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lições biblicas Betel adultos 3 trimestre 2015
lições biblicas Betel adultos 3 trimestre 2015

                               ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 1

                                     - Revista da Editora Betel

 

                                 

 

                                 Os milagres do Novo Testamento 

                                            5 de julho de 2015

 

Texto Áureo

“E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.” 1Co 15.14

 Verdade Aplicada

A obra redentora de Cristo repousa sobre Sua ressurreição, pois se Cristo não ressuscitasse, o cristianismo seria como qualquer outra religião.

 Textos de Referência. 

 Efésios 2.1-3, 6

1 E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,

2 Em que, noutro tempo, andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência;

3 Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.

6 E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;

 INTRODUÇÃO

Uma nova dispensação para a humanidade é inaugurada em Jesus. Sem Ele nada do que foi feito se fez (Jo 1.3). Sua ressurreição redime o pecador, traz esperança e cura toda sorte de males através de Sua graça infinita.

 1. O significado dos milagres de Jesus.

Deus é a fonte de todos os milagres. No Novo Testamento, essa fonte encarna na pessoa de Jesus Cristo e, a partir de sua chegada a este mundo, todas as coisas passam a ter um novo sentido, inclusive, a experiência sobrenatural, onde milagres são acontecimentos cotidianos na vida daqueles que o servem.

 1.1. O poder milagroso da pregação de Jesus.

Embora a pessoa de Jesus Cristo seja muito maior que Seus feitos, Seu milagroso agir jamais poderá ser desvinculado de Seus ministério porque Seus milagres são a confirmação e a definição de Sua pregação (Mt 9.32; 12.22). Os milagres realizados por Jesus inauguram o tempo escatológico que os profetas anunciaram (Lc 12.20). Eles são a manifestação do Reino de Deus que está chegando, revelando o “novo” dentro do mundo antigo. Se desconsiderarmos os milagres onde predominam as curas e a libertação, mutilaremos a proclamação de Sua Palavra.

 1.2. Os milagres anunciam a chegada do reino de Deus.

Os milagres realizados por Jesus trazem o Reino futuro de Deus para o presente (Mc 1.14, 15). Pouco a pouco, Jesus vai inserindo no contexto humano a manifestação do reino que veio nos anunciar (Lc 19.10). Duas coisas se tornam muito evidentes através de Seus feitos milagrosos: a destruição do reino de Satanás (Mt 8.29; Lc 4.41; 12.20); e a implantação do poder salvador de Deus (Jo 1.12; 3.16; Ef 2.8, 9; 1Tm 1.15). Os evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos, e Lucas) usam o termo “dynamis” para a designação dos milagres operados por Jesus. Esse termo não ressalta o caráter milagroso das obras realizadas, mas o poder que nelas se manifesta. O poder de um Deus cujo nome Jesus está falando e agindo, não para despertar a atenção ou promover-se, mas para ser compreendido como veículo pelo qual Deus traz salvação à humanidade.

 1.3. Os milagres de Jesus ilustram a realidade do Reino.

Na pessoa de Jesus Cristo, o próprio Reino de Deus exerce uma função criteriosa que distingue um milagre divino de outros acontecimentos, dos quais podemos negar a existência. Todavia, estes acontecimentos jamais poderão recuperar o homem para Deus. A presença do reino é real em nosso mundo, não é algo indescritível nem uma vaga esperança utópica (Lc 17.20, 21). O Reino de Deus é uma realidade documentada onde a doença é superada, o sofrimento amenizado, o pecado e a morte são vencidos e o homem é liberto dos poderes maléficos que aprisionam sua alma.

 2. A multiforme sabedoria de Deus.

Deus nunca teve a intenção de impressionar os homens com Seu poder. Sua vontade será sempre conquistar o homem através do amor, por esta razão estendeu Sua graça sobre toda a humanidade para que através dela, o homem possa se voltar para Ele em gratidão (Rm 11.32; Ef 2.8,9).

 2.1. Os efeitos milagrosos da graça.

Milagres não são unicamente os que rompem com as leis da natureza. Eles podem ser vistos de várias formas como, por exemplo: o perdão dos pecados (Mc 2.5; Lc 7.48); a pregação do evangelho aos necessitados (Mt 11.5; Lc 4.18; 7.22); a transformação de uma vida (Lc 19.1-5); a libertação do poder das riquezas e da ansiosa solicitude pela vida (Mt 6.24; Lc 12.22). Os milagres realizados por Jesus jamais ocorreram dissociados de Sua Palavra. Através dela, Jesus perdoa os pecados e cura o paralítico (Mc 2.1); os demônios são expelidos (Mc 5.8; 9.25); Ele convoca Seus seguidores (Mc 1.16). Assim, podemos concluir que seus atos poderosos são efeitos da exousia de Sua Palavra (Mc 1.21-27), da Sua flagrante autoridade doutrinária (Mt 7.28) e do anúncio da chegada do Reino de Deus (Lc 11.20).

 2.2 A relação entre a fé e o milagre.

Existe uma relação muito estreita entre a fé e o milagre. Na verdade, a fé jamais foi premissa para que Jesus operasse um milagre. Todavia, mesmo não sendo premissa, a fé tanto pode gerar o milagre quanto o milagre gerar a fé. Quando o homem entende o agir milagroso de Jesus, o resultado é a valorização das coisas da vida e uma gratidão que se constituirá em um chamado para a fé (Ef 2.8, 9; Tt 2.11; 3.3-7).

 2.3. O alcance dos atos milagrosos.

Os milagres realizados por Jesus Cristo não se restringem apenas a esfera espiritual. A “dynamis” divina opera com efeitos transformadores tanto na esfera do corpo quanto na sociedade. Temos o claro exemplo dos leprosos que, após a cura, voltam a ser reintegrados à sociedade da qual foram afastados (Lc 17.17-19). Na ressurreição do filho da viúva de Naim não é citada a compaixão de Jesus para com o morto, mas sim para com a viúva (Lc 7.11-15). Do mesmo modo que o pecado prejudica e destrói a comunhão entre os seres humanos, a doença, a possessão e a morte completam este ciclo de destruição. Em Seus atos milagrosos. Jesus sempre expressa os propósitos da salvação tanto em relação ao indivíduo quanto em relação à sociedade e ao mundo (Mc 2.9-12; Lc 19.10).

 3. Ressurreição, o pilar da fé cristã.

A realidade e historicidade da ressurreição são os pilares mais importantes do Cristianismo. Tudo o que somos e cremos está firmado nela (1Co 15.14).

 3.1. A realidade da ressurreição.

O pecado exigia um alto preço: a morte. No entanto, qual seria o homem que cumpriria a exigência divina, visto que o mesmo possui natureza pecaminosa? A missão de Cristo só foi completada após Sua ressurreição. Morrer resolveria apenas a questão da justiça. Todavia, continuaríamos subjugados pelo poder do pecado e da morte (1Co 15.22). Era necessário que Ele vencesse a morte e nos desse a possibilidade de vencer juntamente com Ele (Fp 2.8; Cl 2.13-15).

 3.2. O grande milagre da cruz.

O grande milagre da cruz fez recair sobre nós a graça, que nos permite resistir e vencer esses poderes, dando-nos capacidade para viver em obediência a Deus e em liberdade num mundo da morte. Somente sob a cruz de Jesus Cristo pode ser experimentado também o poder de Sua ressurreição (2Co 4.6-12; Fp 3.9, 10). É por esse motivo que a graça, favor imerecido, nos basta (2Co 12.7). Milagre é o poder da graça que, embora não satisfaça sempre os desejos subjetivos, fornece a energia para resistir à morte, à lei e ao pecado.

 3.3. O poderoso efeito da ressurreição.

A mensagem dos apóstolos estava alicerçada única e exclusivamente na ressurreição de Cristo (1Co 15.13; Fp 3.9, 10). Mesmo sofrendo perseguição, eles afirmavam que jesus era a esperança da humanidade. Propagando a fé, tudo o que esses homens esperavam era o desprezo, as prisões, os tormentos e a morte. No entanto, com uma fé heroica, esses homens suportaram firmes todas estas misérias. É magnífico perceber que eles viram coisas espetaculares porque jamais retrocederam. Eles foram expostos a mortes miseráveis, contudo, os sobreviventes prosseguiram com maior vigor e determinação.

 CONCLUSÃO

O poder de Deus está a disposição de todos nós (Jo 14.12). Milagres não são coisas do passado. Eles são e sempre serão uma realidade na vida de todo aquele que crê. Um dos propósitos mais importantes pelo qual Deus nos ungiu foi para nos tornar testemunhas do seu poder (At 1.8; Mc 16.17).

  

 

  ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 2 -                       Revista da Editora Betel  

   O Milagre Produzido por um Toque Especial 

                    12 de Julho de 2015. 

 

Texto Áureo

 

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” Hebreus 11.1  

 

Verdade Aplicada

 

A fé é o único elo capaz de trazer à terra o desenho que está projetado nos céus. Sem ela é impossível ver e conquistar as coisas espirituais que estão ao nosso dispor.

 

 

 

Textos de Referência. 

 

Marcos 5.25-30

 

25 E certa mulher que, havia doze anos, tinha um fluxo de sangue,

 

26 E que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior;

 

27 Ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua veste.

 

28 Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei.

 

29 E logo se lhe secou a fonte do seu sangue, e sentiu no seu corpo estar jácurada daquele mal.

 

30 E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão e disse: Quem tocou nas minhas vestes?

 

 

 

INCLUSÃO

 

Nesta lição, estudaremos a vida de uma mulher sofrida, que empobreceu por gastar todo o seu dinheiro em busca da cura de sua enfermidade. Uma mulher sem paz que, ouvindo falar de jesus Cristo, resolve ir ao seu encontro. 

 

1. De mim saiu virtude.

 

Em meio à multidão, uma mulher anônima, doente, falida, mas desejosa por ser curada, rompe o silêncio de Jesus que, ao ser tocado, tenta buscá-la entre o povo, dizendo: “(...) de mim saiu virtude” (Lc 8.46). Aos pés de Jesus, ela encontrou a tão sonhada resposta que procurava e que a medicina lhe havia negado. 

 

1.1. Uma mulher sem recursos.

 

Durante longo doze anos, essa mulher buscou incessantemente uma solução para sua hemorragia. A medicina e a ciência de sua época não puderam curá-la e, dia a dia, sua situação se tornava ainda mais desesperadora (Mc 5.25, 26). Ela chegou ao final de si mesma e de todos os recursos humanos. Todavia, quando alçou o fundo do poço, uma fagulha de esperança irradiou sua alma. Ela decidiu olhar para os céus e determinou em seu coração que se tocasse em Jesus ficaria sã (Mc 5.27, 28). 

 

1.2. Uma triste enfermidade.

 

Essa mulher sofria de uma hemorragia aparentemente incurável e que lentamente destruía sua vida. Sobre ela se abatia uma pressão emocional que consumia suas forças dia após dia. Além de suas muitas decepções com os médicos e a pobreza que lhe sobreveio, havia ainda outro fardo sobre ela, pois, de acordo com a Lei, ela se encontrava cerimonialmente impura, o que limitava grandemente sua vida religiosa e social (Lv 15.19-33). A enfermidade dessa mulher lhe sugou as forças, lhe consumiu todas as suas finanças e lhe privou do direito de adorar ao Senhor. Vendo que nada mais dava certo, ela recorreu a Jesus e nEle encontrou cura, alívio, paz e salvação (Mc 5.28, 29). 

