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doutrina biblica a oração n.2
doutrina biblica a oração n.2

                    Preparando o Nosso Coração Para a Oração

                                                PARTE N.3

 

Ao lermos Daniel 9:3-19, se quiséssemos colocar um título para o versículo três, a fim de descrever o que lá está escrito, provavelmente este título seria INTENSIDADE. Daniel é um homem que busca intensamente o Senhor Deus. Eis aqui um homem seriamente empenhado em encontrar o seu Deus em oração.

“Voltei o meu rosto ao Senhor Deus para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza… “(Daniel 9:3).

Observamos que quando Daniel se prepara para a oração ele não é presunçoso. Ele não sugere que já encontrou o seu Deus, mas que está se dispondo para encontrá-lo. Está se preparando para buscar o Senhor. O versículo três é significativo, porque descreve a preparação para orar.

É importante que atentemos para o preparo para a oração. Um dos nossos maiores obstáculos para a oração fervorosa e efetiva em nossa vida cristã é a falta de preparo para a nossa oração. Nós nos acostumamos a entrar imediatamente no que pensamos que seja a oração com pouco ou nenhum tempo gasto para simplesmente aguardar que primeiro o Espírito Santo tome conta dos nossos pensamentos e assuma o controle, a fim de permear a nossa vida com a Sua presença. Não tomamos tempo para pensar Naquele a quem estamos prestes a dirigir as nossas palavras. Não nos “aquietamos” diante do Trono. “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Salmo 46:10). O homem que encontra Deus na oração é aquele que espera por Deus antes da oração. É aquele que se recusa a entrar apressadamente na presença de Deus.

Creio que Daniel jejuou e vestiu-se de saco e cinza antes de pronunciar uma só palavra para Deus. Aí então surgiu a sua petição tão linda.

 

Dirigindo-se a Deus com alta estima

 

A primeira coisa que notamos aqui é o grande respeito, a alta estima que Daniel demonstra quando se dirige ao seu Deus. Para Daniel Ele é “Ah, Senhor, Deus grande e temível…” Como o conceito do nome do Senhor tem caído com o passar do tempo! Como os próprios cristãos foram arrastados na corrente do desrespeito pelas coisas de Deus, pelo Seu grande nome, pela Sua pessoa, tão grande e infinita! Precisamos nos conscientizar de como este santo Deus é inacreditavelmente condescendente em até mesmo permitir que pronunciemos o Seu grande nome, em falar uma palavra na Sua presença.

“Orei ao Senhor meu Deus, confessei e disse: Ah! Senhor! Deus grande e temível!” (Daniel 9:4). No decorrer da minha vida tenho visto penetrar dentro da igreja uma atitude leviana, um espírito de trivialidade, um hábito irreverente de relegar a um plano secundário e ordinário as coisas referentes a um Deus santo e Todo-poderoso e as coisas relativas à Sua gloriosa Palavra.

Seguindo os passos do mundo, a igreja como um todo tem voltado sua atenção para programas e métodos e esquemas e planos, criados com um objetivo em mente: empolgar o povo! Entretenha-os. Anime esta igreja entediada, uma igreja para a qual, no geral, as coisas de Deus e da Sua Palavra se tornaram desentusiasmantes, desinteressantes, insossas e inconseqüentes para a vida diária.

O Espírito Santo não tem sido o suficiente para nós. Reunirmo-nos ao redor da Palavra de Deus tornou-se uma coisa monótona, até uma tarefa cansativa. Na verdade nós não cremos. Não estamos realmente convencidos de que quando nos reunimos em nome de Jesus Ele está lá. Se Ele não está lá, se Ele não está conosco quando nos reunimos, teremos que escolher entre duas opções.

A primeira é a decisão certa. É nos despedirmos, ir para casa, e chamar o nosso pecado pelo nome certo, pelo que realmente é – frieza e apatia pelas coisas de Deus – e rogar-Lhe que nos restaure a alegria da nossa salvação e a intensidade da nossa fome e sede por Ele mesmo. Podemos clamar a Ele que nos reavive novamente.

Ou melhor, isto não é suficientemente pessoal. O avivamento é sempre pessoal. Buscar avivamento é a única hora quando é lícito dar atenção para si mesmo. Não são “eles”… nem “ele” ou “ela” que precisam de avivamento. Sou eu. Eu preciso ser reavivado. Clamamos ao Senhor: aviva-me de novo. Cada um de nós clama a um Deus justo e santo numa base pessoal. “Aviva-me, ó Deus!”

