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Discipulado
Discipulado

 DISCIPULADO 

   

                                           Confiando firmemente em Deus

 

Confiança: Disposição espiritual pelo qual o crente entrega se, sem reservas, aos cuidados de Deus.

 

Confiar em Deus é viver convictos de que tudo está em suas mãos. Na Bíblia, haveremos de encontrar o necessário lenitivo para todas as nossas angústias. O que vem ser, porém, essa confiança? De que maneira podemos cultivá-la?

 

I. O QUE É A CONFIANÇA EM DEUS

 

1. Definição. A confiança em Deus é a disposição espiritual de entregar-se, sem quaisquer reservas, aos seus cuidados, sabendo que Ele tudo fará para que, em nossa vida, sua glória seja plenamente exaltada.

2. A confiança em Deus como disciplina teológica. A confiança nas providências divinas faz parte daquilo que podemos chamar de teologia espiritual ou devocional. O livro de Salmos, aliás, é ao mesmo tempo profundamente teológico e inesquecivelmente devocional. Basta ler, por exemplo, o Salmo 37 que serve de base para a leitura em classe.A confiança em Deus é a disposição espiritual pelo qual o crente entrega-se, sem reservas, aos cuidados de Deus.

 

II. A BASE DA CONFIANÇA EM DEUS

 

1. A soberania de Deus. Nada ocorre sem a expressa permissão de Deus (Dn 4.34-37). Este é o princípio da soberania divina, que pode ser assim definida: Autoridade absoluta e inquestionável que Deus exerce sobre todas as coisas criadas, quer na terra, quer nos céus, dispondo de tudo de acordo com os conselhos e desígnios. Leia o capítulo 42 do Livro de Jó.

Por conseguinte, quem descansa na soberania de Deus, não se estressa nem se desespera: sabe que todas as coisas acontecem de acordo com o divino querer (Sl 4.8).

2. A sabedoria de Deus. A sabedoria de Deus, pois, é o atributo por intermédio do qual o Ser Supremo sustenta todas as coisas, fazendo com que tudo contribua para a consecução de seus planos, decretos e desígnios (Ef 3.10). Somente Ele é capaz de operar de tal maneira, fazendo com que tudo na vida de seus filhos contribua para a sua excelsa glória e para a nossa maior felicidade (1 Rs 3.28).

3. O poder de Deus. Confiamos em Deus porque Ele pode todas as coisas; nada lhe é impossível (Mt 19.26). Conforme a sua vontade, opera Ele em nossa vida, fazendo com que todos os seus planos se cumpram quer admitam os homens, quer tentem impedir-lhe os desígnios (Jó 42.2). Haja vista o nascimento de Cristo. O inferno todo se arvorou para que o Messias não viesse ao mundo. Todavia, o Senhor operou, desde a mais remota antiguidade, para que o seu Filho viesse ao mundo na plenitude dos tempos, a fim de executar o Plano de Salvação (Gl 4.4).

4. A provisão de Deus. Deus tudo provisiona, objetivando a execução de seus planos em nossa vida. O que diremos da história de José? O que parecia uma tragédia pessoal, transformou-se num plano de salvação nacional (Gn 45.7). Se num primeiro momento o hebreu é vendido como escravo para o Egito, no segundo, Deus o levanta como o senhor de toda aquela terra. E, assim, pôde ele sustentar os hebreus, dos quais adviria o Cristo. Da mesma forma ocorre em nossa vida, o que aparentemente parece uma tragédia, transforma-se, de acordo com o querer divino, num triunfo pessoal para maior glória do nome de Deus.

5. O amor de Deus. Todos os atos de Deus são atos do mais puro e elevado amor (Rm 5.5). Mesmo que nos sejam dolorosos no presente, trazem-nos inefáveis consolos no porvir. Confiemos, pois, em Deus até mesmo onde o consolo parece impossível. Se os homens vêem apenas lágrimas, enxergamos nós o lenitivo que emana do coração de Deus diretamente para o nosso coração (Is 49.13).As bases da confiança do crente no Senhor são: a soberania, sabedoria, poder, provisão e amor de Deus.

 

III. EXEMPLOS DE CONFIANÇA EM DEUS

 

Vejamos, os exemplos nas Sagradas Escrituras.

1. Abraão. Era o crente Abraão tão confiante no Senhor que, mesmo diante da desesperança, cultivava a esperança em Deus (Rm 4.18; Hb 11.11,12).

2. Jó. No auge de suas provações, demonstra o patriarca Jó que a sua confiança em Deus continuava inabalável (Jó 19.25).

3. Paulo. Apesar de enfrentar tantas dificuldades em seu ministério, Paulo possuía uma confiança singular naquele que tudo realiza e opera (2 Tm 1.12).Nas Escrituras encontramos diversos exemplos de confiança em Deus, entre eles podemos destacar: Abraão, Jó e Paulo.

 

IV. COMO EXERCER A NOSSA CONFIANÇA EM DEUS

 

1. Vivendo pela fé. Habacuque, num momento de aparente crise espiritual, ouviu do Senhor esta maravilhosa expressão que, séculos mais tarde, seria citada pelo apóstolo: “Mas o justo viverá pela sua fé” (Hc 2.4 - ARA). Por conseguinte, se também vivermos pela fé, jamais nos faltará a necessária confiança em Deus.

2. Vivendo sem ansiedade. A falta de confiança em Deus gera ansiedade, e a ansiedade acaba por dar à luz a depressão. Por isto, o conselho de Paulo tem de ser aplicado por aqueles que anseiam um viver tranquilo e sossegado, conscientes de que Deus está no comando de tudo (Fp 4.6).

3. Vivendo em oração. Aos irmãos de Tessalônica, recomenda Paulo: “Orai sem cessar” (1 Ts 5.17). O que isto significa? Antes de mais nada, temos de apresentar ao Senhor todas as nossas petições, na certeza de que Ele é poderoso para no-las suprir.

4. Vivendo a Bíblia Sagrada. O general Josué recebeu do Senhor esta recomendação: “Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido” (Js 1.8). Agindo assim, aprenderemos a viver de modo vitorioso; nenhum mal nos atingirá.O cristão exerce confiança em Deus quando vive pela fé, sem ansiedade, em oração e conforme a Palavra de Deus.

 

Confia você inteiramente em Deus? Ele se acha ao nosso redor, levando-nos a viver triunfantemente. Basta confiar em Deus e crer em suas promessas que “são mui ricas para nos valer”. É por isto que, em nossos cultos, louvamos a Deus, proclamando: “firmes nas promessas do meu Salvador”. 

 

1. Confiança na Palavra de Deus. A declaração de Paulo: ‘Porque sei que disto me resultará salvação’ é uma citação textual de Jó 13.16 no Antigo Testamento grego. A palavra ‘sei’ vem da palavra grega oida, que significa saber com certeza. Paulo está exprimindo uma firme confiança no que está para acontecer .

2. Confiança nas Orações dos Santos. Paulo acreditava nos eternos propósitos de Deus, estabelecidos antes mesmo da existência do tempo. Todavia, era de seu conhecimento que Deus trabalha e realiza seus propósitos em associação com as orações dos crentes.(MACARTHUR, JR. J. O poder do sofrimento. 4.ed., RJ: CPAD, 2002, pp.63-4.)O crente deve estar em constante harmonia com a vontade de Deus para a sua vida, servindo-o e ajudando outras pessoas em nome dEle. Devemos amar e submeter-nos a Deus pela fé em Cristo, se quisermos que o Senhor opere para o nosso bem em todas as coisas.Para termos sobre nós o cuidado de Deus, devemos clamar a Ele em oração e fé perseverante. Pela oração e confiança em Deus, experimentamos a paz, recebemos a força, a misericórdia, a graça e ajuda divina em tempos de necessidade.

