Esdras, Neemias iniciou um processo de reorganização nacional que culminaria com a restauração moral e espiritual da nação judaica (Ne 8.12-18). Os frutos do avivamento não tardaram a aparecer: estudo da Palavra de Deus, oração, adoração (Ne 8.1-18), confissão de pecados (Ne 9.1-38) e o desejo de cumprir e obedecer os estatutos do Senhor (Ne 10.29). Observe que tudo começou com o estudo da Palavra de Deus. Você quer realmente um avivamento? Volte ao ensino da Palavra e os tempos de refrigério não tardarão a chegar.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

 

Deus usou alguns de seus servos para que o seu povo experimentasse um autêntico avivamento.

 

 

 

II. O CLAMOR DO PROFETA HABACUQUE

 

1. Um homem preocupado com o estado espiritual de seu povo. Habacuque, apesar de seus questionamentos, sempre demonstrou uma fé inabalável na soberania divina (Hc 2.4; 3.17-19). Profeta de Deus, tinha ele consciência do pecado de seu povo e do juízo que estava prestes a abater-se sobre a sua gente. O que isto significava? Somente um avivamento poderia salvar a Casa de Judá de uma tragédia nacional. Por isso, clama ao Senhor para que desperte a sua obra enquanto ainda havia esperança (Hb 3.1,2).

Clamemos e intercedamos por nosso povo; roguemos por um autêntico avivamento. Que o Senhor tenha misericórdia e torne a manifestar o seu poder sobre nós, trazendo-nos o renovo espiritual.

2. A restauração virá. Mesmo em meio a lutas e adversidades, Habacuque sabe que o Deus que livrara Israel no passado (Êx 14.1-31) agirá mais uma vez, trazendo salvação no presente (Hb 3.18,19). Em seu coração, havia a plena certeza de que um remanescente fiel não haveria de perecer diante de Babilônia. Essa convicção trouxe-lhe alegria e ânimo: “Todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação” (Hc 3.18).

3. Avivamento gera mudança de vida. Habacuque estava ciente de que o povo pecara contra o Senhor. Havia injustiças, violência e idolatria entre o povo de Deus (Hc 2.9-11,17-19). Por conseguinte, fazia-se urgente uma mudança de vida entre os filhos de Israel. Então, o profeta clama por um avivamento (Hc 3.2). Pois somente o Espírito Santo poderia quebrantar aqueles corações e levá-los a arrepender-se de suas iniquidades. Era preciso confissão e abandono dos pecados, para que viessem a se reconciliar com o Senhor. À semelhança de Habacuque, clamemos a Deus para que a igreja destes últimos dias empenhe-se por uma vida de justiça, pureza e santidade e, assim, venha a desfrutar de um genuíno avivamento (1 Jo 1.9).

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

 

O profeta Habacuque, preocupado com a condição espiritual do seu povo, clamou ao Senhor por um avivamento.

 

 

 

III. É TEMPO DE BUSCAR A FACE DE DEUS

 

1. Buscando e conhecendo a Deus. Muitos, por estarem interessados apenas em milagres, curas e prosperidade material, já não buscam a Deus pelo que Ele é. Na verdade, não querem conhecer a Deus, mas somente barganhar com o Senhor. A Bíblia, contudo, através do profeta Oséias, ensina-nos que devemos agir piedosamente: “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor: como a alva, será a sua saída; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.3). Que possamos ter fome e sede de Deus. Se nos achegarmos a Ele, certamente Ele a nós se achegará (Tg 4.8; Sl 24.3-6).

2. Consagrando-se e entregando-se a Deus. Vivemos num mundo onde as riquezas são cultuadas como se fossem mais importantes do que aquele que é o dono da prata e do ouro (Ag 2.8). Devemos entender, porém, que Deus não está interessado em nossos bens, mas em que atendamos pronta e plenamente as reivindicações de sua Palavra (Mq 6.6). Ele demanda que nos santifiquemos e nos consagremos integralmente a Ele, porque dEle somos (Lv 20.26). Não nos conformemos, pois, nem com a vida nem com o modo de pensar deste mundo (Rm 12.2). Dediquemo-nos à oração, entregando-nos como “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12.1), para continuarmos como sal da terra e luz neste mundo que jaz do maligno.