Esta é a primeira escolha que temos diante de uma igreja enfadada, desinteressada, e letárgica. Lamentavelmente, a outra opção é a que a igreja tem escolhido nas últimas décadas. É a escolha por estímulos totalmente carnais e humanos. Procuramos desenvolver métodos que estimulem a carne, que atraiam multidões, que interessem às massas, métodos para trazer animação a todos. Entretenimento. Modernize as coisas para adequá-las aos “anos noventa”! Tornar as coisas da Bíblia pertinentes ao nosso estilo de vida.

Permita-me confessar-lhe que estou cansado e enojado com a nossa preocupação eterna se alguma coisa na Palavra de Deus é “pertinente” aos nossos dias, ou ao nosso estilo de vida. Quero lhe dizer, querido irmão, que tudo é pertinente! Deus não precisa das nossas idéias e das nossas abordagens, cheias de influência carnal, sobre como vamos fazer com que as coisas de Deus pareçam mais “pertinentes” e chamativas, ou como achar maneiras de mostrar o quanto Deus “se encaixa na nossa cultura.”

Levamos a nossa cultura a Deus e lhe dizemos, “Olha aqui, Deus. Nós vamos Te encaixar em nosso molde… do nosso jeito.”

Ora, isto é blasfêmia, é erro da pior espécie, totalmente contrário à Palavra de Deus. Em nenhum lugar a Palavra de Deus nos diz que devemos tentar ajustar a Sua verdade para que se encaixe no nosso sistema mundano. Não! Exatamente ao contrário! A Sagrada Escritura nos ensina a nos abstermos de competir com o mundo ou a imitá-lo. Aprendemos que somos um povo especial, singular, um povo que se destaca entre os demais, um povo peculiar. Aprendemos a não nos misturarmos com o sistema ímpio deste mundo.

Vemos esta tendência constante na igreja, esta disposição contínua de mesclar-se com o mundo. Quem poderia pensar, há algumas décadas atrás, que chegaríamos ao ponto onde estamos hoje de ter comediantes “cristãos”, artistas “cristãos”, celebridades “cristãs”, atores “cristãos”, disc-jockeys “cristãos”?

Isto aconteceu por causa de uma igreja que perdeu a sua alta estima por Aquele que está muito acima de qualquer outra coisa, uma igreja que se tornou fria e indiferente para com o “Deus grande e temível” a quem Daniel se dirige no nosso texto, uma igreja que na perda de intimidade com o seu bendito Senhor e Salvador Jesus Cristo, também perdeu o entusiasmo do seu primeiro amor, a alegria de estar com o seu “Noivo”. E por fim entregou os pontos, derrotada, e chegou até a apelar ao mundo para encontrar entusiasmo, para de alguma maneira ressuscitar-se para a vida. Foi exatamente isto o que aconteceu.

Nós, a igreja, tentamos fazer do jeito de Deus e não deu certo! Por isto estamos fazendo do jeito do mundo.

A igreja neste momento escolheu ignorar a exortação da Palavra de Deus:”não vos conformeis com este mundo” (Romanos 12:2). A igreja decidiu abandonar a solene advertência de Paulo para evitar qualquer conformidade com este século, para “não se conformar com este século” O próprio Senhor disse: “Não aprendais o caminho dos gentios” (Jeremias 10:2).

Vivemos numa época em que palestras pequenas e curtas são in (na moda), filmes são in, peças de teatro são in, reuniões sociais com sorvete são in… diversão é in… e pregação profunda da Santa Palavra de Deus que mexe com nossa alma é out (fora de moda). Uma igreja fraca, insípida, morna clama como o fez o povo de Deus no tempo de Jeremias: “Não me faças pensar! Não tentes me fazer raciocinar!… pensar! Faze o contrário! Diverte-me… Livra-me da tarefa de pensar!”

A.W.Tozer disse: “O cristão médio vive uma vida tão mundana e negligente que é difícil distinguí-lo de um homem não convertido” (Paths To Power, pág.25). Certamente são palavras de um profeta do século vinte. Não são palavras populares, mas são verdadeiras.