                            

 

 

                   

 

 

 

 

 

FIGURA

 

SIGNIFICADO

 

APLICAÇÃO

 

PRÊMIO

 

 

 

SOLDADO

 

Disciplina na aflição (1 Co 9.7a; 2 Co 10.3-5; Ef 6.10-10)

 

Resistência e perseverança no sofrimento

 

Aprovação do Comandante

 

 

 

ATLETA

 

Disciplina no cumprimento das regras (1 Co 9.24-27)

 

Resistência e perseverança no que é reto

 

Coroa da vitória

 

 

 

LAVRADOR

 

Disciplina na paciência e perseverança (1 Co 9.7b,10-12)

 

Resistência e perseverança para colher os frutos

 

Resistência e perseverança para colher os frutos do labor

 

 

 

 

 

 

 

Disciplina: Prática, submissão e observação a certos preceitos que regulam e orientam o viver cotidiano do indivíduo.

 

 

 

Infelizmente, pouca importância damos às disciplinas da vida cristã. Mostram as Escrituras, todavia, que, sem o seu exercício, jamais alcançaremos o alvo que nos traçou Deus através de Cristo: a estatura de um ser humano perfeito, como perfeito era Adão antes de haver transgredido a lei divina.Por que as disciplinas da vida cristã são tão importantes? Em que reside o seu mérito? Em sua doutrina? Ou em sua devoção? Aliás, que doutrina não é devocional e que devoção não é doutrinal? Os santos do Antigo e do Novo Testamento, em sua peregrinação rumo à Jerusalém Celeste, disciplinavam-se de tal forma que, ousada e bravamente, venceram um mundo comprometido com o maligno.Deseja você também triunfar? Não se esqueça das disciplinas espirituais. Ande como Jesus andou; torne-se parecido com o seu Senhor.

 

 

 

I. O QUE SÃO AS DISCIPLINAS DA VIDA CRISTÃ

 

 

 

John Wesley cultivava a piedade, de tal maneira, que os seus colegas, na universidade, apelidaram-no de o metodista. No orar e no estudar a Bíblia, metódico. Erguendo-se ele como um perfeito exemplo de vida cristã, não lhe foi penoso avivar a Inglaterra no século 18. Wesley sabia o quanto são importantes, para o crente, as disciplinas devocionais (Tt 1.7,8).

 

1. Definição. Disciplinas da vida cristã são os exercícios espirituais, prescritos na Bíblia Sagrada, cujo objetivo é proporcionar ao crente uma intimidade singular com o Pai Celeste, constrangendo os que nos cercam a glorificar-lhe o nome (Hb 12.8).

 

2. Elementos das disciplinas da vida cristã. De conformidade com as Sagradas Escrituras, estas são as disciplinas a que deve submeter-se o crente: adoração a Deus, leitura diária e sistemática da Bíblia, oração, serviço, mordomia do corpo e dos bens, etc. Tem você se dedicado a essas observâncias? Outros elementos, igualmente valiosos, poderiam ser aqui arrolados; estes, porém, já são mais do que suficientes, para mostrar a sublimidade de nossa carreira cristã.

 

Para inteirar-se melhor do assunto, recomendo a leitura do livro Disciplinas do Homem Cristão de R. Kent Hughes.As disciplinas da vida cristã são os exercícios espirituais que proporcionam ao crente uma intimidade com Deus. São elas: adoração, leitura da Bíblia, oração, entre outras.

 

 

 

II. SÍMBOLOS DAS DISCIPLINAS DA VIDA CRISTÃ

 

 

 

Há pelo menos três figuras que salientam as disciplinas da vida cristã: o soldado, o atleta e o agricultor. Sem exercício, perseverança e sacrifício pessoal, jamais seremos bem-sucedidos quer no campo de batalha, quer nas competições públicas ou no amanho da terra (Pv 23.23).

 

1. A disciplina do soldado. Como soldados de Cristo, ajamos de modo disciplinado e perseverante, a fim de agradar ao que nos arregimentou para a guerra: "Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra" (2 Tm 2.3-5). Tinha o apóstolo, em mente, o antigo soldado grego que, no campo de batalha, preferia o sacrifício da própria vida a existir sem honra.

 

2. A disciplina do atleta. No tempo de Paulo, eram os atletas mais do que disciplinados. Na conquista de uma coroa de louro, empenhavam-se além de suas forças; perseguiam o impossível. Descreve-os o apóstolo: "E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente" (2 Tm 2.5).

 

Se naqueles estádios, punham-se os competidores a lutar por uma vitória efêmera e corruptível, nós avançamos em busca de eternos galardões. Por isto temos de, à semelhança daqueles atletas, portar-nos de maneira viril e disciplinadamente: "E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível" (1 Co 9.25).

 

3. A disciplina do agricultor. A agricultura é a mais antiga das ciências; foi o primeiro trabalho de Adão e Eva (Gn 1.26-30). O cultivo da terra, principalmente depois da queda de nossos primeiros pais, tornou-se estressante e árduo. Eis porque o agricultor tanto carece de disciplina e paciência: "O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos" (2 Tm 2.6). No cultivo do fruto do Espírito também não devemos prescindir de disciplina e paciência. Afinal, temos de melhorar a cada dia, refletindo em tudo a imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo.Tem você agido com disciplina em seu cotidiano? Porta-se com a bravura e o desprendimento do soldado no combate às forças do mal? Abstém-se dos entretenimentos mundanos na conquista da coroa incorruptível? E o fruto do Espírito? Vem você cultivando-o pacientemente como aquele que lavra a terra?O soldado, o atleta e o agricultor são os três principais símbolos da vida cristã disciplinada. Eles exemplificam o exercício, a perseverança e o sacrifício pessoal necessários ao crescimento espiritual.

 

 

 

III. A EFICÁCIA DAS DISCIPLINAS DA VIDA CRISTÃ

 

 

 

Na História das Assembléias de Deus no Brasil, o irmão Emílio Conde narra como o Movimento Pentecostal chegou aos longes mais desconhecidos de nosso país. Diante daqueles relatos, é-nos impossível conter a pergunta: "Como Daniel Berg e Gunnar Vingren lograram tal façanha?" Disciplinados na piedade, foram capazes de suportar o insuportável e, assim, alargar as fronteiras do Reino de Deus.

 

1. As disciplinas da vida cristã são eficazes contra o pecado. Exilado em Babilônia, Daniel jamais deixou-se atrair por aqueles deuses belicosos e sensuais. Afinal, quando ainda adolescente, propusera no coração não se contaminar com os manjares e vinhos do rei (Dn 1.8). E, assim, pôde ele caminhar toda uma longevidade na presença de Deus. Tinha o profeta suficiente disciplina, a fim de recusar as ofertas da mais luxuriante metrópole do século VI a.C.

 

Você é suficiente forte para dizer não ao pecado?

 

2. As disciplinas da vida cristã são eficazes no serviço cristão. Foi Paulo, certamente, o mais aplicado missionário do Cristianismo. Em pouco tempo, quer acompanhado por Barnabé, quer auxiliado por Silas, logrou o apóstolo espalhar a mensagem cristã de Antioquia a Roma. Disciplinadíssimo, possuía um senso de abnegação tão grande que, mesmo às vésperas de sua execução pelas autoridades romanas, não deixou de anunciar as Boas Novas de Salvação (2 Tm 4).

