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lições CPAD doutrinas Pentecostais 3 trim-2006
lições CPAD doutrinas Pentecostais 3 trim-2006

                                                              Lições Bíblicas CPAD

                                                     Jovens e Adultos 

                                                  3º Trimestre de 2006

 

Título: As Doutrinas Bíblicas Pentecostais

Comentarista: Antonio Gilberto 

Lição 1: O derramamento do Espírito Santo prometido

Data: 2 de Julho de 2006 

TEXTO ÁUREO 

De sorte que, exaltado pela destra de Deus e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis” (At 2.33)

VERDADE PRÁTICA 

Deus é infinitamente poderoso para hoje derramar sobre nós o seu Espírito como um rio transbordante, assim como fez no passado.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Mc 1.8

Jesus batiza com o Espírito Santo

 

 

 

Terça - At 1.4

Jesus confirma a promessa do Espírito

 

 

 

Quarta - At 2.39

A promessa do batismo é para todos os salvos

 

 

 

Quinta - Lc 24.49

Poder do alto no batismo com o Espírito

 

 

 

Sexta - At 1.8

Testemunhando com poder pentecostal

 

 

 

Sábado - Ef 5.18

Estejamos sempre cheios do Espírito

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Atos 2.14-21.

 

14 - Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.

15 - Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia.

16 - Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:

17 - E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos;

18 - e também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão;

19 - e farei aparecer prodígios em cima no céu e sinais em baixo na Terra: sangue, fogo e vapor de fumaça.

20 - O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes de chegar o grande e glorioso Dia do Senhor;

21 - e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

 

PONTO DE CONTATO

 

Neste ano comemora-se em todo o mundo o Centenário do Movimento Pentecostal, iniciado em 1906 no interior de um armazém de cereais, na Rua Azusa, Los Angeles, Califórnia. Tal movimento deu-se exatamente pelo zelo e perseverança do pastor William Joseph Seymour, instrumento usado pelo Espírito Santo para espalhar a chama pentecostal a diversas igrejas evangélicas daquela cidade. Não demorou muito para que o fervor espiritual se expandisse até Chicago e, depois, para South Bend, Indiana, cidade onde morava o Pr. Gunnar Vingren. Este piedoso servo de Deus, influenciado pelas boas notícias de renovação espiritual, dirigiu-se a Chicago e lá foi batizado com o Espírito Santo em 1909.

As Lições Bíblicas desse terceiro trimestre têm por objetivo recapitular algumas das principais doutrinas pentecostais ensinadas durante quase um século de existência do Movimento Pentecostal no Brasil.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Explicar as profecias bíblicas relativas ao Dia de Pentecostes.
  • Distinguir a festa judaica de Pentecostes do Pentecostes cristão.
  • Sintetizar a história do avivamento da Rua Azusa.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

O termo “pentecostes”, procede originalmente da festa judaica chamada de “festa das semanas” ou hag shābū’ôt, como descreve o Antigo Testamento (Lv 23.15-25; Dt 16.9-12). Essa festa era comemorada sete semanas depois da Páscoa. Literalmente, o termo significa “festa dos períodos de sete”, em razão de a festa ser comemorada a partir do dia seguinte ao sétimo sábado, após o dia das primícias (Lv 23.15,16). Outra expressão da qual se deriva o vocábulo “pentecostes” é hamîshîm yôn, que significa “festa dos cinqüenta dias” (Lv 23.16), termo traduzido pela versão grega do Antigo Testamento, por pentēkonta hēmeras ou “qüinquagésimo dia”. A solene festa de Pentecostes é chamada no Antigo Testamento de “Festa das Semanas”, “Festa das Primícias da sega do trigo”, “Festa da Colheita” e o “dia das primícias” — ocasião em que se apresentavam os primeiros frutos dos campos previamente plantados (Êx 23.16; 34.22; Nm 28.26-31; Dt 16.9-12).

Quanto ao passado, a Festa de Pentecostes era uma santa celebração em que o adorador oferecia ao Senhor uma oferta voluntária proporcional às bênçãos recebidas do Senhor (Dt 16.10). Mas, no contexto profético, ela é uma referência à efusão do Espírito sobre toda a carne (Jl 2.28; At 2.1-13).

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

O Dia de Pentecostes era celebrado por todos os judeus, tanto os que habitavam a Palestina quanto aqueles que estavam dispersos por todas as partes do mundo de então. Alguns destes judeus e prosélitos não costumavam freqüentar a Festa da Páscoa em Jerusalém, pelo fato de o clima não ser favorável para longas peregrinações. No entanto, quando as condições climáticas estavam favoráveis, ocasião que coincidia com a Festa de Pentecostes, todos convergiam à Jerusalém, capital religiosa do judaísmo.

Com base no exposto acima, e fundamentado no texto de Atos 2.7-13, apresente à classe o mapa das nações representadas no Dia de Pentecostes.

A distância entre Jerusalém e as regiões das quais os devotos procediam, demonstra a importância da festividade sagrada para eles. A festa, portanto, foi uma ocasião estratégica para manifestar o poder de Deus a todas aquelas localidades.

Reproduza o mapa abaixo conforme os recursos disponíveis.

 

 

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Neste ano de 2006 comemora-se em todo o mundo o Centenário do Movimento Pentecostal, no qual situa-se a Assembléia de Deus. A comemoração presta justa homenagem aos pioneiros do Movimento Pentecostal que deixaram suas indeléveis marcas espirituais nos trabalhos que levantaram em meio a muito sofrimento e necessidades.

Que esta comemoração centenária seja uma ocasião para que a igreja, numa firme determinação diante de Deus, mantenha a pureza doutrinária, os princípios e as verdades bíblicas que norteiam o seu caminhar, inclusive, no que concerne à Pessoa, às operações e ministrações do Espírito Santo, segundo as Escrituras.

 

I. A PROMESSA DO PENTECOSTES E SUA GRANDEZA (vv.16-18)

 

Foi o profeta Joel, no Antigo Testamento, a quem Deus revelou com mais detalhes o derramamento do Espírito nos últimos tempos (Jl 2.23-32). Joel foi, talvez, o primeiro dos profetas literários (profetas que escreveram suas mensagens), o que salienta ainda mais a sua profecia sobre o Pentecostes (At 2.16-21,33). O termo “Pentecostes”, nesta lição, é uma referência ao batismo com o Espírito Santo, e não à festa judaica de mesmo nome que ocorria cinqüenta dias após a páscoa (At 2.1; 20.16; 1 Co 16.6).

1. “Derramarei o meu Espírito” (v.17). Assim diz Deus neste versículo. Isso fala de grande abundância e fartura espirituais, qual um rio que enche até transbordar em suas margens, mediante chuvas volumosas. Quando tal poder desce sobre a igreja, ela se torna como um incontável, poderoso e invencível exército, como está profetizado em Ezequiel 37.10. Os discípulos mudaram muito para melhor, após serem revestidos desse poder divino no cenáculo em Jerusalém. É só comparar o desempenho deles nos Evangelhos, como eram e o que faziam, com o relato de suas vitórias no livro de Atos, após a experiência pentecostal do capítulo 2.

2. A profecia de Joel (Jl 2.28-32). Os versículos 28 a 32 de Joel, no texto hebraico, perfazem um capítulo à parte — o 3. De fato, a grandeza e o alcance do assunto desta passagem — o futuro derramamento do Espírito sobre a igreja — requer um capítulo à parte! Esta sublimidade, pode ser relacionada ao que está revelado em 2 Coríntios 3.7-12, principalmente o v. 8, que diz: “Como não será de maior glória o ministério do Espírito?” Aleluia! Esta passagem, juntamente com Romanos 8, é uma das mais ricas de toda a Bíblia sobre o indizível e glorioso ministério do Espírito nesta era da igreja. Ler Is 55.1; 44.3.

 

II. A PROMESSA DO PENTECOSTES E SUA UNIVERSALIDADE (vv.17,18).

 

Nos tempos do Antigo Testamento, o Espírito Santo, por via de regra, permanecia entre os fiéis (Ag 2.5; Is 63.11). Há poucos casos de homens a quem Deus encheu do seu Espírito para missões específicas, como os costureiros de Êxodo 28.3; Bezalel (Êx 31.3; 35.31); e Josué (Dt 34.9).

1. Habitação do Espírito. Nesta dispensação da igreja, isto é, do corpo místico dos salvos em Cristo, o Espírito habita em toda pessoa por Ele regenerada e salva por Jesus (Jo 14.16,17; 1 Jo 4.13; Rm 8.9). Ao mesmo tempo, Jesus também quer batizar os crentes com o Espírito Santo, revestindo-os com poder para o serviço do Senhor (At 1.5; 2.1-4, 32, 33; Lc 24.49). Foi essa capacitação sobrenatural nos crentes dos primeiros tempos, o segredo do rápido e vitorioso avanço do reino de Deus, apesar das limitações, sofrimentos e perseguições. Não há outra explicação. Hoje, com tantos recursos da ciência moderna, saberes e técnicas aprendidas nas escolas, o avanço é lento e, às vezes, quase nenhum. É a diferença entre a requintada armadura de Saul sem o Espírito de Deus (1 Sm 16.14), e o jovem Davi desprovido dela, mas ungido e possuído pelo Espírito Santo (1 Sm 16.13).

2. “Sobre toda a carne” (v.17). Isso fala de algo da parte de Deus para todos, em todos os países, povos e raças do mundo. Também de imparcialidade.

a) “Vossos filhos e vossas filhas”: Para a família, o lar; também, sem distinção de sexo.

b) “Vossos jovens e vossos velhos”: Sem distinção de idade, pois Deus quer usar a todos, de um modo ou de outro.

c) “Servos e servas”: Não há discriminação social. Deus abençoa os que são pequenos em si mesmos, mas elevados no Senhor (Sl 115.13; Hb 8.11).

Este manancial está a fluir desde o Dia de Pentecostes. O v.16 afirma: “isto é o que foi dito pelo profeta”. Não é apenas para o futuro, mas também para os dias atuais.

 

III. A PROMESSA DO PENTECOSTES E SUA RIQUEZA (vv.17,18).

 

1. Os dons espirituais. Juntamente com a promessa divina está escrito: “e profetizarão” (vv.17,18).

O batismo com o Espírito Santo abre caminho para a manifestação dos dons espirituais, segundo a vontade e propósitos do Senhor. Um desses gloriosos dons é o de profetizar pelo Espírito Santo, como consta em 1 Co 12.4-11,28; 14.1-6,22,24,29-32; Rm 12.6-8; Ef 4.11.

2. Os sinais sobrenaturais (Marcos 16.17,18): Milagres, cura divina, línguas estranhas, expulsão de demônios (At 2.43b). No desempenho do ministério de Jesus a operação de “maravilhas, prodígios e sinais” (At 2.22) eram precedidos pelo ensino e pregação (Mt 4.23; 9.35). O nosso ministério hoje não deve ser diferente; para isso o Espírito Santo foi enviado por Deus para nos capacitar.

 

IV. A PROMESSA DO PENTECOSTES E SUA FUTURIDADE (vv.19,20).

 

1. Futuro profético. A vinda do Espírito Santo no Dia de Pentecostes para dotar os crentes de poder, não se limita aos tempos atuais, mas adentra o futuro profético. Os sinais sobrenaturais esboçados nos vv. 19 e 20, bem como em outras passagens correlatas, aguardam cumprimento futuro. A efusão do Espírito terá a sua plenitude durante o Milênio no reinado do Messias, como prediz Isaías 32.15-17. É justo crer que no reino do Messias, o Espírito será amplamente derramado (Zc 12.10; Ez 39.29).

2. A promessa divina do Pentecostes em Joel 2.28. Esta promessa diz “derramarei o meu Espírito”; ao passo que no cumprimento em Atos 2.17, a Palavra diz “do meu Espírito derramarei”, denotando um derramamento parcial. Certamente isso foi revelado por Deus a Paulo, quando em Rm 8.23, fala em “primícias do Espírito”.

3. A profecia pentecostal de Joel 2.23. Esta profecia prediz a chuva “temporã” e a “serôdia”. O mesmo está dito em Tiago 5.7,8.

a) Chuva temporã. Na Bíblia, “chuva temporã” é uma referência ao Oriente Médio, em se tratando de agricultura, às primeiras chuvas de outono (fins de outubro), logo após a semeadura, para a germinação das sementes e crescimento das plantinhas.

b) Chuva serôdia. São as últimas chuvas que precedem a colheita (fins de março), quando os grãos já estão amadurecidos. Profeticamente, como em Jl 2.23; Tg 5.7,8; Os 6.3, a “chuva serôdia” do Espírito Santo da promessa (Ef 1.13), precederá a superabundante colheita espiritual para o reino de Deus.

 

V. A PROMESSA DO PENTECOSTES ABARCA A SALVAÇÃO (v.21).

 

1. “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. Em o nome do Senhor há poder para salvar em todo e qualquer sentido. Aqui, o original é “kyrios”, isto é, Jesus como o supremo Senhor de tudo e de todos. Ver Rm 10.9, 13; Fp 2.9-11. Este nome salva (At 4.12); protege (Sl 20.1); cura (At 3.6); expulsa demônios (Mc 16.17); socorre nas emergências e nos apertos (Sl 124.8). O Senhor Jesus reiteradamente falou sobre a vinda do Espírito Santo, o Consolador, para ficar conosco. Isto destaca a missão do Espírito na Terra (Jo 7.39; 14.16,17,26; 15.26; 16.7,13; Lc 24.49; At 1.4,5,8).

2. Fonte de Vida. Em João 7.38, 39, Jesus falou do Espírito Santo sobre o crente, como um rio caudaloso e transbordante, o que fala de vida, subsistência, movimento, ruído, energia, destinação e renovação. Assim deve ser uma igreja realmente avivada pelo Espírito.

3. Trajetória de poder. Na história da igreja no livro de Atos, ela inicia sua trajetória com “grande poder” (4.33), e, encerra com “grande contenda” (28.29). O poder procede de Deus; a contenda dos homens. A origem do poder está em Deus (Sl 62.11); da contenda, no orgulho humano (Pv 13.10). Que Deus nos guarde e nos livre disso. Um povo avivado pelo Espírito, deve, pela vigilância, evitar dissensões em qualquer lugar, e por onde andar.

 

CONCLUSÃO

 

Como é notório, muitas inovações, modismos e práticas descabidas e antibíblicas vêm afetando o genuíno Movimento Pentecostal, inclusive a Assembléia de Deus. Precisamos voltar sempre ao cenáculo para receber mais poder (Ef 5.18), mas igualmente, manter a “sã doutrina” do Senhor (Tt 2.1,7; 1 Tm 4.16). Busquemos um maior e contínuo avivamento espiritual, segundo a doutrina bíblica, como fez o salmista: “Vivifica-me segundo a tua Palavra” (Sl 119.25,154).

 

VOCABULÁRIO

 

Antibíblico: Contrário e oposto a Bíblia.
Centenário: Período de cem anos; um século.
Contenda: Debate; disputa; combate; controvérsia.
Esboçar: Traçar os contornos; delinear; projetar.
Indizível: Que não se pode dizer; maravilhoso; inefável.
Reiterar: Repetir; relembrar.
Sublime: Elevado; admirável; excelso; excelente.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

ARRINGTON, F.L.; STRONTAD, R. Comentário bíblico pentecostal: Novo Testamento. RJ: CPAD, 2003.
SOUZA, E. A. Nos domínios do Espírito. RJ: CPAD, 1998.

 

EXERCÍCIOS

 

1. Qual o profeta do Antigo Testamento que predisse a efusão do Espírito?

R. O profeta literário Joel.

 

2. A que se refere o termo “Pentecostes” nesta lição?

R. É uma referência ao batismo com o Espírito Santo, e não à festa sagrada judaica de mesmo nome.

 

3. Qual o segredo do avanço do reino de Deus em Atos?

R. O batismo com o Espírito Santo.

 

4. Qual a função dos sinais que acompanham a pregação?

R. Autenticar a mensagem do Evangelho.

 

5. Quando terá total cumprimento a promessa de Joel 2.28-32?

R. De acordo com Isaías 32.15-17, no Milênio.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Teológico

 

1. O Pentecostes Judaico (At 2.1-41). Atos 2 faz uma narrativa do primeiro Dia de Pentecostes depois da ressurreição de Cristo. O Dia de Pentecostes (hēmeras tēs pentēkostēs — ‘o qüinquagésimo dia’) se dava cinqüenta dias depois de 16 de Nisã, o dia seguinte à Páscoa. Também era chamado ‘Festa das Semanas’, porque ocorria sete semanas depois da Páscoa. Por causa da colheita de trigo que acontecia naquele período, era uma celebração da colheita de grãos (Êx 23.16; 34.22; Lv 23.15-21).

2. O Pentecostes Cristão. A festividade judaica do Dia de Pentecostes assume novo significado em Atos 2, pois é o dia no qual o Espírito prometido desce em poder e torna possível o avanço do evangelho até aos confins da Terra. O batismo dos apóstolos com o Espírito Santo no Dia de Pentecostes serve de fundação da missão da Igreja aos gentios. Essa experiência corresponde à unção de Jesus com o Espírito no rio Jordão (Lc 3.21,22).

3. Semelhanças entre a Unção de Jesus e o Pentecostes. O Espírito desceu sobre Jesus depois que ele orou (Lc 3.22); no Dia de Pentecostes, os discípulos também são cheios com o Espírito Santo depois que oram (At 2.14). Manifestações físicas acompanharam ambos os eventos. No rio Jordão, o Espírito Santo desceu em forma corpórea de pomba, e no Dia de Pentecostes a presença do Espírito está evidente na divisão de línguas de fogo e no fato de os discípulos falarem em outras línguas. A experiência de Jesus enfatizava uma unção messiânica para seu ministério público pelo qual Ele pregou o Evangelho, curou os doentes e expulsou demônios; os apóstolos agora recebem o mesmo poder do Espírito. Derramamentos subseqüentes do Espírito em Atos são semelhantes à experiência dos discípulos em Jerusalém. Da mesma maneira que a unção de Jesus (Lc 3.22; 4.18) é um paradigma para o subseqüente batismo dos discípulos com o Espírito (At 1.5; 2.4), assim, o dom do Espírito aos discípulos é um paradigma para o povo de Deus em todos os ‘últimos dias’ de uma comunidade pentecostal do Espírito e da condição de profeta de todos os crentes (At 2.16-21)”.

(ARRINGTON, F. L.; STRONTAD, R. Comentário bíblico pentecostal: Novo Testamento. RJ: CPAD, 2003, p.631.)

 

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

3º Trimestre de 2006

 

Título: As Doutrinas Bíblicas Pentecostais

Comentarista: Antonio Gilberto

 

 

 

Lição 2: O avivamento contínuo da Igreja

Data: 9 de Julho de 2006

 

TEXTO ÁUREO

 

E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29.13).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Avivamento espiritual é uma intervenção divina na vida da igreja, onde e quando Deus quer, em resposta ao clamor do seu povo.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Lv 6.13

Fogo incessante do Espírito em nosso altar

 

 

 

Terça - 1 Sm 7.3

Avivamento real não coexiste com a idolatria

 

 

 

Quarta - 1 Rs 18.30

Reunir o povo e consertar o altar

 

 

 

Quinta - Ez 37.15-17

Avivamento real alcança os afastados e une os separados

 

 

 

Sexta - 1 Rs 18.11,12

Avivamento do Espírito vai além de fenômenos e agitação

 

 

 

Sábado - At 18.8-12

O clima espiritual de um avivamento real

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Apocalipse 3.14-22.

 

14 - E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus.

15 - Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente. Tomara que foras frio ou quente!

16 - Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.

17 - Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu),

18 - aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os olhos com colírio, para que vejas.

19 - Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te.

20 - Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.

21 - Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono.

22 - Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

 

PONTO DE CONTATO

 

A efusão do Espírito Santo sobre os crentes da Rua Azusa foi o centro irradiador do avivamento que se espalhou por todo o mundo do nosso tempo. Foi mediante a liderança do pastor Seymour que fiéis de diversos lugares reuniram-se em um antigo galpão para buscar a presença de Deus e orar pela conversão dos ímpios. O pastor Seymour não era pregador eloqüente, mas anunciava a promessa pentecostal do batismo no Espírito Santo com a evidência física inicial de falar noutras línguas. Depois, assentava-se no púlpito, colocava o rosto entre as mãos e não parava de interceder, suplicando a Deus que operasse no coração dos ouvintes. Enquanto orava, o poder de Deus manifestava-se; os crentes eram batizados com o Espírito Santo; a convicção das verdades divinas transbordava a alma, e um veemente desejo de viver em santidade era experimentado por todos.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Descrever as condições econômicas de Laodicéia.
  • Explicar a exortação de Jesus conforme os recursos da cidade.
  • Comentar as características de um real avivamento.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

A pobre cidade rica de Laodicéia localizava-se no vale do rio Lico, próximo a Colossos e Hierápolis, na interseção de duas importantes estradas comerciais (Cl 2.1; 4.12-16). Originalmente era chamada de Diósopolis — cidade de Zeus —, mas, após a reforma urbana feita por Antíoco II, recebeu o nome de Laodicéia, em homenagem a Laodice, esposa do soberano. A riqueza da cidade procedia do comércio de lã (tecidos, tapetes), dos bancos, de suas águas termais e da produção de bálsamo para os olhos. E, quando a cidade foi destruída por um terremoto em 60 d.C, os habitantes recusaram ajuda imperial e reconstruíram a cidade com suas próprias riquezas a fim de mostrarem a sua auto-suficiência. No entanto, segundo Jesus, eram miseráveis, desgraçados, cegos e nus. Necessitavam de um avivamento bíblico, uma vez que a igreja era indiferente espiritualmente (vv.15-16).

A carta aos laodicenses em Apocalipse segue a presente estrutura: Remetente e Destinatário (v.14); Repreensão (vv.15-17); Exortação (vv.18-20); Promessa (vv.21,22).

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Professor, como recurso didático para esta aula, utilize o gráfico “Síntese Histórica dos Avivamentos”. Sabemos que os crentes laodicenses são exemplos históricos e proféticos de uma comunidade cristã sem vida e dinamismo espiritual. Quanto ao aspecto histórico, a igreja de Laodicéia circunscreve-se ao período do Novo Testamento, mas quanto ao profético, atravessa os séculos. No entanto, na história da igreja cristã, muitos reformadores ansiaram por uma igreja avivada, comprometida com as Escrituras, a evangelização, adoração e a santificação. Por isso, reproduza o gráfico a seguir e o incremente com novas informações. Apresente o gráfico no início do tópico V, uma vez que as “Características do Real Avivamento” estão relacionadas aos ideais dos movimentos avivalistas.

 

 

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Laodicéia era uma cidade rica e soberba, da província romana da Ásia (hoje, Turquia). Profeticamente, figura a igreja dos “tempos trabalhosos” que precedem a volta de Cristo, conforme descreve 2 Timóteo 3.1-9. Laodicéia é um nome composto que, numa tradução livre, significa “direitos humanos”; “o povo mandando”; “democracia”. Os direitos de Cristo são ignorados pelo crente e igreja. Biblicamente, a igreja deve ser teocrática: “minha igreja”, diz o Senhor (Mt 16.18; Is 43.1).

 

I. CRISTO E O SEU CARÁTER

 

A igreja de Laodicéia era material e socialmente próspera, por situar-se em uma cidade muito rica. A Bíblia e a história mostram que, quase sempre, quando um povo ou indivíduo prospera, costumam dar as costas para Deus. Israel fez isso (Dt 32.15). A igreja de Laodicéia também. Neste particular, a Palavra de Deus adverte a todos: “se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração” (Sl 62.10; Dt 6.10-12; Jr 17.11; Lc 12.15,20,21; 1 Tm 6.6-10).

1. Cristo, o “Amém” (v.14). Ele chama a Si mesmo “o Amém” (2 Co 1.20). Deste modo, identifica-se como Deus, que assim também é chamado no original (Is 65.16). O termo significa “firmeza”, “certeza”, “estabilidade”, “imutabilidade”, e daí, “verdade” absoluta. Jesus ao declarar “Eu sou a Verdade”, usou o termo “amém”. A expressão “em verdade, em verdade” empregada por Jesus, no original, é “amém, amém”.

2. Cristo, a testemunha fiel e verdadeira (v.14). É uma extensão do sentido do nome divino “Amém”. Ele veio a este mundo para dar o perfeito testemunho da Verdade (Jo 18.37). Numa igreja avivada pelo Espírito, o testemunho de Jesus é manifesto e notório de muitas maneiras, enquanto na que se distancia de Cristo, nada há que atraia os pecadores para serem salvos.

3. Cristo, “o princípio” da criação de Deus (v.14). Ele é o Criador, a fonte, a origem, a razão de ser de tudo o que existe (Jo 1.3; Cl 1.16). Esta preeminência de Cristo é uma reprimenda ao orgulho dos laodicenses de então, e de hoje. É também a maneira graciosa do Senhor Jesus assegurar a igreja, que Ele pode recriar e fazer novas todas as coisas (Ap 21.5; Jó 14.7-9).