Os comentários de R.C. Sproul são muito semelhantes. Numa palestra feita há alguns anos, ele disse:
“De acordo com as pesquisas Gallup feitas recentemente, a maior parte dos cristãos vive uma vida de acordo com as convenções sociais e culturais e não de acordo com a Lei de Deus. A percentagem de abortos entre os evangélicos é igual à de outras pessoas do mundo… Não se pode perceber a diferença entre um pagão e um cristão na nossa cultura, porque a base dominante da nossa moralidade não vem de uma meditação séria da Lei de Deus, mas vem do que é aceitável no ambiente em que se vive… o que a ‘multidão’ está fazendo.”

A linguagem usada é muito semelhante àquela que sempre foi usada desde tempos passados na igreja. Ainda ouvimos as palavras certas, os clichês apropriados, as conversas soam corretamente. Mas apesar disso, em tudo falta o senso de realidade, a sinceridade de espírito e a seriedade para tratar com as coisas dos Céus. Nas reuniões existe uma sensação clara de estar buscando aigo produzido pela carne. É a busca da auto gratificação. É a busca de um substituto para a verdadeira espiritualidade, a verdadeira adoração, a verdadeira santidade na igreja, um substituto para a busca de Deus!

Note como Daniel se dirige ao seu Senhor: “Oh, Senhor, Deus grande e temível!” Que título respeitável e apropriado para se dar ao Senhor.
“Temível” significa que inspira grande temor. Se fizéssemos uma pesquisa, de cada dez cristãos nove diriam que o temor do Senhor quer dizer “admiração reverente”. E estão certos. Temer a Deus é ficar diante Dele com um profundo senso de admiração e reverência.

O temor do Senhor era uma realidade para Daniel e ele ficou atônito diante do Seu poder e da Sua força, da Sua própria Pessoa. Mas eu ainda sugeriria que o “temor de Deus” também significava para Daniel que ele temia Deus; que estava simplesmente com medo de Deus, do grande e temível Deus.

A idéia predominante no mundo não regenerado de hoje, e lamentavelmente, na maior parte da igreja contemporânea também, é de que Deus é simples e somente um Deus de amor, que nunca faria nada que viesse nos machucar, e que não temos motivos para ter medo de Deus. Esta é uma mentira astuciosamente arquitetada pela mente do pai das mentiras para enganar os homens simples e ignorantes. Um Deus somente de amor, que nunca pode ser um Deus de ira, é um Deus de “fábulas engenhosamente inventadas” (2 Pedro 1:16).

Não temer a Deus, nas próprias palavras de Deus, é “uma coisa má”. Para o seu próprio povo apóstata Ele disse: “A tua malícia te castigará, e as tuas infidelidades te repreenderão; sabe, pois, e vê, que mau e quão amargo é deixares o Senhor teu Deus e não teres temor de mim, diz o Senhor Deus dos Exércitos” (Jeremias 2:19). Não temer o Senhor Deus Jeová, não ter medo de Deus, é uma coisa má.

O Senhor disse para o Seu próprio povo: “Espantai-vos… e horrorizai-vos! ficai estupefatos” (Jr 2:12). Na sua gloriosa visão de Deus no Apocalipse, João disse: “Quando o vi, caí a seus pés como morto” (Apocalipse 1:17). Você sabe o que é isso? Ouvi uma vez um pregador dizer o que realmente é – santo pavor!

Fazendo Confissão

Em Daniel 9:4, Daniel disse: “Orei ao Senhor meu Deus, e confessei.” Daniel está orando a Deus aqui, em favor do fim do cativeiro babilónico. O cativeiro dos judeus era uma punição por terem pecado mui gravemente contra Deus (Lamentações 1:8). Daniel sabia, por ter lido as Escrituras proféticas, que o tempo da liberdade já estava bem próximo. Ele fez esta oração mais ou menos em 539 a.C., e o cativeiro terminaria em 536 ou 535 a.C. A oração inteira, portanto, era uma confissão de pecado feita por Daniel em favor do seu povo e de si mesmo.

A confissão de pecados é imprescindível para o filho de Deus que se aproxima do Trono, se quiser ser ouvido por Deus e ver a Sua face. É essencial na hora de ir a Deus em oração sempre começar com confissão de pecado. Isaías disse: “…os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Isaías 59:2). O salmista disse: “Se eu no meu coração contemplara a vaidade (iniqüidade) o Senhor não me teria ouvido” (Salmo 66:18). Se nós, como Daniel, quisermos buscar Sua face, o pecado precisa ser tratado. Precisa ser confessado, como o fez Daniel.
Se assim não for, o Senhor diz que encobrirá o Seu rosto e não nos ouvirá.