 

Deseja você alcançar a excelência no serviço cristão? Aja como um soldado, porte-se como um atleta e cultive a perseverança do agricultor.As disciplinas da vida cristã são eficazes contra o pecado e no serviço cristão. 

 

Sem disciplina, não poderemos jamais agradar ao que nos arregimentou para o seu exército. Adoremos, pois, a Deus. Leiamos a Bíblia. Oremos. E exerçamos a mordomia de nossos corpos, haveres e tempo. Somente assim haveremos de exaltar a Cristo em nosso ser.Os heróis da fé “não fruíram logo os seus troféus”, conforme cantamos em nossos cultos de oração. Antes, lutaram de forma denodada e fidelíssima, até que o Senhor fosse plenamente glorificado em seus corpos. Quando lemos o capítulo 11 de Hebreus, fascinamo-nos, de imediato, por aqueles homens e mulheres que, na marcha para os céus, operaram o impossível. O segredo? A disciplina da piedade.Sejamos disciplinados em tudo; dominemo-nos em todas as coisas.

 

 

 

 “Paulo e a Disciplina.A declaração de Paulo a Timóteo, com relação à disciplina espiritual - ‘Exercita-te pessoalmente na piedade’ (1 Tm 4.7), envolve-se não de uma importância transcendente, mas de uma urgência pessoal. Há outras passagens que ensinam disciplina, mas este é o grande texto das Escrituras. ‘Exercita’ vem degymnos, que significa ‘despido’, termo do qual se deriva a palavra ginásio. No grego clássico, nas competições atléticas, os participantes competiam sem roupa, de modo que não fossem estorvados. Portanto, a palavra ‘exercita’ originalmente levava o significado literal de ‘exercitar-se despido’. Nos tempos do Novo Testamento, se referia a qualquer forma de exercício. Mas era uma palavra com odor de ginásio - o suor de um bom exercício. ‘Fazer ginástica (exercitar, treinar) com o propósito da religiosidade’ contém o sentimento do que Paulo está dizendo.

 

Suor Espiritual. Em uma outra palavra, ele está conclamando ao suor espiritual! Da mesma forma que o atleta se descartava e competia gymnos - livre de tudo que pudesse eventualmente sobrecarregá-lo - devemos livrar-nos de todo estorvo, toda associação, hábito e tendência que impeça a piedade. Se quisermos vencer, devemos despojar-nos até à nudez espiritual”.(HUGHES, R. K. Disciplinas do homem cristão. 3.ed., RJ: CPAD, 2004, p.6.)Nosso Senhor Jesus Cristo é o verdadeiro exemplo e fundamento de uma vida piedosa e disciplinada. Em tudo se mostrou devoto e cuidadoso: na tentação (Lc 4.1-13), na devoção (Lc 9.28-36), na oração (Lc 5.16; 6.12; 22.41), na comunhão com o Espírito Santo (Lc 4.1,14,18; 10.21), e no sofrimento (Lc 22.42-45).

 

“A piedade”, afirma a Bíblia, “para tudo é proveitosa” (1 Tm 4.8). As armaduras de Saul não couberam no jovem pastor (1 Sm 17.38,39), mas a piedade e a disciplina "para tudo lhe eram proveitosas" (1 Sm 17.45-47). Os discursos vazios dos amigos de Jó, pouco se mostraram úteis, entretanto, a devoção e a fé "em tudo lhe foram proveitosas" (Jó 19.1,2,25). O vulgar é ser indisciplinado, o raro, ser piedoso e ocupar-se com as disciplinas devocionais da vida cristã. Ora, se a piedade e a disciplina foram os trajes dos santos, com quais andrajos substituiríamos as vestes sagradas? Portanto, "exercita-te a ti mesmo em piedade" (1 Tm 4.7).

 

 

 

 

 

 A minha alma te ama, ó Senhor

 

 

 

O vocábulo comunhão, do grego koinōnia, não significa apenas "associação" ou "fraternidade", mas "relacionamento íntimo". Na Primeira Epístola de João encontramos a expressão "a nossa comunhão (koinōnia) é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo" (1.3). É preciso observar que o termo koinōnianão é usado no Evangelho de João, no entanto, o apóstolo prefere a palavra gregaginōskō, isto é, "conhecer". Porém, o sentido não se refere ao conhecimento por vias intelectuais, mas à intimidade com a coisa conhecida, refletindo o sentido dekoinōnia (Jo 15.15; 17.26). A comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo é o supremo bem que anela a alma do crente regenerado. Use o gráfico abaixo para ilustrar essa verdade.

 

 

 

COMUNHÃO CRISTÃ COM DEUS (1 Jo 1.3)

 

MEIOS DE COMUNHÃO COM A TRINDADE

 

 

 

Pai (1 Jo 1.6)

 

A Escritura (Sl 119.33-35)

 

 

 

Filho (1 Co 1.9)

 

Adoração (At 16.25,26)

 

 

 

Espírito Santo (2 Co 13.13; Fp 2.1)

 

Oração (Mt 6.9-13)

 

 

 

Anelo: Aspiração ardente da alma pela presença benfazeja do Senhor.Norman Snaith, comentando o Salmo 42, realça quão inefável é a comunhão que desfrutamos com o Senhor: "O homem que já experimentou a alegria da comunhão com Deus, não estará apático quanto às oportunidades de renovar, com Ele, a sua intimidade, quer em suas devoções particulares, quer nas adorações públicas. Esse homem simplesmente não consegue ficar longe de Deus. Sua alma sedenta haverá de o impelir sempre à presença do Pai Celeste".

 

Assim também diria William Bates, escritor puritano do século XVII. Ao discorrer sobre a intimidade entre a nossa alma e o Supremo Ser, descreve ele a alegria que lhe ia na alma: "A comunhão com Deus é o princípio do céu".

 

 

 

I. O QUE É A COMUNHÃO COM DEUS

 

 

 

Tem você sede de Deus? Anela por sua presença? Suspira por seus átrios? Anseia aprofundar com Ele a sua comunhão? Aliás, sabe você o que é, realmente, a comunhão com Deus?

 

1. Definição. A comunhão com Deus é a intimidade que o crente, mediante a obra redentora de Cristo e por intermédio da ação do Espírito Santo, desfruta com o Pai Celeste, e que o leva a usufruir de uma vida espiritual plena e abundante (Rm 5.1; 2 Co 13.13).

 

Andar com Deus é o mais perfeito sinônimo de comunhão com o Pai Celeste. Tão profunda era a comunhão de Enoque com o Senhor, que o mesmo Senhor, um dia, o tomou para si (Gn 5.24). Andar com Deus significa, ainda, ter uma vida como a de Eliseu que, por onde quer que fosse, era de imediato reconhecido como homem de Deus (2 Rs 4.9). Comunhão com Deus é ser chamado de amigo pelo próprio Deus (Is 41.8).

 

2. A comunhão com Deus é uma disciplina consoladora. Apesar de seus grandes e lancinantes sofrimentos, Jó sempre refugiava-se na comunhão com o seu Deus (Jó 19.25). Suas perdas eram grandes; aos olhos humanos, irreparáveis. Todavia, confiava ele nas providências de um Deus de quem era íntimo. Até parece que Willard Cantelon, autor de imortais devoções, inspirou-se na experiência de Jó, quando escreveu: "Posso suportar a perda de todas as coisas, exceto do toque de Deus na minha vida".A comunhão com Deus é a intimidade que o crente possui com o Pai, mediante a obra redentora de Cristo e da ação do Espírito Santo.