4. O proceder dos crentes laodicenses. “Eu sei as tuas obras” (v.15). Antes da conversão, as obras são nulas para Deus (Ef 2.8-10; Tt 3.5), mas como efeito da salvação, agradáveis a Deus (Ef 2.10; Tt 3.8; Mt 5.16; Ap 14.13). O Senhor sabia tudo o que os crentes de Laodicéia praticavam, a partir do seu pastor (v.14).

 

II. A CONDIÇÃO DA IGREJA EM LAODICÉIA (vv.15-17)

 

Não há qualquer elogio do Senhor à igreja em Laodicéia e Sardes (v.1). Laodicéia não foi censurada por heresia, facções ou imoralidade. O problema daquela congregação é o mesmo de inúmeros crentes da atualidade: autojustiça, indolência, duplicidade religiosa, transigência com o erro e auto-engano (vv.16,17).

1. A duplicidade religiosa (vv.15,16). Era uma igreja espiritualmente morna e que agradava a todos. O estado espiritual de Laodicéia era deplorável. É evidente que essa igreja era morna porque o seu pastor também o era (v.14). O rebanho, até certo ponto, é o reflexo de seu pastor ou dirigente. Mornidão fala de duplicidade, hipocrisia, fingimento — coisas que Deus abomina. “Aborreço a duplicidade”, diz o Salmo 119.113. A Palavra condena a duplicidade de coração (Tg 1.8; 4.8); de ânimo (1 Tm 3.8); de linguagem (Pv 17.20; Mt 5.37); e de senhores (Mt 6.24).

2. A condição final de Laodicéia (v.17). “Um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu”. “De nada tenho falta”, diziam. “Desgraçado”, por estar arruinado. “Miserável”; porque perdeu o que tinha. “Pobre”, por ter regredido. “Cego”, por estar em trevas. “Nu”, por não andar em retidão.

3. O engano da auto-suficiência humana. “De nada tenho falta” (v.17). Este é o princípio de nossa queda. O crente avivado em Deus, nunca estará satisfeito no sentido de não precisar mais das coisas do Senhor. Jesus disse: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos” (Mt 5.6).

 

III. CRISTO, A SOLUÇÃO PARA A IGREJA (vv.18,10)

 

1. O conselho amoroso do Senhor. Um sábio e santo conselho deve ser acatado e posto em prática. Trata-se de um conselho do divino Conselheiro (Is 9.6). Uma igreja sem Cristo, luz e santidade (v.20), pode ainda reconciliar-se com o Senhor e obter tudo o que perdeu ao deixá-Lo.

2. “Ouro provado no fogo” (v.18). Corresponde a fé em Cristo (1 Pe 1.7). Essa fé não é apenas necessária à vida cristã, mas vital e essencial: “pois o justo viverá da fé” (Rm 1.17). O profeta do avivamento, Habacuque, já apregoara esta verdade (Hc 2.4). Sem fé não há relacionamento com Deus (Hb 11.6).

3. “Vestidos brancos” (v.18). É símbolo da justiça e santidade (Sl 132.9; Is 61.10; Ap 19.8). São dois lados do mesmo assunto. Justiça é a santidade vista do lado humano. Santidade é esse estado do ponto de vista de Deus. Ler Ap 19.8; 2 Co 5.21; Fp 3.9.

4. “Colírio” (v.18). Corresponde a restauração da visão espiritual que vem pelo Espírito.

5. “Eu repreendo e castigo” (v.19). Castigo não é o mesmo que punição, pois visa a correção (Pv 15.31). O aço e o ouro, tão necessários e úteis, são fabricados e purificados por meio do fogo. As operações são diferentes, mas o fogo é um só. O mesmo pode ocorrer a uma igreja desobediente como Laodicéia.

6. “Arrepende-te” (v.19). Não há sincero arrependimento, sem que haja mudança. Arrepender-se é voltar para Deus (Mt 21.29). O incrédulo arrepende-se para a salvação, enquanto o crente, para endireitar a sua vida com Deus. Esse arrependimento é precedido de “tristeza segundo Deus” (2 Co 7.10).

 

IV. CRISTO, O SEU CONVITE E PROMESSA (vv.20-22)

 

1. “Estou à porta e bato” (v.20). Neste texto, temos uma cena triste e, ao mesmo tempo, a mais confortante do mundo! Cristo do lado de fora, rejeitado pelos crentes e ansioso para entrar. Uma expulsão tríplice:

a) Expulso da nação israelita — pela rejeição;

b) Expulso pelo mundo — por meio da crucificação;

c) Expulso da igreja — mediante a insatisfação e o mundanismo.

Mesmo assim, vemos o insondável amor de Cristo por sua igreja nos vv. 19 e 20.

2. “Se alguém” (v.20). Jesus não se dirige à igreja, mas a cada indivíduo. Ele não força a conversão do incrédulo, nem a reconciliação do desviado. Ele aguarda com paciência, pois somente o dono da casa pode abrir-Lhe a porta do coração.

3. A promessa de Cristo (v.21). A promessa está restrita aos vencedores:

a) “Ao que vencer”. A vida cristã autêntica está situada em um campo de batalha contra as forças do Mal. Brincar de religião, de ser crente, de igreja, é comprometer o destino eterno de si mesmo.

b) “Sentar-se comigo no meu trono”. Graça Maravilhosa! A maior promessa dentre as sete feitas às igrejas do Apocalipse.

 

V. CARACTERÍSTICAS DE UM REAL AVIVAMENTO

 

O avivamento espiritual de que precisamos, como no princípio, tem como características as seguintes expressões:

1. Contrição total pelo Espírito Santo. É neste contexto espiritual que o avivamento se instala e o Espírito assume a primazia e predomina.

2. Amplo perdão e reconciliação (At 4.32). No primeiro avivamento da igreja, a Bíblia diz: “Era um o coração e a alma da multidão dos que criam”.

3. Santidade de vida, dentro e fora da igreja. Se um avivamento não resultar nessa mudança de vida, tudo não passará de mero entusiasmo, artificialismo e emoção.

4. Renovação espiritual. Batismo com o Espírito Santo acompanhado de línguas estranhas e manifestação dos dons espirituais.

5. Segundo o modelo da Palavra de Deus (Sl 119.25,154). Sem inovações descabidas; distorções ou manipulação humana.

6. Amor, zelo e freqüência à Casa do Senhor. A Casa de Deus vem sofrendo por falta de avivamento dos que a freqüentam.

 

CONCLUSÃO

 

Quando ou em que situação a igreja carece de um avivamento do Espírito? Decerto, quando nela prevalecer o comodismo e a indiferença (Ez 37.9); a sonolência espiritual (Ef 5.14); a insensibilidade (Cl 4.17; 2 Tm 1.6); o secularismo (Rm 12.2), e, quando passa somente a defender-se do mal, em vez de atacá-lo. Não queres hoje mesmo ser renovado pelo Espírito Santo?

 

VOCABULÁRIO

 

Abominar: Detestar, aborrecer, não aceitar.
Duplicidade: De duplo ânimo, hipocrisia, falsidade.
Facção: Divisão partidária; divergência; divisão.
Imutabilidade: Qualidade daquele ou daquilo que não muda.
Preeminência: Qualidade de preeminente; primazia; superioridade.
Teocracia: Forma de governo em que a autoridade emana de Deus.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

ANDRADE, C. C. Fundamentos bíblicos de um autêntico avivamento. RJ: CPAD, 2004.
COLEMAN, R. Como avivar a sua igreja. 15.ed. RJ: CPAD, 2005.
HORTON, S. M. O avivamento Pentecostal. RJ: CPAD, 1997.
PETHRUS, L. O vento sopra onde quer. 3.ed., RJ: CPAD, 1999.

 

EXERCÍCIOS

 

1. O que é um avivamento espiritual?

R. É uma intervenção divina na vida da igreja, onde e quando Deus quer, em resposta ao clamor do seu povo.

 

2. Qual o significado do nome Laodicéia?

R. “Direitos humanos”; “o povo mandando”; “democracia”.

 

3. Como Cristo se revela a igreja de Laodicéia?

R. Amém, testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus.

 

4. Qual o estado da igreja de Laodicéia?

R. Miserável, desgraçado, pobre, cego e nu.

 

5. Cite duas características de um real avivamento.

R. Contrição total pelo Espírito Santo; amplo perdão e reconciliação.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Doutrinário

 

“As Características do Verdadeiro Avivamento.

1. O verdadeiro avivamento tem a Bíblia Sagrada como a inspirada, infalível, inerrante e completa Palavra de Deus.

2. O verdadeiro avivamento não admite qualquer outra revelação que venha contrariar as Sagradas Escrituras, pois estas são soberanas e irrecorríveis.

3. O verdadeiro avivamento prima pela ortodoxia bíblica e pela sã doutrina.

4. O verdadeiro avivamento é espiritual, mas não admite o misticismo herético e apóstata que, sob a capa da humildade, busca desviar os fiéis das recomendações dos profetas do Antigo Testamento e dos apóstolos do Novo Testamento.

5. O verdadeiro avivamento prega o Evangelho completo de Nosso Senhor, anunciando que Jesus salva, batiza no Espírito Santo, cura os enfermos, opera maravilhas e que, em breve, haverá de nos buscar, a fim de que estejamos para sempre ao seu lado.

6. O verdadeiro avivamento enfatiza a salvação pela graça através do sacrifício vicário do Filho de Deus.

7. O verdadeiro avivamento é pentecostal; realça a atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais.

8. O verdadeiro avivamento tem um firme compromisso com o imperioso ide de Nosso Senhor Jesus Cristo, por isto não poupa recursos humanos e financeiros na evangelização local, nacional e transcultural.

9. O verdadeiro avivamento acredita na necessidade e possibilidade de todos os crentes viverem uma vida de santidade e inteira consagração a Deus.

10. O verdadeiro avivamento é intercessor. Leva os crentes a rogar ao Pai Celeste por aqueles que ainda não foram alcançados pelo Evangelho.”

(ANDRADE, C. C. Fundamentos bíblicos de um autêntico avivamento. RJ: CPAD, 2004, p. 187-8.)

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

3º Trimestre de 2006

 

Título: As Doutrinas Bíblicas Pentecostais

Comentarista: Antonio Gilberto

 

 

 

Lição 3: A Divindade do Espírito Santo

Data: 16 de Julho de 2006

 

TEXTO ÁUREO

 

E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35).

 

VERDADE PRÁTICA

 

O Espírito Santo, pelos seus divinos atributos, títulos, símbolos e obras é Deus perfeitamente como o Pai e o Filho.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - At 5.3,4

O Espírito Santo é Deus

 

 

 

Terça - Hb 9.14

O Espírito Santo é eterno

 

 

 

Quarta - Jó 33.4

O Espírito Santo é Criador

 

 

 

Quinta - Sl 139.7-10

O Espírito Santo é onipresente

 

 

 

Sexta - Lc 1.35

O Espírito Santo é onipotente

 

 

 

Sábado - 1 Co 2.10,11

O Espírito Santo é onisciente

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

1 Coríntios 2.4,5,9-15.

 

4 - A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder,

5 - para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.

9 - Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam.

10 - Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.

11 - Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.

12 - Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.

13 - As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.

14 - Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.

15 - Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.

 

PONTO DE CONTATO

 

Professor, antes de William Seymour chegar a Los Angeles em 1906, fora evangelista no Mississipi e pastor da igreja da Santidade, na cidade de Houston, Texas. Enquanto esteve no Mississipi conheceu diversas pessoas que foram influenciadas pelo ministério de Charles Fox Parham (1873-1929), ministro em Topeka, Kansas. Parham dirigia a Escola Bíblica Betel, quando às 19h do dia 1 de Janeiro de 1901, a senhora Agnes Ozman, recebeu o Batismo com o Espírito Santo com a evidência física de falar em outras línguas conforme Atos 2.4. Durante aquela reunião, Jesus batizou todos os presentes com o Espírito Santo, inclusive o professor Parham. O avivamento em Topeka espalhou-se por todo o país, de modo que, no Mississipi, Seymour foi profundamente influenciado pelos testemunhos daqueles que experimentaram a renovação espiritual mediante o poder pentecostal.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Apresentar as evidências bíblicas da deidade do Espírito.
  • Justificar a pessoalidade do Espírito Santo na Bíblia.
  • Distinguir as Santíssimas Pessoas do Pai, Filho e Espírito Santo.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

A doutrina do Espírito Santo é chamada nos estudos teológicos de “pneumagiologia”; procedente de três termos gregos:pneuma (espírito), hagios (santo) e logia (estudo, ciência). Esta definição é mais precisa do que “pneumatologia” (lit. estudo do espírito) que se refere ao estudo teológico de fatos relacionados ao espírito de modo geral, sejam anjos, ou a parte imaterial do homem.

Ao investigarmos a doutrina da deidade do Santo Espírito, devemos observar que o Novo Testamento ensina a unicidade da divindade (1 Co 8.4; Tg 2.19) e, no entanto, revela a distinção de pessoas na divindade: o Pai é Deus (Mt 11.25; Jo 17.3; Rm 15.6; Ef 4.6); o Filho é Deus (Jo 1.1,18; 20.28; Rm 9.5; Hb 1.8; Cl 2.9; Fp 2.6; 2 Pe 2.11); o Espírito Santo é Deus (At 5.3,4; 1 Co 2.10,11; Ef 2.22). O Pai, o Filho e o Espírito Santo são claramente distinguidos um dos outros na Bíblia (Jo 15.26; 16.13-15; Mt 3.16,17; 1 Co 13.13), de tal forma que as três pessoas não se confundem umas com as outras. São três benditas e santíssimas pessoas que compõem apenas uma divindade. Portanto, na unidade da divindade há uma trindade de pessoas, da qual o Espírito Santo é o Executivo.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Professor, como recurso didático para esta lição, utilize mais uma vez o gráfico “Síntese Histórica dos Avivamentos II”, que inclui os morávios, wesleianos, os movimentos de tradição de fronteira, e o pentecostalismo da Rua Azusa. Trata-se de um resumo que se propõe a contextualizar o movimento pentecostal de Los Angeles, dentro dos periódicos avivamentos na História da Igreja. É claro que não foram mencionados os nomes de extraordinários servos de Deus como Jonatas Edwards (1703-1758), George Whitefield (1714-1770), Charles Finney (1792-1875) entre outros, pois o objetivo é concentrar-se nos movimentos avivalistas e não, exclusivamente, nas pessoas. No entanto, basta relacionar a data do ministério destes intrépidos avivalistas aos movimentos citados. Reproduza o gráfico abaixo de acordo com os recursos disponíveis.

 

 

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Palavra Chave

Trindade: Mistério da fé cristã segundo o qual, existe um só Deus que subsiste em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo.

 

Nesta lição estudaremos sobre o Espírito Santo no tocante a sua natureza divina. O eterno Deus revela muito de Si mesmo na Bíblia e, de igual modo, o Filho, mas o Espírito Santo não, pois não fala de Si mesmo, como disse Jesus em João 16.13. Outrossim, Ele não aparece com nomes revelados como o Pai e o Filho e, sim, com títulos descritivos da sua natureza e missão entre os homens. “Espírito Santo”, por exemplo, não é rigorosamente um nome apelativo, mas um título descritivo. Ele habita em nós; portanto, suas operações são invisíveis, nas profundezas do nosso ser interior.

 

I. O PODER EFICAZ DO ESPÍRITO SANTO (vv.4,5)

 

1. Demonstração de poder (v.4). É do Espírito Santo que flui a vida, bem como o poder de Deus (Sl 104.30; Ef 3.16; At 1.8). Esta é uma evidência da deidade do Espírito Santo: Ele tem autoridade e poder inerentes. Em todo o Novo Testamento, o versículo 4 é a única referência em que aparece no original o termo traduzido por “demonstração” do Espírito Santo. Literalmente, o termo designa uma demonstração operacional, prática e imediata do Espírito Santo na mente e na vida dos ouvintes do evangelho de Cristo (vv.4,5).

Isso contrasta nitidamente com os métodos repetitivos dos mestres e filósofos gregos da época, que tentavam conseguir discípulos mediante recursos retóricos e argumentação filosófica (v.5). Que diferença faz o evangelho de poder do Senhor Jesus Cristo! A oratória desses mestres era somente um espetáculo teatral vazio, que atingia apenas os sentidos dos espectadores. Em Paulo, ao contrário, operava o poder de Deus (vv.4,5; Cl 1.29; 1 Ts 1.5; 2 Co 13.10).

2. O poder de Deus mediante o Espírito (v.5). Esse divino poder é manifestado através da pregação do evangelho de Cristo em cinco ocasiões específicas: a) na conversão dos ouvintes (At 2.37,38); b) no batismo com o Espírito Santo (At 10.44); c) na expulsão de espíritos malignos (At 8.6,7; Lc 11.20); d) na cura divina dos enfermos (At 3.6-8); e) na obediência dos crentes ao Senhor (Rm 16.19).

 

II. A ONISCIÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO (vv.10,11)

 

O Espírito Santo conhece todas as coisas. Este é um fato solene, mormente se considerarmos que Ele habita em nós: “porque habita convosco e estará em vós” (Jo 14.17). A primeira declaração denota a permanência do Espírito em nós; a segunda, sua presença dentro de nós.

1. O Espírito Santo revela (vv.9,10). Aos que amam a Deus, o Espírito Santo revela, já nesta vida, as infinitas e indizíveis bênçãos preparadas para os salvos e muito mais na outra. O profeta Isaías, pelo Espírito, profetizou essas maravilhas (Is 64.4; 52.15). Os demais profetas também tiveram a revelação divina dessas coisas admiráveis que os santos desfrutarão na glória (1 Pe 1.10-12). O Espírito também revelou aos escritores do Novo Testamento essas maravilhas consoladoras, inclusive a Paulo (v.10).

2. O Espírito Santo como Mestre (v.13). Ele é o nosso divino Mestre na presente dispensação da Igreja, como já estava predito em Provérbios 1.23. Concernente a esta missão, Jesus declarou: “o Espírito Santo... vos ensinará todas as coisas” (Jo 14.26; Lc 12.12).

3. Diferentes espíritos mencionados (vv.4-12). O “Espírito de Deus” é mencionado nos vv.4,10-14. O Espírito de Deus deve ter toda primazia em nossas vidas. O “espírito do homem” é mencionado no v.11. Ele só entende as coisas humanas e naturais (Pv 20.27; 27.29; Jr 17.9). A passagem em apreço também alude ao “espírito do mundo” (v.12), que é pecaminoso e nocivo ao cristão (1 Jo 2.15-17; 5.19; Jo 14.30; 17.14,16).

4. Diferentes coisas mencionadas (vv.9-13). Seis diferentes “coisas” são aqui mencionadas. Uma dessas, refere-se à esfera humana; as demais são da parte de Deus: a) “Coisas que Deus preparou para os que O amam” (v.9); b) “Coisas das profundezas de Deus” (v.10); c) “Coisas do homem” (v.11); d) “Coisas de Deus” (v.11); e) “Coisas espirituais” (v.13); f) “Coisas do Espírito de Deus” (v.14).

5. Diferentes homens mencionados (vv.14,15). A Palavra de Deus divide a humanidade em três grupos de pessoas, isto no sentido espiritual:

a) O homem natural — literalmente “homem controlado pela alma” (v.14). Este não é salvo e vive de acordo com a natureza adâmica, por isso, é chamado natural.

b) O homem espiritual — isto é, “homem controlado pelo Espírito” (v.15). Este é aquele que o Espírito Santo governa e rege seu espírito, alma e corpo. Nele, o “eu”, pela fé em Cristo, está crucificado (Rm 6.11; Gl 2.19,20).

c) O homem carnal — ou seja, “homem controlado pela natureza carnal” (3.3). Trata-se do crente espiritualmente imaturo e que assim continua através da vida — menino em Cristo (3.1). A vida do crente carnal é mista, dividida. Esse crente vive um conflito interior entre a natureza humana e a divina, sendo a sua alma o campo de batalha (Gl 5.13-26).

Ninguém pode escapar dessa classificação. Todos nós somos um desses “homens” diante de Deus. Identifique-se, você, homem ou mulher!

 

III. A DEIDADE DO ESPÍRITO SANTO

 

1. O Espírito Santo e seus atributos divinos. Na Leitura Bíblica em Classe, o Espírito Santo (vv.4,10-14) é mencionado juntamente com o Senhor Deus (vv.5,7,9-12,14) e o Senhor Jesus Cristo (vv.2,8,16). Isto denota a divindade do Espírito Santo. A Bíblia afirma que Ele é:

a) Eterno. Eterno significa infinito em existência; sem princípio; sem fim; sem limitação de tempo.

b) Onipotente. Ele tem pleno poder sobre todas as coisas (Sl 104.30). É denominado Senhor (2 Co 3.16-18); Criador (Jó 26.13; 33.4; Sl 33.6; 104.3; Gn 1.1,2; Ez 37.9,10).

c) Onisciente. Tudo é do seu pleno conhecimento.

2. O Espírito Santo é mencionado com o Pai e o Filho. É uma das evidências da sua divindade, senão vejamos:

a) Na fórmula doutrinária do batismo (Mt 28.19). A Bíblia não diz “nos nomes”, como se as três Pessoas da Santíssima Trindade fossem uma só; mas “em nome”, singular, distinguindo cada Pessoa: O Pai, o Filho e o Espírito Santo.

b) Na invocação da bênção tríplice sobre a igreja (2 Co 13.13).

c) Na doutrina da habitação do Espírito no crente (Rm 8.9).

d) Na descrição bíblica do estado do crente diante de Deus (1 Pe 1.2).

e) Na diretriz ao povo de Deus (Jd vv.20,21). Neste texto, o Espírito Santo é mencionado primeiro; em seguida o Pai e, por fim, o Filho. Semelhante ocorre na doutrina da unidade da fé cristã (Ef 4.4-6), em que o Espírito é mencionado primeiro, seguido do Senhor Jesus e do Pai.

f) Na saudação bíblica às sete igrejas da Ásia (Ap 1.4,5).

 

IV. A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO (v.11)

 

Personalidade é o conjunto de atributos de várias categorias que caracterizam uma pessoa. No seu aspecto psíquico, a personalidade consiste de intelecto, sensibilidade e vontade. Os três são chamados também de inteligência, afetividade e autodeterminação.

1. Atributos de personalidade. No Espírito Santo, vemos esta triplicidade de atributos, a saber: intelecto (v.11); sensibilidade (Ef 4.30); vontade (1 Co 12.11; Rm 8.27). Como membro da unidade trina de Deus, o Espírito Santo é uma Pessoa.

2. Unidade e distinção. O fato de o Espírito Santo ser um com Deus e com Cristo e, ao mesmo tempo, distinto dEles, é parte do grande mistério da Trindade Santa. Portanto, o Espírito Santo não é uma influência, poder, energia ou unção, como os heréticos concluem e ensinam, mas uma Pessoa divina e real. Em João 14.26; 15.26; 16.8,13,14, Jesus refere-se ao Espírito Santo empregando o pronome pessoal “Ele” (“ekeinos”), pronome pessoal e determinativo no original. Por sua vez, o divino Espírito chama a Si mesmo “Eu”, em Atos 10.19,20. Esta é uma inegável evidência da sua personalidade.

 

CONCLUSÃO

 

Deus é uno e ao mesmo tempo triúno (Gn 1.1, 26; 3.22; 11.7; Dt 6.4; 1 Jo 5.7). O Pai, o Filho e o Espírito Santo são três divinas e distintas Pessoas. São verdades bíblicas que transcendem a razão humana e as aceitamos alegremente pela fé. A fé precede a doutrina (1 Tm 4.6).

 

VOCABULÁRIO

 

Aludir: Fazer alusão; referir-se; referência.
Apelativo: Nome comum aos indivíduos de uma classe.
Atributo: Aquilo que é próprio de um ser.
Indizível: Que não se pode descrever ou dizer; inefável.
Inerente: Que está por natureza inseparavelmente ligado a alguma coisa ou pessoa.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 2005.
SOUZA, E. A. Nos domínios do Espírito. RJ: CPAD, 1998.

 

EXERCÍCIOS

 

1. Cite duas evidências do poder de Deus mediante o Espírito.

R. Na conversão dos ouvintes (At 2.37, 38); e no batismo com o Espírito Santo (At 10.44).

 

2. O que denota o texto de João 14.17?

R. Denota a permanência e a presença do Espírito Santo no crente.

 

3. Qual a declaração de Jesus a respeito do Espírito Santo como Mestre?

R. “O Espírito Santo... vos ensinará todas as coisas” (Jo 14.26).

 

4. Quais são os três tipos de espíritos mencionados nos vv.4-12?

R. Espírito de Deus, espírito do homem e espírito do mundo.

 

5. Cite três atributos divinos atribuídos ao Espírito Santo.

R. Eternidade, Onipresença e Onipotência.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Teológico

 

“O Espírito Santo é Deus.

O Espírito Santo não é simplesmente uma influência benéfica ou um poder impessoal. É uma pessoa, assim como Deus e Jesus o são.

1. O Espírito Santo é chamado Deus (At 5.3,4) e Senhor (2 Co 3.18). Quando Isaías viu a glória de Deus (Is 6.1-3), escreveu: ‘Ouvi a voz do Senhor...vai e diz a este povo’ (Is 6.8-9). O apóstolo Paulo citou essa mesma palavra e disse: ‘Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías dizendo: Vai a este povo’ (Cf. At 28.25, 26). Com isso, Paulo identificou o Espírito Santo com Deus.