 

1.3. Um toque especial.

 

Em meio à multidão somente uma pessoa se destacou. Aquela sofrida mulher, com muita perseverança e determinação, resolveu chegar diante de jesus acreditando que um milagre iria acontecer se pudesse tocá-lo (Mc 5.28). Essa mulher conseguiu extrair algo de Jesus, o que lhe deixou curioso em conhece-la entre a multidão (Mc 5.30, 32). A cura aconteceu instantaneamente porque naquele toque houve transfusão. De Jesus saiu virtude e dela saiu a enfermidade. Jesus literalmente tomou sobre si as dores e as enfermidades daquela mulher e lhe deu automaticamente uma paz que ela nunca experimentou, juntamente com uma salvação que o dinheiro jamais poderia comprar (Mc 5.34). 

 

2. A cura do corpo e da alma.

 

Durante doze anos essa mulher viveu de forma anônima porque além de ser vítima de uma enfermidade, ainda era vítima da sociedade. Ela era fisicamente doente e psicologicamente abatida. Mas aquele toque em especial lhe trouxe tanto a saúde quanto a autoestima. 

 

2.1. Indo ao encontro de Jesus.

 

Existem dias que são marcantes em nossas vidas. Eles sempre começam quando resolvemos romper as barreiras que nos cercam e acreditar que, em Cristo Jesus, nossas causas mais impossíveis podem ser realizadas. Foi exatamente o que fez essa mulher. Embora, Jesus tenha sido para essa mulher o último dos recursos, ela o sensibilizou de tal maneira que o Mestre procurava vê-la entre a multidão (Mc 5.32). A mulher planejava desaparecer no meio da multidão, mas Ele a deteve, tornando público o seu milagre. Ele não desejava ser para ela apenas um “curandeiro”, desejava ser também seu Salvador e amigo. Queria que contemplasse Seu rosto, sentisse Seu carinho e ouvisse Suas palavras de incentivo (Mc 5.33, 34). 

 

2.2. Sem fé é impossível agradar a Deus.

 

Não são poucas as vezes que saímos para o culto sem determinação. É comum sairmos esperando que algo simplesmente aconteça, todavia, sem alvos específicos no coração. O milagre alcançado por essa mulher apresenta níveis espirituais em que vivemos e tudo se resume na maneira como saímos ao encontro de Jesus. Ela determinou em seu coração que se tocasse na orla de suas vestes seria curada e assim aconteceu. Essa mulher mexeu tanto com Jesus que a multidão foi esquecida e somente ela alcançou o milagre em meio a todas aquelas pessoas. Jesus a trouxe para o meio da multidão para mostrar a todos que é possível tocá-lo e ser milagrosamente transformado pelo Seu Poder (Jr 33.3; Mc 9.23). 

 

2.3. Tua fé te salvou.

 

Entendemos claramente que a fé provocou o milagre na vida dessa mulher. No entanto, Jesus fez a questão de enfatizar que sua fé lhe proporcionou algo maior que uma cura. A sua fé lhe trouxe salvação (Mc 5.34). Precisamos entender que os milagres são essenciais, pois eles credenciam a pregação da Palavra de Deus, pois o Evangelho sem milagres é como um céu sem estrelas. Mas existe algo que devemos aprender acerca dos milagres. Embora eles sejam o cartão postal da pregação, eles atingem somente o corpo e não a alma, eles não salvam. É importante visualizarmos algo mais naquilo que Jesus revela a essa mulher. Porque é possível um morto ressuscitar e morrer sem salvação. Não existe dom mais precioso que a salvação (Ef 2.8, 9). 

 

3. Lições práticas.

 

A Bíblia nos diz que essa mulher, ao ser chamada por Jesus, se apresentou temendo e tremendo, prostrou-se diante dEle e lhe disse toda a verdade (Mc 5.33). Então, diante da grande multidão, Jesus revela o que sucedeu aquela mulher que o tocara de forma tão especial. 

 

3.1 A perfeita combinação da graça.

 

Essa mulher recebeu em apenas um toque a combinação mais perfeita da graça de Cristo nos oferece. Ela recebe a cura do corpo, a salvação da alma e a paz (Mt 5.34). Em meio à multidão que busca Jesus, poucos são aqueles que realmente conseguem extrair da pessoa de Cristo um significado tão importante para suas vidas como esse. É comum em nossos dias encontrarmos pessoas salvas e sem paz em nossos templos. Pode haver quem não concorde, mas o milagre não é nada sem a salvação e a verdadeira salvação em Cristo é aquela que produz paz nos corações (Rm 14.17). 

 

3.2. Tocou nas vestes e saiu virtude.

 

Segundo a Lei, se uma mulher imunda tocasse alguém nos dias em que estivesse sangrando, aquilo que tocasse também ficaria imundo. A situação da mulher quando perguntada se tocou em Jesus era delicada, por isso temeu muito. Ela estava tocando em um homem santo e quebrando uma regra da Lei diante de muitos (Lv 15.19). É preciso urgentemente compreender a grande mensagem deixada por Jesus. Ao tocarmos nEle pela fé, não importa quão sujos estamos ou quão pecadores somos, em vez de Ele se contaminar, nos é que ficamos limpos (2Co 4.6; 1Jo 3.3). 

 

3.3. O alivio da alma humana.

 

O milagre ocorrido com essa mulher tem por finalidade ser figura do alívio que o Evangelho proporciona a alma humana (Mc 5.29). A experiência de muitas pessoas, que vivem com as consciências exaustas, tem sido precisamente semelhante àquela que teve a mulher após ser curada de sua enfermidade. Muitos têm passado anos a fio em tristeza, à procura da paz com Deus sem jamais tê-la encontrado. São indivíduos que vêm apelando para todos os recursos humanos possíveis, até que, finalmente, eles encontram alívio em Jesus (Mt 11.30). 

 

CONCLUSÃO

 

Não foi permitido que aquela mulher voltasse para casa sem que primeiro a sua cura fosse manifesta a todos. Não podemos nos envergonhar de testemunhar de Cristo diante dos homens. Antes, devemos tornar conhecido de todos aquilo que Cristo tem feito em favor de nossas almas (Mc 5.33, 34).

fonte avivamentonosul21.comunidades.net

 

 

                              ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 3

                               - Revista da Editora Betel 

                             O Milagre da Cura da Mão Mirrada

                                        19 de julho de 2015

 

Texto Áureo.

“Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”. Hebreus 4.16

 

Verdade Prática.

O mais importante para Jesus não é a execução correta de um ritual, mas sim a resposta espontânea ao clamor da necessidade humana.

 

Textos de Referência.

 

 

Mateus 12.9-13

9 E, partindo dali, chegou à sinagoga deles.

10 E, estava ali um homem que tinha uma das mãos mirrada; e eles, para o acusarem, o interrogaram, dizendo: É lícito curar nos sábados?

11 E ele lhes disse: Qual dentre vós será o homem que, tendo uma ovelha, se num sábado ela cair numa cova, não lançará mão dela, e a levantará?

12 Pois, quanto mais vale um homem do que uma ovelha? É, por consequência, lícito fazer bem nos sábados.

13 Então disse àquele homem: Estende a tua mão. E ele a estendeu, e ficou sã como a outra.

 

Introdução.

Jesus entrou numa sinagoga e lá avistou um homem que tinha uma das mãos mirrada. Para aquele homem, o milagre foi o melhor presente de sua vida, mas, para os líderes religioso, Jesus havia violado a Lei (Mt 12.10).

 

1. Compreendendo o sétimo dia.

O grande assunto que aparece com proeminência nesta passagem é o dia de sábado. Os fariseus haviam feito muitos acréscimos ao que as escrituras ensinavam a respeito do assunto e sobrecarregaram o verdadeiro caráter desse dia com as tradições humanas (Mc 2.27; 3.4).

 

1.1. Entendendo a lei do sábado.

A lei do sábado proibia todo trabalho nesse dia e os judeus ortodoxos tomavam tão a sério essa lei que preferiam morrer, literalmente, a que desobedecê-la. O historiador Flávio Josefo relatou que, na época da rebelião de Judas Macabeu, alguns judeus se refugiaram nas cavernas do deserto. Antíoco mandou uma legião de homens para atacá-los. Era um sábado e esses judeus insurgentes morreram sem um só gesto de desafio ou defesa porque lutar teria significado quebrar o sábado (Êx 35.1, 2).

 

1.2. A verdade em pratos limpos.

Embora tenha confrontado o pensamento dos fariseus, Jesus não aboliu a lei do sábado (Mt 12.11, 12). Em suas refutações, Ele a liberou das interpretações incorreta, trazendo-lhe purificação de adições inventadas por eles. Não era intenção de jesus arrancar do decálogo o quarto mandamento. Ele apenas o desnudou das miseráveis tradições pelas quais os fariseus haviam incrustado o dia, transformando-o em uma carga insuportável, em vez de bênção. Jesus deixou o quarto mandamento exatamente onde encontrou, isto é, como parte integrante da eterna Lei de Deus, da qual não se pode retirar nem sequer um til, a qual jamais passará (Mt 24.25).

 

1.3. O dia do descanso do Senhor.

Jesus apresentou aos fariseus o verdadeiro princípio pelo qual o sábado veio a existir: “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Mc 2.27). Nestas palavras de Jesus, há uma fonte de profunda sabedoria. Deus estabeleceu o dia de descanso em favor de em favor de Adão no paraíso; e renovou-o para Israel no monte Sinai (Êx 20.7-11). Esse dia não existe por causa de Israel. Ele foi estabelecido em favor de toda a humanidade, visando o benefício e a felicidade do homem. Visava o bem de seu corpo, de sua mente e de sua alma. Foi dado ao homem como uma bênção e uma graça, não como um fardo. Assim foi sua instituição original. A observância desse dia nunca teve a finalidade de interferir nas necessidades humanas.

 

2. Alcançando milagres.

O sábado era o dia do descanso. Era costume dos judeus se reunirem na sinagoga para ler a Torá e se prepararem para uma nova semana. Foi exatamente nesse dia que esse homem resolveu sair de casa e ir à sinagoga. Ele estava no lugar certo e na hora certa (Mc 3.1).

 

2.1. O início de uma nova história.

Durante seis dias os judeus estudavam a Torá, a qual era dividida de sete em sete capítulos. No sábado (Shabat), eles se reuniram na sinagoga para terminar a leitura semanal e, viraram a página para iniciar o próximo grupo de sete, referente à semana que se iniciaria no outro dia (domingo). O sábado marcava o fim de um ciclo e o início de outro. Foi nesse dia de transição que Jesus se dirigiu a sinagoga (Mt 12.9, 10). Embora o texto comece com uma armadilha para tentar culpar Jesus de violar o sábado, a história termina com Jesus libertando esse homem e escrevendo uma nova página em sua vida, dando fim a uma fase e iniciando outra (Mt 12.13).

 

2.3. Vem para o meio.

Essa palavra dita por Jesus parece ter exposto esse homem diante dos fariseus. Mas Jesus jamais pensou em envergonhá-lo. Seu propósito foi dar a ele a condição de reintegrar-se ao culto. Primeiro mandou que estendesse a mão e, para que isso acontecesse, o homem deveria crer naquilo que Jesus estava ordenando ser feito. Em seguida, Jesus o chamou para vir para o meio, como se lhe dissesse: “A partir de hoje, você não precisa mais se esconder, eu retirei de sua vida a maldição, agora você pode adorar como qualquer um de nós”. Hoje Jesus também chama os pecadores para que estendam a mão, exponham seus pecados e digam que área de suas vidas que está seca, atrofiada e os impossibilita de agir, para que Ele os possa curar (Mt 12.13; 1Jo 1.9).