 

 

 

II. A ALMA HUMANA ANSEIA PELOS ÁTRIOS DE DEUS

 

 

 

O ser humano não é o resultado de um processo evolutivo; é a plenitude de um ato criativo de Deus (Gn 1.26). Se fomos criados por Deus, nossa alma, logicamente, aflige-se por Deus; anseia por seus átrios. E só haveremos de descansar, quando em Deus repousarmos (Sl 42.11). E se nos alongarmos do Criador? O vazio passa a ser a única realidade de nosso ser.

 

1. O vazio humano. Billy Graham visitava, certa vez, uma universidade norte-americana, quando perguntou ao reitor: "Qual o maior problema que o senhor enfrenta com os seus alunos". O educador respondeu-lhe: "Vazio. Há um vazio muito grande de Deus em seus corações". Como preencher este vazio?

 

Buscando preencher o vazio de sua alma, vagueia o homem pelo álcool, transita pelas drogas e erra pelos devaneios da carne. Depois de toda essa busca, conclui: "Não tenho neles prazer" (Ec 12.1 - ARA). Mas o que aceita a Cristo, experimenta uma vida abundante e inefável (Jo 4.14).

 

2. A plenitude da comunhão divina. Sabia o salmista que somente em Deus encontramos a razão de nossa existência e a satisfação plena de nossa alma. Eis por que deixa emanar de seus lábios este lamento: "Por que estás abatida, ó minha alma? E por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei. Ele é a salvação da minha face e Deus meu" (Sl 43.5).

 

John Bunyan, em O Peregrino, descreve a angústia da alma em sua jornada à Jerusalém Celeste. Quanto mais caminha, mais falta do Senhor vai sentindo até que, ao longe, avista a ditosa cidade, onde se encontra o amante de sua alma - Jesus Cristo.Somente a presença de Deus no coração dos homens poderá preencher o vazio da alma humana.

 

 

 

III. O DEUS DE NOSSA COMUNHÃO

 

 

 

Afinal, por qual Deus anseia a nossa alma? Pelo Deus teologicamente correto que se acomoda a todas as religiões e credos? Ou pelo Deus único e verdadeiro que se revelou a si mesmo por intermédio de nosso Senhor?

 

1. O Deus onipotente. O Deus pelo qual suspira a nossa alma pode todas as coisas; para Ele inexiste o impossível (Gn 1 7.1; Lc 1.37). Entretanto, há um grupo de teólogos modernos que, menosprezando as Sagradas Escrituras, ensinam: Deus na verdade é poderoso, mas não pode ser considerado Todo-Poderoso. Assim eles argumentam: "Fora Ele realmente poderoso e tudo soubesse, certamente evitaria as tragédias que tanto infelicitam a humanidade". Será que esses falsos doutores desconhecem a soberania de Deus? Se Ele permite determinados males, não nos cabe questionar-lhe as razões. De uma coisa, porém, estou certo: todos os seus atos são movidos pelo mais puro, elevado e sublime amor.

 

2. O Deus onisciente. O Deus, a quem tanto amamos, sabe todas as coisas; tudo lhe é patente. No Salmo 139, o salmista canta-lhe a onisciência, declarando que Ele nos conhece profundamente; esquadrinha nossos mais íntimos pensamentos, e não se surpreende com nenhuma de nossas ações.

 

Lecionam, porém, alguns dos sectários do Teísmo Aberto: "Deus, às vezes, é incapaz de penetrar nos recônditos de nosso livre-arbítrio, por ser-lhe este um mistério". Ora, se por um lado aceitamos o livre-arbítrio; por outro, cremos na soberania divina; esta é inquestionável. E não será nenhuma "liberdade libertária" que haverá de impedir o nosso Deus de sondar as mentes e corações (Ap 2.23).

 

3. O Deus de amor. Se Deus é amor, por que nos sobrevêm aflições, dores e perdas? Ainda que não tivéssemos resposta alguma a essa pergunta, de uma coisa teríamos convicção: Ele é amor; somente um Deus que é o mesmo amor, poderia enviar o seu Unigênito para redimir-nos de nossos pecados (Jo 3.16; 1 Jo 4.8). É por esse Deus que almejamos.

 

Quando aceitamos a Cristo, cientifica-nos Ele: a jornada ser-nos-á pontilhada de lutas e aflições, mas conosco estará até à consumação dos séculos (Jo 16.33). O Filho de Deus é bem claro quanto às aflições que nos aguardam: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me" (Lc 9.23). Se Ele nos amou com um amor eterno e sacrificial, por que deixaríamos nós de amá-lo? Oremos: "Cristo, tu sabes que, apesar de nossas imperfeições e falhas, nós te amamos". Leia o Salmo 34, e repouse em cada promessa que você encontrar.

 

4. O Deus soberano. No epílogo de suas provações, confessa Jó: "Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido" (Jó 42.2). Implicitamente, estava ele almejando aprofundar a sua comunhão com um Deus, cuja soberania é inquestionável. Este é o nosso Deus; por Ele nos desfalece a alma.

 

Por conseguinte, não podemos aceitar os falsos mestres e teólogos que, torcendo as Escrituras Sagradas, emprestam a Satanás uma soberania que pertence exclusivamente a Deus. Refiro-me àqueles que dizem, por exemplo, que, para Cristo salvar um pecador, é-lhe necessária a permissão do Diabo. Ora, Cristo jamais foi constrangido a negociar com Satanás; sua missão é clara. Veio Ele para destruir as obras do Maligno, e foi exatamente isso que fez na cruz do Calvário (1 Jo 3.8). Nada devemos ao Adversário. Adoremos, pois a Cristo. Mantenhamos com Ele a mais doce e meiga das comunhões. Por esse Deus maravilhoso, anseia a nossa alma.Cante, agora, com toda a sua alma, o hino 145 da Harpa Cristã.O único e verdadeiro Deus pelo qual o ser do crente anela é o Senhor onisciente, onipresente, de amor e soberano. 

 

Em suas Confissões, demonstra Agostinho um profundo e incontido anseio por Deus. Abrindo o coração, suspira: "Quem me dera descansar em ti! Quem me dera viesses ao meu coração e que o embriagasses, para que eu me esqueça de minhas maldades e me abrace contigo, meu único bem". O que evidencia esse anelo? Fomos criados por Deus, e por Deus ansiamos.

 

Sua alma tem sede de Deus? Se não o amarmos de todo o coração, jamais poderemos ser contados entre os seus filhos. Amar a Deus é a essência de nossa vida devocional.

 

 

 

 

 

"Princípios para uma espiritualidade sadia.Além da necessidade de termos uma vida de oração, estudarmos a Palavra de Deus e reservarmos todos os dias um tempo para buscar ao Senhor e adorá-lo em espírito e em verdade, acredito ser indispensável observarmos os seguintes pontos para a implementação do equilíbrio espiritual.

 

1) Espiritualidade sadia só é possível se somos guiados pelo Espírito Santo (Rm 8.1,14).

 

2) Não há espiritualidade sadia dissociada da Palavra de Deus. Ela é a nossa única regra de fé e prática. Por isso, o discurso pode arrepiar você, provocar frenesi, fazer chover, etc, mas se os princípios de vida espiritual chocam-se com a Palavra de Deus, sua espiritualidade é qualquer coisa, menos sadia (Sl 1; 119.107; Mt 7.24-27; Jo 17.17).