2. O Espírito Santo faz parte da Santíssima Trindade. Ele é mencionado junto com o Pai e o Filho (Mt 28.19; 2 Co 13.13) e, a Bíblia afirma que os três são um (1 Jo 5.7). Assim, há ‘um só Espírito’ (Ef 4.4); ‘um só Senhor’ (Ef 4.5); e ‘um só Deus e Pai de todos’ (Ef 4.6). O Espírito é chamado ‘Espírito de Deus’ (Rm 8.9); ‘Espírito do Pai’ (Mt 10.20); ‘o Espírito de Cristo’ (Rm 8.9; 1 Pe 1.11); ‘o Espírito de Jesus’ (At 16.7), indicando assim que Ele os representa e também age por Eles; quando o Espírito Santo opera, o Cristo vivo está presente (Jo 14.18).

3. Ao Espírito Santo são atribuídas obras exclusivas da divindade. Ele tomou parte ativa na criação em geral (Sl 104.30), na criação do mundo (Gn 1.2) e na criação especial do homem (Jó 33.4). Ele inspirou a Palavra de Deus (1 Pe 1.11; 2 Pe 1.21).

4. Ao Espírito Santo são atribuídas as características essenciais da divindade. Ele possui eternidade (Hb 9.14), é onisciente (1 Co 2.10,11), onipresente (Sl 139.7-10) e onipotente (Lc 1.35; 1 Co 12.11)”.

(BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed., RJ: CPAD, 2005, p.82-3.)

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

3º Trimestre de 2006

 

Título: As Doutrinas Bíblicas Pentecostais

Comentarista: Antonio Gilberto

 

 

 

Lição 4: O batismo com o Espírito Santo

Data: 23 de Julho de 2006

 

TEXTO ÁUREO

 

E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2.4).

 

VERDADE PRÁTICA

 

O batismo com o Espírito Santo é a dádiva de Deus para os seus filhos, assim como a salvação é a sua dádiva para os perdidos.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Is 32.15

O Espírito Santo derramado para a frutificação

 

 

 

Terça - Lc 11.13

Ao que pede, Deus concede o Espírito Santo

 

 

 

Quarta - At 1.5-8

O Espírito Santo é a promessa do Pai

 

 

 

Quinta - At 5.32

O Espírito Santo é concedido aos obedientes

 

 

 

Sexta - Lc 24.49

O batismo com o Espírito Santo é um revestimento de poder

 

 

 

Sábado - At 10.44-46

O batismo com o Espírito evidenciado pelas línguas

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Lucas 24.49,52; Atos 2.1-4.

 

Lucas 24

49 - E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.

52 - E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém.

 

Atos 2

1 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;

2 - e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.

3 - E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.

4 - E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.

 

PONTO DE CONTATO

 

Professor, quando William Seymour começou a pregar o batismo no Espírito Santo com a evidência de falar noutras línguas e, a ensinar a doutrina pentecostal, os membros da congregação da Santidade o expulsaram da igreja. Em uma de suas mensagens afirmou: “Há uma grande diferença entre a pessoa santificada e a que é batizada com o Espírito Santo e com fogo. O santificado é limpo de seus pecados e cheio do amor divino, mas o batizado no Espírito Santo tem poder de Deus em sua alma, poder com Deus e com os homens e poder sobre todos os demônios de Satanás e todos os seus emissários”. Mensagens como esta suscitaram a ira da congregação e resultaram na expulsão de Seymour da comunidade. No entanto, Seymour foi recebido pelo casal Asbery. Na casa destes, começou a fazer reuniões de oração até que, em 9 de abril de 1906, Seymour orou pela cura de Edward Lee. Além de receber a cura, Lee foi batizado no Espírito Santo e falou noutras línguas. Naquele mesmo dia outras sete pessoas tiveram a mesma experiência pentecostal. Mas somente em 12 de abril de 1906 é que Seymour foi batizado com o Espírito Santo.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Justificar a necessidade de o crente receber o batismo no Espírito.
  • Explicar a doutrina bíblica do batismo no Espírito.
  • Buscar a promessa pentecostal do batismo no Espírito.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

O batismo no Espírito Santo é a experiência subseqüente a salvação que capacita o crente: (1) ao ministério evangelístico (At 1.8; 8.1-40); (2) a falar em outras línguas (At 2.4; 10.45,46); (3) a testemunhar com poder e ousadia (At 4.7-22,31); (4) agir sobrenaturalmente (At 5.1-11; 13.8-12; 6.8; 16.16-20); (5) a servir a igreja em suas necessidades sociais (At 6.1-7); (6) atender a chamada ministerial específica (At 13.1-4; 26.29; 10.1-48; At 20.24); (7) a contribuir com o avanço do Reino de Deus (5.14-16,42; 6.7; 8.25; 9.31; 19.20; 28.31); (8) a glorificar e orar a Deus poderosamente (At 10.45,46; 16.15; 4.31; Ef 5.18-20; Cl 3.16; Rm 8.26; Jd v.20). Por essas e outras inumeráveis razões o crente deve orar e glorificar intensamente a Deus a fim de que receba a magnífica promessa do batismo no Espírito Santo.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Professor, diversas teorias conhecidas como cessacionistas, negam o batismo no Espírito Santo com a evidência inicial de falar noutras línguas e sua atualidade para os dias hodiernos.

As supostas provas apresentadas pelos cessacionistas, além de inconsistentes quanto à argumentação são improváveis quanto à hermenêutica sagrada. Nesta lição, apresente aos alunos um quadro apologético concernente as evidências do batismo com o Espírito Santo em Atos, subseqüente a efusão do Espírito no dia de Pentecostes. Se você deseja conhecer os principais argumentos cessacionistas, bem como uma apologia a respeito da atualidade do batismo no Espírito Santo, consulte a bibliografia sublinhada. Reproduza o gráfico de acordo com os recursos disponíveis.

 

 

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

O batismo com o Espírito Santo é um revestimento de poder, com a evidência física inicial das línguas estranhas para o ingresso do crente numa vida de profunda adoração e eficiente serviço a Deus (Lc 24.49; At 1.8; 10.46; 1 Co 14.15,26).

No entanto, o batismo do Espírito, como vemos em 1 Co 12.13; Gl 3.27; Ef 4.5, trata-se de um batismo figurado, apesar de real. Todos aqueles que experimentaram o novo nascimento (Jo 3.5) são imersos no corpo místico de Cristo (Hb 12.23; 1 Co 12.12ss). Nesse sentido, todos os salvos são batizados pelo Espírito Santo, mas nem todos são batizados com o Espírito Santo.

 

I. A PROMESSA DO BATISMO E O SEU CUMPRIMENTO

 

Dos cerca de 500 irmãos que viram Jesus ressurrecto e ouviram o seu chamado para o cenáculo em Jerusalém (Lc 24.49), apenas 120 deles atenderam (1 Co 15.6). Que acontecera aos demais que lá foram? Nem todos buscam com sede e perseverança o batismo com o Espírito Santo.

1. Analogia do batismo. Tanto Jesus quanto João Batista empregaram o termo “batismo” para descrever o revestimento de poder do Espírito Santo sobre o crente (At 1.5; 11.16; Mt 3.11; Mc 1.8). Ora, em todo batismo têm de haver três condições para que esse ato se realize: um candidato a ser batizado; um batizador; e um elemento ou meio em que o candidato será imerso. No batismo com o Espírito Santo, o candidato é o crente; o batizador é o Senhor Jesus; e o elemento ou meio em que o filho de Deus é imerso é o Espírito Santo.

2. A promessa do batismo pentecostal. Há várias promessas de Deus no Antigo Testamento a respeito do derramamento do Espírito sobre o povo, mas a principal é a que foi proferida pelo profeta Joel, uns 800 anos antes do advento de Cristo (Jl 2.28-32).

3. Predita por João Batista. João foi o arauto de Jesus; foi homem cheio do Espírito Santo. Em todos os quatro Evangelhos ele confirma a promessa do batismo: Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.32,33; At 11.16.

4. Confirmada por Jesus. Em diversas ocasiões Jesus confirmou a promessa do batismo com o Espírito Santo.

a) Marcos 16.17. Jesus declarou: “falarão novas línguas”.

b) Lucas 24.49. Neste texto, Jesus denominou a promessa como a “promessa de meu Pai”. O batismo com o Espírito Santo foi o último assunto de Jesus aos seus, antes da sua ascensão (vv.50,51).

c) João 7.38,39. Esta passagem deve ser estudada juntamente com Atos 2.32,33. O apóstolo Pedro, após ser batizado com o Espírito Santo e pregar no Dia de Pentecostes, encerrou o seu sermão citando a promessa do batismo, agora cumprida em Jerusalém (At 2.1-4).

5. A promessa divina cumprida. No Antigo Testamento, o privilégio especial do povo de Deus foi receber, preservar e comunicar a revelação divina — as Santas Escrituras (Rm 3.1,2; 9.4; 2 Co 3.7). O privilégio especial do povo de Deus em o Novo Testamento, entretanto, é receber o Espírito Santo: a) na conversão (Jo 3.5; 14.16,17; 16.17; 2 Co 3.8,9; Rm 8.9); b) no batismo com o Espírito Santo; e, c) subseqüentemente, por meio da vida cristã (At 4.8,31; 9.17; 13.9,52; Ef 5.18).

 

II. OS CONCEITOS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

 

Da parte de Deus, o batismo com o Espírito Santo é, a um só tempo:

1. Uma ditosa promessa — “a promessa do Pai” (At 1.4). O batismo com o Espírito Santo procede da vontade, amor e promessa de Deus para os seus filhos.

2. Uma dádiva celestial inestimável — “o dom do Espírito Santo” (At 2.38). O batismo é uma dádiva de Deus aos crentes.

3. Uma imersão do crente no sobrenatural de Deus — “sereis batizados com o Espírito Santo” (At 1.5). A partícula original desta última referência também permite a tradução “batizados no Espírito Santo”.

4. Um revestimento de poder do alto — “até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). É como alguém estando vestido espiritualmente, ser revestido de poder do céu.

 

III. COMO RECEBER O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

 

1. Sendo a pessoa já salva. O batismo com o Espírito Santo é para quem já é salvo. Os discípulos ao serem batizados no Dia de Pentecostes: a) Tinham seus nomes escritos no céu (Lc 10.20); b) Eram limpos diante de Deus (Jo 15.3); c) Possuíam em si a vida espiritual (Jo 15.4,5,16); d) Haviam sido enviados para o seu trabalho, dotados de poder divino (Mt 10.1; Lc 9.1,2; 10.19).

2. Crendo na promessa divina do batismo. O batismo é chamado “a promessa do Pai” (Lc 24.49; At 1.4; 2.16,32,33).

3. Buscando com sede, em oração (At 1.4,14; Jo 7.37-39; Lc 11.13). A oração é um elemento necessário e indispensável para o crente obter o batismo com o Espírito Santo.

4. Adorando a Deus com perseverança. Louvando sempre a Deus. Assim fizeram os candidatos antes do primeiro Pentecostes (Lc 24.51,52).

5. Perseverando em unidade fraternal. Isso também eles fizeram antes do primeiro Pentecostes (At 1.14).

6. Vivendo em obediência à vontade do Senhor (At 5.32). Para você que busca o batismo, há alguma área da sua vida não submissa totalmente a Cristo?

 

IV. OS RESULTADOS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

 

1. Edificação espiritual individual. Mediante o cultivo das línguas recebidas com o batismo, o crente é edificado pessoalmente (1 Co 14.4,15).

2. Maior dinamismo espiritual. Isto é, mais disposição e maior coragem na vida cristã para testemunhar de Cristo (Mc 14.66-72; At 4.6-20).

3. Maior desejo e resolução para orar e interceder (At 3.1; 4.24-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26). O crente cheio do Espírito ora e intercede constantemente a favor dos filhos de Deus.

4. Maior glorificação do nome do Senhor. Isto “em espírito e em verdade”, nos atos e na vida do crente (Jo 16.13,14).

 

CONCLUSÃO

 

De acordo com Atos 2.17, o batismo com o Espírito Santo é para qualquer nação: “Toda carne”. Não há qualquer distinção de sexo para receber o batismo, pois está escrito que é para “filhos e filhas” (At 2.17). Também não importa a idade do candidato (“mancebos e velhos”) ou a camada social do indivíduo (“servos e servas”). Portanto, todos podem e devem buscar essa dádiva celeste.

 

VOCABULÁRIO

 

Dádiva: Aquilo que se dá; donativo; dom, presente, oferta.
Encerrar: Fechar; guardar; concluir.
Inestimável: Que não se pode avaliar; incalculável; que tem valor altíssimo.
Místico: Misterioso e espiritualmente alegórico ou figurado.
Partícula: Palavra de apenas uma sílaba e invariável.
Privilégio: Vantagem que se concede exclusivamente a alguém.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

DEERE, J. Surpreendido pelo poder do Espírito. RJ: CPAD, 1995.
GEE, D. Como receber o batismo no Espírito Santo. RJ: CPAD, 2001.
KEEFAUVER, L. (ed.). O avivamento da Rua Azusa — Seymour. RJ: CPAD, 2001.
PALMA, A. D. O batismo no Espírito Santo e com fogo. RJ: CPAD, 2002.

 

EXERCÍCIOS

 

1. O que é o batismo com o Espírito Santo?

R. O batismo com o Espírito Santo é um revestimento de poder, com a evidência física inicial das línguas estranhas para o ingresso do crente numa vida de profunda adoração e eficiente serviço a Deus (Lc 24.49; At 1.8; 10.46; 1 Co 14.15,26).

 

2. Cite três textos bíblicos que confirmam a promessa do batismo.

R. Joel 2.28-32; Mateus 3.11; Lucas 24.49.

 

3. Cite dois conceitos a respeito do batismo no Espírito.

R. Uma ditosa promessa (At 1.4); uma dádiva celestial inestimável (At 2.38).

 

4. Cite duas condições para que o crente receba o batismo com o Espírito Santo.

R. Ser salvo e crer na promessa do batismo.

 

5. Cite dois resultados do batismo com o Espírito Santo.

R. Edificação espiritual individual e maior dinamismo espiritual.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Teológico

 

“O Vento e o Fogo

Três fenômenos não usuais aconteceram no dia de Pentecostes: ‘um som, como de um vento veemente e impetuoso’, ‘línguas repartidas, como que de fogo’, e o falar em línguas (At 2.1-4). É tentador enxergar as três manifestações do Espírito Santo como indicações de sua atuação em salvação (vento), santificação (fogo) e serviço (línguas).

O vento e o fogo algumas vezes são chamados de teofanias — manifestações visíveis de Deus. Em ocasiões históricas, como a entrega da Lei, houve trovões, relâmpagos e nuvens densas, e um som muito alto de buzinas (Êx 19.16); então naquele dia histórico o Senhor se manifestou de um modo inesquecível com fogo e vento enviados do céu. Precisamos perceber, no entanto, que o vento e o fogo precederam o enchimento do Espírito; não foram parte dele. E mais, em nenhum outro trecho no livro de Atos esses elementos são mencionados novamente em paralelo às pessoas sendo cheias com o Espírito. Esses foram acontecimentos únicos e para marcar a total inauguração de uma nova era no procedimento de Deus com o seu povo.

O fenômeno audiovisual de vento e fogo é remanescente da entrega da Lei no monte Sinai (Êx 19.18; Dt 5.4); o vento não é mencionado em conexão com aquele vento, mas com a travessia do mar Vermelho (Êx 14.21), bem como em outras manifestações especiais no Antigo Testamento da presença de Deus (2 Sm 22.16).

O vento é um emblema do Espírito Santo (Ez 37.9; Jo 3.8); de fato, a palavra hebraica ruach tanto significa ‘vento’ quanto ‘espírito’, como acontece com a palavra grega comparável pneuma”.

(PALMA, A. D. O batismo no Espírito Santo e com fogo. 2.ed., RJ: CPAD, 2002, p.58-9.)

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

3º Trimestre de 2006

 

Título: As Doutrinas Bíblicas Pentecostais

Comentarista: Antonio Gilberto

 

 

 

Lição 5: Os dons do Espírito Santo

Data: 30 de Julho de 2006

 

TEXTO ÁUREO

 

Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (1 Co 12.11).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Dons espirituais são dotações sobrenaturais do Espírito Santo sobre o crente, capacitando-o para glorificar a Cristo e realizar a obra de Deus.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Is 11.2

O Espírito de sabedoria

 

 

 

Terça - Ef 1.17

Espírito de revelação

 

 

 

Quarta - Rm 15.30

O amor do Espírito Santo

 

 

 

Quinta - Cl 1.8

Vosso amor no Espírito

 

 

 

Sexta - Rm 8.11

O Espírito Santo nos vivifica

 

 

 

Sábado - Rm 1.4

Espírito de santificação

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

1 Coríntios 12.1,4-11,28; Romanos 12.6-8.

 

1 Coríntios 12

1 - Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.

4 - Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.

5 - E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.

6 - E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.

7 - Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil.

8 - Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;

9 - e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;

10 - e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.

11 - Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.

28 - E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.

 

Romanos 12

6 - De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;

7 - se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;

8 - ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.

 

PONTO DE CONTATO

 

Professor, entre aqueles que receberam o batismo com o Espírito Santo no mesmo dia do Sr. Edward Lee, encontrava-se Jennie Moore, que algum tempo depois casaria com Seymour. A Sra. Moore foi a primeira mulher a receber o batismo com o Espírito Santo na cidade de Los Angeles, na casa dos irmãos Richard e Ruth Asbery, na rua Bonnie Brae, 214. Na ocasião, começou a cantar noutras línguas e a tocar piano sob o poder de Deus. Todos ficaram maravilhados (At 2.7), pois sabiam que ela nunca havia estudado música. Segundo uma testemunha ocular, Emma Cotton, aquele grupo orou durante três dias e três noites e as pessoas que conseguiam entrar na casa dos Asbery, caíam sob o poder de Deus, enquanto outras eram curadas e salvas por Jesus Cristo. O local ficou repleto de pessoas a ponto do soalho ceder, mas ninguém ficou ferido. Durante aqueles três dias, toda a cidade afluiu para observar o poder de Deus manifestado entre os seus filhos.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Classificar os dons espirituais.
  • Descrever os termos que designam os dons.
  • Buscar os dons espirituais.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

Uma corrente da teoria cessacionista afirma que os dons do Espírito são habilidades naturais, santificadas e aperfeiçoadas por Deus após a conversão do indivíduo. Uma outra acredita que os dons espirituais não são para os tempos hodiernos, mas estiveram restritos ao período apostólico. No entanto, ao lermos as Sagradas Escrituras, não encontramos qualquer evidência de que os dons do Espírito tenham cessado com a morte dos apóstolos e muito menos de que se trata de talentos humanos santificados. O argumento antipentecostal é fundamentado na hermenêutica naturalista, que nega qualquer elemento sobrenatural nas Escrituras. Portanto, a dedução dos cessacionistas não é possível e nem necessária como método de interpretação do Novo Testamento. A atualidade dos dons espirituais é confirmada pela Escritura e experiência cristã. No primeiro caso, podemos citar os propósitos dos dons, especificamente, o de fortalecer a Igreja (1 Co 14.3,4,26). Se os dons cessaram após a morte dos apóstolos, por que Paulo escreveria à igreja de Corinto para que buscassem ardentemente os dons e zelassem por ele, sabendo que os dons não durariam mais do que 50 anos? Não há qualquer analogia plausível para sustentar tal absurdo. A experiência pentecostal de incontáveis cristãos, em todas as épocas e lugares, é evidência complementar da atualidade dos dons conforme a verdade bíblica.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Professor, muitos alunos têm dificuldades de distinguir entre Dons do Espírito (plural), Dom do Espírito (singular) e Fruto do Espírito (singular). Por isso, utilize nesta lição a tabela “Paralelo Lógico”. Este recurso possibilita a comparação entre dois ou mais elementos e suas possíveis correspondências. Reproduza o gráfico abaixo de acordo com os recursos disponíveis. Apresente este gráfico após o sub-tópico, “Termos designativos dos dons”.

 

 

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Concernente os dons espirituais, dois princípios devem ficar patentes. Primeiro, quando uma pessoa recebe do Senhor os dons do Espírito, não significa que ela é mais perfeita ou que é mais merecedora das bênçãos divinas do que outras. Segundo, assim como o crente não é salvo pelas obras, mas pela graça divina (Ef 2.8; Tt 3.5), os dons do Espírito são concedidos pela graça de Deus para que ninguém se engrandeça (Rm 12.6).

 

I. GENERALIDADES SOBRE OS DONS ESPIRITUAIS

 

Os dons espirituais são uma dotação sobrenatural concedida pelo Espírito Santo ao crente, para o serviço e execução dos propósitos de Deus na igreja e através dela. Os dons espirituais, portanto, não são qualidades humanas aprimoradas e abençoadas por Deus.

1. Principais passagens. São sete as principais passagens que tratam sobre os dons espirituais: 1 Co 12.1-11,28-31; 13; 14; Rm 12.6-8; Ef 4.7-16; Hb 2.4; 1 Pe 4.10,11. Além destas, há muitos outros textos da Bíblia sobre o assunto.

2. Termos bíblicos designadores dos dons. Abordaremos apenas os principais:

 

a) Dons espirituais (pneumatikos). O termo refere-se às manifestações sobrenaturais da parte do Espírito Santo por meio dos dons (v.7; 14.1).

b) Dons da graça (charismata). Falam da graça subseqüente de Deus em todos os tempos e aspectos da salvação (1 Co 12.4; Rm 12.6).

c) Ministérios (diakoniai). Correspondem aos dons de serviços ou ministérios práticos. São ministrações sobrenaturais do Espírito através dos membros da igreja como um corpo (1 Co 12.5,12-27).

d) Operações (energēmata). Esses dons são operações diretas do poder de Deus para a realização de seus propósitos (vv.9,10).

e) Manifestação (phanerōsis). Embora sejam sobrenaturais, o sentido do termo original aqui, sugere que os dons operam na esfera do natural, do sensível, do visível.

 

3. Classificação dos dons espirituais. Os dons espirituais podem ser classificados como:

 

a) Manifestações do Espírito. Conforme 1 Coríntios 12.8-10, são nove dons pelo Espírito Santo. Esses dons são capacitações sobrenaturais de pessoas para a edificação do corpo de Cristo e para seus membros individualmente (vv.3-5,12,17,26; 12; 14). Manifestam-se de modo eventual e imprevisto, não estando subordinados à vontade do portador, mas à soberania de Deus.

b) Dons de ministério prático. São dons de serviços práticos individuais ou em grupo (Rm 12.6-8; 1 Co 12.28-30). Nestas passagens eles aparecem com os demais dons espirituais e, sob o mesmo título original, “charismata” (dons da graça).

 

4. Alvo e resultado dos dons (1 Co 12.7b). São propósitos dos dons espirituais:

 

a) A glorificação do Senhor Jesus (Jo 16.14).

b) A confirmação da Palavra de Deus (Mc 16.17-20; Hb 2.3,4).

c) O crescimento em quantidade e qualidade da obra de Deus (At 6.7; 19.20; 9.31; Rm 15.19).

d) A edificação espiritual da Igreja (1 Co 12.12-27).

e) O aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.11,12).

 

5. O exercício dos dons espirituais (1 Co 14.26,32,33,40). Toda energia e poder sem controle são desastrosos. Deus nos concede dons, mas não é responsável pelo mau uso deles; por desobediência do portador à doutrina bíblica ou por ignorância desta. Portanto, os que recebem os dons devem: a) procurar saber o que a Palavra ensina sobre o exercício daquele dom em particular; b) exercer o dom segundo a Escritura; c) evitar desordens e confusões no uso dos dons.

 

II. EXPLANAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS DONS

 

1. Dons espirituais de manifestação do Espírito. Estão classificados em:

 

a) Dons que manifestam o SABER de Deus:

 

   ♦     A palavra da sabedoria (1 Co 12.8). É um dom de manifestação da sabedoria sobrenatural pelo Espírito Santo, necessário ao pastoreio, na administração e liderança.

   ♦     A palavra da ciência (1 Co 12.8). É um dom de manifestação de conhecimento sobrenatural pelo Espírito Santo; de fatos, causas, ensinamentos, etc.

   ♦     Discernir os espíritos (1 Co 12.10). É um dom de conhecimento e revelação sobrenaturais pelo Espírito Santo para não sermos enganados por Satanás e pelos homens.

 

b) Dons que manifestam o PODER de Deus.

 

   ♦      (1 Co 12.9). É um dom de manifestação de poder sobrenatural pelo Espírito Santo, a fim de que a igreja supere os obstáculos, sejam quais forem.

   ♦     Dons de curar (1 Co 12.9). Literalmente, “dons de curas”. São dons de manifestação de poder sobrenatural pelo Espírito Santo para a cura das doenças do corpo, da alma e do espírito, dos crentes quanto dos incrédulos.

   ♦     Operação de maravilhas (1 Co 12.10). São operações de milagres extraordinários e espantosos pelo poder de Deus, para despertar e convencer os incrédulos.

 

c) Dons que manifestam a MENSAGEM de Deus.