 

3.2. Imediatamente são.

Um novo ciclo começou na vida desse homem e começou pelo estabelecimento de sua saúde. O que significa o Evangelho sem milagres? Apenas um conjunto de rituais maçantes e cansativos que, em vez de mudar a nossa consciência para ver coisas grandes da parte de Deus, nos torna em seus inimigos. Para Jesus, a religião era serviço. Era o amor a Deus e o amor aos homens. O ritual não carecia de valor algum, em comparação com o amor posto em ação. Para Jesus, o mais importante de tudo não era a execução correta de um ritual até o seu mínimo detalhe, e sim a resposta espontânea ao clamor da necessidade humana.

 

3.3. Tempo de restauração.

A cura milagrosa desse homem nos fala de um tempo de restauração. Ao esclarecer sobre a lei do sábado, Jesus fez questão de curar esse homem para nos ensinar que Sua Palavra é poderosa e que a religião somente impede o homem de achegar-se a Deus. Jesus chamou o homem diante de todos, pediu para que se pusesse de pé e mandou estender sua mão. É preciso compreender urgentemente compreender que o Evangelho nos tira da vergonha do anonimato, ergue-nos da desventura e coloca em nossas mãos a força para receber a graça (LC 6.8, 10).

 

Conclusão.

A lição que acabamos de estudar nos fala de um tempo de recomeço. A prova maior disso foi o milagre realizado por Jesus, que devolveu a esse homem sua vida e seus sonhos. Que possamos ter sempre em mente e crer que não existe nada para Deus que seja impossível (Lc 1.37).

 

 

 

 

                              ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 4

-                                             Revista da Editora Betel 

 

                                            O Milagre da Filha de Jairo

 

                                              26 de julho de 2015

 

 

 

Texto Áureo

 

“E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno”. Apocalipse 1.18  

 

Verdade Aplicada. 

 

Jesus entrou na casa de Jairo para ressuscitar o que estava morto. Essa é a proposta do Evangelho: dar vida com abundância a todo o que nEle crer.

 

 

 

Textos de Referência.

 

 

 

Marcos 5.22-24, 35-36.

 

22 E eis que chegou um dos principais da sinagoga, por nome Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos seus pés,

 

23 E rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare, e viva.

 

24 E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão, que o apertava.

 

35 Estando ele ainda falando, chegaram alguns do principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha está morta; para que enfadas mais o Mestre?

 

36 E Jesus, tendo ouvido essas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente.

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

 

Jairo era líder de uma sinagoga. Foi um homem que abandonou tudo, até mesmo seus conceitos religiosos e se dispôs a ir até Jesus em busca de uma solução para a enfermidade de sua filha (Mc 5.22).

 

 

 

1. Jairo, o líder de uma sinagoga.

 

 

 

Ao chegar diante de Jesus, Jairo lhe faz um pedido de socorro que comove o coração de Jesus. Ele diz: “Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos, para que sare, e viva” (Mc 5.23). Sua afirmação revela a fé pelo qual foi até Jesus em busca de um milagre.

 

 

 

1.1. Deixando de lado a religiosidade.

 

 

 

Pedir ajuda a Jesus publicamente não foi para Jairo uma fácil tarefa, visto que os líderes religiosos que se opunham a Cristo certamente não aprovariam essa atitude, nem mesmo os líderes da sinagoga. Aquilo que Jesus havia feito e ensinado na sinagoga havia provocado a ira dos escribas e fariseus, alguns dos quais provavelmente eram amigos de Jairo. Porém como tantas outras pessoas que se aproximaram de Jesus, Jairo estava desesperado. Preferia perder os amigos a perder sua filha (Mc 5.23).

 

 

 

1.2. Jairo, o principal da sinagoga.

 

 

 

Jairo era o chefe administrativo da sinagoga. Ele era responsável pela direção dos serviços, presidia a junta de anciãos e zelava pelo bom funcionamento da sinagoga. Era responsável pela atribuição de obrigações e de cuidar que fossem levados a cabo com toda correção e em ordem. O principal da sinagoga era um dos homens mais importantes e mais respeitados da comunidade (Lc 8.41). Jairo nos chama a atenção porque prostrar-se aos pés de Jesus diante de uma multidão representava um significativo ato de adoração e respeito. Era um público pedido de ajuda e uma declaração de que somente Jesus tinha a solução (Mt 21.22; Mc 1.15; 5.22, 23).

 

 

 

1.3. Duas grandes realidades.

 

Estes versículos nos ensinam duas grandes realidades. A primeira é que a posição de autoridade não isenta ninguém de ser atingido pela tristeza. Jairo era um “dos principais da sinagoga”. Mesmo assim, a enfermidade e a tristeza invadiram seu lar. Ele provavelmente tinha riquezas e toda ajuda médica que essas riquezas pudessem obter. No entanto, o dinheiro não pode manter a morte longe de sua filhinha. A morte chega tanto aos palácios quanto as comunidades; tanto aos ricos quanto aos pobres. A morte não tem a menor cerimônia. Fechaduras e barras de ferro não podem impedi-la de entrar (Hb 9.27). A segunda foi dita pelo próprio por Jairo em sua súplica: “Jesus pode dar vida, pois somente Ele tem a chave da morte” (Mc 5.23; Ap 1.18).

 

 

 

2. Alcançando milagres.

 

 

 

Enquanto Jairo se aproxima de Jesus e relata o que estava acontecendo com sua filha, a multidão começou a apertá-los e, durante o tempo em que Jesus socorria a mulher do fluxo de sangue, Jairo é informado que sua filha havia morrido e que deveria parar de incomodar o Mestre (Mc 5.35).

 

 

 

2.1. Quando tudo parece contrário.

 

 

 

Ao recorrer a Jesus, a situação da filha de Jairo era descrita como uma grave enfermidade, mas a notícia de sua morte acontece no momento em que Jesus está prestes a atendê-lo. Primeiro, a multidão; depois o tempo gasto na cura da mulher; e, agora que parecia tudo caminhar para a solução, essa indesejável notícia. Os acontecimentos nos levam a crer que Jesus permitiu que o tempo acabasse para Jairo. Mas, por que o fez? O que esperava ver em Jairo? O mesmo que espera ver em nós para que milagres se tornem coisas normais em nossos dias: uma esperança que se estenda além dos portais da morte que ultrapasse o limite da desesperança (Rm 4.17, 18).

 

 

 

2.2. Ele tem a última palavra.

 

 

 

Jesus não era tão fácil como oferecemos hoje em dia para as pessoas. Não era qualquer pessoa que o convencia a entrar em sua vida (casa) e Jairo teve que ir até as últimas para alcançar o bem que desejava. Alguns teólogos afirmam que as palavras de Jairo soavam como uma ordem, visto que era um líder conceituado e, talvez, por isso, tenha chegado a tais circunstâncias (Mc 5.22, 23). Jairo era o contraste, um nobre em meio à plebe, porque não eram os nobres e afortunados que rodeavam Jesus em busca de um milagre. Quando se acabam as esperanças, Jairo não tem mais motivos para dirigir os passos de Jesus. Então, o Mestre é quem se oferece, dizendo: “Não tenha medo, apenas acredite. “ (Mc 5.39).

 

 

 

2.3. Ela apenas dorme.

 

 

 

Jairo recebeu uma notícia definitiva que acaba de vez com todas as suas esperanças: “Estando ele ainda falando, chegou um dos do príncipe da sinagoga, dizendo: A tua filha está morta, não incomode o Mestre” (Lc 8.49). Quantas vezes, quando estamos perto de Jesus e prestes a alcançar um milagre pelo qual tanto lutamos e nos humilhamos, não recebemos tristes notícias como essa? “O teu ministério morreu, acabou; o teu filho morreu; seu casamento acabou. Acabaram suas esperanças, foi melhor assim”. Entenda que Jesus nunca desiste das nossas vidas. Tenha em mente que todas essas palavras não significam absolutamente nada para Jesus. Ele é a vida ressurreta para tudo aquilo que achamos estar morto (Mc 5.36).

 

 

 

3. Desafiando o poder da morte.

 

 

 

Quando tudo parecia perdido, Jesus se dispõe a ir à casa de Jairo, dizendo-lhe que a menina apenas estava dormindo. Naquele dia, Jairo e toda sua família iriam presenciar algo maior que a cura da enfermidade de sua filha. Eles a veriam retornar de entre os mortos (Mc 5.41).

 

 

 

3.1. Ele ouviu toda a conversa.

 

 

 

“E Jesus, tendo ouvido estas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente.” (Mc 5.36). Jesus estava atento ao que acontecia com Jairo e, antes que a desesperança tomasse conta de todo o seu ser, Ele resolveu entrar em sua história e mudar todo o veredito contrário de sua vida. Isso também acontece em nossos dias. Nossa vida não difere muita da de Jairo, principalmente quando as coisas resolvem fugir do nosso controle, quando parece que Jesus ouve a todos, menos a nós. No entanto, devemos crer que Ele não mudou e que, com esse mesmo poder, vira em nosso auxílio (Sl 46.1).

 

 

 

3.2. Menina, a ti te digo, levanta-te.

 

 

 

Segundo o relato do Dr. Lightfoot, descrito por William Barclay, somos informados que era costume dos médicos, ao ministrarem remédios para alguém, dizer: “Levante-se desta doença”. Em outras palavras, era como se dissessem: “Nós desejamos que você consiga se levantar”. A diferença entre a medicina humana e a divina é que Jesus curava apenas pela palavra proferida. E, não somente isso, Sua autoridade era tão poderosa e efetiva que até dos mortos uma pessoa voltava à vida. Jairo esperou, mas não voltou para casa sem trazer consigo a solução (Mc 5.36-42).

 

 

 

3.3. Ação antes do milagre.

 

 

 

Jesus já havia preparado o espírito de Jairo para crer, quando expôs publicamente a cura da mulher do fluxo de sangue. O problema era convencer as pessoas que estavam na casa de Jairo. Aqueles homens e mulheres pensavam que Jesus não sabia o que estava fazendo, quando Ele lhes pediu calma, ao dizer que a situação estava sob controle (Mc 5.39). É preciso compreender que os risos representam a incredulidade. Por esta razão, Jesus expulsou a todos. O Mestre permitiu que ficasse no ambiente somente aqueles que estavam no mesmo nível de fé que Ele estava (Mc 5.40).

 

 

 

CONCLUSÃO

 

Aprendemos nesta lição que nosso Senhor Jesus entrou na casa de Jairo para dar vida. Quem sabe não estejamos precisando de uma visita como essa em nossos lares? Existem muitas coisas em nossas casas que morreram com o passar dos tempos e que precisam ressuscitar outra vez (Jo 11.25).

fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net

 

 

 

 

 

                        ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 5

-                               Revista    da Editora Betel  

 

                                        O Milagre do Perdão

 

                                        2 de agosto de 2015 

 

 

 

Texto Áureo.

 

“Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos”. João 20.23

 

 

 

Verdades Aplicadas.

 

A pessoa incapaz de perdoar destrói a ponte pela qual ele mesma deveria passar.

 

 

 

Textos de Referência.

 

Lucas 7.44-47

 

 

 

44 E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas e os enxugou com os cabelos de sua cabeça.

 

45 Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés.

 

46 Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com unguento.

 

47 Por isso, te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

Perdoar é a decisão moral de remover o ódio abrigado em nosso próprio coração. Jesus não disse que perdoar seria uma tarefa fácil. Se aprendermos a orar pelos nossos inimigos, então poderemos fazer todo o restante (Mt 5.44).

 

 

 

1. Entendendo o conceito do perdão.

 

Todo ser humano é falho, imperfeito e sujeito a erros. Mais cedo ou tarde isso acontecerá. E quando acontecer, o que faremos? Como agiremos? Consertaremos ou deixaremos como está? Perdoar é possível e, se aprendermos o que significa, tanto evitaremos quanto iremos reparar sérios transtornos.