3. Confessando e abandonando os pecados. Mostra-nos a Bíblia que os avivamentos experimentados pelo povo de Deus foram marcados por contrição, confissão e abandono de pecados, e principalmente pela volta à Palavra de Deus (Ne 9; 2 Cr 34.19,30-33; Ed 8.21; Jl 2.13). Sem corações contritos e quebrantados não há avivamento (Sl 51.17). Deus revela-se compassivo e misericordioso com aqueles que o buscam e arrependem-se de seus pecados e iniquidades.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

 

Como Igreja de Cristo precisamos buscar mais a face de Deus para que possamos cumprir a nossa missão.

 

 

 

CONCLUSÃO

 

A exemplo de Habacuque, clamemos por um avivamento. Que o nosso clamor seja uníssono: “Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2). Sim, aviva, ó Senhor, a tua obra. Amém.

 

VOCABULÁRIO

 

Uníssono: Uma só voz.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

COLEMAN, R. A Chegada do Avivamento Mundial. 1.ed., RJ: CPAD, 1996.
HORTON, S. O Avivamento Pentecostal. 1.ed. RJ: CPAD, 1997.
ANDRADE, C. Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2004.

 

EXERCÍCIOS

 

1. Cite exemplos de homens que buscaram o avivamento no AT.

R. Josias, Esdras e Neemias.

 

2. Qual foi o início do avivamento no tempo de Esdras?

R. O início se deu com a volta incondicional de todos ao estudo e obediência à Palavra de Deus.

 

3. O que um autêntico avivamento pode gerar?

R. Estudo da Palavra de Deus, oração, adoração, confissão de pecados e o desejo de cumprir e obedecer aos estatutos do Senhor.

 

4. O que marcou os avivamentos bíblicos?

R. Contrição, confissão e abandono de pecados.

 

5. Você tem buscado em Deus um avivamento para sua vida, família e igreja?

R. Resposta livre.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

 

Subsídio Devocional

 

“Deus estabelece condições

Alguns jogam sobre Deus toda a responsabilidade pela renovação espiritual. Sendo humanos, não podemos fazer nada a respeito — simplesmente precisamos esperar no Senhor. Essa ideia realça corretamente a absoluta soberania de Deus. Mas se a soberania de Deus serve para justificar a indiferença, então não está sendo bem compreendida. É certo que os avivamentos são enviados por Deus. Sendo demonstrações da graça soberana, são inteiramente sobrenaturais. Mas Deus não viola sua integridade quando os envia. Os avivamentos precisam estar em harmonia com a Palavra de Deus.

Se as condições divinas são preenchidas, podemos confiar que o avivamento virá. Como disse Charles Finney: ‘O avivamento é o uso correto dos meios adequados. Os meios que Deus prescreveu [...] produzem avivamento. Caso contrário, Deus não os teria prescrito’. Portanto, se precisamos ser renovados, a nossa tarefa é sermos renovados. Se é nossa tarefa, é possível. Billy Graham salienta o mesmo princípio quando afirma: ‘Creio que podemos ter um avivamento sempre que preenchemos as condições de Deus. Creio que Deus é fiel à sua Palavra e que Ele fará chover a justiça sobre nós, se preenchermos suas condições’. Portanto, não é uma questão de Deus ter a capacidade ou o desejo de enviar um avivamento. A questão é: Queremos que se cumpra a vontade de Deus? Se ousarmos pensar sim, então nos comprometeremos a remover de nossa vida todos os obstáculos que poderiam impedir o avivamento. [...] A vontade de Deus é clara. O próximo passo cabe a nós” (COLEMAN, R. A Chegada do Avivamento Mundial. 1.ed., RJ: CPAD, 1996, pp.37-8).

fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net