 

   ♦     Profecia (1 Co 12.10). É um dom de manifestação sobrenatural de mensagem verbal pelo Espírito, para a edificação, exortação e consolação do povo de Deus (1 Co 14.3).

   ♦     Variedade de línguas (1 Co 12.10). É um dom de expressão plural. É um milagre lingüístico sobrenatural. Nem todos os crentes batizados com o Espírito Santo recebem este dom (1 Co 12.30).

   ♦     Interpretação das línguas (1 Co 12.10). É um dom de manifestação de mensagem verbal, sobrenatural, pelo Espírito Santo. Não se trata de “tradução de línguas”, mas de “interpretação de línguas”. Tradução tem a ver com palavras; interpretação com mensagem.

 

2. Dons espirituais de ministérios práticos (Rm 12.6-8; 1 Co 12.28-30). São administrações de serviços práticos que, pela sua natureza, residem no portador.

 

a) Ministério (Rm 12.7). É servir capacitado sobrenaturalmente pelo Espírito Santo. Ministração, prestar serviço material e espiritual sem esperar reconhecimento ou remuneração.

b) Ensinar (Rm 12.7). É o dom espiritual de ensinar, tanto na teoria, como na prática; ensinar fazendo; ensinar a fazer e a entender. Não confundir com o ministério de ensino de Efésios 4.11 e Atos 13.1.

c) Exortar (Rm 12.8). Exortar aqui, é como dom: ajudar, assistir, encorajar, animar, consolar, unir pessoas separadas, admoestar.

d) Repartir (Rm 12.8). O sentido é doar generosamente, oferecer; distribuir aos necessitados sem esperar recompensa ou reconhecimento, movido pelo Espírito. Este dom ocupa-se da benevolência, beneficência, humanitarismo, filantropia, altruísmo.

e) Presidir (Rm 12.8). É conduzir, dirigir, organizar, liderar, orientar com segurança, conhecimento e discernimento espiritual.

f) Exercitar misericórdia (Rm 12.8). Este dom refere-se à assistência aos sofredores, necessitados, carentes; fracos, enfermos, presos, visitação, compaixão.

g) Socorros (1 Co 12.28). Literalmente “achegar-se para socorrer”. É o caso de enfermos, exaustos, famintos, órfãos, viúvas, etc.

h) Governos (1 Co 12.28). É um dom plural no seu exercício. É dirigir, guiar e conduzir com segurança e destreza. O termo original sugere pilotar uma embarcação com segurança, destreza e responsabilidade.

 

3. Dons espirituais na área do ministério. Esses dons são enumerados em Efésios 4.11 e 1 Coríntios 12.28,29, a saber: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, doutores ou mestres.

 

III. RESPONSABILIDADE QUANTO AOS DONS

 

1. Conhecer os dons. “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (1 Co 12.1).

2. Buscar os dons. “Procurai com zelo os melhores dons” (1 Co 12.31).

3. Zelar pelos dons. “Procurai com zelo os dons espirituais” (1 Co 14.1).

4. Ser abundante nos dons. “Procurai sobejar neles, para a edificação da igreja” (1 Co 14.12).

5. Ter autodisciplina nos dons. “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas” (1 Co 14.32).

6. Ter decência e ordem no exercício dos dons. “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1 Co 14.40).

 

CONCLUSÃO

 

Poder, sinais, curas, libertação e maravilhas devem caracterizar um genuíno avivamento pleno de renovação espiritual e pentecostal. No entanto, deve ser livre de escândalos, engano, falsificação, mas dentro da decência e da ordem que a Palavra de Deus preceitua (1 Co 14.26-40).

 

VOCABULÁRIO

 

Extraordinário: Fora do comum; excepcional; singular; notável.
Lingüística: A ciência da linguagem articulada.
Subordinado: Dependente; inferior; coisa que ocupa lugar inferior; secundário.
Tradução: O processo de converter uma linguagem em outra.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

DEERE, J. Surpreendido pelo poder do Espírito. RJ: CPAD, 1995.
SOUZA, E. A. Títulos & dons do ministério cristão. RJ: CPAD, 1993.

 

EXERCÍCIOS

 

1. O que são os dons espirituais?

R. Os dons espirituais são uma dotação sobrenatural concedida pelo Espírito Santo ao crente, para o serviço e execução dos propósitos de Deus na igreja e através dela.

 

2. O que os dons espirituais não são?

R. Os dons espirituais não são qualidades humanas aprimoradas e abençoadas por Deus.

 

3. Quais são os nomes designativos dos dons espirituais na Bíblia?

R. Dons espirituais (pneumatikos); Dons da graça (charismata); Ministérios (diakoniai); Operações (energēmata); Manifestação (phanerōsis).

 

4. Quais são os dons que manifestam o saber de Deus?

R. A palavra da sabedoria (1 Co 12.8); a palavra da ciência (1 Co 12.8); discernir os espíritos (1 Co 12.10).

 

5. Quais são os dons espirituais na área do ministério?

R. Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, doutores ou mestres.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Teológico

 

“Propósito dos Dons Espirituais: Fortalecer a Igreja.

Visto ser o propósito dos dons espirituais fortalecer a Igreja, as curas, os milagres, as línguas e a profecia não se confinam aos apóstolos, ou a umas poucas pessoas do primeiro século da era cristã. Antes, esses dons foram largamente distribuídos no seio da Igreja. Como já disse, o dom de profecia encontrava-se na igreja em Roma (Rm 12.6), Corinto (1 Co 12.10), Éfeso (Ef 4.11), Tessalônica (1 Ts 5.20) e Antioquia (At 13.1). O Novo Testamento também cita alguns indivíduos não-apóstolos, mas que eram chamados profetas ou exerciam dons de revelação: Ágabo (At 11.28; 21.10,11), Judas e Silas (At 15.32), as quatro filhas de Filipe, que profetizavam (At 21.9), e Ananias (At 9.10-19). Milagres eram operados em Corinto (1 Co 12.20) e nas igrejas da Galácia (Gl 3.5). Havia dom de línguas em Jerusalém (At 2.1-13), em Cesaréia, entre os convertidos gentios (At 10.44-48), em Éfeso (At 19.1-7), em Samaria (At 8.14-25) e em Corinto (1 Co 12-14).

O propósito de fortalecer a Igreja é particularmente verdadeiro quanto ao dom da profecia. Paulo mantém que ‘o que profetiza, fala aos homens, edificando, exortando e consolando’ (1 Co 14.3). E, novamente: ‘O que profetiza edifica a igreja’ (1 Co 14.4). Visto ser a edificação o propósito primário dos dons espirituais, como poderia alguém concluir que foram retirados da Igreja? Se esses dons edificaram a Igreja no primeiro século, por que não a edificariam no século XX? As próprias declarações da Bíblia forçam-nos a crer na sua continuidade”.

(DEERE, J. Surpreendido pelo poder do Espírito. RJ: CPAD, 1995, p.135.)

 

 

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

3º Trimestre de 2006

 

Título: As Doutrinas Bíblicas Pentecostais

Comentarista: Antonio Gilberto

 

 

 

Lição 6: O cristão e sua santificação

Data: 6 de Agosto de 2006

 

TEXTO ÁUREO

 

Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Santificar-se é separar-se continuamente de todo pecado pela instrumentalidade do Espírito Santo, para servir ao Senhor.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Is 6.3

Nosso Deus é santíssimo

 

 

 

Terça - Sl 16.3

Deus tem prazer nos seus santos

 

 

 

Quarta - Dt 33.3

Os santos estão nas mãos de Deus

 

 

 

Quinta - 2 Co 7.1

Os santos se aperfeiçoam

 

 

 

Sexta - Ap 22.11

Quem é santo santifique-se mais

 

 

 

Sábado - 1 Ts 3.13

Jesus vem buscar somente os santos

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Levítico 11.44,45; 20.7,8,26; 1 Pedro 1.15,16; 1 Tessalonicenses 3.13.

 

Levítico 11

44 - Porque eu sou o SENHOR, vosso Deus; portanto, vós vos santificareis e sereis santos, porque eu sou santo; e não contaminareis a vossa alma por nenhum réptil que se arrasta sobre a terra.

45 - Porque eu sou o SENHOR, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo.

 

Levítico 20

7 - Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus.

8 - E guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o SENHOR que vos santifica.

26 - E ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus.

 

1 Pedro 1

15 - Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver,

16 - porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.

 

1 Tessalonicenses 3

13 - Para confortar o vosso coração, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os seus santos.

 

PONTO DE CONTATO

 

Professor, após o derramamento do Espírito Santo sobre os irmãos na residência dos Asbery e, como muitos ainda continuavam a freqüentar as orações, Seymour procurou um novo espaço para as reuniões. Encontrou na Rua Azusa, 312, uma estrebaria de dois andares que, em seus primeiros dias, havia sido um templo da igreja episcopal metodista africana. Em fins de abril, o edifício estava limpo e organizado para acomodar cerca de 750 pessoas. Não muitos dias depois, o mover do Espírito naquele lugar atraiu pessoas de todo mundo. Em 18 de abril de 1906, o Daily Times, jornal de Los Angeles, publicou uma reportagem de primeira página sobre o avivamento. Durante quase mil dias, milhares de pessoas de todas as partes do globo visitaram a Rua Azusa e foram profundamente tocadas pelo derramamento abrasador do Espírito Santo. Homens, mulheres, crianças, negros, brancos, hispânicos, asiáticos, ricos, pobres, analfabetos e doutores — todos foram alcançados pela promessa pentecostal de Atos 2.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Definir os termos santificação, santidade e santificar.
  • Descrever a tríplice santificação do crente.
  • Desejar viver em santidade e temor a Deus.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

No Antigo Testamento o conceito de santidade, santo ou santificado é expresso por três palavras principais: qādashqōdesh eqādôsh. O verbo qādash ocorre 170 vezes no hebraico bíblico, com o sentido de “ser consagrado”, “ser santo”, “ser santificado”. Na primeira ocorrência do termo (Gn 2.3) significa “declarar algo santo” (Êx 20.8), mas também o estado daquele que é reservado exclusivamente para Deus (Êx 13.2). No entanto, há 470 ocorrências do substantivo qōdesh com o significado de “consagração”, “santidade”, “qualidade de sagrado”, “coisa santa”. A palavra é empregada para descrever tanto o que é separado para o serviço exclusivo a Deus (Êx 30.31), quanto o que é usado pelo povo de Deus (Is 35.8; Êx 28.2, 38). Já o adjetivo qādôsh, isto é, “santo”, “sagrado”, além de ocorrer 116 vezes é o vocábulo mais difundido entre os estudantes das Escrituras Sagradas. Em Êxodo 19.6, primeira ocasião em que se emprega o termo, designa o estado de santidade do povo de Deus (Nm 16.3; Lv 20.26), e a santidade do próprio Deus (Is 1.4; 5.16; 40.25).

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Professor, o tema principal desta lição é santificação, enquanto a palavra-chave é “santo”. Muitos alunos não distinguem adequadamente as palavras santidade, santificação, santificar, santíssimo, santo e santuário. Portanto, apresente nessa lição um quadro com esses termos, incluindo o significado e uma referência bíblica ao vocábulo. Esse recurso deve, preferencialmente, ser usado no final do tópico “Santidade, Santificar e Santificação”. Reproduza o gráfico abaixo de acordo com os recursos disponíveis.

 

 

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Salvação e santificação são as obras redentoras realizadas por Jesus no homem integral: espírito, alma, e corpo. A Bíblia afirma que fomos eleitos “desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito” (2 Ts 2.13). Esta verdade está implícita no evangelho de João 19.34, que diz que do lado ferido do corpo de Jesus fluíram, a um só tempo, sangue e água. Isto é, o sangue poderoso de Cristo nos redime de todo pecado, mas a água também nos lava de nossas impurezas pecaminosas. Cristo morreu “para nos remir de toda iniqüidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tt 2.14). Portanto, a salvação e a santificação devem andar juntas na vida do crente.

 

I. SANTIDADE, SANTIFICAR E SANTIFICAÇÃO

 

1. A santidade de Deus. A Bíblia diz que nosso Deus é santíssimo: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos” (Is 6.3; Ap 4.8). A santidade de Deus é intrínseca, absoluta e perfeita (Lv 19.2; Ap 15.4). É o atributo que melhor expressa sua natureza. No crente, porém, a santificação não é um estado absoluto, é relativo assim como a lua, que não tendo luz própria, reflete a luz do sol (ver Hb 12.10; Lv 21.8b).

Deus é “santo” (Pv 9.10; Is 5.16), e quem almeja andar com Ele, precisa viver em santidade, segundo as Escrituras.

2. Santificar e santificação. “Santificar” é “pôr à parte, separar, consagrar ou dedicar uma coisa ou alguém para uso estritamente pessoal”. Santo é o crente que vive separado do pecado e das práticas mundanas pecaminosas, para o domínio e uso exclusivo de Deus. É exatamente o contrário do crente que se mistura com as coisas tenebrosas do pecado.

A santificação do crente tem dois lados: sua separação para a posse e uso de Deus; e a separação do pecado, do erro, de todo e qualquer mal conhecido, para obedecer e agradar a Deus.

 

II. A TRÍPLICE SANTIFICAÇÃO DO CRENTE

 

De acordo com a Bíblia, a santificação do crente é tríplice: Posicional, progressiva e futura.

1. Santificação posicional (Hb 10.10; Cl 2.10; 1 Co 6.11). No seu aspecto posicional, a santificação é completa e perfeita, ou seja, o crente pela fé torna-se santo “em Cristo”. Deus nos vê em Cristo perfeitos (Ef 2.6; Cl 2.10). Quando estamos “em Cristo”, não há qualquer acusação contra nós (Rm 8.33, 34), porque a santidade do Senhor passa a ser a nossa santidade (1 Jo 4.17b).

2. Santificação progressiva. É a santificação prática, aplicada ao viver diário do crente. Nesse aspecto, a santificação do crente pode ser aperfeiçoada (2 Co 7.1). Os crentes mencionados em Hebreus 10.10 já haviam sido santificados, e continuavam sendo santificados (vv.10,14 - ARA).

O crescimento do crente “em santificação” ocorre à medida que o Espírito o rege soberanamente e, o crente, por sua vez, o busca, em cooperação com Deus: “Sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (1 Pe 1.15).

a) O lado divino da santificação progressiva. São meios, os quais o Senhor utiliza para santificar-nos em nosso viver diário. Esses recursos divinos são: (1) O sangue de Jesus Cristo (Hb 13.12; 1 Jo 1.7,9); (2) a Palavra de Deus (Sl 12.6; 119.9; Jo 17.17; Ef 5.26); (3) o Espírito Santo (Rm 1.4; 1 Pe 1.2; 2 Ts 2.13); (4) a glória de Deus manifesta (Êx 29.43; 2 Cr 5.13,14); (5) e a fé em Deus (At 26.18; Fp 3.9; Tg 2.23; Rm 4.11).

b) O lado humano da santificação. Deus é quem opera a santificação no crente, embora haja a cooperação deste. Os meios coadjuvantes de santificação progressiva são: (1) O próprio crente. Sua atitude e propósito de ser santo, separado do mal para posse de Deus são indispensáveis. É o crente tendo fome e sede de ser santo (Mt 5.6; 2 Tm 2.21, 22; 1 Tm 5.22); (2) O santo ministério. Os obreiros do Senhor têm o dever de cooperar para a santificação dos crentes (Êx 19.10,14; Ef 4.11,12); (3) Pais que andam com Deus. Assim como Jó (Jó 1.5), os pais devem cooperar para a santificação dos filhos. Eunice, por exemplo, colaborou para a integridade de Timóteo, seu filho (2 Tm 1.5; 3.15). Por outro lado, pais descuidados podem influenciar negativamente seus filhos, como no caso de Herodias que influenciou a Salomé (Mc 6.22-24); (4) As orações do justo (Sl 51.10; 32.6). A oração contrita, constante e sincera tem efeito santificador; (5) A consagração do crente a Deus (Lv 27.28b; Rm 12.1,2). A rendição incondicional do crente a Deus tem efeito santificador nele.

3. Santificação futura. “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.23). Trata-se da santificação completa e final (1 Jo 3.2). Ver também: Ef 5.27; 1 Ts 3.13.

 

III. ESTORVOS À SANTIFICAÇÃO DO CRENTE

 

Estorvos são embaraços que impedem o cristão de viver em santidade. Vejamos alguns deles:

1. Desobediência. Desobedecer de modo consciente, contínuo e obstinadamente à conhecida vontade do Senhor (Êx 19.5,6).

2. Comunhão com as trevas. Comungar com as obras infrutíferas das trevas (Rm 13.12); com os ímpios, seus costumes mundanos e suas falsas doutrinas (Ef 5.3; 2 Co 6.14-17).

3. Erros a respeito da santificação. O próprio Pedro enganou-se a respeito da santificação (At 10.10-15). Vejamos o que não é a santificação bíblica.

a) Exterioridade (Mt 23.25-28; 1 Sm 16.7). Usos, práticas e costumes. Este último, quando bom, deve ser o efeito da santificação, e não a causa (Ef 2.10).

b) Maturidade cristã. Não é pelo tempo que algo se torna limpo, mas pela ação contínua da limpeza. A maturidade cristã varia, como se vê em 1 Jo 2.12, 13: “Filhinhos”; “pais”; “mancebos”; “filhos”.

c) Batismo com o Espírito Santo e dons espirituais. O batismo com o Espírito Santo e os dons espirituais em si mesmos, não equivalem à santificação como processo divino e contínuo em nós (At 1.8; 1 Co 14.3).

4. Áreas da vida não santificadas. Alguns aspectos reservados da vida do crente que não foram consagrados a Deus, devem ser apresentados ao Senhor. Como por exemplo, a mente, sentidos, pensamento, instintos, apetites e desejos, linguagem, gostos, vontade, hábitos, temperamento, sentimento. Um exemplo disso está em Mateus 6.22,23.

 

IV. A NECESSIDADE DE O CRENTE SANTIFICAR-SE

 

Para esse tópico aconselhamos a leitura meditativa de 2 Coríntios 7.1 e 1 Tessalonicenses 4.7.

1. A Bíblia ordena. A Bíblia afirma que temos dentro de nós a “lei do pecado” (Rm 7.23; 8.2). Daí, ela ordenar que sejamos santos (1 Pe 1.16; Lv 11.44; Ap 22.11), pois o Senhor habita somente em lugar santo (Is 57.15; 1 Co 3.17).

2. Os santos serão arrebatados. O Senhor Jesus que é santo, virá buscar os que são consagrados a Ele (1 Ts 3.13; 5.23; 2 Ts 1.10; Hb 12.14). Por isso, a vontade de Deus para a vida do crente é que ele seja santo, separado do pecado (1 Ts 4.3).

3. A santidade revelada de Deus. Uma importante razão pela qual o crente deve santificar-se é que a santidade de Deus, em parte, é revelada através do procedimento justo e da vida santificada do crente (Lv 10.3; Nm 20.12). Então, o crente não deve ficar observando, nem exigindo santidade na vida dos outros; ele deve primeiro demonstrar a sua!

4. Os ataques do Diabo. Devemos atentar para o fato de que, o Diabo, centraliza seus ataques na santificação do crente. A principal tática que o adversário emprega para corromper a santidade é o pecado da mistura. Isso ele já propôs antes a Israel através de Faraó (Êx 8.25). Esta mistura, inclui: da igreja com o mundanismo; da doutrina do Senhor com as heresias; da adoração com as músicas profanas; etc.

 

CONCLUSÃO

 

Em muitas igrejas hoje, a santificação é chamada de fanatismo. Nessas igrejas falam muito de união, amor, fraternidade, louvor, mas não da separação do mundanismo e do pecado. Notemos que as “virgens” da parábola de Mateus 25 pareciam todas iguais; a diferença só foi notada com a chegada do noivo.

 

VOCABULÁRIO

 

Absoluto: Que não depende de outrem ou de uma coisa; independente.
Integridade: Qualidade de íntegro; inteireza; imparcialidade; imparcial.
Tática: Parte da arte da guerra que trata de como travar um combate ou uma batalha.
Tríplice: Referente a três; triplo.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

DANIELS, R. Pureza sexual. RJ: CPAD, 2000.
HOLLOMAN, H. O poder da santificação. RJ: CPAD, 2003.
HUGES, R. K. Disciplinas do homem cristão. RJ: CPAD, 2004.
KEEFAUVER, L. (ed.). O avivamento da Rua Azusa — Seymour. RJ: CPAD, 2001.

 

EXERCÍCIOS

 

1. O que é a santificação em relação ao crente?

R. É a separação do crente do pecado, do mal e das práticas pecaminosas mundanas, para posse e uso de Deus.

 

2. Quais os dois lados da santificação na vida do crente?

R. A santificação na vida do crente tem dois lados: a sua separação para posse e uso de Deus; e, a separação do pecado, do erro, de todo e qualquer mal conhecido pelo crente, para obedecer e agradar a Deus.

 

3. Quais são os tríplices aspectos da santificação?

R. Segundo a Bíblia, a santificação do crente é tríplice. Posicional, progressiva e futura.

 

4. Cite três agentes divinos da santificação progressiva.

R. (1) O sangue de Jesus Cristo (Hb 13.12); (2) a Palavra de Deus (Sl 12.6); (3) o Espírito Santo (Rm 1.4).

 

5. Quais são os três principais estorvos à santificação do crente?

R. Desobediência (Êx 19.5,6); Comunhão com as trevas (Rm 13.12); Erros a respeito da santificação.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Devocional

 

“Santificação e Pentecostes

1. Santificados antes do Pentecostes. Lendo a Bíblia cuidadosamente, vemos que os discípulos eram pessoas salvas e santificadas e haviam recebido a unção do Espírito antes do dia de Pentecostes. Em João 17.15-17, Jesus ora: ‘Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade’. Jesus é a Palavra e a verdade, por isso os discípulos foram santificados pela verdade na mesma noite em que ele orou por eles (Jo 20.21-23). Os discípulos, portanto, já estavam cheios da unção do Espírito Santo antes do dia de Pentecostes, e isso os sustentou até que foram dotados com poder do alto. No primeiro capítulo de Atos, Jesus orienta os discípulos a esperarem pela promessa do Pai. Não era para esperar pela santificação. O sangue de Cristo já havia sido derramado na cruz do Calvário. Ele não ia enviar o seu sangue para limpá-los da carnalidade, mas o seu Espírito, para dotá-los com poder.

2. A Santificação. Não há nada mais doce, mais sublime ou mais santo neste mundo do que a santificação. O batismo com o Espírito Santo é o dom de poder na alma santificada, capacitando-a para pregar o Evangelho de Cristo ou para morrer na fogueira. O batismo reveste o crente até o dia da redenção, de modo que ele esteja pronto para encontrar-se com o Senhor Jesus à meia-noite ou a qualquer momento, porque tem óleo em sua vasilha, junto com a sua lâmpada.

Você é participante do Espírito Santo no batismo pentecostal da mesma maneira que foi participante do Senhor Jesus Cristo na santificação” (SEYMOUR, W. J. Santificados antes do Pentecostes. In KEEFAUVER, L. (ed.). O avivamento da Rua Azusa— Seymour. RJ: CPAD, 2001, p.80-3).

 

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

3º Trimestre de 2006

 

Título: As Doutrinas Bíblicas Pentecostais

Comentarista: Antonio Gilberto

 

 

 

Lição 7: As ministrações do Espírito Santo ao crente

Data: 13 de Agosto de 2006

 

TEXTO ÁUREO

 

Porque derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes” (Is 44.3).

 

VERDADE PRÁTICA

 

As ministrações do Espírito Santo ao crente, como membro do corpo de Cristo, são incontáveis e indizíveis na atual dispensação.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - 2 Co 3.6

O Espírito de Deus vivifica

 

 

 

Terça - 2 Tm 1.7

O Espírito comunica fortaleza, amor e moderação

 

 

 

Quarta - 1 Co 12.7-11

O Espírito Santo distribui dons

 

 

 

Quinta - Fp 1.19

Nosso socorro pelo Espírito Santo

 

 

 

Sexta - Ef 4.3

Conservando a unidade pelo Espírito

 

 

 

Sábado - Gl 5.5

Aguardando pela fé mediante o Espírito

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

2 Coríntios 3.4,6-9,11,18.

 

4 - E é por Cristo que temos tal confiança em Deus;

6 - o qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, e o Espírito vivifica.

7 - E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória,

8 - como não será de maior glória o ministério do Espírito?

9 - Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça.

11 - Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece.

18 - Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.