 

 

 

1.1. O conceito de Amós.

 

Para os rabinos, uma pessoa deveria ser perdoada no máximo até três vezes e, se houvesse transgressão na quarta, o tal deveria ser castigado. Eles se agarravam ao conceito de Amós. “Por três transgressões e por quatro” (Am 1.3, 6,9,11,13; 2.1,4,6). Não se podia imaginar que um homem fosse mais piedoso do que Deus. Dessa maneira, se limitava o perdão a três ofensas. O que Jesus ensinou a Pedro sobre perdoar setenta vezes sete coloca um fim em regras humanas, demonstrando claramente que o perdão é possível e que não existe limite para se perdoar toda e qualquer ofensa (Mt 18.22). A falta de perdão além de produzir danos irreparáveis à nossa alma, ainda nos torna inimigos de Deus (Mt 6.15).

 

 

 

1.2. Quem não perdoa não é perdoado.

 

Uma lição que percorre todo o Novo Testamento é que o homem deve perdoar para ser perdoado (Jo 20.23). Quem não perdoa a seu próximo, não pode pretender que Deus o perdoe. “Bem-aventurados os misericordiosos”, disse Jesus, “porque eles alcançarão misericórdia” (Mt 5.7). Depois de ensinar Sua oração aos homens, Jesus ampliou uma das petições nela contida: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mt 6.14, 15).

 

 

 

1.3. Os malefícios da falta de perdão.

 

No ano de 1999, o Dr. Fred Luskin criou o projeto da universidade de Stanford para o perdão. Ele visava o impacto das emoções negativas, como raiva, mágoa e ressentimento no sistema cardíaco, causados pela ausência do perdão. Luskin descreve o perdão como sendo uma forma de se atingir a calma e a paz, tanto com o outro quanto consigo mesmo. Ele afirma que o perdão reduz a agitação que leva a problemas físicos; reduz o estresse que vem de pensar em algo doloroso e que não pode ser mudado; limita a ruminação que leva o sentimento de impotência que reduz a capacidade de alguém cuidar de si mesmo. A conclusão do seu projeto foi a seguinte: pedir perdão produz cura (Sl 31.10; 32.1, 3; 38.3).

 

 

 

2. A importância do perdão.

 

Jesus contou a história de um servo que devia uma impagável soma em dinheiro a seu senhor, o qual havia sido perdoado. Todavia, esse homem perdoado, não perdoou a dívida de outro que lhe devia uma irrisória quantia, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida (Mt 18.30).

 

 

 

2.1. Sem perdão, sem misericórdia.

 

A primeira dívida superava o valor do resgate de um rei. O contraste entre as dívidas era esmagador. O que está em jogo aqui não é o valor da dívida, mas o perdão. E o que se deve destacar é que nada do que temos que perdoar se pode comparar em forma vaga ou remota com o que nos perdoou. Fomos perdoados de uma dívida que está além de todo pagamento, porque o pecado do mundo provocou a morte do próprio Filho de Deus e, Sendo assim, devemos perdoar como Deus nos perdoou, caso contrário, não podemos esperar encontrar misericórdia alguma. Jesus conectou a ação do rei com a ausência de perdão e o resultado foi desastroso para aquele homem ganancioso (Mt 18.32-35).

 

 

 

2.2. O perdão abre a porta para o reino de Deus.

 

João Batista, o precursor de Jesus Cristo, preparou o caminho do Senhor com a mensagem do arrependimento, ou seja, a mensagem do perdão divino sobre todo aquele que desejasse viver uma nova vida de paz (Mt 3.1, 2). A primeira mensagem de Jesus foi: “Arrependei-vos, e crede no evangelho” (Mc 1.15). A dívida humana para com Deus era gigantesca e Jesus veio a esse mundo para quitar essa dívida. Paulo nos afirma que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados...” (2Co 5.19).

 

 

 

2.3. O perdão é a quitação completa da dívida.

 

A grandeza do perdão deve ser vista pela grandeza do pecado que Deus perdoa num momento único. Paulo nos afirma que a cédula de acusação contra nós foi cravada na cruz (Cl 2.14). Nossa sentença estava escrita, mas por Seu infinito amor e graça, o Senhor levou para a cruz essa sentença. À medida que Seu sangue ia escorrendo através do madeiro, todas as acusações contrárias a nós foram sendo riscadas. Ali, naquela cruz, estava em um só homem a sentença de todos os homens, até mesmo, os que ainda viriam a existir. Agora não existe mais condenação, o sangue de Jesus apagou tudo.

 

 

 

3. O maior de todos os milagres.

 

Consideravelmente, o perdão é o maior de todos os milagres. Nele está contido o ingresso para a salvação e esta é precedida quando operdão é estabelecido. Pois, sem ele não há reconciliação. Vejamos alguns motivos dessa graça divina (Ef 2.8, 9).

 

 

 

3.1. O milagre do perdão.

 

Por mais que venhamos interpretar um milagre como estupendo ou glorioso, cada milagre realizado por Deus tende a nos atrair para Sua presença, causando em nossas vidas outro ainda maior que é o da salvação (Lc 10.20). Uma pessoa pode ser curada de câncer e morrer afastada da presença de Deus. Mesmo que ressuscite, ira morrer outra vez. E se, após ressuscitar, morrer desviado da presença de Deus? O maior milagre que as pessoas receberam da parte de Jesus foi: “a tua fé te salvou”. Houve o perdão e com ele a salvação (Mt 9.22; Mc 5.34; 10.52; Lc 7.50; 17.9).

 

 

 

3.2. O perdão nos coloca no âmbito da felicidade.

 

Qual é o motivo de nossa alegria como cristãos? Qual de nós não se alegraria ao realizar milagres extraordinários em nome de Jesus? Os discípulos, assim como cada um de nós, também foram tentados a colocar o motivo de suas alegrias no sucesso ministerial (Lc 10.19, 20). Mas Jesus lhes disse que maior que tudo isso era ter o nome escrito no livro da vida, e por quê? Porque se fizermos tudo e não estivermos reconciliados com Deus, de nada adiantou tanto esforço (Mt 16.26; Lc 9.25).

 

 

 

3.3. O propósito do poder sobrenatural de Deus.

 

Vivemos em um mundo abarrotado de novidades e informações, onde a ciência predomina e a tecnologia produz coisas que até duvidamos ser possíveis. Em meio a toda essa gama de informações e novidades que nos envolvem, muitas vezes nos esquecemos de nós mesmos. De como seria tão maravilhoso se pudéssemos viver sem amarguras, ressentimentos, culpas, temores e sem estar constantemente cometendo mesmos erros. Mas isso não é uma utopia, é uma realidade. Pedir perdão para muitos é sinal de fraqueza, para nós é a prova da quantidade de amor que recebemos de Deus (Lc 7.47). Perdoar é libertar e ser livre. Quem não sabe perdoar é porque não entende a verdade da cruz, ou nunca realmente experimentou o gozo de ser perdoado (Mt 18.32-35).

 

 

 

CONCLUSÃO

 

O perdão é a ajuda do Espírito Santo para nos livrarmos de todo sentimento ruim, seja ele qual for. Através do perdão, somos libertos, livres e com condições de seguir em frente. Nunca é tarde para reconhecer os erros, pedir perdão é recomeçar. O perdão é remissão de uma dívida. É paz e alegria no coração.

fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net

 

 

 

              ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da LIção 7

                       Revista da Editora Betel  

                     O Milagre da Porta Formosa

                         16 de agosto de 2015

 

Texto Áureo

“E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda”. Atos 3.6 

Verdade Aplicada 

Testemunhar a Cristo no poder do Espírito Santo é demonstrar em ações aquilo que vimos, ouvimos e vivemos. 

Textos de referência

 

 

Atos 3-1,2,4,6,7

1 Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona.

2 E era trazido um varão que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam.

4 E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós.

6 E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda.

7 E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e artelhos se firmaram.

 

INTRODUÇÃO

 

Durante três anos e meio no ministério, Jesus caminhou, orou, dormiu, manifestou Sua glória e instruiu Seus discípulos. Sua meta era que aprendessem e pusessem em prática aquilo que viram e ouviram.

 

  1. A chegada de um novo tempo.

 

Aquele período de oração foi diferente, tanto para os discípulos de Jesus quanto para aquele homem que há quarenta anos mendigava à porta do templo. Em meio ao fluxo de pessoas que chegava naquela tarde, estavam Pedro e João, os quais, com muita autoridade em nome de Jesus, realizaram tal milagre.

 

1.1. A porta Formosa ou Dourada.

 

A Porta Formosa ou Dourada, também conhecida como portão oriental – Golden Gate, é a porta mais importante de Jerusalém. Era feita de latão de Corinto e ricamente ornada. Coberta de ouro e prata, com a luz do sol, a porta produzia um brilho reluzente. Naquela época, essa porta dava acesso ao pátio do Santuário e, posteriormente, ao Santíssimo Lugar, onde somente o sumo sacerdote entrava uma vez por ano. É a mesma porta pela qual Jesus entrou quando foi aclamado rei sob um jumentinho (Mc 11.7-11), a qual foi selada após a Sua entrada triunfal e que somente será reaberta no dia de Sua segunda vinda (Ez 43.1-5; 44.1, 2). Essa porta profética. Diante dessa porta, esse homem conheceu a verdade salvadora, a grandeza do nome de Jesus e a entrada para o Reino.

 

1.2. Um coxo à porta do templo.

 

Era costume no Oriente os mendigos se sentarem à entrada dos templos ou santuários. Esse lugar era estratégico e considerado como o melhor de todos porque, quando as pessoas estavam a caminho para adorar a seu deus, estas também se dispunham a ser generosas com seu próximo. Esse homem era da idade de quarenta anos e estava acostumado a mendigar à porta do templo. Porém, naquele dia, ele recebeu o que esmola alguma compraria. O curioso é que o poder de Deus se manifestou do lado de fora do templo, enquanto que, do lado de dentro, o culto era apenas uma cerimônia religiosa e formal. Será que nossa formalidade também não está impedindo que os milagres se processem no interior do templo?

 

1.3. A virtude de realizar grandes proezas.

 

O sentimento religioso pode nos cegar ao ponto de não vermos onde Jesus está se manifestando (Mt 15.6; 2Co 4.4). O milagre aconteceu fora do templo. A mesma virtude que se manifestou em Cristo para milagres se manifesta na vida de Seus seguidores (Lc 5.17b; At 1.8). Como esse coxo, muitas pessoas chegam ao templo buscando uma ajuda que amenize seus sofrimentos, mas o Senhor deseja algo mais: a reconstrução de suas vidas. Da mesma forma que Pedro chamou a esse homem incapacitado de andar, o Senhor chama os incapacitados pelo pecado a caminhar no poder de Seu Nome (At 3.12).

 

  1. O que tenho isso te dou.

 

Pedro manda o mendigo olhar para ele e diz que não tem prata nem ouro. Mas, de repente, diz que é possuidor de algo poderoso e que vai lhe dar. Aquele mendigo recebe um inesperado presente, que não só contagia sua vida, mas a de todos que o conheciam (At 3.6).

 

2.1. O poder do nome.

 

Um dito popular nos afirma que ninguém pode dar aquilo que não tem. Pedro e João sabiam que eram portadores de uma virtude sobrenatural e, confiados no nome de Jesus, eles se uniram para dar aquele homem o que ele jamais imaginou receber. O nome de Jesus foi o poder que impulsionou a fé no coração daquele homem (At 3.12). O Senhor deu a cada um de nós uma senha. Com ela, podemos entrar nas esferas do mundo espiritual e realizar grandes proezas. Esta senha é o poder de Seu nome (Mc 16.17, 18). Pedro sabia disso quando afirmou: “o que tenho isso te dou” (At 3.6).