 

3) Uma espiritualidade sadia se apóia em Cristo, nosso Alvo, Autor e Consumador da nossa fé (Fp 3.12-16; Hb 12.1-3) não em ícones humanos. Grandes homens só são exemplos enquanto seguirem a Cristo (1 Co 11.1; Gl 1.8,9).

 

4) Espiritualidade sadia não é definida por estatísticas grandiosas. Se fosse assim, o islamismo, que cresce avassaladoramente em todo o mundo, seria padrão de espiritualidade sadia. A verdadeira espiritualidade é caracterizada pelo fruto do Espírito, obras de justiça, segundo o Evangelho de Cristo (Mt 7.21-23) [...]".

 

(DANIEL, S. Como vencer a frustração espiritual. RJ: CPAD, 2006, p.175.)

 

"A minha alma está anelante e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo" (Sl 84.2). O verdadeiro anelo da alma do crente regenerado é Deus! O Senhor é o supremo bem pelo qual anseia o cristão. O intelecto do cientista deseja o conhecimento (Ec 1.2,18), mas o espírito a Deus (Sl 111.10). A natureza pecaminosa do hedonista aspira o prazer (Ec 2.1), porém sua alma clama pelo Deus Vivo (Sl 84.2). A engenhosidade dos construtores almeja novas invenções (Ec 2.4), todavia, seu espírito anseia por ser coluna no templo de Deus (Ap 3.12). Enfim, não há proveito nas grandes conquistas e realizações humanas, tudo é "vaidade e aflição de espírito" (Ec 4.16). O fim último é: "Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem" (Ec 12.13). Portanto, amemos ao Senhor de todo nosso entendimento e alma. 

 

 

 

 

 

Oração - O diálogo da alma com Deus

 

 

 

 

 

O termo oração, do grego proseuchē, significa "invocar, pedir ou suplicar a uma divindade". No Antigo e Novo Testamento, a oração é o supremo recurso usado pelo povo de Deus para suplicar, agradecer, adorar, pedir, interceder e bendizer ao único e verdadeiro Senhor. Tão variados são os contextos e motivos pelos quais o crente ora, que a Bíblia emprega diversos vocábulos para descrever o diálogo da alma com Deus.

 

 

 

TIPO

 

SIGNIFICADO

 

REFERÊNCIA

 

 

 

Rogo

 

Pleitear, pedir com urgência, persuadir

 

Êx 33.13; Jz 6.39

 

 

 

Intercessão

 

Apelar, pleitear, interceder diante de

 

Is 53.12; Rm 8.26,27

 

 

 

Petição

 

Pedido intenso, solicitação, requisição

 

1 Sm 1.17; Fp 4.6

 

 

 

No Espírito

 

O Espírito como agente da oração; oração em línguas

 

Jd v.20; Ef 6.18

 

 

 

Súplica

 

Pedido de misericórdia, solicitação de um favor

 

1 Rs 8.33,34; Sl 30.8

 

 

 

Ação de Graças

 

Oração de gratidão ou louvor

 

Fp 4.6

 

 

 

 

 

Oração: É o ato reverente e piedoso por meio do qual o crente adora e aproxima-se de Deus. 

 

Como está a nossa vida de oração? Cultivamo-la diariamente? Ou já nos conformamos com o presente século? O pai da Reforma Protestante, Martinho Lutero, declarou certa vez que, quanto mais ocupado, mais se dedicava a falar com o Salvador.

 

 

 

I. O QUE É A ORAÇÃO

 

 

 

A oração distingue os discípulos do Nazareno como a mais singular e excelente comunidade de clamor da história (At 1.14). É impossível não divisar, nas Sagradas Escrituras e na prática da Igreja, uma teologia da oração. O que vem a ser, porém, esse exercício que nos introduz nos pavilhões do amor divino?

 

1. Definição. Oração é o ato pelo qual o crente, através da fé em Cristo Jesus e mediante a ação intercessora do Espírito Santo, aproxima-se de Deus com o propósito de adorá-lo, render-lhe ações de graça, interceder pelos salvos e pelos não-salvos, e apresentar-lhe as petições de acordo com a sua suprema e inquestionável vontade (Jo 15.16; Rm 8.26; 1 Ts 5.18; 1 Jo 5.14; 1 Sm 12.23).

 

2. Fundamentos da oração. A doutrina bíblica da oração tem os seus fundamentos:

 

a) Nos ensinos da Bíblia;

 

b) Na necessidade de o homem buscar a Deus;

 

c) Na experiência dos homens e mulheres que porfiaram em desejar a presença de Deus;

 

d) E na convicção de que Ele é bom para nos atender as petições. 

 

 

 

Oração é o ato reverente e piedoso através do qual o crente adora e se aproxima de Deus, mediante a intercessão de nosso Senhor Jesus Cristo.

 

 

 

II. OBJETIVOS DA ORAÇÃO

 

 

 

O pastor e erudito inglês, Mathew Henry, discorre sobre um dos objetivos da oração: "Quando Deus pretende dispensar grandes misericórdias a seu povo, a primeira coisa que faz é inspirá-lo a orar". Como discordar do irmão Henry? Todos já nos sentimos impulsionados a orar com mais intensidade nos momentos de decisão e de angústias; não podemos viver distanciados da presença divina.

 

1. Buscar a presença de Deus. "Quando tu disseste: Buscai o meu rosto, o meu coração te disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei" (Sl 27.8). Seja nos primeiros alvores do dia seja nas últimas trevas da noite, o salmista jamais deixava de ouvir o chamado de Deus para contemplar-lhe a face. Tem você suspirado pelo Senhor? Ou já não consegue ouvi-lo? Diante da sede pelo Eterno, que ia na alma de Davi, exorta-nos o pastor norte-americano Warren W. Wiersbe: "Não se limite a buscar a ajuda de Deus. Almeje a sua face. O sorriso de Deus é tudo o que você precisa para vencer as ciladas humanas".

 

2. Agradecê-lo pelos imerecidos favores. Se nos limitarmos às petições, nossa oração jamais nos enlevará ao coração do Pai. Mas se, em tudo, lhe dermos graças, até mesmo pelas tribulações que nos sitiam a alma, haveremos de ser, a cada manhã, surpreendidos pelos cuidados divinos.

 

Egoísta não era o coração do salmista. Num dos mais belos cânticos da Bíblia, manifesta ele toda a sua gratidão ao Senhor: "Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito? Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor. Pagarei os meus votos ao Senhor, agora, na presença de todo o seu povo" (Sl 116.12-14).

 

Tem você agradecido a Deus? Ou cada vez que se põe a orar apresenta-lhe uma lista de vaidosas e tolas reivindicações? Atente à exortação de Tiago 4.3.

 

3. Interceder pelo avanço do Reino de Deus. Na Oração Dominical, insta-nos o Senhor Jesus a orar: "Venha o teu Reino" (Mt 6.10). No Antigo Testamento, os judeus rogavam a Deus jamais permitisse que suas possessões viessem a cair em mãos gentias. Basta ler o Salmo 136 para se enternecer com o cuidado dos israelitas por sua herança espiritual e territorial.

 

Já no Testamento Novo, os apóstolos, mesmo às voltas com as perseguições, quer dos gentios quer dos judeus rebeldes, oravam a fim de que, em momento algum, a Igreja de Cristo acabasse por ser detida em seu avanço rumo aos confins da terra. Os Atos dos Apóstolos podem ser considerados uma oração, constante e fervorosa, pela expansão do Reino de Deus sem impedimento algum (At 28.30,31).