 

PONTO DE CONTATO

 

Professor, o avivamento manifestado na Missão da Rua Azusa ocorreu em uma época de profundo racismo e preconceito social. Em 1906, um repórter, opositor do movimento, criticou severamente os eventos ocorridos. No entanto, a crítica registrada no jornal local, serve-nos de provas contundentes da efusão do Espírito e de seu poder transformador, capaz de quebrar qualquer preconceito, seja social ou racial. Assim se expressava o jornalista: “(...) vergonhosa mistura de raças (...) eles clamavam e faziam grande barulho o dia inteiro e à noite adentro. Corriam, pulavam, tremiam todo o corpo, gritavam com toda a sua voz, faziam rodas, tombavam sobre o assoalho coberto de serragem, sacudindo-se, esperneando e rolando no chão (...) Eles afirmam estar cheios do Espírito. Eles têm um caolho, analfabeto e negro como seu pregador que fica de joelhos a maior parte do tempo (...) Não fala muito, mas, às vezes, pode ser ouvido gritando ‘Arrependei-vos!’. Então, permanece na mesma atitude de oração (...) Eles cantam repetidamente a mesma canção, ‘O Consolador Chegou’”.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Classificar as ministrações do Espírito quanto à salvação.
  • Descrever as ministrações do Espírito quanto aos salvos.
  • Distinguir o batismo pelo Espírito do batismo com o Espírito.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

Muitas ministrações divinas são atribuídas simultaneamente ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo: A vocação para a salvação é atribuída ao Pai (1 Co 1.9; 1 Ts 2.12), ao Filho (Mt 11.28; Lc 5.32) e ao Espírito Santo (Jo 16.8-11; 15.16; At 5.32). De modo semelhante, a santificação é operada por Deus (1 Ts 5.23; Ez 37.28), por Cristo (Hb 13.12; Ef 5.26) e, mediante o Espírito Santo (1 Pe 1.2; 1 Co 6.11). No entanto, uma das primeiras ministrações do Espírito no homem, não ocorre quando este é salvo, mas quando ainda está morto em delitos e pecados (Ef 2.1; Jo 3.5-8). Esta ministração ao pecador é dupla: convencer (do pecado, da justiça e do juízo, Jo 16.7-11) e restringir ou deter o mal no mundo (2 Ts 2.6-9). Portanto, a obra inicial do Espírito de Cristo no homem é o convencimento — ato magnânimo operado pelo Espírito na comunicação da graça de Cristo, a fim de que o pecador aceite inteligentemente a Cristo como Senhor e Salvador. A segunda ministração não se restringe ao pecador como indivíduo, mas a totalidade deles sendo guardados da operação do mal no mundo. É evidente de que não se trata de eliminar o mal, mas limitá-lo, restringi-lo, diminuir-lhe a eficácia de acordo com os propósitos divinos, como demonstram o texto citado. Somente então, quando o tempo predeterminado por Deus for cumprido, é que o iníquo se revelará e, durante sete atribulados anos, os pecadores sofrerão, até que o Rei dos reis retorne para exercer total autoridade.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Professor, como auxílio didático para esta lição use o Gráfico Sintético. Esse recurso é uma excelente ferramenta para resumir uma lição repleta de informações indispensáveis. Mas, como ministrar o conteúdo doutrinário (teoria) e, ao mesmo tempo contextualizar ao cotidiano do aluno (prática-aplicação), tendo não mais do que 60 minutos? Isso é possível se planejarmos a aula e usarmos algum método ou recurso que nos auxilie. Portanto, reproduza o gráfico abaixo de acordo com os recursos disponíveis, e o apresente como recapitulação do conteúdo ministrado.

 

 

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Em razão de suas operações dinâmicas (Gn 1.2), o Espírito Santo é mais mencionado no Antigo Testamento como “Espírito”. Já no Novo, Ele é citado como “Espírito Santo”, o que destaca seu principal ministério na igreja: santificar o crente.

Esta distinção de ofício do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento é claramente percebida em 2 Coríntios 3.7,8. O versículo 8 assevera: “Como não será de maior glória o ministério do Espírito?”.

 

I. AS MINISTRAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO E A SALVAÇÃO

 

1. O novo nascimento pelo Espírito (Jo 3.3-8). O novo nascimento abrange a regeneração e a conversão, que são dois lados de uma só realidade. Enquanto a regeneração enfatiza o nosso interior, a conversão, o nosso exterior. Quem diz ser nascido de novo deve demonstrar isso no seu dia-a-dia. A expressão “de novo” (v.3), de acordo com o texto original, significa “nascer do alto, de cima, das alturas”. Isto quer dizer que se trata de um nascimento espiritual realizado pelo Espírito Santo. O homem natural, portanto, desconhece esse novo nascimento (vv.4-12; ler Jo 16.7-11; Tt 3.5).

2. A habitação do Espírito no crente (Jo 14.16,17; Rm 8.9). No Antigo Testamento o Espírito agia entre o povo de Deus (Ag 2.5; Is 63.11b), mas com o advento de Cristo e por sua mediação, o Espírito habita no crente (Jo 20.21,22). Este privilégio é também reafirmado em 1 Co 3.16; 6.19; 2 Co 6.16; Gl 4.6.

3. O testemunho do Espírito de que somos filhos de Deus (Rm 8.15,16). Esse testemunho é uma plena convicção produzida no crente pelo Espírito Santo de que:

a) Deus é o nosso Pai celeste. “Pelo qual clamamos: ‘Aba, Pai’” (v.15).

b) Somos filhos de Deus. “O mesmo Espírito testifica... que somos filhos de Deus” (v.16). É pois, um testemunho objetivo e subjetivo, da parte do Espírito Santo, concernente à nossa salvação em Cristo.

4. A fé pelo Espírito Santo para a salvação. É a vida de fé (Rm 1.17), “pelo Espírito” (Gl 5.5). Tal fé, segundo At 11.24, procede do Espírito a fim de que o crente permaneça fiel por meio da manifestação do fruto do Espírito (Gl 5.22b). Uma coisa decorre da outra. Os heróis de Hebreus 11 venceram “pela fé”, porque o Espírito a supria (2 Co 4.13; Hb 10.38).

5. A santificação posicional do crente. A santificação sob este aspecto é perfeita e completa “em Cristo”, mediante a fé. Ela ocorre por ocasião do novo nascimento (1 Co 1.2; Hb 10.10; Cl 2.10; 1 Jo 4.17; Fp 1.1), sendo simultânea com a justificação “em Cristo” (1 Co 6.11; Gl 2.17a).

 

II. AS MINISTRAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO E OS SALVOS

 

1. O batismo “do” ou “pelo” Espírito Santo para o crente (1 Co 12.13; Gl 3.27; Rm 6.3). Este batismo “do” ou “pelo” Espírito é algo tão real, apesar de ser espiritual, que a Bíblia o denomina como “batismo”. Em todo batismo, como já afirmamos, há três pontos inerentes: um batizador; um batizando; e um meio em que o candidato é imerso. No batismo pelo Espírito Santo, o batizador é o Espírito de Deus (1 Co 12.13); o batizando é o novo convertido; e, o elemento em que o recém-convertido é imerso, é a igreja, como corpo místico de Cristo (1 Co 12.27; Ef 1.22, 23). Portanto, o Espírito Santo realiza esse batismo espiritual no momento da nossa conversão, inserindo o crente na igreja (Mt 16.18). Logo, todos os salvos são batizados “pelo” Espírito Santo para pertencerem ao corpo de Cristo — a Igreja, mas nem todos são batizados “com” ou “no” Espírito.

2. O batismo “com” ou “no” Espírito Santo (At 1.4,5,8; 2.1-4; 10.44-46; 11.16; 19.2-6). A evidência física desse glorioso batismo são as línguas sobrenaturais faladas pelo crente conforme o Espírito concede. É uma ministração de poder do alto pelo Espírito, provida pelo Pai, mediante o Senhor Jesus (Jo 14.26; At 2.32,33).

3. O fruto do Espírito através do crente (Gl 5.22,23; Ef 5.9; Jo 15.1-8,16). A evidência de que alguém continua cheio do Espírito é a manifestação do fruto do Espírito em sua vida (Mt 3.8; 7.20). Um cristão que afirma ser nascido de novo, mas seu modo de viver dentro e fora da igreja desmente o que ele afirma, é uma contradição; um escândalo e pedra de tropeço para os descrentes e os cristãos mais fracos. É pela sua habitação e presença permanente no crente, regendo-o em tudo, que o Espírito produz o seu fruto, como descrito em Gl 5.22.

4. A santificação progressiva do crente (1 Pe 1.15,16; 2 Co 7.1; 3.17,18). Essa verdade é declarada no texto original de Hebreus 10.10,14. No versículo 10, a ênfase recai sobre o estado ou a posição do crente — santo: “Temos sido santificados”. O versículo 14, no entanto, não só reafirma o estado anterior, “santo”, como declara o processo contínuo de santificação proveniente de tal posição: “sendo santificados” (v.14). Aqui temos a santificação posicional e progressiva.

5. A oração no Espírito (Rm 8.26,27; Ef 6.18; Jd v.20; Zc 12.10; 1 Co 14.14,15). Esta ministração do Espírito no crente, capacita-o a orar, inclusive a interceder por outros. Logo, só podemos orar de modo eficaz se formos assistidos e vivificados pelo Espírito Santo. A “oração no Espírito” de que trata Jd v.20, refere-se a essa capacidade concedida pelo Espírito.

6. O Espírito Santo como selo e penhor (2 Co 1.22; Ef 1.13,14; 4.30; 2 Co 5.5). Devemos observar que nos tempos bíblicos, o selo era usado para designar a posse de uma pessoa sobre algum objeto ou coisa selada. Por conseguinte, indicava propriedade particular, segurança e garantia. Este selo, portanto, não é o batismo com o Espírito Santo, mas a habitação do Espírito no crente, como prova de que o mesmo é posse ou propriedade particular de Deus.

Juntamente com o selo é mencionado o “penhor da nossa herança” (Ef 1.14). De modo semelhante ao selo, o penhor era o primeiro pagamento efetuado a fim de se adquirir uma propriedade. Mediante esse “depósito”, a pessoa assegurava o objeto como propriedade exclusiva. Assim, o Senhor deu-nos o Espírito Santo, como garantia de que somos sua propriedade exclusiva e intransferível. O Senhor Jesus “investiu” em nós imensuráveis riquezas do Espírito como penhor ou garantia de que muito em breve Ele virá para levar para Si sua propriedade peculiar, a igreja de Deus (Tt 2.14).

7. A unção do Espírito para o serviço. Jesus, nosso exemplo, foi ungido com o Espírito Santo para servir (At 10.38; Lc 4.18,19). Assim também a igreja recebeu a unção coletiva do Espírito (2 Co 1.21,22), mas alguns de seus membros são individualmente ungidos para ministérios específicos, segundo os propósitos de Deus. Vejamos a unção do Espírito sobre o crente, conforme 1 João 2.20,27.

a) “Tendes a unção do Santo”. Esta unção santifica e separa o crente para o serviço de Deus.

b) “E sabeis tudo”. Também proporciona conhecimento das coisas de Deus em geral.

c) “Fica em vós” (v.27). É permanente no crente.

d) “Unção que vos ensina todas as coisas” (v.27). É didática, pois possibilita ensino contínuo das coisas de Deus.

e) “É verdadeira” (v.27). Não falha, pois procede da verdade, que é Deus.

f) “E não é mentira” (v.27). É sem dolo; sem falsidade. É possível que houvesse entre certos líderes daqueles dias uma falsa unção, que imitava a verdadeira.

 

CONCLUSÃO

 

Na conclusão do capítulo em estudo (2 Co 3), prorrompe jubiloso o sacro escritor, a respeito da glória do ministério do Espírito: “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (v.18). São, portanto, maravilhosas as ministrações e dádivas do Espírito Santo, dispensadas aos filhos de Deus (2 Co 3.8).

 

VOCABULÁRIO

 

Ênfase: Realce; destaque, relevo.
Momentâneo: Que dura um momento; instantâneo, rápido.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

SOUZA, E. A. Nos domínios do Espírito. RJ: CPAD, 1998.

 

EXERCÍCIOS

 

1. Qual a distinção entre a menção do Espírito Santo no Antigo e no Novo Testamento?

R. No Antigo, o Espírito assim é chamado em razão de suas operações dinâmicas, enquanto no Novo Testamento, porque santifica o crente.

 

2. Cite três ministrações do Espírito Santo relacionadas à salvação.

R. Novo nascimento; a habitação do Espírito; testemunho do Espírito de que somos filhos de Deus.

 

3. Cite três ministrações do Espírito Santo para os salvos.

R. O fruto do Espírito; a santificação progressiva; o Espírito Santo como selo e penhor.

 

4. Qual a evidência de que o crente continua cheio do Espírito?

R. A manifestação do fruto do Espírito na vida do crente.

 

5. Qual o sentido do selo e penhor do Espírito sobre o crente?

R. O Espírito habitando no crente como posse e propriedade particular de Deus.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Doutrinário

 

“A Operação do Espírito Santo é Condicional

1. Ministrações do Espírito. As obras e ministrações do Espírito Santo provam a sua divindade, assim como as obras que Jesus realizou como homem provam que Ele é o Filho de Deus (Jo 5.36; 10.25,38; 14.11). Portanto, o Espírito Santo sempre opera em conjunto com a Trindade, pois é o ativador de todas as coisas.

2. Soberania do Espírito. O Espírito Santo é soberano. Ele opera como o vento, isto é, ‘assopra onde quer’ (Jo 3.8). Aquele que se coloca à inteira disposição do Espírito Santo experimentará a sua operação poderosa e irresistível (cf. At 6.10). A Bíblia diz: ‘Operando eu, quem impedirá?’ (Is 43.13). Assim aconteceu nos dias dos apóstolos; apesar de os inimigos os perseguirem, procurando impedi-los de agir, o Espírito Santo operava por meio deles de tal maneira que o Evangelho se espalhou vitoriosamente por toda a parte (At 4.33; 5.40-42; 6.7)”.

(BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed., RJ: CPAD, 2005, pp.88,120.)

 

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

3º Trimestre de 2006

 

Título: As Doutrinas Bíblicas Pentecostais

Comentarista: Antonio Gilberto

 

 

 

Lição 8: A renovação espiritual do crente

Data: 20 de Agosto de 2006

 

TEXTO ÁUREO

 

Por isso não desfaleçamos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia” (2 Co 4.16).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Só a contínua atuação do Espírito Santo em uma vida totalmente submissa a Deus, pode mantê-la renovada espiritualmente.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Ef 4.23

Renovação da mente

 

 

 

Terça - Rm 12.2

Renovação que transforma

 

 

 

Quarta - Cl 3.10

Renovação para o conhecimento

 

 

 

Quinta - Tt 3.5

Renovação do Espírito Santo

 

 

 

Sexta - Jó 14.7

Renovação para dar frutos

 

 

 

Sábado - 2 Cr 15.8

Renovação do altar do Senhor

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Efésios 5.8-21.

 

8 - Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz

9 - (porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade),

10 - aprovando o que é agradável ao Senhor.

11 - E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes, condenai-as.

12 - Porque o que eles fazem em oculto, até dizê-lo é torpe.

13 - Mas todas essas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo manifesta.

14 - Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.

15 - Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios,

16 - remindo o tempo, porquanto os dias são maus.

17 - Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.

18 - E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito,

19 - falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração,

20 - dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo,

21 - sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.

 

PONTO DE CONTATO

 

Professor, embora muitos tenham se oposto ao movimento de renovação espiritual da Rua Azusa, o poder do Espírito manifestava-se profusa e poderosamente. O avivamento da Rua Azusa ainda hoje é considerado por muitos historiadores da igreja e do movimento pentecostal, como o “avivamento que acendeu a fogueira mundial do Pentecostes no século XX”. Entre os que estavam presentes naquelas reuniões pentecostais, destaca-se a sra. Maria Woodworth Etter. Procedente de um lar desajustado, aceitou a Jesus com a idade de 13 anos, e foi batizada com o Espírito Santo e com fogo enquanto pregava na Igreja dos Discípulos. W. Etter, fundou duas igrejas; sua pregação inflamada fazia-se acompanhar por milagres, curas, visões, profecias, línguas e libertações. Foi poderosamente usada por Deus para demonstrar que o poder do Espírito está tão atuante nos dias de hoje quanto na época dos apóstolos.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Definir a expressão “renovação espiritual”.
  • Descrever as características dos crentes renovados pelo Espírito.
  • Viver em constante renovação espiritual.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

A palavra renovar e seus derivados (renovação e renovo), quando usadas no contexto salvífico do Antigo e Novo Testamento, referem-se a uma completa e total ruptura com a natureza pecaminosa, e a um viver tão repleto da graça de Deus, que é considerado um novo nascimento (Sl 51.10; 103.5; Rm 12.2; Tt 3.5; 2 Co 4.16; 5.17; Cl 3.10; Gl 6.15; Ef 4.23). No hebraico hādāsh, quer dizer “renovar”, “restaurar”, “reparar”, “concertar”. Nesse sentido, o termo é empregado com o sentido de “tornar ao estado original” (Lm 5.21). À luz da teologia do Novo Testamento, o sentido de hādāsh tem evidente paralelo com o texto de Efésios 4.23,24: “E vos renoveis no espírito do vosso sentido, e vos revistais do novo homem, que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade”.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Professor, para esta lição usaremos um recurso didático que auxiliará o aluno no exercício da criatividade, da habilidade de síntese, sensibilidade poética e introspecção do texto bíblico. Vamos chamar esta atividade de “Meditações Matinais”. Mas, se a Escola Dominical de sua igreja é realizada à tarde, poderá ser chamada de “Meditações Vespertinas ou do Crepúsculo”. Divida a turma em pequenos grupos, não mais do que dois componentes por equipe. Distribua uma folha para cada grupo, contendo, pelo menos, um versículo bíblico pertinente ao tema da lição. Solicite que os grupos elaborem uma meditação com base no texto bíblico recebido. Toque uma música ambiente enquanto elaboram o texto. Quando todos terminarem, solicite aos alunos que leiam a meditação produzida. Na conclusão, incentive os alunos a fazerem uma meditação do texto bíblico todos os dias, a fim de serem sempre renovados pela Palavra do Senhor.

Caso a sua Escola Dominical tenha o costume de reunir todas as classes antes do término da reunião, peça ao dirigente para a classe apresentar as meditações referentes à lição. Veja o modelo a seguir:

“Um dos significados da palavra renovar no hebraico (hādāsh) é ‘revitalização’, ‘frescor’, ‘vivacidade’, ‘coisa nova’. A Bíblia afirma que ‘A lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma’ (Sl 19.7). Por intermédio das Escrituras não somos apenas confortados, mas temos alívio, mesmo no verão escaldante de nossas dores”.

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Há vários fatores que ocasionam o envelhecimento ou a decadência espiritual. Os mais comuns são a rotina, a imaturidade, a frieza, o descaso e, por fim, a estagnação da vida cristã. Há crentes que perdem o entusiasmo e o fervor dos primeiros dias de fé; acostumando-se a uma vida sem poder, testemunho, oração, consagração e crescimento. Nesta situação, se não houver uma reversão imediata, o crente pode desviar-se dos caminhos do Senhor, o que será ainda pior. Aquele fervor espiritual do início da conversão deveria ser conservado, mantendo assim aberto o caminho da renovação pelo Espírito Santo (Lv 6.13; Jó 14.7-9; Sl 92.10; 119.25; Lm 5.21; Tt 3.5).

 

I. O QUE SIGNIFICA “RENOVAÇÃO ESPIRITUAL”

 

Renovar significa “tornar novo”, “recomeçar”, “refazer”, “reaver”, “retornar”. Na renovação espiritual, o Espírito Santo restaura e revigora a obra que anteriormente havia iniciado na vida do crente (Sl 103.5; Rm 12.2; Ap 2.4,5; Sl 51.10; Cl 3.10). Renovar espiritualmente é:

1. Retornar às experiências espirituais do passado. No início da fé cristã, o homem recebe do Senhor, bênçãos extraordinárias que antes da conversão jamais poderia obter: fortificação pela fé em Cristo, certeza de vida eterna, batismo no Espírito Santo, dons sobrenaturais, milagres, comunhão com Deus, santidade, vida cristã vitoriosa e tantas outras maravilhas que acompanham a salvação. O amoroso Pai, tem prazer de, no início da jornada da fé, encher o crente de vida, graça e poder espiritual. Ele nos eleva muito além das experiências puramente humanas.

Todavia, infelizmente, muitos esfriam na fé e perdem o contato com a Fonte da Graça. Só o Senhor, por meio do seu Santo Espírito, pode revigorar aqueles que perderam a força e a altitude das águias (Is 40.28-31).

2. Restabelecer as bênçãos perdidas. É difícil aceitar que o crente possa perder algo que recebera de Deus. Alguém imagina que o Pai Celestial jamais retirará as bênçãos de seus filhos, especialmente as espirituais. Porém, a Bíblia é categórica ao afirmar que, se não cuidarmos bem da nossa vida espiritual, poderemos, sim, perder as bênçãos advindas do Senhor. A Palavra de Deus nos diz que podemos perder o amor (Ap 2.4), a alegria da salvação (Sl 51.12), a fé (1 Tm 6.10), a firmeza em Deus (2 Pe 3.17), o poder (Jz 16.20), e muitas outras coisas. É por isso que somos advertidos a guardar o que temos (Ap 3.11).

Graças a Deus, que pela renovação espiritual, o Senhor nos restaura completamente e torna a dar-nos as bênçãos perdidas (Sl 51.10; Os 2.15; Lm 5.21-23). O Grande Oleiro é plenamente capaz de fazer um novo vaso, com o barro do vaso que se quebrou (Jr 18.1-4).

3. Receber novas bênçãos. As promessas de Deus jamais falham. Em Deus “não há mudança, nem sombra de variação” (Tg 1.17; Hb 1.10-12). A conversão inclui grandes e ricas promessas de Deus para a vida do crente, as quais Ele cumpre fielmente. Na renovação espiritual, o Senhor nos dá as bênçãos prometidas que até então não tínhamos recebido (Is 45.3), e nos anima a conquistarmos muito mais (Js 18.3).

Além disso, as beatitudes que Ele nos concedeu no passado, continuarão no presente, porque suas promessas são fiéis para todos os tempos (At 2.39; 2 Co 1.20).

 

II. A NECESSIDADE DA RENOVAÇÃO ESPIRITUAL

 

1. A renovação deve ser diária. Assim como o corpo físico revigora-se diariamente, nosso homem interior precisa de constante renovação para manter-se fortalecido e plenamente saudável espiritualmente. Conforme nos orienta a Palavra de Deus, a renovação espiritual deve ocorrer “de dia em dia” (2 Co 4.16).

No tabernáculo, tudo deveria estar sempre pronto a fim de que o culto diário a Jeová nunca fosse interrompido. Os sacerdotes cuidavam para que o fogo do altar nunca se apagasse. A cada manhã, este era alimentado com nova lenha e novos holocaustos (Lv 6.12,13). O mesmo se dava com as especiarias do altar do incenso e o azeite do castiçal. Ambos eram renovados continuamente na presença do Senhor (Êx 27.20,21; 30.7). Da mesma forma Deus quer que nos apresentemos a Ele. Sempre prontos e renovados espiritualmente diante dEle (Fp 4.4).

2. A renovação deve ser consciente e desejada. Precisamos ter consciência da urgente necessidade da renovação espiritual: “...transformai-vos pela renovação do vosso entendimento” (Rm 12.2). Assim como a chuva cai sobre as plantações, gerando e produzindo fruto (Sl 65.7-13), devemos pedir ao Senhor que envie sobre nós, sua lavoura, uma abundante chuva de renovação (1 Co 3.10; Sl 72.6,7; Os 6.3). Quando essa chuva começar a cair, o Espírito Santo de Deus certamente fará maravilhas, a começar pelas vidas renovadas. Aleluia!

3. A renovação enseja a operação do Espírito Santo.

a) A renovação mantém o crente afastado do mundo. Em Efésios 4.25-31 encontramos uma relação de vícios e práticas mundanas, emanadas do velho homem, que muitas vezes atingem sorrateiramente a vida do crente. Precisamos não somente abandonar, mas abominar estas coisas que entristecem o Espírito de Deus: “Não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes, condenai-as” (v.11). Pela renovação espiritual nos mantemos firmes no processo de despir-se do velho homem e revestir-se do novo (Ef 4.22-24).

b) A renovação aprofunda o crente na Palavra de Deus. Quando somos renovados, nosso espírito é impelido pelas verdades eternas da Palavra (Jo 6.63), e nossa fé cresce abundantemente (Rm 10.17).

c) A renovação dá poder ao crente. “Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças” (Is 40.31). No dia de Pentecostes, todos os crentes foram cheios do Espírito Santo (At 2.4). Não obstante, pouco tempo depois foram cheios novamente; do mesmo poder e pelo mesmo Espírito (At 4.30,31).

d) A renovação torna o crente sensível à direção do Espírito. Quando somos renovados ficamos bem atentos à voz do Espírito, para sermos conduzidos e instruídos por Ele (At 16.6,7; 10.19). Se o Espírito Santo conhece todas as coisas em seus pormenores, pode nos guiar com precisão. Só um crente renovado tem sensibilidade espiritual para ouvir e obedecer a voz do Senhor: “... Este é o caminho; andai nele...” (Is 30.21).

 

III. A CONSTÂNCIA DA RENOVAÇÃO ESPIRITUAL

 

1. Quem permanece renovado não perde o ânimo. Muitas vezes as lutas e tribulações nos fazem diminuir o passo, reduzir o ritmo de nossa corrida e até pararmos. Para não sermos vencidos na batalha contra o mal, busquemos a renovação espiritual em Cristo. Não podemos parar! Não há espaço para o desânimo: “Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos” (v.14); “Levantai-vos, e andai, porque não será aqui o vosso descanso” (Mq 2.10; 1 Rs 19.7; Hb 10.38).