 

2.2. Andando, saltando e louvando.

 

Indo para a reunião, muitos deram esmolas àquele homem. De repente, ele entra andando ao lado de Pedro e João e começa a saltar e a pular dentro do templo. O fato mais surpreendente é que o milagre veio de fora para dentro do templo, quando deveria vir de dentro para fora. Esse homem, que antes era imperceptível, agora inflama a todos que ali estão e se torna o centro das atenções (At 3.8). Assim é o Evangelho. Ele saca o homem da posição da vergonha e esquecimento para confundir a todos aqueles que duvidam do impossível (At 3.10; 1Co 1.26-29).

 

2.3. Esperando receber alguma coisa.

 

Ele pediu uma esmola, Pedro lhe pediu atenção. Ele esperava receber algo (At 3.5). Pedro disse que não tinha prata nem ouro. Quando pensava em nada receber, recebeu além do que precisava, recebeu o que nunca teve: a capacidade de andar. Pedro e João representaram para aquele homem a esperança. Como servos do Senhor, somos também a esperança desse mundo paralisado. Todos os que se aproximam de nós, esperam receber alguma coisa. Todos nós temos algo a oferecer, mesmo que seja mínimo (Mt 25.15). Podemos não ter prata nem ouro, mas podemos, como Pedro, estender a mão e ajudar a quem estiver à nossa porta (At 3.7).

 

  1. Milagres não acontecem por acaso.

 

Esse milagre tem muito a nos ensinar sobre um poder que não está confinado a templos. Ele nos mostra que, antes mesmo de orar, a palavra de poder já faz parte de nossas vidas. Pedro não esperou cumprir uma liturgia, ele teve visão e entendimento para realizar tal feito. Vejamos os efeitos provocados por esse milagre:

 

3.1. Ele foi curado instantaneamente.

 

Existem casos como Naamã, que o milagre passa por algumas fases até que seja completo. Mas nesse caso, o milagre foi instantâneo. Pedro proferiu a palavra, o levantou pelas mãos e ele começou a andar e saltar dentro do templo (At 3.7-9). Esse homem esteve ali durante toda sua vida, mas nada o impactou tanto quanto naquele dia. Pedro diz que o nome de Jesus produziu fé naquele homem e o fortaleceu pondo-o de pé (At 3.16). E conclui com uma grande verdade: “não foi nossa virtude nem nossa santidade que operou esse milagre, foi o poder do nome de Jesus (At 3.12b).

 

3.2. Todos o conheciam.

 

As pessoas ficaram assombradas porque estavam acostumadas a vê-lo, sem jamais acreditar que aquele milagre fosse possível (At 3.10). Poderíamos viver esses momentos em nossos dias. Existem situações que nos acostumamos a ver, que achamos que nunca haverá mudanças. A Bíblia nos ensina que Pedro e João “fitaram os olhos naquele homem” (At 3.4). Eles viram algo que aos olhos naturais não se poderia discernir. Não é somente ir ao templo, mas ir ligado em Deus, pronto para o sobrenatural (Jo 14.12).

 

3.3. O nome de Cristo foi glorificado.

 

É preciso compreender que Pedro não pregou para depois orar por um milagre. De forma bastante natural, o milagre atraiu o povo para que então o apóstolo pudesse pregar (At 3.11, 12). Ele começou apresentando o poder de Cristo, em seguida, apresentou o caminho para a salvação. Na época de Pedro, os milagres eram acontecimentos normais na vida dos homens de Deus. O que possuíam de diferente? Qual era o segredo? Eles andavam com Cristo, que cooperava com eles por onde quer que andassem (Mc 16.20; At 4.13). Eles não confiavam em suas próprias forças, estavam alicerçados no nome de Jesus (At 3.12).

 

CONCLUSÃO

 

Existem dois tipos de pessoas: as que veem as coisas aconteceram e as que fazem as coisas acontecerem. Devemos sempre pertencer ao segundo grupo. Jesus franqueou para todos os Seus o poder de reproduzir em Seu nome a mesma qualidade de vida que teve e as obras que realizou (Mc 16.17).

fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 8 - Revista da Editora Betel 

 

A Unção que Produz Milagres

23 de agosto de 2015. 

 

Texto Áureo

“E acontecerá, naquele dia, que a sua carga será tirada do teu ombro, e o seu jugo, do teu pescoço; e o jugo será despedaçado por causa da unção”. Isaías 10.27

 

Verdade Aplicada

A responsabilidade nos qualifica para a unção, pois o que nos confirma diante de Deus e das pessoas é a maneira como vivemos e administramos o poder que nos foi concedido por Ele.

 

Textos de Referência

 

Lc 4.18-21

18 O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração,

19 A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor.

20 E, cerrando o livro, e tornando a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.

21 Então, começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.

 

Introdução

É preciso urgentemente entender que não se pode operar milagres sem a unção do Espírito. Todavia, nosso maior problema não seja a unção em si, mas compreender de maneira plena o que ela realmente significa.

 

  1. A unção e seu significado.

A Igreja Primitiva logrou sucesso em sua geração. Ela foi poderosa, unida, cheia de fé, perseverante e incrivelmente impactante (At 2.42-47). No entanto, tudo isso aconteceu não somente porque tinha unção, mas porque compreenderam o significado do que estava sobre suas vidas.

 

1.1. Conhecer não é saber.

A palavra “unção” é constantemente usada em nosso vocabulário e temos inventado uma grande quantidade de qualificativos para lhe dar um significado lógico. Em nome de uma palavra se pode usar e fazer muitas coisas. Todavia, unção não é uma palavra fácil de explicar, é como Deus. Será que é fácil explicar a Deus? A palavra é conhecida, mas como explicar o que há por trás dessa palavra? Devemos entender que a unção é uma palavra que pertence a nosso vocabulário, ela não é somente uma palavra religiosa. As pessoas não são ungidas somente para cumprir os propósitos de Deus, também são ungidas legalmente para que cumpram uma função de um rol determinado em um lugar de governo (Rm 13.1-7; Tt 3.1).

 

1.2. O que significa a unção?

Unção é como um “foro” legal que se dá a uma pessoa quando assume um lugar de governo. Um exemplo disso é quando alguém se torna um político e é eleito para uma função. Essa pessoa, momentos antes desse decreto, era um cidadão comum, mas através desse decreto legal, algo acontece a essa pessoa, ela é coberta com esse foro e ele lhe habilita a exercer certo grau de influência e autoridade. A partir daí, ela tem acesso direto a lugares que antes não tinha, tem autoridade para fazer o que como cidadão comum não poderia. Todavia, isto é específico e implica não em poder, mas em grande responsabilidade (Is 61.1; Ec 7.1ª).

 

1.3. O propósito da unção é libertar.

Precisamos estar cientes de que ao ungir alguém, Deus o faz na intenção de converter esse alguém em um libertador (Is 61.1). A unção não é para desfrute pessoal, é para produzir liberdade para as pessoas. Quando uma pessoa assume um lugar no governo de uma nação, o que se espera com essa nomeação é que sua gestão sirva para que os cidadãos vivam em maior liberdade e prosperidade. Quando Deus unge a um homem ou uma mulher, Ele unge para que produzam liberdade. Somos humanos e podemos sentir algo especial em uma reunião, mas isso não define a unção. A unção tem a ver com foros legais que nos capacitam a levar adiante o propósito de Deus na terra, que sempre será o de libertar pessoas (Lc 4.18, 19).

 

  1. Unção significa responsabilidade.

Nossa preocupação deve ser não transmitir ideias errôneas acerca daquilo que é unção. Porque se a unção representa um foro legal, ela pode ser mal usada e pode frear ou atrasar (não abortar) os propósitos eternos de Deus na Terra.

 

2.1. Qual a nossa responsabilidade?

Deus espera que um espírito de responsabilidade reine em Sua Igreja. Hoje é fácil ser chamado de pastor, ministro, ter títulos. Devemos tomar cuidado com isso porque, infelizmente, tem-se ungido pessoas irresponsáveis que a única coisa que fazem é atrasar a obra de Deus sobre a Terra. Esse é um pecado quase irreversível, quando um irresponsável governa (Pv 28.16ª; 29.2). A unção não tem nada a ver com um nível de responsabilidade que opera em nós. Estamos acostumados a ouvir acerca de vários tipos de unção, mas nenhuma delas jamais produziu uma geração livre. Uma pessoa não pode ser livre se não se faz responsável.

 

2.2. A importância de ser responsável.

É preciso entender que o primeiro pecado que entrou na Terra não foi o adultério, fornicação ou roubo. Foi o pecado da irresponsabilidade. A irresponsabilidade é a mãe ou o pai de todos os pecados (Gn 2.16, 17; 3.6-13). A irresponsabilidade de Adão o lançou fora do Éden. A história poderia ter sido outra. Noé foi chamado para salvar o mundo e sua missão era construir uma arca. Ao chegar a salvo em terra firme, Noé plantou uma vinha, se embebedou e amaldiçoou seu próprio filho. Quando foi responsável salvou o mundo; quando foi irresponsável, amaldiçoou sua própria casa. A mesma unção que produz salvação, também produz maldição (Gn 6.13, 14; 9.20-25).

 

2.3. Autoridade não é sinônimo de responsabilidade.

Podemos delegar autoridade, jamais responsabilidades. Assim como vemos os danos deixados por u m governo em uma nação, vemos os danos que podemos causar ao Reino de Deus sendo irresponsáveis. Unção não se negocia e muitos estão misturando as coisas, buscando o caminho mais fácil. Ao alertar Ester acerca da iminente destruição dos judeus, Mardoqueu estava chamando a atenção de Ester para que entendesse que ela não veio ao palácio somente para viver como rainha. Ela estava naquela posição para atuar em prol do povo de Deus (Et 4.13,14). Deus lhe deu uma posição e um chamado para que fosse responsável.

 

  1. A unção traz benefícios e ônus.

Ao longo de toda a trajetória bíblica, observamos os sucessos e os fracassos de pessoas ungidas, onde alguns começaram muito bem, mas terminaram pessimamente. A vontade de Deus é que terminemos bem e ser responsável é fundamental para que isso aconteça.

 

3.1. Não se brinca com a unção.

Se tomarmos como exemplo a unção de Davi, iremos notar que ele foi ungido, mas levou treze anos para poder reinar. E por que? O plano de Deus era que aprendesse com as falhas de Saul. Ele deveria servir Saul, observá-lo e viver à sua sombra, para que não fosse irresponsável. Deus usou um Saul externo para matar o Saul interno que havia dentro de Davi. A mesma unção que levou Davi ao palácio também o levou para a caverna; a mesma unção que fez de Davi um herói, também o fez vilão; Davi matou um gigante, mas seu pior gigante era ele mesmo.

 

3.2. A irresponsabilidade pode frear uma geração inteira.

A geração de Josué foi a geração da conquista da terra da promessa, mas, após a morte dessa geração, nasceu uma geração que, além de não conhecer ao Senhor, tampouco conhecia a obra que Ele fizera a Israel (Jz 2.10). Viver na terra santa pode ser tão perigoso quanto viver no deserto. Uma geração pode roubara benção de outra e trazer tragédias sem medidas a uma nação. Essa geração foi irresponsável, viveu na terra para si mesma. Além de nada produzir, ainda deixou um legado de problemas. A história está marcada por oscilação, ausência de Deus, escravidão e sofrimento.

 

3.3. Ser livre é ser responsável.

A responsabilidade nos qualifica para unção. Ser responsável é o primeiro sinal de uma vida ungida (Pv 13.14; 21.20). Por isso, muitos não buscam ser livres, porque ter liberdade é viver com responsabilidade, Os Israelitas não entraram na Terra Prometida porque eram livres no corpo, mas escravos na mente. Eles aborreciam Faraó, mas queriam seu serviço e comida (Nm 21.5). Não devemos culpar os outros de nossa condição, nós somos o que decidimos ser.