Precisamos conhecer a glória de uma vida de confissão – admitindo habitualmente diante de Deus cada escorregadela, cada falha, cada deficiência, cada mínimo pensamento mau, cada palavra de língua afiada que poderia ofender outra pessoa, cada mentira. Confessar nossa busca de outras “coisas” neste mundo, confessar nossa freqüente frieza para com um Deus amoroso, nosso desinteresse nas coisas de Deus, nossa notória ausência de fome e de sede por Ele. Confessar a nossa mornidão para com as coisas de Deus.

Nunca pense que tratar com o pecado é coisa negativa. Esta é uma das coisas mais positivas que um cristão pode fazer. De acordo com a Palavra de Deus, a confissão sincera é a porta de entrada para a alegria e felicidade no Senhor. A confissão sincera sempre traz perdão, restauração e alegria. “Bem aventurado (isto é, feliz) aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto” (Salmos 32:1). “Bem aventurados os puros de coração porque eles verão a Deus” (Mateus 5:8).

Há alguns anos atrás ouvi esta verdade exposta por um pregador judeu nascido de novo. Ele disse: “A salvação é somente o começo de uma vida de arrependimento!” Quão verdadeira! Quão gloriosa!

“Nada entre a minha alma e o Salvador… Deixem livre o caminho! Não permita que haja nada entre eles.”

 

Morre o Ego ou Morre a Oração

 

“Suba a minha oração perante a tua face como o incenso” (Salmos 141.2)

Em toda a Escritura o incenso é usado como símbolo de oração. No templo o incenso se acendia através de brasas de carvão tiradas do altar do sacrifício que ficava no átrio exterior. Cada manhã e cada tarde o sacerdote oficiante, depois de oferecer os sacrifícios, trazia brasas vivas do altar para o Lugar Santo e as colocava sobre o altar do incenso.

Sobre estas brasas ele lançava incenso e aquela nuvem de cheiro agradável que subia ao céu era uma figura da alma que sobe a Deus em oração, e nos ensina que a oração, na sua essência, é a elevação da alma, a aproximação de uma vida a Deus.

O maior componente da oração não é a petição, mas a aspiração. É impossível a qualquer alma aproximar-se de Deus e ao mesmo tempo tolerar o pecado consciente ou a impiedade na sua vida. Alma nenhuma pode se sentir à vontade na presença de Deus enquanto há disparidade consciente entre ela e Deus. No próprio processo de se achegar a Deus, a alma instintivamente procura a purificação de todas as faltas e falhas cometidas.

Quanto mais perto uma alma chega de Deus, mais consciente ela se torna da escória do seu próprio caráter, e maior será o seu desejo de purificação. Qualquer pecado conhecido ou falha ou defeito não confessado automaticamente impede uma melhor aproximação de Deus, e bloqueia o acesso ao trono de graça e de misericórdia.

A oração é mais do que petição. É o esforço honesto do solicitante para expurgar da sua vida todas as coisas que o separariam de Deus. Este é o lugar de poder na oração. É a vida que ora, e não somente os lábios.

Muitos dos filhos de Deus estão com suas orações impedidas por causa de comunhão quebrada com alguém que precisa ser restaurada, ou por alguma obrigação não cumprida com a qual não foram muito responsáveis, ou ainda por algum outro tipo de ajustamento que foi negligenciado. Estas pessoas poderiam orar mais efetivamente se fizessem consertos em todas as coisas da sua vida que são contrárias ao Espírito Santo, muito mais do que se gastassem horas e horas nos seus joelhos sem corrigir as suas vidas.

 

É a Vida Por Trás da Oração Que Gera Poder Com Deus

 

Muito pode a oração fervente e efetiva de um homem justo (Tiago 5.16). Você está vivendo naquela área onde Deus responde às orações? O caráter é o poder na oração. Se quisermos o poder de Cristo, precisamos nos conformar com o Seu caráter. Oração em Nome de Cristo é difícil de oferecer. Requer muita disciplina e vigilância. Exclui toda a vontade própria e o egoísmo.

Raramente desistimos da nossa vida natural, do “eu”, a não ser sob pressão. Por isso, às vezes Deus segura as respostas às nossas orações para concedê-las somente depois que entregamos alguma fortaleza da vida natural ainda indomada.

Amado, não sofra com a ilusão de que não há mais ego ou qualidades carnais na sua vida para entregar. Você pode ser salvo e santificado e cheio do Espírito, mas lembre-se de que aquelas experiências, por mais abençoadas e doces que sejam, são somente experiências iniciais. Lembre-se de que depois delas aparecem muitos defeitos espirituais, resultantes da queda, que só poderão ser removidos pela disciplina da vida.