 

Se orássemos como John Knox, todo o nosso país já estaria aos pés do Salvador. Diante da miséria de sua gente, rogou: "Cristo, dá-me a Escócia se não morrerei". Como resultado de seu clamor, um avivamento varreu aquele país, levando milhares de impenitentes ao pé da cruz.

 

4. Apresentar a Deus nossas necessidades. Não temos de preocupar-nos com as nossas carências; em glória, o Pai Celeste no-las supre (Fp 4.19). Aleluia! Além disso, Ele "é poderoso para fazer [...] além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera" (Ef 3.20).

 

Ao invés de nos fixarmos em nossas necessidades, intercedamos. Enquanto estivermos rogando por nossos amigos e irmãos, estará Ele suprindo cada uma de nossas necessidades. Não foi exatamente isto o que se deu com o patriarca Jó? "E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía" (Jó 42.10).

 

5. Confessar a Deus nossos pecados e faltas (Dn 9.3-6). Não se limitava Daniel a confessar os pecados de seu povo; nessa confissão, sentida e repassada por um pranto incontido, também se incluía. Se lermos o capítulo nove do livro que lhe leva o nome, ver-nos-emos constrangidos a confessar cada uma de nossas iniqüidades. Alguém disse, certa vez, que Daniel não confessou os pecados de seu povo por atacado; especificou cada um deles.

 

Tem você confessado seus pecados a Deus? Saiba que Ele, em seu Filho Jesus, é fiel e justo para não somente perdoar-nos as faltas, como também para nos restaurar a comunhão consigo (1 Jo 1.7).Os principais objetivos da oração: buscar a Deus e agradecê-lo pelos imerecidos favores, interceder pelo avanço do Reino de Deus, confessar os nossos pecados e apresentar a Deus as necessidades pessoais.

 

 

 

III. CULTIVANDO O HÁBITO DA ORAÇÃO

 

 

 

John Bunyan, autor de O Peregrino, um dos maiores clássicos da literatura evangélica, faz-nos uma séria observação: "Jamais serás um cristão, se não fores uma pessoa de oração". Todavia, de que forma poderemos nós cultivar a prática da oração?

 

1. Orar cotidianamente. Quantas vezes devemos nós orar por dia? Fizéssemos a pergunta a Bunyan, responder-nos-ia: "Ore continuamente". Aliás, esta é a recomendação das Sagradas Escrituras aos que desejam vencer o mundo, e chegar ao regaço do Salvador amado (1 Ts 5.17). Daniel orava três vezes ao dia (Dn 6.10).

 

2. Sem interferências. Procurava Daniel falar com o Senhor livremente, longe do atribulado cotidiano de Babilônia: "Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer" (Dn 6.10).

 

Aliás, esta é a recomendação que nos faz o Senhor Jesus: "Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará" (Mt 6.6). Tem você um lugar e uma hora para a oração? Quando estiver falando com o Pai Celeste, não admita interferências: desligue o telefone, o celular, o computador; enfim, desligue o mundo à sua volta. Nada é mais importante do que a audiência que você marcou com o Pai Celeste.O cultivo da prática da oração se manifesta através da oração perseverante, cotidiana e bíblica, conforme Mateus 6.6.Sem oração, jamais haveremos de mover a mão de Deus para que haja sobrenaturalmente, no mundo, por intermédio de seu povo. Tem você cultivado a oração? É chegado o momento de buscarmos, ainda mais, a presença de Deus (Is 55.6). 

 

"Vivendo a graça da oração verdadeira.Orar não é um monólogo, através do qual você fala o tempo todo, sem haver quem lhe responda. É mais apropriado definir como diálogo, através do qual você fala com Deus e, ao mesmo tempo, ouve-lhe a voz. Certa vez, o pastor Antonio Gilberto definiu a oração como 'uma via de mão dupla, mediante a qual, de um lado, com sua carga de súplicas, você vai ao encontro de Deus, e de outro, Ele vem ao seu encontro com respostas'. Isto significa afirmar que nossas orações, sem nenhuma sombra de dúvida, são objetos do cuidado especial do Pai, que sempre se dispõe a respondê-las, embora haja ocasiões em que não compreendemos (ou não aceitamos) a forma como nos responde [...].

 

Mas o que é a oração, senão o oxigênio da alma que mantém o vigor da vida espiritual? É óbvio que orar exige disciplina, porém jamais deve constituir-se em rotina desagradável, da qual, enquanto nos é possível, fugimos. Orar não é uma sucessão de palavras ao vento. Não é simplesmente ferir os joelhos de tanto ficarmos ajoelhados e apresentá-los como troféu de nossa pretensa espiritualidade. Orar é perceber com clareza, entre milhões de alaridos, o cicio que identifica a doce voz do supremo pastor.".(COUTO, G. A transparência da vida cristã. RJ: CPAD, 2001, pp. 162,164.) 

 

Jesus orava constantemente. Ele perseverou em oração durante todo o seu ministério terreno. O Evangelho de Lucas descreve, mais do que os outros, a devoção pessoal de Jesus na oração. Antes de escolher os apóstolos, Ele "passou a noite em oração" (6.12); quando interrogou os discípulos acerca de sua identidade, Jesus estava "orando em particular" (9.18); antes de ensinar a oração do "Pai nosso", o Mestre estava "orando num certo lugar" (11.1) e, no Getsêmani, em agonia, "orava mais intensamente" (22.44). Jesus, portanto, estava em constante comunhão com o Pai através da oração. Ora, se o próprio Cristo perseverou em oração, como alguns de seus filhos modernos negam-se a seguir-lhe o piedoso exemplo? Perseveremos em oração! Sigamos o nobre exemplo de nosso Senhor Jesus Cristo.

 

 

 

 

 

 A leitura devocional da Bíblia

 

 

 

Você já leu toda a Bíblia? Quanto tempo o prezado mestre reserva para a leitura das Sagradas Escrituras? Você sabia que em setenta e duas horas uma pessoa consegue ler toda a Bíblia? Se o professor reservar trinta minutos diários para a leitura da Palavra de Deus, em um ano terá dedicado cerca de 180hs de leitura devocional! O caro docente poderá ler a Escritura duas vezes em doze meses se dispuser de apenas meia hora por dia! Basta ser disciplinado.

 

 

 

Ler não é apenas decodificar os signos de um texto, mas compreendê-lo. Assim como o eunuco, de Candace, muitos alunos lêem a Bíblia, mas não a compreendem (At 8.30-32). Há diversas formas de leitura da Bíblia:leitura devocional - o leitor busca o aperfeiçoamento espiritual e moral (leitor introspectivo); leitura exegética - o leitor quer entender a estrutura, contextos e objetivos do texto (leitor analítico); leitura didática - o leitor deseja saber as bases doutrinárias da Bíblia (leitor receptivo). No link abaixo há um arquivo que contém um Plano Anual de Leitura da Bíblia, encontrado na Bíblia de Estudo Pentecostal da CPAD.

 

 

 

 

 

          Leitura: Ato, efeito ou processo de compreender textos.

 

 

 

Vveremos por que a leitura da Bíblia é-nos tão imprescindível e vital. Aliás, mais imprescindível do que o ar que respiramos e mais vital do que o pão que nos sustenta (Dt 8.3). Tem você a necessária disciplina para ler e estudar a Bíblia? Faz-se a Palavra de Deus parte de seu cotidiano? (Sl 119.97). Ou ela já se perdeu entre os livros de sua estante?