 

Conclusão.

Um bom negócio ocorre quando as duas partes agem de maneira responsável. No entanto, quando fazemos negócios e uma das partes é irresponsável, teremos problemas. Deus sempre será responsável para conosco. Façamos então a nossa parte. Sejamos responsáveis.

fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net

 

 

                       ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 9

                             Revista da Editora Betel 

               A Irreverência Destruiu Ananias e Safira

                          30 de agosto de 2015

 

Texto Áureo.

“E houve um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas”.Atos 5.11

 

Verdade Aplicada.

Deus conhece o interior da alma de cada ser humano, Ele jamais é injusto. Quando age com juízo, é porque viu o que nenhum de nós poderia ter visto.

 

Textos de Referência.

Atos 5.3-5, 9

3 Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?

4 Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.

5 E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.

9 Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti.

 

Introdução.

 

Corremos grandes riscos quando tentamos aparentar ser o que não somos. Tal ação e denominada hipocrisia. É a dissimulação deliberada. É a tentativa de fazer as pessoas acreditarem que somos mais espirituais do que somos.

 

  1. A GRAÇA É INTERROMPIDA PELO JUÍZO

Em tempos de grande avivamento, Satanás encontrou um meio de se infiltrar e lançar uma semente maligna na Igreja, para manchar sua credibilidade e conter seu avanço. Analisemos como nasceu o desejo desse casal, a providência divina e a sentença profética de Pedro.

 

1.1. Ananias e Safira.

 

Lucas faz questão de relatar a oferta de Barnabé antes da oferta de Ananias e Safira (At 4.36,3 7). Seu intento é mostrar a motivação do casal, os quais buscavam reconhecimento entre os apóstolos. Ananias e Safira forma instigados por Satanás a buscarem glória humana e, tomados pelo orgulho, cederam e planejaram uma estratégia (At 5.3). Satanás sabe que não pode destruir a Igreja, por isso, tenta misturá-la perder a credibilidade (At 20.28-31.

 

1.2. A palavra de juízo.

 

A igreja vivia um altíssimo nível espiritual naquele tempo e qualquer pessoa que fizesse parte dela não conseguira participar da comunhão por muito tempo sem que sua falsidade fosse percebida. A intervenção poderosa de Pedro condenou a raiz do pecado e manifestou um dom pouco ativado pelos cristãos em nossos dias: o dom de discernir os espíritos, que é a habilidade ou capacidade, dada por Deus, de se reconhecer a identidade, a personalidade e a condição dos espíritos em suas diferentes manifestações ou atividades. Ananias e Safira teriam se tornado pessoas influentes dentro da Igreja, caso Pedro não discernisse e a palavra de juízo os julgasse (1Co 12.1-11; 1Jo 4.1).

 

1.3. A providência divina.

 

Enquanto os ataques do inimigo forem externos, a Igreja estará segura, mas, quando estes penetrarem em seu seio, esta ação deve ser cortada. A Igreja foi comprada com o precioso sangue de Jesus e o zelo de Deus está sobre ela (At 20.28; Ef 5.25). Satanás tem por finalidade destruí-la ou enfraquecê-la com sua mentira, porque uma Igreja sem poder é apenas mais uma religião no mundo (Jo 8.44; 10.10). Três qualidades distinguem a Igreja e, por isso, é vítima dos ataques inimigos. Primeiro, ela é coluna e baluarte da verdade (1Tm 3.15), por isso é atacada com as mentiras de Satanás. Em segundo lugar, a Igreja é o templo de Deus, onde Ele habita (1Co 3.16), por isso, ele deseja se mudar para dentro dela para roubar sua perfeição. Por último, a Igreja é o exército de Deus e Satanás procura se infiltrar nela para seduzir o maior número possível de traidores (2Tm 2.1-5).

 

  1. Uma cultura orgulhosa e materialista.

 

A nova vida produzida pelo Espírito Santo capacitava os primeiros cristão a viver em comunhão e a dividir seus bens para suprir a necessidade dos menos favorecidos. Esta atitude desafiava o espírito ambicioso dos moradores de Jerusalém, lugar onde o Espírito Santo imprimia em cada cristão um modelo de Cristo (1Co 11.1).

 

2.1. Uma cultura arrogante.

 

Na época do derramamento do Espírito, Roma estava no poder e disseminava uma cultura de orgulho, arrogância e materialismo, onde os oprimidos, as viúvas, órfãos e os pobres não tinham vez (Sl 9.6). Por toda a extensão do império encontravam-se monumentos e palácios que foram construídos para os heróis de guerra. Porém, não havia qualquer preocupação com os pobres (Sl 9.18). Do lado judeu, a cobiça e o orgulho também predominavam. Os líderes religiosos se inclinavam para a aquisição das riquezas e de propriedades (Ec 5.10; 1Tm 6.10). Enquanto isso os fariseus viviam de artimanhas legais para roubar as casas das viúvas. Assim, os órfãos eram abandonados e os desabrigados sofriam ofensas.

 

2.2. Pregando sem palavras.

 

Durante centenas de anos, os pobres haviam sido desprezados, mas, de repente, o Espírito Santo soprou uma qualidade de vida contagiante, onde as pessoas vendiam propriedades, compartilhavam suas alegrias e tinham tudo em comum (At 2.43-46). O mundo presenciou o surgimento de crentes que amavam uns aos outros, eram cheios de poder, não estavam presos a bens materiais e se preocupavam com os necessitados. O Espírito Santo queria que eles fossem uma carta lida, um testemunho vivo do amor de Deus para o mundo (2Co 3.2). Eles pregavam sem palavras, com atos.

 

2.3. Servindo com reservas.

 

Muitas pessoas servem a Deus com reservas, não permitindo que o Senhor preencha as áreas escuras de suas almas. Ananias e Safira não foram punidos por causa de um pedaço físico de terra, o juízo tem a ver com o território interno dos seus corações. Eles se rebelaram contra a verdade. Acreditaram que podiam servir a Deus e estar agarrados a alguma coisa. Pedro afirma que mentiram ao Espírito Santo (At 5.3). A ganância em seus corações foi a chave que deu acesso legal à entrada de Satanás e, com obstinada desobediência, permitiram que o inimigo enchesse seus corações (Pv 26.2; Ef 4.7).

 

  1. Lições de um juízo inesperado.

 

O testemunho que se espalhou por toda Jerusalém é a mensagem que o Espírito Santo desejava disseminar em todo o mundo. Somente o poder de Deus poderia suplantar aquele espírito de materialismo que há séculos asfixiava Israel.

 

3.1. Juízo em tempo de graça.

 

Algumas pessoas confundem período de graça com ausência de santidade divina. Embora não sejam comuns tais juízos. Deus ainda os executa em nossos dias. Ninguém, exceto Deus, conheceu o que havia de tão horrendo no coração de Ananias e Safira. Todavia, não há dúvidas de que eles mexeram em casa de maribondo quando tentaram enganar a todos, inclusive a Deus (At 5.3, 4). Ananias significa “Deus é cheio de graça”, mas ele descobriu que Deus também é santo. Safira significa “bela” mas o pecado tornou seu coração repugnante. Um avivamento não nos isenta de ter no seio da Igreja pessoas com essa estirpe.

 

3.2. O temor do Senhor.

Vivemos tempos difíceis onde as pessoas misturam o santo com o profano, onde tudo é muito comum. Tempos em que se vive uma graça sem responsabilidade, onde o temos a Deus parece não fazer parte da vida de muitos cristãos. O que o Espírito Santo está tentando nos comunicar com o juízo sobre esse casal? Será que sabemos o que significa temor? Temor não é medo, é respeito, reverência! Eles tentaram enganar a Deus como se Deus fosse uma pessoa qualquer! Eles não precisavam dar nada, a propriedade lhes pertencia. Também não precisavam forjar valores. Era somente dizer: “eu quero dar isso!”. Morreram por querer aparentar o que não eram. Por isso, eles se tornaram exemplo para que todos vissem o quanto Deus é santo (Jó 28.28; Pv 1.7; 10.27).

 

3.3. Ananias e Safira foram salvos?

A irreverência matou Ananias e Safira. No entanto, o grande questionamento é se foram ou não salvos. Segundo o que as Escrituras nos informam, poderíamos acreditar que não (1Co 6.9, 10; Ap 22.15). Todavia, o que convém é entendermos que Deus é soberano e não precisa dar explicação de Seus atos. Somente Ele viu realmente o que havia em seus corações e se agiu dessa forma é porque viu muito mais além daquilo que vemos (Jr 17.10).

 

Conclusão.

O juízo sobre a vida de Ananias e Safira nos ensina que ninguém deve brincar com o Espírito Santo, nem deixar de levar a sério a importância de se dizer a verdade. A graça é a oportunidade para se viver retamente; o juízo é a resposta para quem se utiliza da graça para ser desonesto.

fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net

 

                             ESCOLA DOMINICAL 

         Conteúdo da Lição 10 - Revista da Editora Betel 

                 O Milagre da Liberdade de Pedro 

                         06 de setembro de 2015

 

Texto Áureo.

“E Pedro, tornando a si, disse: Agora sei verdadeiramente que o Senhor enviou o seu anjo, e me livrou da mão de Herodes, e de tudo o que o povo dos judeus esperava”. Atos 12.11.

 

Verdade aplicada.

A oração é a chave que nos dá acesso aos compartimentos mais secretos do projeto divino. Ela pode nos revelar o como, o quando e a maneira menos cansativa para a vitória.

 

Textos de Referência.

Atos 12.1-5

1 E por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar;

2 E matou à espada Tiago, irmão de João.

3 E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos ázimos.

4 E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da páscoa.

5 Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus.

 

Introdução

Era um tempo de perseguição a todos aqueles que professassem o nome de Jesus. No entanto, a Igreja tinha uma arma poderosa: a oração. Através dela, Pedro foi salvo da prisão de forma sobrenatural e miraculosa.

 

  1. A perseguição e a prisão de Pedro.

A perseguição tinha como finalidade pôr fim ao cristianismo. Para agradar aos romanos e alcançar o favor dos líderes judeus, o rei Herodes usou a estratégia de acabar com os líderes, acreditando que a morte dos pastores dissiparia o rebanho (At 12.1-3).

 

1.1. Herodes, o perseguidor.

O rei Herodes Agripa I reinou na Palestina por ordem do imperador Claudio, devido a serviços prestados aos romanos. Esse homem perverso era neto de Herodes, o Grande, que havia mandado matar as crianças de Belém, e sobrinho de Herodes Antipas, que havia ordenado a decapitação de João Batista (Mt 2.13-8; Mc 6.14-29). Herodes pertencia a uma família dada a intrigas e assassinatos, desprezada pelos judeus que não aceitavam a ideia de serem governados por edomitas. Como era um político habilidoso, logo descobriu a maneira fácil e barata de obter popularidade nacional: exterminar os líderes cristãos. Ele fora informado que os cristãos eram considerados uma seita fanática, apóstata, perigosa e sem possibilidade de ser recuperada para o judaísmo. E para demonstrar zelo pela religião judaica, mandou executar Tiago e encarcerou a Pedro, para mata-lo em seguida.

 

1.2. Dormindo na prisão.

Pedro tinha noção do risco que corria. Ele sabia que Tiago já havia sido morto e era o próximo. Mesmo assim, antes de dormir, tirou as sandálias, a capa e se preparou para uma boa noite de sono. Será que conseguiríamos dormir diante da possibilidade de sermos executados no dia seguinte? O fato é que Pedro dormiu e o sono foi tão tranquilo que o anjo teve que despertá-lo (At 12.6.7; Sl 4.8). Mesmo na prisão, Pedro entregou toda a situação ao Senhor e Deus lhe deu paz e descanso. Talvez, sua paz se originasse de saber que a Igreja fazia contínua oração a Deus por sua vida. Assim, mesmo não sabendo como ou quando Deus o livraria, sabia que o livramento estava a caminho (At 12.5).