2. Os que permanecem renovados, são purificados. Às vezes, perdemos a bênção, por entristecermos o Espírito de Deus (Ef 4.30). Temos de zelar para que as causas desse mal sejam imediatamente removidas. Precisamos alcançar o perdão de Deus mediante a nossa purificação no sangue de Jesus. Isaías confessou o pecado de seus lábios, e foi purificado (Is 6.4-8). O mesmo se deu com o profeta Jeremias (Jr 1.4-10; 20.7-11). Louvado seja o nome do Senhor, que continua perdoando e renovando o seu povo pelo fogo santo!

 

CONCLUSÃO

 

Em meio a esses difíceis dias que a igreja atravessa, os quais precedem a volta de Jesus, busque uma poderosa e sincera renovação do Senhor para sua vida. Não deixe fora nenhuma área da sua vida. Se você já é batizado no Espírito Santo, peça a Deus uma renovação dessa preciosa bênção. Aproxime-se mais do Senhor! Somente pela renovação espiritual poderemos vencer este mundo. “É já hora de despertarmos do sono (...)” (Rm 13.11).

 

VOCABULÁRIO

 

Abominar: Sentir horror a; detestar; odiar; aborrecer.
Cabal: Completo, pleno, inteiro, perfeito.
Categórico: Claro, explícito, positivo.
Estagnação: Falta de movimento, de atividade; inércia, paralisação.
Impelir: Impulsionar para algum lugar; empurrar, estimular.
Primórdio: Origem, princípio.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

KEEFAUVER, L. (ed.). Maria Woodworth Etter — Devocional. RJ: CPAD, 2001.

 

EXERCÍCIOS

 

1. Qual o significado da palavra “renovar”?

R. “Tornar novo”, “recomeçar”, “refazer”, “reaver”, “retornar”.

 

2. O que faz o crente esfriar na fé, deixando escapar as bênçãos recebidas no início da carreira cristã?

R. A perda do contato com a Fonte da Graça.

 

3. O que podemos perder se não cuidarmos bem da nossa vida cristã?

R. O amor, a alegria da salvação, a fé, etc.

 

4. Quando deve ocorrer a renovação espiritual?

R. Conforme diz a Palavra: “de dia em dia” (2 Co 4.16).

 

5. Por que a renovação revivifica a Palavra de Deus no crente?

R. Porque nosso espírito e fé são impelidos pela Palavra.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Devocional

 

“A Fonte do Poder

‘Sem a alma divinamente vivificada e inspirada, a observância do ritualismo mais cheio de grandiosidade é tão sem valor quanto os movimentos de um cadáver galvanizado’.

Citei esse pensamento, porquanto me levava sem perda de tempo ao assunto em consideração. O que é esse vivificar e inspirar? De que esse poder precisava? Qual a sua fonte? O Espírito Santo de Deus. Sou um cristão que plenamente crê no Credo Apostólico e, por isso, ‘creio no Espírito Santo’.

O que seria de nossas almas sem a graça do Espírito Santo? Tão seca e infrutífera como os campos sem o orvalho e a chuva do céu.

Nos últimos tempos, tem havido muita inquirição a respeito da Pessoa do Espírito Santo. Neste e em outros países, milhares de pessoas têm dado atenção ao estudo desse grande tema. Espero que isso nos leve a clamar por uma maior manifestação do seu poder em toda a Igreja de Deus.

O quanto temos desonrado o Espírito Santo! Quão ignorantes temos sido a respeito de sua graça, amor e presença! É verdade que temos ouvido falar dEle e lido acerca de sua Pessoa, mas pouco sabemos sobre seus atributos, sobre seus ofícios, sobre sua relação para conosco. Temo que, para muitos crentes professos, Ele não tenha uma existência efetiva nem seja tido como uma personalidade da Divindade (At 19.2).

O primeiro trabalho do Espírito é dar vida — vida espiritual. Ele a dá e a sustenta. Se não houver vida, não pode haver poder. Salomão escreveu: ‘Melhor é o cão vivo do que o leão morto’ (Ec 9.4). Quando o Espírito dá esse tipo de vida, Ele não nos deixa desfalecer e morrer, mas constantemente está a inflamar a chama da vida. Ele sempre está conosco. É claro que não devemos ignorar o seu poder e a sua obra”. (MOODY, D. L. O poder secreto. RJ: CPAD, 1998, p.21)

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

3º Trimestre de 2006

 

Título: As Doutrinas Bíblicas Pentecostais

Comentarista: Antonio Gilberto

 

 

 

Lição 9: Pecados contra o Espírito Santo

Data: 27 de Agosto de 2006

 

TEXTO ÁUREO

 

E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da redenção” (Ef 4.30).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Sendo o Espírito Santo quem intercede por nós com gemidos inexprimíveis, quem por nós intercederá se pecarmos contra Ele?

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Is 63.10

Não entristeçais o Espírito Santo

 

 

 

Terça - At 5.3

Não mintais ao Espírito Santo

 

 

 

Quarta - Mt 12.31,32

Não blasfemeis contra o Espírito Santo

 

 

 

Quinta - Hb 10.29

Não insulteis o Espírito Santo

 

 

 

Sexta - At 7.51

Não resistais ao Espírito Santo

 

 

 

Sábado - 1 Ts 5.19

Não extingais o Espírito Santo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Hebreus 3.7-12.

 

7 - Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz,

8 - não endureçais o vosso coração, como na provocação, no dia da tentação no deserto,

9 - onde vossos pais me tentaram, me provaram e viram, por quarenta anos, as minhas obras.

10 - Por isso, me indignei contra esta geração e disse: Estes sempre erram em seu coração e não conheceram os meus caminhos.

11 - Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso.

12 - Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo.

 

PONTO DE CONTATO

 

Professor, o avivamento da Rua Azusa foi a centelha que espalhou o pentecostes por todas as regiões. A. C. Valdez, participante do movimento pentecostal em Los Angeles, testemunhou que “muitas vezes ondas de glória vinham sobre a sala de espera e o povo bradava em oração de gratidão ou louvores quando recebia o batismo no Espírito Santo”. Segundo Valdez, era comum o culto passar da meia-noite e entrar nas primeiras horas da manhã. Ali, segundo as testemunhas oculares, dúzias de bengalas, ataduras, muletas e cachimbos eram postos enfileirados juntos às paredes do galpão. Muitas pessoas falavam em línguas, às vezes um santo silêncio vinha sobre o lugar, seguido por um coro de oração em línguas desconhecidas pelos cristãos.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Descrever os principais pecados contra o Espírito Santo.
  • Explicar o sentido de “blasfêmia contra o Espírito”.
  • Buscar uma comunhão mais íntima com o Espírito.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

As principais condições exigidas pelas Sagradas Escrituras para que o crente seja cheio do poder do Espírito é não entristecer (Ef 4.30,31), extinguir (1 Ts 5.19), resistir (At 7.51), ultrajar (Hb 10.29) e, mentir ao Espírito Santo (At 5.3). Qualquer um desses pecados desabilita o crente como candidato à plenitude do Espírito de Cristo. A proibição contra essas transgressões sugere que o crente, por seus atos e natureza pecaminosa, tem possibilidade de ofender o Santo Espírito, interferindo assim, na obra do Espírito no crente. Conseqüentemente, a insistência e teimosia do crente em afrontar o Espírito da Graça, podem levá-lo, à semelhança dos cristãos hebreus, ao pecado de apostasia e blasfêmia contra o Espírito (Hb 10.19-39; Mt 12.22-32).

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Professor, nesta lição usaremos como recurso didático uma técnica chamada de Pensamento Radiante. A proposta desta dinâmica é que os alunos criem idéias relativas à lição. Divida a classe em equipes, não mais do que três pessoas por grupo. Distribua a cada equipe uma folha de papel ofício duplo (ou equivalente) escrito no centro: “Pecados contra o Espírito”. Instrua os alunos a fazerem um círculo no centro do papel onde já consta o título da lição. Do círculo central eles devem desenhar 6 linhas em sentido vertical e, em cada uma delas, escrever uma palavra que se relaciona com o tema proposto. Das 6 palavras (possivelmente: tristeza, extinguir, agravo, blasfemar, mentir, resistir) eles vão escolher uma e fazer o mesmo, isto é, mais 6 linhas com palavras relacionadas. Na conclusão da atividade, tem-se várias idéias, relacionadas ao tema geral. Solicite aos alunos para apresentarem rapidamente. A seguir, ministre a lição. Sabendo que a partir da atividade desenvolvida, os alunos relacionaram diversos conceitos que o auxiliarão na compreensão da lição.

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Os pecados contra o Espírito Santo consistem em palavras, atitudes e atos. Entre os pecados por palavras, acham-se as afrontas verbais e as blasfêmias. As atitudes e atos constam da resistência ao Espírito, e da recusa contínua de se cumprir a vontade de Deus. Contudo, a resistência ao Espírito é o pecado inicial que se comete contra o Consolador. Uma vez cometida esta ofensa, as demais parecerão de somenos importância, visto que o coração do ofensor, afetado terrivelmente pela iniqüidade, considerará o pecado algo comum e corriqueiro.

Lembremo-nos que o Espírito Santo, simbolizado nas Escrituras pela pomba, é muito sensível.

 

I. RESISTÊNCIA AO ESPÍRITO SANTO

 

Este pecado contra o Espírito pode ser compreendido pelo modo como Estevão concluiu seu sermão diante dos anciãos de Israel: “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo” (At 7.51). O pecado daqueles homens não era um ato isolado, mas contínuo: resistir “sempre” ao Espírito Santo (v.51).

1. O que é resistir ao Espírito Santo. É recusar, de forma consciente, a vontade divina transmitida pelo Espírito Santo mediante a Palavra de Deus e por meio de seu trabalho em nossos corações.

2. O sentido do texto bíblico. O verbo resistir usado por Estevão no original, vai além de uma mera resistência. Significa lutar contra; lutar com agonia; cair em cima. O povo de Israel até hoje sofre as conseqüências disso (1 Ts 2.15,16). O texto em estudo revela que os ouvintes de Estevão lutavam contra o Espírito Santo, empregando nesta peleja, todas as suas forças. Ver Zc 7.12; Gn 6.3; Is 30.1; Ne 9.30; Ez 8.3,6.

Você tem resistido ao Espírito Santo? Israel, o povo de Deus, fez isso por rebeldia contumaz e o Espírito do Senhor tornou-se inimigo deles e passou a lutar contra eles. Que relato terrível e condenatório! (Is 63.10).

 

II. AGRAVO AO ESPÍRITO SANTO

 

Acostumados como estavam ao culto levítico, e sob perseguição por causa do evangelho de Cristo, os cristãos de origem judaica começaram a deixar a igreja e a retornar ao judaísmo centrado no Templo em Jerusalém. Em Hebreus 10.29, eles são incisivamente exortados a não fazê-lo: “De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?”.

Aqueles irmãos cometeram três horrendos pecados: o de pisar o filho de Deus; o de ter por comum o sangue da aliança; e o de agravar o Espírito Santo. Agravar, como aqui é empregado é afrontar, ultrajar, debochar, zombar, injuriar, insultar com desdém.

 

III. ENTRISTECER O ESPÍRITO SANTO

 

Na Epístola aos Efésios, exorta-nos Paulo: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da redenção. Toda amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmias, e toda malícia seja tirada de entre vós” (Ef 4.30,31).

1. Tristeza do Espírito Santo. O vocábulo original tem a ver com agravo, dor, aflição, angústia. Diante desta recomendação do apóstolo Paulo, um teólogo asseverou: “O Espírito, que faz os homens experimentarem a verdade, é envergonhado quando os santos mentem uns para os outros e têm conversas vãs”.

2. O que pode entristecer o Espírito Santo. Matthew Henry responde: “Toda conversação maligna e corrupta, que estimule os desejos pecaminosos e a luxúria, contrista o Espírito Santo”. O Espírito Santo também é entristecido quando, desprezando a vontade divina, preferimos seguir nossos desejos e ambições; quando o cristão não reverencia a sua presença manifesta e ignora a sua voz; quando não busca a sua vontade e direção.

 

IV. MENTIR AO ESPÍRITO SANTO

 

A mentira ao Espírito Santo está categoricamente exemplificada na passagem em que Pedro, pelo Espírito Santo, denuncia a mentira de Ananias e Safira: “Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?” (At 5.3). Vejamos o que significa este tipo de pecado:

1. O sentido da palavra “mentira” em Atos 5.3. Aqui, o termo original corresponde a contar uma falsidade como se fosse verdade. Ananias e Safira, certamente, ensaiaram esta mentira, como pode ser visto no versículo 9.

2. As implicações de se mentir ao Espírito Santo. Quem mente ao Espírito Santo, menospreza a sua deidade; Ele é Deus (vv.3,4). Como a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, Ele é onisciente, onipresente e onipotente. Isso significa que o Espírito Santo tudo sabe e tudo conhece. Logo, mentir e tentar o Espírito do Senhor (v.9), é testar a tolerância de Deus, isto é, pecar até enquanto Deus suportar. Ver Nm 14.22,23; Dt 6.16; Mt 4.7.

 

V. EXTINGUIR O ESPÍRITO SANTO

 

Paulo escrevendo aos irmãos de Tessalônica, exortou-os: “Não extingais o Espírito” (1 Ts 5.19). Tem-se a impressão de que aquela igreja, esquecendo-se de seu primeiro fervor (1 Ts 1.2,3,7), tornara-se formalista; sua liturgia começava a extinguir o Espírito Santo. Se por um lado, não podemos concordar com as meninices e fanatismos; por outro, não haveremos de nos conformar ao mero ritualismo, pois sempre resulta na supressão e extinção das operações do Espírito Santo em nosso meio.

1. O que é extinguir o Espírito. O termo traduzido por “extinguir” referente ao Espírito Santo, tem o sentido colateral de apagar aos poucos uma chama, um fogo que está a arder. Portanto, extinguir o Espírito é agir de modo a impedir, suprimir ou limitar a manifestação do Espírito do Senhor. Quando se perde o primeiro amor, extinguimos ou apagamos de nossas vidas o Espírito de Cristo (Ap 2.4).

2. O perigo de se extinguir o Espírito. A extinção das operações do Espírito Santo na vida da igreja quando não é letal, a adoece e debilita, sem que ninguém o perceba. Mais tarde, resta somente a lembrança do passado quando o fogo do céu ardia. Sempre que for detectada a falta de operações do Espírito Santo em nosso meio, devemos clamar a Deus sem cessar por um avivamento espiritual. A extinção do Espírito Santo leva a igreja a mornidão espiritual (Ap 3.14-22).

 

VI. BLASFEMAR CONTRA O ESPÍRITO SANTO

 

1. O que é blasfemar contra o Espírito Santo? Encontrava-se o Senhor Jesus numa sinagoga em Cafarnaum, a sua cidade, quando lhe trouxeram um endemoninhado cego e mudo. Jesus por sua compaixão libertou totalmente o homem possesso. Os fariseus alegaram que Ele operara tal milagre pelo poder do chefe dos demônios. Era o cúmulo do pecado deles contra o Espírito Santo (Mt 12.24). Jesus lhes disse: “Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado, mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro” (Mt 12.31,32; Mc 3.28-30; Lc 12.10).

Os adversários de Jesus blasfemavam contra Ele e o Espírito Santo, declarando consciente, proposital e seguidamente que Jesus operava milagres pelo poder de Satanás, o chefe dos demônios (Mt 9.32-34; 12.22-24; Mc 3.22; Lc 11.14,15). Com essa blasfêmia, eles estavam rejeitando de modo deliberado o Espírito Santo que operava em Jesus, o Messias (Mt 12.28; Lc 4.14-19; Jo 3.34; At 10.38).

2. A blasfêmia contra o Espírito Santo é imperdoável. O ser humano pode chegar a tal cegueira espiritual a ponto de blasfemar contra o Espírito. Ver Mt 23.16,17,19,24,26. A blasfêmia contra o Espírito de Deus é a conseqüência de pecado similares que a precedem, como: (1) Rebelar-se e resistir ao Espírito (Is 63.10; At 7.51); (2) Abafar e apagar o fogo interior do Espírito (1 Ts 5.19; Gn 6.3; Dt 29.18-21; 1 Ts 4.4); (3) Endurecimento total do coração, cauterização da consciência e cegueira total. Chegando o ser humano a este ponto, torna-se réprobo quanto à fé (2 Tm 3.8) e passa a chamar o mal de bem e o bem de mal (Is 5.20). A blasfêmia contra o Espírito do Senhor é imperdoável porque sendo Ele o que nos convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.7-11), e, que intercede por nós (Rm 8.26,27), é recusado, rejeitado e blasfemado. Ver 1 Sm 2.25.

 

CONCLUSÃO

 

O Movimento Pentecostal somente poderá lograr bom êxito em qualidade e quantidade se nos mantivermos nos padrões da sã doutrina e revestidos do poder do alto. Poder de baixo, humano, terreno, não temos falta; mas necessitamos sempre do poder do alto, que põe a igreja em marcha (Lc 24.49). É impensável o pentecostalismo sem o Espírito Santo. Portanto, não podemos cometer nenhum pecado contra Ele. Se o fizermos, poderemos comprometer, fatalmente, o nosso destino eterno. Que o Senhor nos ajude a sermos sadios na fé, maduros no entendimento e zelosos na manutenção da chama do autêntico avivamento espiritual.

 

VOCABULÁRIO

 

Asseverar: Afirmar com certeza, segurança; assegurar.
Cauterizar: Figura de insensibilidade.
Cerviz: A parte posterior do pescoço; rebeldia; desobediência.
Contumaz: Teimosia; obstinação.
Incircunciso: Rito hebraico de iniciação; rebeldia; dureza de coração.
Incisivo: Decisivo, pronto, direto, sem rodeios.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

HODGE, K. A mente renovada por Deus. RJ: CPAD, 2002.
LUTZER, E. W. Deixando seu passado para trás. RJ: CPAD, 2005.
PETHRUS, L. O vento sopra onde quer. 3.ed., RJ: CPAD, 1999.

 

EXERCÍCIOS

 

1. Em que consistem os pecados contra o Espírito Santo?

R. Em palavras, atitudes e atos.

 

2. Que significa resistir o Espírito Santo?

R. É recusar, de forma consciente, a vontade divina transmitida pelo Espírito Santo mediante a Palavra de Deus e por meio de seu trabalhar em nossos corações.

 

3. Por que a blasfêmia contra o Espírito Santo é um pecado sem perdão?

R. Porque sendo Ele o que nos convence do pecado, da justiça e do juízo, e, que intercede por nós, é recusado, rejeitado e blasfemado.

 

4. O que pode entristecer o Espírito Santo?

R. Toda conversação maligna e corrupta, que estimule os desejos pecaminosos e a luxúria, entristece o Espírito Santo.

 

5. O que leva a extinção da manifestação do Espírito Santo?

R. A extinção do Espírito Santo leva a igreja a mornidão espiritual (Ap 3.14-22).

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Devocional

 

“O Pecado Imperdoável

Cristo falou de um pecado imperdoável, mas o que estava querendo dizer? Que pecado é esse? Os fariseus viam os milagres de Cristo e os atribuíam a Satanás. Cristo observou que a conclusão deles era ilógica (Mt 12.31,32). Satanás jamais pensaria em expulsar seus próprios cúmplices. Satanás não expulsa Satanás. Só uma pessoa mais forte do que ele poderia expulsá-lo. O pecado imperdoável foi cometido quando os líderes espirituais colocaram-se entre Cristo e o povo comum que estava desejoso de aceitar os milagres de Jesus, considerando-os legítimos. No contexto do Novo Testamento, esse pecado era o de uma nação incrédula que havia perdido a sensibilidade espiritual e resolvido rejeitar o Messias de Deus. É necessário crer para ser perdoado! Os fariseus que rejeitaram as credenciais de Cristo estavam se excluindo do reino dos céus por incredulidade. [...] Se você está preocupado, pensando que cometeu esse pecado imperdoável, tenha certeza de que não o cometeu. Sua sensibilidade prova que Deus está trabalhando em seu coração. Aqueles que cometem um pecado imperdoável não têm interesse algum no relacionamento com Ele” (LUTZER, E. W. Deixando seu passado para trás. RJ: CPAD, 2005, p.45-6.).

 

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

3º Trimestre de 2006

 

Título: As Doutrinas Bíblicas Pentecostais

Comentarista: Antonio Gilberto

 

 

 

Lição 10: O Espírito Santo e a obra missionária

Data: 3 de Setembro de 2006

 

TEXTO ÁUREO

 

Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A totalidade da Igreja deve levar a totalidade do Evangelho à totalidade do mundo, no poder do Espírito.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - At 2.14-18

Proclamando o Evangelho no poder do Espírito

 

 

 

Terça - At 3.1-10

O poder do Espírito opera os milagres

 

 

 

Quarta - At 4.1-12

Defendendo o Evangelho no poder do Espírito

 

 

 

Quinta - At 8.14-17

O poder do Espírito sendo recebido

 

 

 

Sexta - At 13.1-4

Missionários dirigidos pelo Espírito

 

 

 

Sábado - At 13.6-12

Vencendo o diabo no poder do Espírito

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Atos 13.1-9,11,12.

 

1 - Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Niger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.

2 - E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.

3 - Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.

4 - E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.

5 - E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador.

6 - E, havendo atravessado a ilha até Pafos, acharam um certo judeu, mágico, falso profeta, chamado Barjesus,

7 - o qual estava com o procônsul Sérgio Paulo, varão prudente. Este, chamando a si Barnabé e Saulo, procurava muito ouvir a palavra de Deus.

8 - Mas resistia-lhes Elimas, o encantador (porque assim se interpreta o seu nome), procurando apartar da fé o procônsul.

9 - Todavia, Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito Santo e fixando os olhos nele, disse:

11 - Eis aí, pois, agora, contra ti a mão do Senhor, e ficarás cego, sem ver o sol por algum tempo. No mesmo instante, a escuridão e as trevas caíram sobre ele, e, andando à roda, buscava a quem o guiasse pela mão.

12 - Então, o procônsul, vendo o que havia acontecido, creu, maravilhado da doutrina do Senhor.

 

PONTO DE CONTATO

 

Professor, Gunnar Vingren, pioneiro da obra pentecostal no Brasil, foi para Chicago em 1904, a fim de estudar quatro anos de teologia no seminário sueco. Em maio de 1909, foi diplomado e, no mês seguinte, assumiu o pastorado da Primeira Igreja Batista em Menominee, Michigam. No verão desse mesmo ano, Deus o encheu de uma grande sede de receber o batismo com o Espírito Santo e com fogo. Em novembro de 1909, Vingren dirigiu-se até Chicago a fim de participar de uma conferência realizada pela Igreja Batista Sueca. Foi com o firme propósito de buscar o batismo com o Espírito Santo. Depois de cinco dias buscando o Senhor, Jesus o batizou com o Espírito Santo e com fogo, falando em novas línguas conforme está escrito em Atos 2. Assim se expressou Vingren em seu diário “É impossível descrever a alegria que encheu o meu coração. Eternamente o louvarei, pois Ele me batizou com o seu Espírito Santo e com fogo”.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Relacionar o pentecostes à obra missionária.
  • Distinguir os dois tipos de evangelização.
  • Participar de atividades evangelísticas.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

O movimento pentecostal crê que a efusão do Espírito foi concedida a Igreja, a fim de que esta cumpra a grande comissão no poder e autoridade do Espírito Santo (Mt 28.18-20; Mc 16.15-18; Lc 24.40; At 1.8; 2.1-4). No contexto de Atos dos Apóstolos é o Espírito Santo, o responsável direto pela expansão e multiplicação da igreja, constituindo-se em modelo para a igreja atual. O Espírito Santo, por exemplo, capacita (At 2.4; 1.8), escolhe (At 13.2), envia (At 13.2), impede (At 16.7). Os resultados da ação do Espírito atestam o crescimento e sucesso da igreja primitiva em Jerusalém (At 6.7), na Palestina (At 9.31), na Ásia Menor (At 16.5), na Europa (At 19.20) e Roma (28.31).

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Professor, a Igreja Cristã Primitiva cumpriu cabalmente a sua missão evangelística. A expansão da igreja nas cinco regiões (Jerusalém, Palestina, Ásia Menor, Europa e Roma) é resultado da ação do Espírito na mesma. Atente para o fato de que as condições de transportes daqueles dias não se comparam com os dias atuais. E, no entanto, em menos de 40 anos o cristianismo havia chegado a todo Império Romano oriental. No gráfico abaixo, temos uma demonstração da Expansão do Cristianismo até 100 d.C. Apresente-o a classe e descreva aos alunos o poder missionário de uma igreja cheia do Espírito Santo.

 

 

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Ao aceitar o convite divino para a maravilhosa salvação em Cristo (Mt 11.28; Tt 3.5), recebemos a bendita tarefa de anunciar as virtudes do Senhor Jesus Cristo, que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pe 2.9). Ele nos confiou “a palavra desta salvação” (At 13.26). Mas, para termos êxito nessa Grande Comissão do Senhor, conforme Mc 16.15, precisamos da capacitação do Espírito Santo (Jo 14.17; Mc 16.20; 2 Co 3.5), pois é Ele quem nos unge para evangelizar (2 Co 1.21) e convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11).