Este processo segue por toda a vida. Quanto mais cooperamos com o Espírito que habita em nós neste Seu trabalho de aperfeiçoamento do caráter cristão, maior será a nossa conformidade com Cristo, e maior o nosso poder na oração.

Se você analisar cuidadosamente a sua experiência anterior de oração, deverá se lembrar de que antes das mais memoráveis respostas à oração, você chegou a um ponto de desespero, uma agonia de anseio, que o levou a fazer uma nova ou mais profunda entrega a Deus. Alguma cidadela do ego até então escondida e bem guardada, foi descoberta e abandonada, e uma nova esfera da sua natureza foi entregue ao Conquistador Divino e o Seu controle sobre sua vida ficou mais completo.

Fazendo esta nova entrega, a sua fé em Deus e na Sua Palavra também aumentou, e você pediu a resposta. Você prevaleceu na oração. Você orou a oração da fé, porque atingiu novas profundidades de submissão e novas profundezas de conformidade com a imagem do Crucificado.

Mas não é o tamanho da sua oração, sua agonia, suas lágrimas ou sofrimento que produzem poder — mas a entrega total que ocorre ao fim de todas estas coisas que nos coloca no lugar de poder e nos habilita a clamar por uma resposta.

A posição do altar do incenso confirma a afirmação que a oração na sua essência mais profunda é um processo de despir-nos do nosso “eu”. O altar do sacrifício vem, pela ordem, em primeiro lugar e o altar do incenso em segundo. Primeiro é oferecido o sacrifício e o incenso é queimado depois com as brasas de fogo do altar do sacrifício. Primeiro é preciso tratar com o pecado e afastá-lo antes que a nuvem do incenso possa subir a Deus. Todo o pecado conhecido, bem como as faltas, que são o pecado da ignorância, devem ser afastados tão logo sejam descobertos, ou se tornarão num obstáculo ao espírito de oração.

Um novo sacrifício era sempre oferecido antes de cada queima de incenso e isto significava que precedendo cada renovação do incenso, alguma coisa tinha morrido. E isto nos ensina esta verdade profunda que o espírito de oração é aceso pela morte progressiva da nossa vida natural. O caminho para cultivar o espírito de oração é progressivamente mortificar o “eu”. O espírito de oração prospera quando o “eu” morre.

Uma razão porque falta a tantos nós o espírito de oração é que não queremos entregar novas fortalezas da nossa vida natural. Recusamos aceitar a crucificação. Uma pequena reserva, feita conscientemente, um querido Isaque que retemos em nosso poder, e nossa vida de oração sofre. A vida de oração é uma vida de morte cada vez mais completa do “eu”.

Todos os melhores escritores concordam que há uma morte progressiva do “eu”, mesmo depois de passar por uma experiência de santificação ou de batismo com o Espírito Santo. A verdadeira morte para si mesmo vem depois da obra de santificação e depois do batismo do Espírito.

George Watson diz: “Percebemos muitas manifestações da vida natural, que não são claramente pecaminosas por um lado, nem contudo realmente da natureza de Cristo por outro, mas estão numa zona intermediária de origem e qualidade da vida natural. O Espírito mostra que precisamos passar além desta zona, para a vida crucificada, a fim de atingir uma união permanente e profunda com Deus, onde não há nada de mim mesmo e tudo de Jesus Cristo.”

Sem dúvida muitos poderão se lembrar de ocasiões quando o espírito de oração se afastou da sua vida, entristecido por atos de egoísmo e voluntariedade, e não voltou até que houvesse o arrependimento e os consertos necessários.

 

Causas da Falta de Vontade de Orar

 

Eis o segredo de corações frios e orações frias. Lembre-se de que antes da nuvem de incenso subir, o incenso precisava ser aceso. As brasas que acendem o incenso e mandam a nuvem em direção ao céu vinham do altar do sacrifício. A razão por que os nossos corações e as nossas orações são tão frios e sem vida, e não sobem acima das nossas cabeças, é porque deixamos de visitar o altar do sacrifício, temos nos recusado a morrer.

Muitos apelos nos são constantemente feitos, para uma submissão mais profunda das nossas vontades, um abandono mais profundo dos nossos desejos, gostos, ambições e aspirações. Recusar-se a permanecer na cruz, retirar-se do altar do sacrifício, afirmar e reafirmar o “eu”, tudo isto traz desgosto ao espírito de oração e deixa os nossos corações frios e os nossos espíritos imóveis. A nuvem de incenso não sobe porque o incenso não foi queimado.