 

1.3. A morte de Tiago e a prisão de Pedro.

Pedro e Tiago eram homens dedicados e ao mesmo tempo importantíssimos para a Igreja. Mas, em Sua vontade soberana, o Senhor resolveu recolher Tiago e prosseguir com Pedro. Estava se cumprindo o que pediram a Deus em oração após a segunda perseguição (At 4.29, 30). Herodes estendeu sua mão para destruir a Igreja e Deus estava estendendo Sua mão para realizar sinais e prodígios, a fim de glorificar Seu Filho. Deus permitiu que Herodes matasse Tiago, mas o impediu de fazer mal a Pedro, mostrando que era o trono celeste que estava no controle e não o governante da Terra.

 

  1. A oração que produz o sobrenatural.

Certamente, a situação de Pedro parecia sem esperança no âmbito natural. Ele estava acorrentado entre dois soldados do lado de dentro e do lado de fora havia dezesseis soldados que guardavam a prisão. Herodes fechou todas as possibilidades humanas, só não contava com a divina, que foi movida pela contínua oração da Igreja (At 12.5).

 

2.1. A oração e sua eficácia.

O exercício que Jesus mais praticou quando estava entre os homens foi a oração. Ela é a comunicação direta com o Pai, tanto no sentido de comunhão, quanto das instrução, revelação, direcionamento, governo e intervenções poderosas de Deus (Mt 21.22; Fp 4.6; 1Jo 1.15; Jo 14.3). Jesus tinha por hábito orar à tarde, à noite e sempre pela manhã atuava com grande poder. Ele ensinou que a oração pode tudo (Mt 11.24). A igreja do primeiro século era alicerçada na oração e, conhecendo a maldade de Herodes, buscou em Deus um milagre (At 2.42). O pregador puritano Thomas Watson disse certa vez “Não devemos jamais subestimar o poder de uma igreja que ora!” O anjo chamou Pedro na prisão, mas foi a oração que foi buscar o anjo.

 

2.2. Uma luz vinda dos céus.

Deus enviou o livramento, mas o que provocou tal visitação? A intercessão da Igreja (At 12.5). Mesmo com toda a precaução tomada por Herodes, Deus prova que está no comando e, quando é acionado, envia sempre em defesa dos Seus o melhor que possui (At 12.7ª). O cárcere representa o poder das trevas, que amarra a vida humana tornando-a impotente. O poder de Deus é a luz que penetra nas trevas e liberta os encarcerados (Sl 146.7, 8; Is 61.1; Lc 4.18, 19).

 

2.3. O toque da liberdade.

Uma noite antes da sentença e da execução, Perro é visitado milagrosamente por um anjo (At 12.7). Antes de despertá-lo, o anjo toca Pedro na ilharga e ele foi liberto das cadeias. Logo em seguida, foi posto de pé para sair daquele cárcere. O milagre foi tão espetacular que Pedro se tornou invisível aos olhos de toda a guarnição. Tanto a de dentro quanto a de fora (At 12.9, 10). Pedro foi despertado, liberto e posto de pé. Como Pedro, muitos dormem algemados e precisam de um toque que desperte e liberte suas vidas.

 

  1. Portas que se abrem.

“Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus” (At 12.5). Esse pequeno e simples advérbio “mas” muda tudo. Significa que, se estamos em ação, Deus muda o quadro. Enquanto o inimigo se preparava para o golpe final, o Senhor se revelou e mudou a situação.

 

3.1. Vem e segue-me.

Para muitos. Pedro estava Preso; para Deus, ele estava guardado (At 12.5). O anjo fez tudo de modo a revelar que Deus domina as circunstâncias. Mandou Pedro se revestir, sem esquecer nenhuma peça de roupa necessária para atravessar a cidade e à noite. Os soldados não eram problema, tudo estava sob controle. Os planos e propósitos de Deus são tão firmes e seguros que não há correria! Nada de preocupação para a vida espiritual de quem está dentro de Seus planos. Pedro passou por três portões e o terceiro era de ferro (At 12.10). Não são poucas as portas de ferro postas pelo inimigo para nos impedir a libertação. Mas quando o Senhor está à nossa frente, elas se abrem naturalmente.

 

3.2. Pedro está às portas.

Deus faz o impossível, nos abre as primeiras portas (At 12.13-16). Mas algumas, nós mesmos temos que abrir. E por que faz isso? Ele sabe que mesmo com as nossas mais fervorosas orações ainda podemos ter um cantinho de incredulidade no coração. Parece incrível que aquele povo que orava pela libertação de Pedro não cresse que estava às portas.

 

3.3. Tudo é possível ao que crê.

É interessante como podemos não estar preparados para receber o que pedimos a Deus em oração (Mt 21.22). Aqueles fiéis irmãos não estavam abertos ao que Deus poderia fazer (At 12.12-16). Quando finalmente abriram a porta, aqueles santos que oravam ficaram espantados e se maravilharam diante da gloriosa libertação de Pedro, que não teria ocorrido a menos que eles agissem baseados no que acreditavam acontecer. Em cada uma de nossas comunidades, asa pessoas estão batendo à porta. Elas esperam encontrar uma Igreja convicta de que Deus deseja libertar as pessoas do cárcere de suas almas. Elas buscam esperança para o desespero, esperam encontrar em nós um refúgio para suas angústias.

 

Conclusão

Pedro não era apenas o refém de uma potestade governamental. Ele foi preso por uma força espiritual que manipulava um homem poderoso para fins demoníacos. Mas a Igreja fez o seu papel e Deus respondeu de forma sobrenatural. A oração pode todas as coisas (Mc 9.23).

fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net

 

 

                      

   Conteúdo da Lição 11 - Revista da Editora Betel  

          O Milagre da Ressurreição de Dorcas 

                    13 de setembro de 2015

Texto Áureo.

“Pedro atendeu e foi com eles. Tendo chegado, conduziram-no para o cenáculo; e todas as viúvas o cercaram, chorando e mostrando-lhe túnicas e vestidos que Dorcas fizera enquanto estava com elas”. Atos 9.39

 

Verdade aplicada.

Dorcas era tão útil e importante que seus irmãos de fé não puderam suportar a sua morte. Por isto, Deus permitiu o retorno à vida de Dorcas.

 

Texto de referência.

 

Atos 9.36, 37, 40, 41.

36 E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que, traduzido, se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia.

37 E aconteceu, naqueles dias, que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado,a depositaram num quarto alto.

40 Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, assentou-se.

41 E ele, dando-lhe a mão, a levantou e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva.

 

Introdução.

A ajuda prestada a outros mostra que a Palavra de Deus está na vida do servo de Deus. O cuidado com as necessidades diárias das pessoas prepara o solo do coração delas para que a Palavra de Deus crie raízes.

 

  1. Dorcas, a notável discípula.

Dorcas era fervorosa e abnegada. Para ela, tudo era fácil. Ela não contava o tempo, nem media esforços. Não barganhava com a s pessoas, nem com Deus. O que ela tinha não era absolutamente dela e sentia um prazer tremendo em ajudar os outros, em deixar os outros felizes.

 

1.1. O reflexo da vida abundante.

Dorcas era uma pessoa que procurava sempre elevar o espírito e o ânimo daqueles que a rodeavam. Ela sabia como suprir as necessidades de cada um. Era extremamente caprichosa e tudo quanto fazia refletia sua beleza interior. Para Dorcas, ser cristã era uma aventura nova a cada dia. Na verdade, ela não era assim antes de sua conversão. Foi Jesus que implantou nela essa vida abundante e, todos aqueles que conviviam com ela, podiam beber dessa fonte de água viva que fluía do seu interior. Ela era verdadeiramente a mulher virtuosa (Pv 31.10). Ela era uma discípula notável. Onde Dorcas colocava as mãos, ficavam as marcas de sua graça e beleza interior.

 

1.2. Uma discípula de Jesus.

Em Atos 9.36 a Bíblia diz que Dorcas era uma “discípula” – uma pessoa da Igreja que se dedicava a aprender e viver os ensinamentos de Jesus Cristo. Após sua morte, um grupo de discípulos teve a ideia de mandar chamar o apóstolo Pedro que estava em Lida, cidade vizinha a Jope, cerca de 14 Km de distância (At 9.38). No decorrer do texto, os discípulos são chamados de “os santos” – separados para Deus (At 9.41). Assim, Dorcas era uma discípula de Jesus, fazia parte de uma comunidade de santos e tinha o testemunho de todos, especialmente de um grupo de viúvas, do quão bondosa e prestativa ela era.

 

1.3. Um exemplo de vida.

Dorcas é um exemplo na Bíblia de como devemos viver nossas vidas. A Palavra de Deus afirma que há pessoas de quem “o mundo não é digno” (Hb 11.38). Ou seja, gente especial, útil, que dignifica a existência humana. Prova disto é que a igreja em Jope decidiu buscar em Deus algo até então inédito: a ressurreição da discípula morta. Inédito porque, desde que Jesus fora para o céu, este milagre ainda não havia acontecido.

 

  1. Dorcas, o exemplo de fé e obras.

O cristão não pode viver uma vida de fachada. O cristão deve incluir em sua conduta de vida a oração, a Palavra de Deus, as boas obras e a fé. É preciso entender que o exercício da fé deve ser demonstrado com obras para ser genuíno (Tg 2.21, 22). A irmã Dorcas nos deixou essa excelente lição: uma vida de fé cheia de boas obras (Tt 2.14).

 

2.1. A prática de boas ações.

É bem certo que Dorcas ajudava muito as pessoas que precisavam dela e doou bastante de si mesmo. Havia muitas viúvas que não tinham agasalhos e roupas e Dorcas recolhia os tecidos e fazia túnicas ou vestidos para elas. Dorcas também ajudava os mais pobres, que não podiam comprar nem os tecidos e fazia roupas para eles. Essa valorosa mulher nos desfia a deixarmos as teorias a respeito de amar a Deus e amar ao próximo e colocarmos em prática o cuidado pelas pessoas.

 

2.2. O desafio da generosidade.

Aprendemos com esta passagem bíblica que Dorcas era uma serva que ajudava financeiramente os mais pobres. Ela expressava sua piedade e amor ao Senhor cuidando dos mais necessitados. Muitas pessoas ganharam de presente de Dorcas as roupas de que precisavam e gostavam muito dela. Dorcas amava ao Senhor Jesus e fazia tudo com amor e boa vontade. A lição que podemos extrair da vida desta abnegada mulher é que, sempre que fazemos alguma coisa, devemos fazer com amor, porque fazemos para o Senhor. Essa generosa serva do Senhor nos desfia a amarmos mais a Deus e as pessoas do que ao dinheiro ou aos bens materiais (Mt 6.33).

 

2.3. O progresso do Reino de Deus.

O mundo já se esqueceu de muitas coisas que aconteceram, mas as obras de Dorcas sempre serão lembradas, pois são citadas na Palavra de Deus (1Jo 2.17). A ferramenta de Dorcas era uma agulha com a qual trabalhava para vestir os pobres. A discípula que pregava o evangelho com a agulha era Dorcas e fazia isto porque amava Jesus e amava os pobres. A nossa pregação somente por meio de palavras pouco vale. Se amamos a Jesus nunca nos esqueceremos da beneficência (Hb 13.16), principalmente para com os domésticos da fé (Gl 6.10). Não importa qual seja nosso dom. O que importa é saber manejá-lo bem, para o progresso do Reino de Deus e não para nosso próprio interesse. Dorcas usava seu talento com a maior graça. Após sua ressuscitação, certamente Dorcas voltou a servir às viúvas, aos órfãos e todos que necessitavam dela. Ela poderia interromper seu ministério, mas seu amor pela obra de Deus nos permite concluir que ela continuou servindo ao Senhor com alegria (Sl 100.1).