 

I. A GRANDE COMISSÃO

 

A Grande Comissão de Jesus à sua igreja, abrange a evangelização à nossa volta e a obra missionária (Mt 28.19; Mc 16.15). Jesus derramou do poder do Espírito sobre os seus servos, no dia de Pentecostes (At 2.17), para que se tornassem suas testemunhas tanto na cidade onde estavam como em outras, até à extremidade da terra (At 1.8).

1. A evangelização local. Evangelizar significa “anunciar as boas novas” (Hb 4.2; Rm 10.15). E isto é uma obrigação de cada salvo: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!” (1 Co 9.16 – ARA). Nos últimos momentos entre os seus discípulos, Jesus enfatizou o dever de cada crente proclamar o Evangelho no poder do Espírito (At 1.6-8; Lc 24.47-49). Não esqueçamos que a evangelização deve ser pessoal, isto é, pessoa a pessoa, e igualmente em massa, como há tantos casos relatados em o Novo Testamento (At 8.6,26-35).

2. A obra missionária. Esta envolve a transculturação (1 Co 9.20-22; Cl 3.11), haja vista os diversos costumes e cultura dos povos do mundo, que influenciam na implantação, na formação e na preservação de igrejas em meio a outros povos. Nem todo crente pode ir para o campo missionário, mas todos podem interceder em oração, contribuir financeiramente, é ajudar de muitas outras maneiras. Ler Rm 10.8-17.

3. A urgência da evangelização. O assunto é demais urgente! Quem passa desta vida para a outra sem Jesus está perdido para sempre. Portanto, embora o número de evangélicos brasileiros seja expressivo — algo em torno de 20% da população —, a maioria não se preocupa com a evangelização. Sabemos também que o principal movimento pentecostal do mundo está em nosso país. Por isso, “não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4.20).

a) O desafio. O Brasil é hoje o país com mais espírita no mundo, e o primeiro colocado, na América Latina, em prostituição infantil. Além disso, temos aqui milhares de alcoólatras e viciados em outras drogas, bem como um número expressivo de menores abandonados. Estes e outros dados alarmantes devem nos despertar para a urgência da evangelização.

b) Deus conta conosco. O Pai estabeleceu o plano de salvação (Ap 22.17; Gl 4.4,5; Ef 2.8,9), o Filho executou (Jo 17.4; 19.30) e, o Consolador convence os pecadores e os converte, realizando o milagre do novo nascimento (Jo 16.8-11; 3.5). Deus quer usar aqueles a quem Ele salvou para a salvação da humanidade, seja na família, na vizinhança; os estrangeiros; pequenos ou grandes, etc. Ele quer salvar a todos (1 Tm 2.4).

 

II. A URGÊNCIA DA OBRA MISSIONÁRIA

 

1. O crescimento da igreja primitiva. “E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. “E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais” (At 2.47b; 5.14). Depois da plena evangelização de Jerusalém (At 5.28), o Senhor permitiu uma perseguição e dispersão dos crentes, que levaram as boas novas a Samaria, Judéia e outras regiões daquele país (At 8.1-5; 9.31; 11.19-24). Não demorou muito para que o mundo conhecido ouvisse o Evangelho, graças à ação do Espírito naqueles crentes fervorosos, cheios de graça e de poder (Rm 10.18; 15.19; Cl 1.6,23).

2. O nosso desafio. O mundo de hoje conta com mais de seis bilhões de habitantes. Destes, cerca de dois bilhões nunca ouviram a mensagem de salvação! O número de evangélicos em todo o mundo não chega a um bilhão, segundo os centros de informação missionária. Na igreja primitiva, todos evangelizavam incessantemente em toda parte, no poder do Espírito, com sinais e milagres (At 8.4,6,7). Precisamos em todo tempo estar revestidos do poder do alto, para dar continuidade a essa urgente obra, a fim de que, como eles, alvorocemos o mundo para Cristo (At 17.6).

3. Uma tarefa primordial. Em 1 Coríntios 1.22,23, vemos a importância da Grande Comissão de Jesus Cristo. Enquanto uns (como os judeus) se preocupam com sinais, e outros (como os gregos), em buscar sabedoria, nosso objetivo deve ser a evangelização de todos, em todo o mundo. Temos hoje muitos pregadores eloqüentes nos templos; mas é o poder do Espírito que faz de nós ganhadores de almas, no mundo!

 

III. A ASSISTÊNCIA DO ESPÍRITO NA GRANDE COMISSÃO

 

1. Na evangelização pessoal. O Espírito Santo dirige os nossos passos, como no caso de Filipe relatado em At 8.26-38. Ele também ajuda-nos a superar os obstáculos apresentados pela pessoa evangelizada (Jo 4.7-29), desde que nos preparemos (1 Pe 3.15), firmando-se em seu poder, e não em nossas palavras (1 Co 2.1-5).

2. Na pregação em público. O segredo do êxito, em cruzadas evangelísticas, é buscar, em oração, a assistência do Consolador. Tomando como base às campanhas realizadas pela igreja primitiva, vemos o que acontece quando se prega a Palavra de Deus, no poder do Espírito Santo: a) Salvação de almas (At 2.41; 4.4); b) Sinais miraculosos (At 8.6,7); c) Grande alegria (At 8.8) e d) Batismo no Espírito Santo (At 8.14-17).

3. Na obra missionária. Em Atos 13, vemos como a assistência do Espírito Santo é imprescindível à obra missionária:

a) Escolha. Em Antioquia havia cinco profetas e doutores, e o Espírito de Deus escolheu o primeiro e o último da lista: Barnabé e Saulo (vv.1,2). Por que não o primeiro e o segundo? Porque a chamada é um ato soberano dEle (Hb 5.4).

b) Envio. Eles foram também enviados pelo Espírito (vv.3,4). A igreja apenas os despediu, pois é Ele quem escolhe e envia (Mc 3.13,14).

c) Capacitação. Paulo e Barnabé manejavam bem a Palavra de Deus (vv.16-44), eram cheios do Espírito, de ousadia (v.46) e tinham autoridade divina para repreender os que se lhes opunham (vv.5-12; At 4.31).

d) Direção. Guiados pelo Consolador, eles faziam discípulos numa cidade e partiam para outra (vv.46-51). Graças à direção e providência do Espírito, o Evangelho, tendo alcançado a Europa (At 16.6-10), chegou também a América do Norte, de onde vieram os missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, pioneiros do Movimento Pentecostal no Brasil!

 

CONCLUSÃO

 

Antes de sua ascensão, Jesus mencionou cinco aspectos da obra missionária. O alvo: “ensinai todas as nações” (Mt 28.19). A abrangência: “todo o mundo... toda criatura” (Mc 16.15). A mensagem: “o arrependimento e a remissão dos pecados” (Lc 24.47). O modo: “assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós” (Jo 20.21). E o poder: “recebereis a virtude do Espírito Santo que há de vir sobre vós” (At 1.8). Para alcançar o alvo, em toda a sua abrangência, pregando a mensagem certa e de modoapropriado, precisamos do poder do alto (Lc 24.49). Portanto, irmãos: “Não extingais o Espírito” (1 Ts 5.19).

 

VOCABULÁRIO

 

Cultura: Padrões de comportamento, crenças, instituições e valores de uma sociedade.
Eloqüente: Expressivo; significativo; persuasivo; convincente.
Virtude: Excelência moral; disposição para a prática do bem.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

HOOVER, T. R. Missões: O ide de Jesus levado a sério. RJ: CPAD, 1993.

 

EXERCÍCIOS

 

1. Qual a tarefa que recebemos do Senhor ao aceitarmos a salvação?

R. Recebemos a tarefa de anunciar as virtudes do Senhor Jesus Cristo, que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pe 2.9).

 

2. O que abrange a Grande Comissão?

R. Abrange a evangelização e a obra missionária (Mt 28.19; Mc 16.15).

 

3. Onde podemos identificar a assistência do Espírito Santo na Grande Comissão?

R. Na evangelização pessoal; na pregação pública e na obra missionária.

 

4. Como, segundo Atos 13, o Espírito Santo auxilia a igreja na obra missionária?

R. Na escolha, envio, capacitação e direção dos missionários.

 

5. Quais são os cinco aspectos da obra missionária segundo Jesus?

R. O alvo (Mt 28.19); abrangência (Mc 16.15); mensagem (Lc 24.47); modo (Jo 20.21); poder (At 1.8).

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Teológico

 

“Missões Pentecostais

Para os pentecostais, o derramamento do Espírito Santo por todo mundo é um sinal do fim de uma era de colheita. As missões estão longe de se tornar anacrônicas. De fato, as missões estão ganhando terreno entre muitas das igrejas mais novas nessa era final, a era do Espírito. Embora os pentecostais tenham muitas coisas em comum com outros evangélicos, o movimento pentecostal tem o seu próprio paradigma de missões. [...] Os pentecostais acreditam que o Espírito Santo tem sido derramado sobre a Igreja como um revestimento de poder para o discipulado de Cristo e dos apóstolos. Como vemos, por exemplo, em Atos 1.8, onde Cristo declara que o enchimento com o Espírito Santo aconteceria para que houvesse testemunho dEle até aos confins da terra. Os pentecostais encorajam os crentes a serem cheios com o Espírito Santo para que a igreja possa evangelizar o mundo antes do retorno de Cristo. [...] A orientação do movimento pentecostal em essência é cristológica. Para os pentecostais, o poder do Espírito Santo é dado para pregar a Cristo” (YORK, J. V. Missões na era do Espírito Santo. RJ: CPAD, 2002, pp.154-5).

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

3º Trimestre de 2006

 

Título: As Doutrinas Bíblicas Pentecostais

Comentarista: Antonio Gilberto

 

 

 

Lição 11: Decência e ordem no culto ao Senhor

Data: 10 de Setembro de 2006

 

TEXTO ÁUREO

 

Guarda o teu pé, quando entrares na Casa de Deus; e inclina-te mais a ouvir do que a oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal” (Ec 5.1).

 

VERDADE PRÁTICA

 

O culto cristão celebra o glorioso nome do Senhor Jesus, anuncia o evangelho e preserva nos adoradores a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Rm 12.1-8

O culto racional propicia a manifestação do Espírito Santo

 

 

 

Terça - Êx 12.24-27

O culto é uma celebração dos feitos do Senhor

 

 

 

Quarta - Lc 2.27

O crente indo para o culto

 

 

 

Quinta - 1 Co 14.26

O culto deve edificar a todos

 

 

 

Sexta - Cl 3.16

Os elementos do culto pentecostal

 

 

 

Sábado - Ml 1.6-10

O culto rejeitado por Deus

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

1 Coríntios 14.26-33,39,40.

 

26 - Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.

27 - E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete.

28 - Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.

29 - E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.

30 - Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.

31 - Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.

32 - E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.

33 - Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.

39 - Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas.

40 - Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.

 

PONTO DE CONTATO

 

Professor, depois que Vingren recebeu o batismo com o Espírito Santo na conferência em Chicago, retornou para a igreja da qual era pastor em Menominee, Michigan. Vingren começou a pregar a verdade pentecostal de que Jesus batiza com o Espírito Santo e com fogo. Alguns creram, outros duvidaram, mas alguns não desejaram aceitar a mensagem. O grupo que recusou a pregação, obrigou ao jovem pastor a deixar a congregação. Deixando-a, Gunnar dirigiu-se a igreja em South Bend, Indiana. Nessa igreja todos receberam a verdade e creram nela. Na primeira semana Jesus batizou dez pessoas com o Espírito Santo e com fogo e, naquele verão, vinte. Assim, afirma Vingren “Deus transformou a igreja batista de South Bend, em uma igreja pentecostal”.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Explicar as causas da desordem no culto em Corinto.
  • Descrever o culto em o Novo Testamento.
  • Compreender a natureza didática dos dons no culto.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

O termo “culto” tanto no Antigo (’ābad) quanto em o Novo Testamento (latreuō), significa “servir”, “serviço”, referindo-se ao “serviço sagrado oferecido a uma divindade” (Êx 20.5; Mt 3.10).

O culto de adoração a Deus é a mais sacra reunião da igreja, em gratidão ao Senhor por todas as bênçãos salvíficas (Sl 116.12,13). A pessoa principal do culto não é o pregador, o cantor, os conjuntos, os obreiros, mas o Senhor Jesus Cristo. A Ele toda glória! (Ap 15.3,4). Portanto, devemos prestar nosso culto a Deus com ordem e decência (1 Co 14.40). Evitando o formalismo do ritual, da liturgia seca e mecânica que impede a ação do Espírito, mas também, fugir da irracionalidade e do descomedimento, que escandaliza e impede a edificação coletiva (1 Co 14.26-40).

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Professor, nesta lição utilize uma técnica de criatividade chamada de PMI (do inglês PlusMinusInteresting). Esta técnica consiste em pedir ao aluno para que identifique pontos positivos, negativos e interessantes de um determinado tema. Portanto, divida a classe em grupos, não mais do que três pessoas por equipe. A seguir, distribua uma folha de papel para cada grupo contendo a frase “A Liturgia da Igreja”. Abaixo dessa expressão escreva: (1) Pontos Positivos (2) Pontos Menos Interessantes (3)Pontos Mais Interessantes. Solicite aos alunos que reflitam a respeito da liturgia do culto e escrevam as características positivas, menos ou mais interessantes. Ao término, convide-os a apresentar o resultado de suas observações. Conclua a dinâmica comentando os propósitos e conteúdo da lição.

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Nesta lição estudaremos sobre a liturgia do culto a Deus. Liturgia é o conjunto dos elementos que compõem o culto cristão (At 2.42-47; 1 Co 14.26-40; Cl 3.16). Embora seja possível liturgia sem culto, não há culto sem liturgia (Is 1.11-17; 29.13; Mt 15.7-9; 1 Co 11.17-22). A liturgia, portanto, compreende diversas partes do culto: oração (At 12.12; 16.16); cânticos (1 Co 14.26; Cl 3.16); leitura e exposição da Palavra de Deus (Rm 10.17; Hb 13.7); ofertas (1 Co 16.1,2); manifestações e operações do Espírito Santo (1 Co 14.26-32); e bênção apostólica (2 Co 13.13; Nm 6.23-27).

 

I. O CULTO PENTECOSTAL EM O NOVO TESTAMENTO

 

1. Na Igreja em Atos e nas Epístolas (At 2.1-4; Ef 5.19; Cl 3.16). A promessa da efusão do Espírito (Jl 2.28) cumpriu-se no dia de Pentecostes (At 2.16-18) quando, os que estavam reunidos, foram “cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2.1-4). Essa experiência pentecostal repetiu-se em outras ocasiões: em Samaria (At 8.14-20); na vida de Paulo (At 9.17); na casa de Cornélio (At 10.44-48); e em Éfeso (At 19.1-7). Manifestações espirituais como essas foram acompanhadas do: falar em outras línguas (At 2.4; 19.6); poder (At 8.18,19); exultação a Deus (At 10.46); ousadia, poder e graça na pregação (At 4.31,33) e mensagens proféticas (At 19.6). O culto dos crentes primitivos que, nos primeiros dias da igreja em Jerusalém não se distinguia muito da liturgia judaica (At 3.1), passou a ser dinâmico, espontâneo e com manifestações periódicas dos dons concedidos pelo Espírito Santo (Rm 12.6-8; 1 Co 12.4-11,28-31).

Portanto, a recomendação da Bíblia aos crentes pentecostais é: “Não vos embriagueis com vinho em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18).

a) “Enchei-vos do Espírito”. O verbo traduzido por “enchei-vos” traz no original quatro lições importantes: é um imperativo — pois se trata de uma ordem; está no plural — por isso, aplica-se a todos os crentes; está na voz passiva — o que significa que a ação de estarmos cheios do Espírito é atribuição dEle; está no tempo presente contínuo — isto é, designa uma ação constante, contínua, perene. Portanto, pode ser traduzido como “Deixai-vos encher continuamente do Espírito”.

b) Enchendo-nos continuamente do Espírito para cultuar a Deus. Os crentes de Éfeso só poderiam continuar enchendo-se do Espírito, se já estivessem cheios dEle anteriormente. Na verdade, eles já haviam sido batizados com o Espírito, conforme At 19.1-7. Quando o crente é cheio e se mantém renovado pelo Espírito Santo, o culto cristão é caracterizado por: “salmos, e hinos, e cânticos espirituais”.

2. Na igreja em Corinto. Os cultos da igreja de Corinto eram notadamente pentecostais (1 Co 12; 13; 14). Segundo o apóstolo Paulo, nenhum dom faltava a essa igreja (1 Co 1.7). Todas as manifestações espirituais do Espírito Santo tinham lugar ali (1 Co 12.4); as diversidades de ministérios do Senhor Jesus (1 Co 12.5); e, as diversas operações do próprio Deus (1 Co 12.6).

No entanto, a igreja estava envolvida em diversas dissensões e litígios (1 Co 1.10; 6.1-11; 11.18), pecados morais graves (1 Co 5), e desordem no culto de adoração a Deus (1 Co 11.17-19). Outrossim, os crentes eram imaturos e carnais (1 Co 3.1-4). A desordem era tal que o próprio culto tornou-se um entrave para o progresso espiritual dos crentes.

 

II. CAUSAS DA DESORDEM NO CULTO EM CORINTO

 

1. Dissensão ou partidarismo (1 Co 11.18; 1.10-13; 3.4-6). “Ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões”. O termo “dissensões” empregado em 1 Co 11.17 e 1.10 descreve a destruição da unidade cristã por meio da carnalidade. Em vez de gratidão a Deus, para promover a comunhão uns para com os outros e “guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (Ef 4.3), os crentes reuniam-se para o culto com “espírito faccioso”.

2. Carnalidade (1 Co 3.1-3). “Não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais” (v.1). Havia membros da igreja de Corinto guiados e cheios do Espírito Santo (1 Co 1.4-9; Rm 8.14), mas muitos eram carnais (v.1). Carnal é o crente, ele ou ela, cuja vida não é regida pelo Espírito (Rm 8.5-8); que tem muita dificuldade de entender os assuntos espirituais (1 Co 2.14) e, vive em contendas, difamações. A mente e a língua do carnal é malfazeja até durante o sono. Ver Rm 8.5; Gl 5.19-21; Pv 4.16. Esse tipo de crente é uma perturbação no culto de adoração a Deus.

3. Intemperança (1 Co 11.21). Na liturgia da igreja primitiva era comum a Ceia do Senhor ser precedida por uma festividade chamada de agápe ou festa do amor (2 Pe 2.13; Jd v.12). No entanto, alguns crentes coríntios em vez de fortalecerem o amor e a unidade cristã antes da Ceia do Senhor, embriagavam-se. Os ricos comiam de tudo, enquanto os pobres padeciam de fome (v.21). Isso alguns faziam “para sua própria condenação” ou castigo (v.29). Esses cristãos cometiam o erro de transformar uma festa espiritual, o culto, em uma festa profana. Veja as conseqüências disso nos vv.30,31.

4. Ignorância concernente os dons espirituais (1 Co 12.1; 14.26-33). A manifestação dos dons espirituais é “dada a cada um para o que for útil” (1 Co 12.7). O propósito de Deus neles é a edificação, consolação, exortação, crescimento espiritual e aperfeiçoamento do Corpo de Cristo (1 Co 14.3, 26; Ef 4.11-14; Rm 12.4-8). Mas, para que assim seja, é necessário que haja sabedoria, ordem e decência quanto ao uso dos mesmos (1 Co 12.1; 14.40). O crente não é proibido de falar em línguas, nem o profeta de profetizar no culto (1 Co 14.39), contanto que seja conforme a doutrina bíblica (1 Co 14.12,19,26,39). A expressão-chave do ensino contido em 1 Co 14.26-40 é: “Faça-se tudo para edificação”(v.26). “Edificação” quer dizer “construir como um processo”, ou seja, crescimento sólido, gradual, uniforme e constante na vida do crente. Os cristãos de Corinto ignoravam o propósito evangelístico e edificador do culto na vida espiritual do crente (1 Co 14.23-25), pois exibiam vaidosamente seus dotes espirituais, provocando balburdia e dissensões (1 Co 14.27-30).

 

CONCLUSÃO

 

A Bíblia recomenda que todos, pelo Espírito Santo, falem em línguas e profetizem (1 Co 14.5), mas que também exerçam os dons espirituais com sabedoria, ordem e decência (1 Co 14.26-33,37-40), afim de que o nome do Senhor seja glorificado (1 Co 14.25), o incrédulo seja convertido (1 Co 14.22-25) e a igreja edificada (1 Co 14.26).

 

VOCABULÁRIO

 

Expressão-chave: Frase principal da qual todas as outras dependem.
Malfazejo: Fazer mal, causar dano.
Profano: Que não é religioso ou sagrado.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

ANDRADE, C. C. Manual do Superintendente da Escola Dominical. RJ: CPAD, 2000.

 

EXERCÍCIOS

 

1. O que é liturgia?

R. O conjunto dos elementos que compõem o culto cristão.

 

2. Quais as principais partes do culto cristão?

R. Oração; cânticos; exposição da Palavra de Deus; ofertas; bênção apostólica.

 

3. Depois do Pentecostes a experiência pentecostal repetiu-se em quais ocasiões?

R. Samaria; na vida de Paulo; na casa de Cornélio; em Éfeso.

 

4. Como era o culto na igreja de Corinto?

R. Era uma reunião pentecostal.

 

5. Cite quatro elementos que provocam desordem no culto?

R. Dissensões, carnalidade, intemperança e ignorância concernente os dons espirituais.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Doutrinário

 

“Direção do Culto

Todos sabemos que o culto divino deve ser orientado pelo Espírito Santo, e consideraríamos uma temeridade se houvesse nestes escritos a pretensão de tomar para o homem prerrogativas que são exclusivas do Senhor. Cabe-nos, no entanto, dizer que o Espírito de Deus usa, para todos os atos que se praticam na igreja, o homem que se coloca à sua disposição. É maravilhoso notar que somos instrumentos do Espírito, e é do agrado do Senhor que seus servos estejam devidamente informados sobre qualquer procedimento nas atividades que a cada um têm sido conferidas.

A direção de um culto, cabe prioritariamente ao Espírito Santo, mas a participação humana é indispensável. O elemento humano na direção de um culto a Deus precisa estar primeiramente em sintonia com o Espírito Santo.

Dirigir um culto requer muita responsabilidade, porque, neste ato, se está trabalhando com matéria prima do Céu, alimento do Céu, que se distribui com os famintos espirituais. A meta de quem dirige um culto nunca pode ser a de cumprir um anseio humano nem de encontrar uma oportunidade para expor os frutos do eu e da vaidade, mas, sim, fazer tudo para glorificar o nome do Senhor” (OLIVEIRA, T. R. Manual de cerimônias. 22.ed., RJ: CPAD, 2005, pp.16-7).

 

 

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

3º Trimestre de 2006

 

Título: As Doutrinas Bíblicas Pentecostais

Comentarista: Antonio Gilberto

 

 

 

Lição 12: Conservando o verdadeiro Pentecostes

Data: 17 de Setembro de 2006

 

TEXTO ÁUREO

 

Mas o que tendes, retende-o até que eu venha” (Ap 2.25).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A Palavra de Deus nos orienta e adverte que em função da multiplicação da iniqüidade, estes últimos tempos serão moral, social e espiritualmente terríveis e chocantes.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Lv 6.12,13

O contínuo fervor espiritual

 

 

 

Terça - 1 Rs 18.30

O altar quebrado pode ser refeito

 

 

 

Quarta - Jo 14.26

O Espírito Santo quer nos ensinar

 

 

 

Quinta - At 6.3

O Espírito Santo confere sabedoria

 

 

 

Sexta - Jd v.18

Os que não têm o Espírito Santo

 

 

 

Sábado - At 11.2-18

O Espírito Santo e as nossas companhias

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Apocalipse 3.1-6.

 

1 - E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.

2 - Sê vigilante e confirma o restante que estava para morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.

3 - Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.

4 - Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes e comigo andarão de branco, porquanto são dignas disso.

5 - O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.

6 - Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

 

PONTO DE CONTATO

 

Professor, Daniel Berg, pioneiro da obra pentecostal no Brasil, nasceu no dia 19 de abril de 1884, na cidade de Vargon, na Suécia. Em 1899, converteu-se na Igreja Batista sueca e foi batizado nas águas. Em 25 de março de 1902, Berg desembarcou em Boston a procura de novas oportunidades de emprego. Quando estava em Boston soube que um de seus amigos de infância, L. Pethrus, recebera o batismo com o Espírito Santo. A convite de sua mãe, Berg viajou até a Suécia para encontrar-se com Pethrus. Depois do encontro, ao regressar aos Estados Unidos, em 1909, Daniel Berg orou insistentemente a Deus pedindo o batismo com o Espírito Santo. Antes de chegar ao seu destino, Deus ouviu a oração batizando-o com o Espírito Santo.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Descrever os aspectos históricos da igreja de Sardes.
  • Explicar as condições espirituais da igreja de Sardes.
  • Contextualizar os ensinos da lição à vida pessoal.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

A cidade de Sardes, uma das maiores do mundo antigo, foi fundada em 700 a.C. Era a capital do reino da Lídia e possuía legendária riqueza. Sardes era sinônimo de opulência, prosperidade e sucesso. Localizava-se na junção de cinco principais estradas, formando um grande centro comercial. Era conhecida, principalmente, pela confecção de lã. Segundo a história, Artêmis, era considerada a padroeira da cidade e, seu culto, era fundado na reencarnação. Devido à posição geográfica da metrópole, era considerada uma fortaleza imbatível. Mas, Ciro, rei dos medo-persas, aproveitando-se da distração dos guardas da cidade, a sitiou e conquistou. Em fins do primeiro século, Sardes era apenas uma sombra de sua antiga glória, confirmando a mensagem de Jesus que disse: “Tens nome de que vives e estás morto” (Ap 3.1).