É a oração fervorosa do homem justo que muito pode, mas a vontade própria assassina o verdadeiro fervor. Se as nossas orações devem ser realmente fervorosas e portanto eficientes, precisamos deixar o “eu” morrer no altar do sacrifício.

“Se eu no coração contemplara a vaidade (iniqüidade) o Senhor não me teria ouvido ” (Salmos 66.18). A vaidade é qualquer coisa que vem do homem caído e portanto não vem de Deus. Deixar de guerrear diligentemente contra todo o tipo de pecado, e não somente pecado mas também todas as faltas e deficiências, é contemplar a vaidade nos nossos corações. O evangelho nos é dado não somente para nos livrar do pecado visível e exterior, mas também para mudar as nossas disposições internas.

As grandes coisas que roubam da maioria de nós o poder na oração não são nossas transgressões cometidas, mas as nossas disposições impuras, sem tratamento e sem purificação. Muitos de nós pensamos que nossas disposições inerentes nunca poderão ser transformadas pela graça disciplinadora e purificadora de Deus. É verdade que elas nasceram em nós. Mas o pecado também nasceu em nós. Será que devemos tolerar o pecado da mesma forma que toleramos a disposição chata e desagradável que herdamos?

A graça luta em nós contra tudo que não é semelhante a Cristo. Toda complacência, toda tolerância de imperfeições conhecidas matam o espírito de oração e impedem o incenso de subir. Se queremos acender o espírito de oração, devemos visitar com freqüência o altar das ofertas queimadas para renovar a entrega da nossa vida natural.

Sacrifício do “eu” é o caminho para o fervor e o poder na oração. Lembre-se, de manhã e à tardinha o sacerdote no Templo pegava as brasas do altar de Holocausto e acendia novamente o fogo no altar do incenso. Todo o tempo que o incenso ficava nas brasas havia uma grinalda de fragrância flutuando para cima em direção ao Trono.

O significado deste simbolismo sagrado é que precisa haver ocasiões definidas e freqüentes de oração, que o incenso deve ser aceso periodicamente para poder subir continuamente — significando que a oração deve estar presente em todas as partes da vida e toda a vida deve ser oração.

Ninguém pode viver uma vida de oração sem períodos separados para a oração. Cristo levantava-se cedo e ia para as montanhas para orar.
Freqüentemente passava noites inteiras em oração. Se o nosso Senhor e Salvador sentia a necessidade de uma comunhão solitária com o Pai, podemos nós, com segurança, nos privar desta tao necessária comunhão?

O incenso era aceso novamente a cada manhã e a cada tarde. E sem períodos freqüentes de comunhão com Deus, o espírito de oração desaparecerá das nossas vidas. Sem o constante espírito de oração, a oração é uma fórmula inútil.

“Senhor, ensina-nos a orar” (Lucas 11.1).

 

Oração Fervorosa e Eficaz

 

Lugares difíceis são como toque de trombeta da parte de Deus para que haja uma fé mais fervorosa, mais desesperada da nossa parte.

“Levantar-se-á, todavia, por causa da sua importunação, e lhe dará tudo o de que ele necessitar” (Lc 11.8).

De que o diabo se preocupará sobre nossas orações, a menos que oremos até que Deus responda?

Carlos Finney escreveu: “Conheci um homem no Oeste que era um homem bom, mas que tinha idéias erradas a respeito da oração da fé. Sua família estava crescendo e nenhum deles estava convertido. Depois de um tempo, seu filho adoeceu e parecia estar à beira da morte. O pai orou, mas o filho ficou cada vez pior, aproximando-se da sepultura sem esperança.

O pai orou até que sua angústia tor nou-se inexprimível. Continuou derramando sua alma como alguém que não podia ser negado, até que alcançou uma segurança de que seu filho não só viveria, mas se converteria – e não só ele, mas toda sua família se converteria a Deus.

Depois disso, o pai entrou na sua casa, e anunciou para sua família que seu filho não morreria. Ficaram todos atônitos. ‘Estou dizendo que ele não morrerá,’ ele disse. ‘E nenhum dos meus filhos morrerá nos seus pecados.’ De fato, todos os filhos daquele homem se converteram há alguns anos.”

 

fonte jornal o arauto da sua

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