 

  1. Dorcas, a mulher ressuscitada.

Através da ressuscitação de Dorcas, muitas vidas foram sacudidas de seu sono interior e se entregaram a Jesus. Aquele lugar de luto voltou a ser lugar de vida; um lugar de festa. Onde Deus está operando, torna-se um lugar bom para se viver. Todos querem estar onde o poder de Deus é sentido.

 

3.1. Morrer sem deixar saudades.

O capítulo 21 do segundo livro de Crônicas apresenta para nós a história de Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá. Este monarca foi tão maligno e cruel que morreu sem deixar saudades em ninguém (2Cr 21.20). Em contraste com a história de Jeorão, a virada de Dorcas foi bem diferente. Ela era discípula, santa e amorosa. Sua morte trouxe profundo pesar à Igreja. Ela era tão querida e estimada que enviaram emissários até o apóstolo Pedro para que viesse urgentemente a Jope. Eles criam na ressurreição daquela serva preciosa. Se havia alguém digno de tal milagre, este alguém era Dorcas.

 

3.2. O despertamento da fé.

Pedro foi um discípulo aplicado de Jesus. Ele procedeu exatamente como o Mestre na casa de Jairo (Mt 9.25). O apóstolo pediu que todos saíssem do quarto, a fim de interceder e exercer a fé no nome de Jesus. Ele sabia que a incredulidade impede a obra de Deus (Hb 3.12; 4.11). Para que o milagre seja notório e muitos possam crer no agir de Deus (At 9.42), a incredulidade precisa ser urgentemente afastada do nosso meio. Somente assim, o Senhor terá a liberdade de manifestar o Seu poder e a fé de muitos será despertada (Mt 13.58).

 

3.3. Compaixão, oração e fé.

Três fatores foram essenciais para que o milagre ocorresse. Primeiro, o poder da compaixão. Este fez com que Pedro tomasse uma atitude e assim houve uma reviravolta no episódio. Se Pedro não tivesse se deixado afetar pela dor daquelas viúvas, Tabita teria sido sepultada. Segundo, o poder da oração. Por quê? Porque por melhores que sejam nossos desejos, eles não têm o poder de mudar as coisas. Por isso, Pedro precisava orar. Pedro mandou que todos saíssem, o sonho era dele e portanto, a luta em oração era dele. Por último, o agir pela fé. Pedro não orou e ficou esperando desconfiado para ver o que iria acontecer. Uma vez convicto de que Deus ouvira sua oração, ele começou a agir, ordenando àquele corpo inerte que se levantasse.

 

Conclusão.

A Igreja adiou o sepultamento da amada discípula Dorcas na esperança da intervenção divina. O apóstolo Pedro havia pouco tempo antes curado o paralítico Enéas e os devotos cristãos esperavam que ele, através da oração e da fé, restituísse a vida de Dorcas na autoridade do nome de Jesus.

fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net

 

 

          ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 12

                       Revista da Editora Betel  

               O Milagre do Livramento do Naufrágio

                       20 de setembro de 2015

 

 

Texto Áureo.

“E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal”. 2Co 4.11

 

Verdade aplicada.

A provação é a porta de uma grande oportunidade para os que estão na direção de Deus.

 

Textos de referência.

Atos 27.9; 11; 20-21

9 E, passado muito tempo, e sendo já perigosa a navegação, pois, também o jejum já tinha passado, Paulo os admoestava,

11 Mas o centurião cria mais no piloto e no mestre do que no que dizia Paulo.

20 E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos.

21 E, havendo já muito que não se comia, então Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Fora, na verdade, razoável, ó senhores, ter-me ouvido a mim e não partir de Creta, e assim evitariam este incômodo e esta perda.

 

Introdução.

A poderosa pregação de Paulo feriu o ego dos religiosos judeus de sua época. Por esse motivo, eles o levaram a prisão e lá se amotinaram para acabar com sua vida. Mas Paulo testemunhava aos grandes com graça e unção.

 

  1. Os ventos e a vontade de Deus.

Não existe nada que não esteja sob o controle e a direção do Altíssimo. Mesmo quando algo dá errado para nós, Deus jamais perde a rédea. Quando ainda estava preso, o Senhor apareceu a Paulo e lhe disse para não temer porque como testificou em Jerusalém, o faria em Roma (At 23.11).

 

1.1. Uma fiel testemunha de Cristo.

Paulo estava tão decidido a cumprir a ordem do Senhor que pôs em jogo a própria vida para consegui-lo. Ele teve a oportunidade para ser liberto. Mas a recusou em troca da oportunidade de aparecer diante de César, a quem havia apelado. Foi uma escolha que ele fez unicamente em prol do Evangelho (At 26.31, 32). Para ele não havia perigo em sofrer dano algum em qualquer tempestade. A vontade de Deus era que testificasse em Roma e Deus estava no controle. Do ponto de vista humano, Paulo era um prisioneiro no navio. Para Deus, o apóstolo era o capitão e os demais eram os prisioneiros (At 27.21-26, 30, 31-34).

 

1.2. Discernindo os tempos.

Não é de hoje que as pessoas confiam mais nas conclusões de peritos e nas ciências do que nas advertências de homens de visão espiritual (At 27.11). Devemos ter em mente que a ciência, divorciada do temor de a Deus, pode destruir sociedades civilizações inteiras. Paulo já havia passado por três naufrágios (2Co 11.25), tinha sensibilidade e discernimento, sabia que algo não estava bem e alertou para o problema. Se existe uma coisa que jamais seremos privados é de sinais de aviso. Podemos viver coma desculpa de que o inimigo nos enganou ou com a certeza de que lhe abrimos a porta. Mas uma coisa é certa: “Deus não nos deixara enganados” (Sl 25.3; Am 3.7; Jo 7.17).

 

1.3. O contraste entre Paulo e Jonas.

Comparando a ambos, vemos que Jonas fugia de uma chamada; Paulo viajava para cumprir uma missão. Jonas se escondeu e dormiu durante a tempestade; Paulo dirigia as operações e encorajava os passageiros. A presença de Jonas no navio era a causa da tempestade; o navio em que Paulo viajava seria preservado de todo dano se os tripulantes respeitassem seu aviso (At 27.9, 10). Jonas foi disfarçado a dar testemunho acerca de Deus (Jn 1.8, 9); Paulo, com boa vontade e coragem, falou acerca da sua visão e do seu Deus. A presença de Jonas no navio ameaçava vida dos gentios; a presença de Paulo era uma garantia para a vida dos seus companheiros de viagem. Há muita diferença em atravessar uma tempestade dentro e fora da vontade de Deus!

 

  1. Perderemos o navio, as almas jamais.

Uma pessoa cheia do Espírito Santo pode ser a diferença até mesmo em um naufrágio e Paulo foi esse homem. Ele estava ali para encorajar e comunicar a maneira correta de como salvar toda a tripulação daquele navio.

 

2.1. O encorajamento de um líder.

A crise não faz a pessoa, a crise mostra do que a pessoa é feita e, normalmente, faz aflorar a verdadeira liderança. Paulo repreendeu o centurião, o piloto e o capitão com brandura por ignorarem a sua advertência. Em breve, descobriram que Deus poupara todos eles somente por causa do Apóstolo. Às vezes, nos colocamos em meio às tempestades pelos mesmos motivos: ficamos impacientes (At 27.9); aceitamos conselhos abalizados, porém contrários à vontade de Deus, seguindo a maioria e nos fiando nas condições “ideais” (At 27.13).

 

2.2. Deus me deu a vida de vocês.

Enquanto todos estavam vendo a morte, Paulo estava vendo anjos. Como a fé nos acalma! Podemos dormir profundo no meio do rugido da tempestade e sonhar com os anjos quando nosso coração está apoiado em Deus (At 27.24). Seus mensageiros podem abrir caminhos por céus fechados e através de tempestades violentas para socorrer aqueles que necessitam de Seu auxílio (At 18.9, 10; 23.11). O navio e a carga se perderiam, mas os passageiros seriam poupados porque Paulo tinha uma missão (At 27.23).

 

2.3. E todos se salvaram.

Como é gratificante estar na posição que Deus quer (Ez 22.30). Paulo, andando segundo o querer de Deus, em comunhão com Ele, tornou-se benção para todos quantos atravessavam o perigo com ele. O navio, finalmente, encalhou na praia de Malta, perto da Itália, onde começou a ser despedaçado pelas ondas. Os soldados queriam matar os prisioneiros para evitar que fugissem, pois era costume romano. A mão de Deus, porém, estava com o seu mensageiro. Júlio foi impulsionado a poupar a vida de todos. Nenhum poder, nos céus ou na terra, acabaria com Paulo enquanto Deus tivesse um plano especial para sua vida. Ele pregaria o Evangelho em Roma (At 23.11; 27.24, 25). Conforme Paulo anunciou, todos escaparam ilesos.

 

  1. Vencendo as tempestades.

Existem situações que o Senhor nos coloca para fazer aflorar em nossas vidas algumas qualidades e ações que, seguindo uma vida de fé simples, jamais alcançaríamos. O mais importante nessas horas é em quem confiamos; esse é o alicerce para que em meio à tempestade vejamos a luz da vida em vez da sombra da morte.

 

3.1. Nem estrela, nem esperança.

Podemos perder a visão durante a tempestade (At 27.20). Mas nem mesmo as piores tempestades podem esconder a face de Deus ou frustrar Seus planos. Há momentos na vida em que não existe sol para nos aquecer, nem estrelas para nos guiar. Ou seja, um período de trevas espirituais. As causas podem ser variadas como: esgotamento físico, a não utilização dos meios da graça, opressão por espíritos malignos ou provação da fé. Mas, seja qual for a causa, não podemos perder o ânimo e, mesmo não sentindo o calor espiritual, obedecer a Deus é de vital importância para a sobrevivência (At 27.22-24).

 

3.2. Transformando adversidade em oportunidade.

As adversidades podem ser a porta das grandes oportunidades. O Senhor disse que Paulo iria testemunhar em Roma, mas não lhe disse como chegaria lá. As adversidades fazem parte de vida humana. Mas, uma coisa é estar nela porque escolhemos o caminho errado e outra porque o Senhor nos comissionou. Deus pode consentir que fiquemos em situações vergonhosas e difíceis como fez com Paulo e tantos outros ao longo da Bíblia. Todavia, nesses casos, a finalidade é nos transformar em bênçãos para pessoas que, de outra forma, nunca teríamos conhecido. Podemos até lastimar o fato de vivermos determinadas situações, mas se estivermos na visão, o problema será a porta de uma grande oportunidade (Sl 119.157; 1Co 16.9).

 

3.3. Imitadores de Cristo.

A nossa identidade não pode ser nada além de Cristo (1Co 11.1). Ela deve ser ancorada no que Ele fez por nós, não no que fazemos para Ele. Isso significa que temos de fazer segundo a Sua voz nos orienta, não segundo aquilo que os “especialistas do barco” nos dizem, É comum encontrar no navio um aconselhamento especializado, mas devemos enfocar o destino traçado por Deus (At 27.11). O nosso navio é apenas uma ferramenta para chegarmos lá e o Senhor pode fazer com o navio o que Ele quiser.

 

Conclusão.

As tempestades da vida servem para revelar o caráter do cristão. Há ocasiões em que todo o ambiente pode ser mudado se tão somente crermos em Deus. Independentemente de qual seja o destino final, a fé nos permite ver as tempestades como oportunidades e não como provações.

fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net