 

 

 

I. O QUE É A BÍBLIA

 

 

 

1. Definição. A definição mais simples, porém direta e forte, que encontramos das Escrituras Sagradas é esta: A Bíblia é a inspirada e inerrante Palavra de Deus. Infelizmente, nem todos os teólogos aceitam a ortodoxia deste conceito; alegam que, neste, há um desconcertante simplismo. Todavia, encontra-se esta definição isenta do erro dos liberais e livre das sutilezas dos neo-ortodoxos.

 

2. A posição liberal. Os liberais sustentam que a Bíblia apenas contém palavras de Deus, mas não é a Palavra de Deus. Outros liberais vão mais longe: asseveram que a Bíblia não é nem contém a Palavra de Deus; não passa de um livro qualquer.

 

3. A posição neo-ortodoxa. Já os neo-ortodoxos lecionam: a Bíblia torna-se a Palavra de Deus à medida que, alguém, ao lê-la, tem um encontro experimental com o Senhor Jesus. Todavia, quer o leitor da Bíblia curve-se quer não se curve ante os arcanos divinos, continuará a Bíblia a ser a Palavra de Deus.

 

4. A posição ortodoxa. Os ortodoxos, porém, com base nas Sagradas Escrituras, asseveramos que a Bíblia é, de fato, a Palavra de Deus. Ela não se limita a conter a Palavra de Deus; ela é a Palavra de Deus. Ela também não se torna a Palavra de Deus; ela é e sempre será a Palavra de Deus (2 Tm 3.16).A posição ortodoxa sustenta ser a Bíblia a inspirada e inerrante Palavra de Deus, conforme 2 Tm 3.16. Porém, os liberais afirmam que ela apenas contém, e os neo-ortodoxos que se torna a Palavra de Deus.

 

 

 

II. AS GRANDES REIVINDICAÇÕES DA BÍBLIA

 

 

 

É de fundamental importância tenhamos sempre, no coração, as grandes reivindicações da Bíblia Sagrada: sua inspiração, inerrância, infalibilidade, soberania e completude.

 

1) A inspiração da Bíblia. Já que a Bíblia é a Palavra de Deus, sua inspiração não é comum nem vulgar; é singular e única, porquanto inspirada pelo Espírito Santo. As Escrituras mesmas reconhecem sua divina inspiração (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21).

 

2) A inerrância da Bíblia. Inspirada divinamente, há que se concluir: a Bíblia acha-se, em termos absolutos e infinitos, isenta de erros. Nela, não encontramos a mínima inexatidão quer histórica, quer geográfica, seja teológica seja doutrinária (Sl 19.7; 119.140).

 

3) A infalibilidade da Bíblia. A Bíblia não é apenas inerrante; é também infalível. Tudo o que o Senhor prometeu-nos, em sua Palavra, cumpre-se absolutamente. Entretanto, há teólogos que alegam defender a infalibilidade da Bíblia, mas lhe rejeitam a inerrância. Ora, como podemos considerar algo infalível se é errante? Sua errância, por acaso, não virá a contraditar-lhe, inevitavelmente, a infalibilidade?

 

Quanto a nós, reafirmamos: tanto a inerrância quanto a infalibilidade da Bíblia são incontestáveis (Dt 18.22; 1 Sm 3.19; Mc 13.31; At 1.3).

 

4) A soberania da Bíblia. Evangélicos e herdeiros da Reforma Protestante, confessamos ser a Bíblia a autoridade suprema em matéria de fé e prática (Is 8.20; 30.21; 1 Co 14.37). Isto significa que encontra-se a Bíblia acima das tradições e primados humanos; ela é a inquestionável e absoluta Palavra de Deus.

 

5) Completude da Bíblia. O Apocalipse encerrou, definitiva e irrecorrivelmente, o cânon da Bíblia Sagrada; nenhuma subtração, ou adição, está autorizada à Palavra de Deus (Ap 22.18-21). Portanto, não se admite quaisquer escrituras, profecias, sonhos ou visões que, arrogando-se palavra de Deus, reivindique autoridade semelhante ou superior a Bíblia.

 

 

 

A inspiração, inerrância, infalibilidade, soberania e completude são as principais reivindicações da Bíblia a respeito de sua singularidade e procedência divina.

 

 

 

III. COMO LER A BÍBLIA

 

 

 

Afirmou com muita precisão o teólogo Martin Anstey "A qualificação mais importante exigida do leitor da Bíblia não é a erudição, mas sim a rendição; não a perícia, mas a disposição de ser guiado pelo Espírito de Deus". Estudemos, pois, a Palavra de Deus, conscientes de que o Senhor continua a falar-nos hoje como outrora falava a Israel e à Igreja Primitiva. Devemos, por conseguinte:

 

1. Amar a Bíblia. Nossa primeira atitude em relação à Bíblia é amá-la como a inspirada Palavra de Deus. Declara o salmista todo o seu amor às Escrituras: "Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia" (Sl 119.97).

 

2. Ter fome da Bíblia. Se tivermos fome pela Bíblia, haveremos de lê-la todos os dias. Se é penoso passar sem o pão de cada dia, como privar-se do alimento que nos vem diretamente do Espírito de Deus - as Sagradas Escrituras? O profeta Ezequiel, tão logo encontra a Palavra de Deus, come-a (Ez 3.3).

 

3. Guardar a Bíblia no coração. Ao cantar as belezas da Palavra de Deus, o salmista confessa ternamente: "Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti" (Sl 119.11). Os leitores periféricos da Bíblia lêem-na, mas dela se esquecem. Não assim o suave cantor de Israel; mesmo fechando-a depois de seu devocional, abria-a em seu coração.

 

4. Falar continuamente das grandezas singulares da Bíblia. Eis o que Moisés prescreve aos filhos de Israel, a fim de que estes jamais venham a se esquecer dos mandamentos do Senhor: "Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por testeiras entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas" (Dt 6.6-9).O cristão piedoso deve ler a Bíblia com amor, apetite, disposição para guardá-la e interesse em comunicar suas singulares grandezas.

 

 

 

IV. OS EFEITOS DA BÍBLIA EM NOSSA VIDA

 

 

 

Quanto mais lermos a Bíblia, mais sábios nos tornaremos. Ela orienta-nos em todos os nossos caminhos; consola-nos quando nenhum consolo humano é possível; mostra-nos a estrada do Calvário e leva-nos ao lar celestial.

 

1. A Bíblia dá-nos sabedoria. "Os teus mandamentos me fazem mais sábio que os meus inimigos; porque, aqueles, eu os tenho sempre comigo" (Sl 119.98 - ARA).

 

2. A Bíblia dá-nos a orientação segura. "Tu és a minha rocha e a minha fortaleza; [...] guia-me e encaminha-me" (Sl 31.3).

 

3. A Bíblia dá-nos o necessário consolo. "Isto é a minha consolação na minha angústia, porque a tua palavra me vivificou" (Sl 119.50).

 

4. A Bíblia dá-nos a provisão de salvação. "Desfalece-me a alma, aguardando a tua salvação; porém espero na tua palavra" (Sl 119.81 - ARA).

 

5. A Bíblia leva-nos ao lar celeste. No encerramento do cânon sagrado, somos revigorados com a viva esperança de, um dia, virmos a tomar posse da Cidade Santa (Ap 22.18-20).A leitura diária da Bíblia proporciona ao crente: sabedoria, orientação, consolo, provisão de salvação e o conduz ao lar celeste.