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Professor, esta é a segunda lição que tem como exemplo uma das sete igrejas localizadas na província da Ásia Menor. Por esta razão, apresente aos alunos um mapa contendo as principais igrejas. Informe-os que João, escritor das cartas, ao ser libertado da ilha de Patmos, viveu seus últimos dias na cidade de Éfeso.

 

 

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

A leitura bíblica em classe da presente lição trata da igreja de Sardes, cidade que no passado foi capital da província romana da Lídia, na Ásia Menor. Aquela parte do mundo foi conquistada pelos romanos em 133 a.C. Sardes, cujo nome significa “renovação” ou “os que escaparam”, era uma cidade populosa, muito rica, luxuosa e que desfrutava de grande prosperidade material. Tinha uma avançada indústria metalúrgica, muitas minas de ouro e fontes de águas termais. Boa parte do seu desenvolvimento vinha da mão de obra gratuita de milhares de escravos em todas as atividades da região.

Relata a história que em Sardes viveu o homem mais rico do mundo: Creso, rei da Lídia. A grande riqueza de Sardes, bem como a soberba do seu povo, duraram muito tempo, cumprindo-se ao pé da letra o que está escrito em Pv 11.28. Sob o ponto de vista profético, o período da história da igreja que correspondente a Sardes é o que vai de 1517 a 1750, segundo os eruditos da Bíblia. Lembremo-nos que o Apocalipse é um livro profético (Ap 22.18,19).

 

I. A CONDIÇÃO ESPIRITUAL DA IGREJA DE SARDES (v.1)

 

Segundo o relato bíblico (vv.1-6), Sardes era uma igreja que aparentava vida exterior (“tens nome de que vives”), mas espiritualmente estava morta, como diz o final do versículo 1. Há na Bíblia duas coisas que nos deixam maravilhados: sua franqueza e imparcialidade. Só Deus podia ter um livro assim.

1. “Ao anjo da igreja”. Trata-se do pastor da igreja. Neste texto, o termo anjo no original, significa mensageiro. Em Lucas 7.24, a mesma palavra é traduzida por “mensageiro”; e, em Tiago 2.25, refere-se aos emissários de Josué, que Raabe escondeu em sua casa (Hb 11.31). Disse o Senhor ao anjo da igreja de Esmirna: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (2.10). Ora, os anjos não morrem, nem a Bíblia fala de recompensa para eles, pois sua esfera de trabalho diante de Deus nada tem de semelhante com a do homem. Em muitas igrejas por aí, seus pastores foram os primeiros a perder o rumo e o nível do equilíbrio; estão sem visão, como o pastor de Laodicéia e o seu rebanho (Ap 3.18).

2. “Aquele que tem os sete Espíritos de Deus”. Trata-se do Espírito Santo na sua total perfeição, dignidade, poder e operação. É também o Espírito na sua ação vivificadora (ver Is 11.2; Ap 1.4; 4.5; 5.6). O número sete, por conseguinte, fala de plenitude e perfeição. Logo, as “sete igrejas da Ásia”, consistem numa só (1.4).

Sardes é a única das sete igrejas, à qual Jesus menciona “os sete Espíritos”. Isto significa que, mesmo quando uma igreja está decadente e sem vida, o Espírito Santo quer comunicar vivificação (Jo 6.63), restauração e reavivamento a fim de fazê-la retornar ao seu primeiro estado.

3. “Tens nome de que estás vivo, e estás morto”. O estado de morte espiritual da igreja de Sardes torna-se mais evidente ante a apresentação de Jesus como “aquele que tem os sete Espíritos de Deus”. Isto representa a vida e o fervor espiritual não apenas fluindo, mas transbordando, pois a fonte divina está a correr (Jo 7.37-39).

O modo distinto como Jesus dirigiu-se às sete igrejas revela muito do estado espiritual de cada uma delas; das suas necessidades, oportunidades e responsabilidades diante de Deus e do mundo.

Sardes era uma igreja rica materialmente, mas pobre espiritualmente. Que lástima! A luta intensa e insensata para a obtenção de riqueza, tem esfriado a fé na vida de muitos crentes, que depois de enriquecerem não têm mais sossego, como está escrito em Eclesiastes 5.12. Não há pecado em ser rico, desde que sempre dependamos de Deus e vivamos para Ele.

 

II. CONSELHOS E ADVERTÊNCIAS PARA A RENOVAÇÃO (vv.2,3)

 

1. “Sê vigilante e confirma o restante”. Há sempre um remanescente fiel que não se conforma com a situação. Deus nunca ficou sem testemunho, nem mesmo nos terríveis dias que antecederam o Dilúvio e no período do baalismo em Israel; época em que quase toda a nação sucumbiu em razão de sua idolatria (1 Rs 19.18; Rm 11.4). Sempre houve e haverá aqueles que são fiéis ao Senhor em toda e qualquer situação e que gemem no Espírito por uma igreja mais unida, poderosa, santa, e adoradora. Na igreja de Sardes havia um grupo assim.

2. “Não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus”. Isto também pode referir-se profeticamente e, em segundo plano, ao movimento da Reforma iniciado por Lutero em 1517. As obras não “perfeitas” podem representar as lacunas e dissensões internas entre os reformadores e as novas denominações cristãs. De fato, para quem está morto espiritualmente (v.1), suas obras não terão aprovação divina. É só examinar a história eclesiástica, bem como o que se passa nos dias atuais na igreja.

3. “Lembra-te do que tens recebido e ouvido, e guarda-o”. A igreja de Sardes estava vivendo em desobediência consciente à Palavra de Deus. Desobedecer ao Senhor como um ato isolado já é ruim; imagine alguém viver em rebeldia consciente. Isto é tentar a Deus.

Certamente aquela igreja tinha adotado um modelo de vida à moda deles, onde cada um fazia o que desejava, sem consultar a vontade do Senhor. Por isso, Jesus adverte: “Virei a ti como um ladrão”; isto é, de repente, inesperadamente, e para perda de algo. O julgamento à que se refere este versículo pode ser para o presente e não apenas para o futuro, como em 2 Co 5.10; Rm 14.12.

4. “Arrepende-te”. O arrependimento bíblico não é só mudança de coração, mas também de conduta, e deve acompanhar o crente em toda a sua vida. O cristão deve arrepender-se como filho; não como ímpio.

 

III. PROMESSAS AOS CONSERVADORES E VENCEDORES (vv.4,5)

 

1. “Alguns que não se contaminaram”. Neemias fala de judeus que se casaram com mulheres ímpias (Ne 13.23,24), cujos filhos não conseguiam falar bem a língua judaica. Espiritualmente é o que acontece quando um crente não apenas se mistura com os ímpios, mas comunga com eles. É o contágio pela mistura. A Bíblia sempre está a nos prevenir sobre isso (Sl 1.1; 1 Pe 3.11; 2 Co 6.17). A respeito dos que não se contaminaram, Jesus afirma que com Ele “andarão de branco”. Isto é, viverão em justiça e retidão (Ap 6.11; 19.14).

2. “O que vencer”. Isso significa que a vida do cristão está situada num campo de batalha espiritual, contra as hostes de Satanás. Nenhum crente pense que está isento de ciladas e ataques do Inimigo (Ef 6.11-18; 2 Co 2.11; Sl 18.2).

3. “De maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida”. O Rev. Gortner, assim se expressa sobre esta frase: “Na cidade de Sardes havia um extenso pergaminho com os nomes dos cidadãos que se destacavam como benfeitores e heróis defensores da cidade e dos seus cidadãos. Esse registro era um sinal de grande honra para eles. Caso um desses homens viesse a cometer algo desonroso e reprovável, seu nome era retirado desse rol de honra e mérito, isto é, do pergaminho.” Para os crentes de Sardes, palavras como as do v.5, eram bem compreendidas.

 

IV. DESAFIO AOS FIÉIS CONSERVADORES (v.6)

 

A Bíblia afirma: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”. “Ouvir” não se refere apenas ao ato da percepção dos sons, mas de obedecer ao que Deus ordena na sua Palavra. O púlpito não deve ser simples tribuna de oradores, nem o pregador um simples animador de auditório. O essencial é que o fogo do altar de Deus — o fogo do Espírito — , esteja aceso no altar da nossa vida. Enquanto formos pequenos em nós mesmos, Deus nos elevará para o seu serviço e o seu louvor. Devemos pregar, como pentecostais conservadores, o evangelho na sua plenitude (Rm 15.29), isto é, que Jesus salva o pecador; batiza com o Espírito Santo; cura os enfermos e faz maravilhas; e breve virá.

 

V. A CONSERVAÇÃO DO VERDADEIRO PENTECOSTES

 

Assim diz a prescrição bíblica, “Não apagueis o Espírito” (1 Ts 5.19). Na Lei havia apagador de fogo (Êx 25.38), mas nesta dispensação da multiforme graça de Deus, não. A conservação do Pentecostes vem pela constante renovação espiritual do crente. Tito 3.5 fala de regeneração e renovação do Espírito Santo. Ver At 4.8,31; 6.5; 7.55; 11.24; 13.9,52; 2 Co 4.16; Ef 4.23; 5.18; Cl 3.10. Em todas estas referências há uma mensagem de renovação espiritual. Quem procede segundo a natureza carnal, precisa de renovação do Espírito Santo: “tendo começado pelo Espírito, acabais agora pela carne?” (Gl 3.3).

 

CONCLUSÃO

 

Na carta às igrejas do Apocalipse, Jesus disse sete vezes: “Ouça o que o Espírito diz às igrejas” (2.7,11,17,29; 3.6,13,22). Porque Deus insiste tanto? Certamente, porque quer conduzir sua igreja em todo tempo, coisas e circunstâncias.

 

VOCABULÁRIO

 

Emissário: Aquele que é enviado em missão.
Imparcialidade: Que julga de modo reto; justo.
Lástima: Tristeza, miséria, desgraça, infortúnio.
Mérito: Merecimento.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. Comentário bíblico pentecostal: Novo Testamento. RJ: CPAD, 2003.
LAWSON, S. J. As sete igrejas do Apocalipse. 5.ed., RJ: CPAD, 2004.

 

EXERCÍCIOS

 

1. Qual o significado do nome “Sardes”?

R. Renovação ou os que escaparam.

 

2. Onde se localizava a igreja de Sardes?

R. Na província romana da Lídia, na Ásia Menor.

 

3. A qual período da história a igreja de Sardes corresponde?

R. Ao período de 1517 a 1750.

 

4. A quem se refere a expressão “sete Espíritos de Deus”?

R. Ao Espírito Santo, na sua total perfeição, dignidade, poder e operação.

 

5. O que significa “ouvir” no v.6?

R. Obedecer ao que Deus ordena em sua Palavra.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Histórico

 

“O Passado de Sardes

A igreja de Sardes havia tido um longo e glorioso passado. Embora ainda fosse um importante centro comercial na época do Novo Testamento, seus dias de glória haviam terminado. A riqueza dessa cidade se originava, em parte, das minas de ouro da região, mas era conhecida, também, pela produção de tecidos e roupas ricamente tingidos. A cidade, destruída por um terremoto no ano 17 d.C, que também afetou a cidade de Filadélfia, foi rapidamente reconstruída com a ajuda de uma generosa verba cedida pelo imperador Tibério.

Como a carta a Éfeso, Jesus é descrito como aquEle que tem ‘as sete estrelas’ (isto é, os pastores, 3.1; cf. 2.1). A adição da frase ‘os sete espíritos de Deus’ é a única entre as sete cartas, embora a mesma frase esteja dispersa ao longo do livro de Apocalipse (1.4; 3.1; 4.5; 5.6).

É bastante plausível que a localização da igreja, em uma cidade tão rica e ilustre, viesse a aumentar a sua reputação (3.1). Infelizmente, a realidade era diferente. A carta exorta a igreja local a despertar (v.2)” (ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R.Comentário bíblico pentecostal: Novo Testamento. RJ: CPAD, 2003,p.1852).

 

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

 

3º Trimestre de 2006

 

Título: As Doutrinas Bíblicas Pentecostais

Comentarista: Antonio Gilberto

 

 

 

Lição 13: O Espírito Santo e a vinda de Jesus

Data: 24 de Setembro de 2006

 

TEXTO ÁUREO

 

Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente, cedo venho. Amém! Ora, vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Todos os santos e fiéis servos de Deus esperam ansiosamente, pelo retorno de Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - At 1.10,11

Jesus virá — é a mensagem pentecostal

 

 

 

Terça - Tt 2.13

Jesus virá — é mensagem vinda do céu

 

 

 

Quarta - 1 Co 15.51

Jesus virá — é o mistério da nossa plena redenção

 

 

 

Quinta - 1 Ts 4.13-17

Jesus virá — é o nosso eterno consolo

 

 

 

Sexta - Ap 3.3

Jesus virá — é o nosso motivo de vigilância

 

 

 

Sábado - Tg 5.8

Jesus virá — sua vinda está bem próxima

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

1 Tessalonicenses 4.13-18.

 

13 - Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.

14 - Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele.

15 - Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.

16 - Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;

17 - depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.

18 - Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.

 

PONTO DE CONTATO

 

Professor, no mesmo ano em que Daniel Berg foi batizado com o Espírito Santo, encontrou-se com Gunnar Vingren. Os dois conversaram por muito tempo a respeito da convicção que tinham no batismo com o Espírito Santo, nas Sagradas Escrituras e na chamada missionária. Os dois missionários não tinham qualquer dúvida de que Deus os havia unido para um propósito específico. Foi assim, que após quatorze dias de viagem, no dia 19 de novembro de 1910, Daniel Berg e Gunnar Vingren aportaram no Pará. Em 1911, a irmã Celina de Albuquerque é batizada com o Espírito Santo, seguida da irmã Nazaré que ao ser batizada com o Espírito Santo, cantou um hino espiritual. No dia 18 de junho de 1911, a Igreja Evangélica Assembléia de Deus é fundada.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Descrever os sinais que antecedem a vinda de Cristo.
  • Explicar as duas fases da vinda de Cristo.
  • Citar os propósitos da vinda de Jesus.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

Na atual dispensação da graça, o ministério do Espírito Santo aos crentes, prepara-os para o arrebatamento: santificando-os a fim de que agradem a Deus (1 Pe 1.2; 2 Ts 2.13; Hb 12.14); e, selando-os para o dia da redenção (2 Co 1.22; 5.5; Ef 1.14). Mas, na atual era, o Espírito também ministra aos incrédulos: convencendo-os do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.18), e impedindo a manifestação do Anti-cristo no mundo (2 Ts 2.3-8). No arrebatamento, o Espírito vivificará os nossos corpos mortais, transformando-os à semelhança do glorioso corpo de nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 8.11; 1 Co 15.51-54; 1 Jo 3.2; 2 Co 3.18; 1 Ts 4.16,17).

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Professor, nesta lição use como recurso uma das técnicas do método expositivo, a Exposição Dialógica. Consiste em transformar a aula expositiva tradicional em diálogo, que permite a troca de experiências entre professor e aluno. Este método consiste em duas partes: perguntas e problemática. Na primeira fase, questionamento, indague os alunos a respeito da atuação do Espírito Santo na vinda de Cristo. Procure transformar a exposição oral, às vezes, um monólogo, em diálogo ou colóquio. A problemática, por outro lado, além de complementar a pergunta, provoca a elaboração de soluções para as situações-problema. É necessário, portanto, admitir-se contestações, idéias e conceitos distintos, uma vez que se trata de um diálogo. Mas, jamais deixe o aluno sem o conhecimento da verdade dogmática das Escrituras.

A aula dialógica divide-se em três seções. Introdução — em que o aluno é preparado para o tema. Desenvolvimento — a lição ou diálogo propriamente dito, na qual ocorrem as contestações e re-elaboração. Conclusão — ocasião em que o conhecimento é consolidado mediante aplicação prática, onde a teoria é testada, descobrindo-se seus limites e valores.

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

O assunto da vinda de Cristo é parte inerente da pregação do evangelho (Mt 24.14). Foi isso que o apóstolo Pedro deixou bem claro no Dia de Pentecostes, na primeira mensagem evangelística registrada na Bíblia (At 2.14-21).

A vinda de Jesus é a nossa sublime e bem-aventurada esperança. O próprio Senhor afirmou que voltaria para levar os seus (Jo 14.3,18; Ap 22.20).

 

I. COMO SERÁ A VINDA DE CRISTO

 

Segundo as Escrituras, a vinda de Jesus terá duas fases: “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13).

1. A volta de Jesus para a igreja. Nesta ocasião Jesus levará sua igreja para o céu, num instante e em segredo quanto ao mundo. Nessa primeira fase, ele virá até as nuvens (1 Co 15.52; 1 Ts 4.16,17). Na segunda fase, Ele virá com todos os santos e anjos, descendo sobre o monte das Oliveiras publicamente, repleto de glória e de poder. Nesse momento, livrará a Israel que estará sucumbindo sob as forças do Anticristo, e julgará as nações e estabelecerá com poder e justiça o reino milenial (Zc 14.4; Mt 24.30; Ap 1.7; 19.11-21 a 20.1-6).

No arrebatamento da igreja, Jesus virá para os seus santos; na sua manifestação em glória, Ele virá com os seus (Cl 3.4).

2. A Grande Tribulação. Entre o arrebatamento da igreja e a manifestação pública de Jesus, ocorrerá a Grande Tribulação (Mt 24.21; Ap 6-18), a qual abrange os anos de domínio do Anticristo aqui na terra. O sofrimento aqui será de tal monta que se durasse mais tempo ninguém sobreviveria (Mt 24.21,22). Com base na Bíblia Sagrada, professamos, tal qual atesta o credo oficial das Assembléias de Deus no Brasil, nossa fé no arrebatamento da igreja antes da Grande Tribulação (Ap 3.10; Lc 21.36).

3. A vinda de Jesus, súbita e inesperada. Duas das figuras que Jesus empregou para exemplificar a rapidez e a imprevisão da sua vinda foi a do ladrão e a do relâmpago.

a) A figura do ladrão (Mt 24.42-44; Lc 12.35-40; Ap 3.3). Paulo e Pedro também empregaram esta figura ao doutrinarem sobre a vinda de Jesus (1 Ts 5.2-6; 2 Pe 3.10). O ladrão dos tempos bíblicos agia com muita rapidez; levava só o melhor e deixava o pior; ele não levava tudo o que encontrava no momento, nem avisava a hora que viria; ele agia quando ninguém imaginava, e atacava quando a escuridão era maior. Quando Jesus disse “Eis que venho como ladrão” (Ap 16.15), o sentido é “eis que venho como vem o ladrão”, como está detalhado acima. Ver também Lc 12.45,46.

b) A figura do relâmpago (Mt 24.27; Lc 17.24). No Antigo Testamento, o relâmpago estava relacionado aos juízos divinos (Ez 1.14; Hc 3.11; Zc 9.14; Ap 11.19; 16.18), mas, em o Novo Testamento, encontramo-lo como símbolo de advertência e acontecimento repentino (Lc 17.24). Tão inesperado como o relâmpago, será a vinda do Filho do Homem. Portanto, sua vinda será inesperada como um soberano que retorna para proceder à prestação de contas da administração dos seus servos (Mt 24.45-51) ou súbita, como o foi à chegada do dilúvio (Mt 24.36-39).

 

II. SINAIS DA VINDA DE CRISTO

 

Assim como houve sinais precursores da primeira vinda de Jesus, como o sinal da estrela (Mt 2.2; Nm 24.17), e, o sinal do arauto (Ml 3.1; Mc 1.2,3), haverá também sinais indicadores de sua segunda vinda. Vejamos alguns desses sinais.

1. O derramamento do Espírito na igreja em escala mundial (At 2.16,17; Jl 2.28). Com este sinal vem também a operação de milagres e prodígios, a dinamização e expansão do evangelho e o avanço da obra missionária. Através dos séculos, o Senhor nunca deixou de derramar o Espírito Santo sobre o seu povo, ora mais, ora menos. Mas a partir de 1901, o derramamento do Espírito Santo tem sido cada vez maior, fato que o nosso país é testemunha.

2. A Multiplicação da ciência e da tecnologia (Dn 12.4). Observe que é a multiplicação da ciência e não da sabedoria. Esta vem diminuindo sempre e em toda humanidade através dos anos. Sabedoria é discernimento, equilíbrio, maturidade, prudência, sensatez; é escolher sempre o bem e rejeitar o mal. A sabedoria está em falta nesta era da ciência e do conhecimento.

3. O ressurgimento da nação de Israel (Mt 24.32). Israel já sofreu várias dispersões nacionais. A pior de todas ocorreu após a queda de Jerusalém sob os romanos, já na era cristã, quando os judeus foram proibidos, sob pena de morte, de retornar a Israel. Em 1897, teve início o cumprimento desse sinal com o surgimento do movimento Sionista sob Theodore Herzl, quando então, os judeus começaram a regressar à sua terra. Em 1948, sob a égide das Nações Unidas, foi criado o Estado de Israel, e o movimento de retorno tem sido contínuo desde então (Is 27.12; 11.12; Ez 37.1-10; Am 9.14,15).

4. A proliferação na igreja da falsificação da verdade (2 Pe 2.1,2). Esse sinal da volta de Cristo envolve os falsos doutores na igreja, para assim tornar o engano mais sutil, atraente e convincente.

5. O surgimento disfarçado e embrionário do antigo Império Romano. Isso através do Tratado de Roma feito em 1957, originando o Mercado Comum Europeu, que na sua evolução é hoje a União Européia. É a plataforma do futuro governo mundial do Anticristo.

 

III. PROPÓSITOS DA VINDA DE JESUS

 

1. Levar a sua igreja para o céu. “E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também” (Jo 14.3; 1 Ts 4.17; Jo 17.24).

2. Julgar e recompensar a todos — salvos e perdidos. “Porque o Filho do Homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e, então, dará a cada um segundo as suas obras” (Mt 16.27; Ec 12.14; 2 Co 5.10; Ap 20.12,13; 22.12).

3. Estabelecer o seu reino milenial na terra. “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos” (Ap 20.6;1 Co 15.25-28).

4. Aprisionar e julgar a Satanás e seus agentes. “Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos” (Ap 20.2,10; Mt 25.31; 2 Pe 2.4; Jd v.6).

 

CONCLUSÃO

 

Quando a última trombeta soar, Deus, através do Espírito Santo, ressuscitará os mortos em Cristo (Rm 8.11,23) e transformará os santos vivos, levando todos ao encontro do Senhor nas alturas (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.16,17). O Espírito Santo já vivifica os nossos corpos mortais agora, mas o fará em plenitude noutra dimensão no arrebatamento da Igreja (2 Co 3.18; 1 Jo 3.2,3).

 

VOCABULÁRIO

 

Arauto: Mensageiro; pregoeiro.
Imprevisão: Súbito; inesperado.
Sionismo: Movimento político e religioso judaico, que visava o restabelecimento de um Estado judaico.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

LAWSON, S. J. As sete igrejas do Apocalipse. 5.ed., RJ: CPAD, 2004.

 

EXERCÍCIOS

 

1. Quais são as duas fases da vinda de Cristo?

R. A invisível para a Igreja e a visível para Israel.

 

2. O que ocorrerá entre o arrebatamento e a manifestação pública de Jesus?

R. A Grande Tribulação.

 

3. Quais as duas figuras usadas por Jesus que ilustram a sua vinda?

R. As figuras do ladrão e do relâmpago.

 

4. Cite três sinais da vinda de Jesus.

R. O derramamento do Espírito, a multiplicação da ciência e o ressurgimento da nação de Israel.

 

5. Cite três propósitos da vinda de Jesus.

R. Levar a igreja, julgar e recompensar a todos, estabelecer o reino milenal.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Devocional

 

“A Brincadeira Acabou

É tempo de parar de brincar de Igreja! Muitas igrejas estão brincando de monopólio. O vencedor deste jogo é determinado por quanto dinheiro e propriedades a igreja pode adquirir. Orçamentos, prédios e ônibus são caminhos para marcar pontos.Outras igrejas estão brincando de deus da colina. Quem mais pisar no próximo para alcançar o topo, declara-se o vencedor.Ainda outros estão brincando de busca trivial. O vencedor é definido pela recordação de fatos obscuros sobre a Bíblia, que até agora não mudaram vidas. Eles cruzam todos os esses, pontuam todos os acentos, mas escrevem erradamente a palavra.

Há outros incontáveis jogos que hoje distraem as igrejas. Mas vencê-los não é o que determina o êxito do povo de Deus. Todos estes jogos ocorrem quando a igreja está desprovida do item principal — Reavivamento. Não é hora de brincar de Igreja” (LAWSON, S. J. As sete igrejas do Apocalipse. 5.ed., RJ: CPAD, 2004, p. 206.)

fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net