 

Tem você lido regularmente a Bíblia? Ela é o seu consolo? Ou não passa a Palavra de Deus de um simples acessório em sua estante? É hora de nos voltarmos, com mais empenho e amorosa dedicação, ao Livro de Deus.

 

 

 

                        O que é a meditação bíblica?

 

 

 

O verdadeiro objetivo da meditação bíblica não é ajudar ninguém a fugir da angústia de um divórcio, ou do dissabor de uma doença grave, escondendo-se em um mundo fantasioso. Pelo contrário, a verdadeira meditação nos ajuda a aplicar a verdade bíblica a circunstâncias difíceis ou estressantes.

 

Algumas palavras descrevem a meditação cristã da Escritura: refletir, ponderar e até ruminar. Assim como a vaca primeiro engole a comida para mais tarde regurgitá-la e mastigá-la outra vez; também o crente, em seu momento de reflexão, alimenta a memória com a Palavra de Deus e depois a traz de volta a seu consciente, quantas vezes forem necessárias. Cada nova 'mastigação' produz ainda mais nutrientes para o sustento da vida espiritual.

 

A meditação, portanto, nada mais é que o processo de revolver a verdade bíblica na mente sem parar, de forma a obtermos maior revelação do seu significado e certificarmo-nos de que a aplicamos a nossas vidas diárias. J. I. Packer certa vez disse que "meditar é despertar a mente, repensar e demorar-se sobre um assunto, aplicar a si próprio tudo que se sabe sobre a obra, os caminhos, os propósitos e as promessas de Deus'".(HODGE, K. A mente renovada por Deus. RJ: CPAD, 2002, pp. 85-6.)

 

 

 

"Alegrar-me-ei em teus mandamentos, que eu amo" (Sl 119.47). Em um outro belo e piedoso verso o salmista prorrompe: "Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia" (v.97). As igrejas de todo o Brasil costumam organizar gincanas, sorteios e usar estratégias de marketing para atrair cada vez mais alunos para a Escola Bíblica Dominical. Não há qualquer problema nesses métodos. Porém, nenhuma dessas estratégias seria necessária se cada crente amasse ardentemente as Escrituras, assim como o salmista. O que deve incitar o crente à Escola Dominical é o incomensurável amor pela Palavra de Deus. Que todos os crentes exclamem como o poeta: "Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca... Pelo que amo os teus mandamentos mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro fino" (vv.103,127).

 

 

 

 A sublimidade do culto cristão

 

 

 

Culto: Adoração ou homenagem reverente que se presta a Deus.

 

 

 

"Quantas lágrimas verti, de profunda comoção, ao mavioso ressoar de teus hinos e cânticos em tua igreja! Aquelas vozes penetravam nos meus ouvidos e destilavam a verdade em meu coração, inflamando-o de doce piedade, enquanto corria meu pranto e eu sentia um grande bem-estar".Estas palavras de Agostinho, o maior teólogo da cristandade ocidental, constrangem-nos a entrar, humilde e amorosamente, nos átrios do culto divino. Já na intimidade do trono da graça, é-nos impossível conter as lágrimas ao som dos hinários cristãos. E as intervenções celestes? E a exposição da Palavra? O que vem a ser, todavia, o culto cristão?

 

 

 

I. O QUE É O CULTO CRISTÃO

 

 

 

Diante do profundo significado da páscoa hebraica, as crianças israelitas indagavam a seus pais: "Que culto é este vosso?" (Êx 12.26). E os pais, adornados com a paciência tão própria dos filhos de Abraão, narravam-lhes os acontecimentos que deram origem à páscoa. Estaremos nós também aparelhados a explicar aos nossos filhos a importância do culto cristão?

 

1. Definição etimológica. A palavra culto é originária do vocábulo latino "culto", e significa adoração ou homenagem que se presta ao Supremo Ser. No grego, temos duas palavras para culto: "latréia", significando adoração; e: "proskynēo", reverenciar, prestar obediência, render homenagem.

 

2. Definição teológica. O culto é o momento da adoração que tributamos a Deus; marca o encontro do Supremo Ser com os seus adoradores. Eis porque, durante o seu transcurso, cada membro da congregação deve sentir-se e agir como integrante dessa comunidade de adoração - a Igreja de Cristo.O culto, do grego latréia e proskynēo, é o momento através do qual os filhos de Deus adoram a Deus em espírito e em verdade. Literalmente quer dizer: adorar e reverenciar a Deus.

 

 

 

II. OBJETIVOS DO CULTO PUBLICO CRISTÃO

 

 

 

Afirmou o reformador francês João Calvino: "O primeiro fundamento da justiça é, sem dúvida, a adoração a Deus". Justificados pela fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, não podemos fugir à nossa responsabilidade; devemos reunir-nos, periodicamente, a fim de cultuá-Lo, em espírito e verdade.

 

Vejamos, pois, os objetivos do culto público cristão.

 

1. Levar-nos a reconhecer a Deus como o nosso Criador e Mantenedor de tudo quanto existe. Atentemos à convocação do salmista: "Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os moradores da terra. Servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos a ele com canto. Sabei que o Senhor é Deus; foi ele, e não nós, que nos fez povo seu e ovelhas do seu pasto" (Sl 100.1-3).

 

2. Instigar nos a agradecer a Deus como o nosso Salvador através de Cristo. Assim reconhece o profeta a sua dependência do Redentor: "Eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação" (Hc 3.18).

 

3. Constranger-nos a nos humilhar diante de Deus como aquEle que, sempre presto, nos perdoa as iniqüidades. Deixa-nos o salmista este belo exemplo de ações de graças: "É ele que perdoa todas as tuas iniqüidades" (Sl 103.3).

 

4. Estimular nos a nos alegrarmos diante de Deus como aquEle que nos cura todas as enfermidades e que nos enche de benignidades.Vejamos como o salmista induz-nos a celebrar o Senhor: "Quem redime a tua vida da perdição e te coroa de benignidade e de misericórdia; quem enche a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a águia" (Sl 103.4,5).Os principais objetivos do culto público são: reconhecer a Deus como o Criador e Mantenedor de todas as coisas; instigar à gratidão e à rendição a Deus; proporcionar alegria espiritual.

 

 

 

III. O CULTO PARTICULAR E DOMÉSTICO A DEUS

 

 

 

Se o culto público é importante, o particular é imprescindível. Se não podemos estar no templo todos os dias, sempre é possível estar ao pé de Cristo, onde quer que estejamos.

 

1. O que é o culto particular a Deus. É o meio de que dispomos para manter não somente a nossa comunhão com o Salvador, mas para vivermos uma existência repleta de regozijo espiritual. Leia, com muita atenção, a Epístola de Paulo aos Filipenses.

 

O culto doméstico é, de igual modo, uma devoção particular a Deus.

 

2. O culto doméstico. A família que, unida, cultua a Deus, permanecerá unida seja na bonança seja nos temporais que nos ameaçam o frágil barquinho. Não podemos, sob hipótese alguma, desprezar a devoção em família para não fracassarmos como indivíduos. Tem você realizado o culto doméstico com regularidade e constância? Leia, neste momento, o Salmo 128, e veja o retrato de uma família que celebra o nome do Senhor.

 

Embora não haja uma liturgia prescrita às nossas devoções particulares e domésticas, é conveniente manter os seguintes elementos: oração, jejum, cânticos e leitura da Palavra de Deus com rápidos comentários. O culto particular a Deus, ou doméstico, é o meio de que o crente dispõe para manter, juntamente com toda a família, comunhão com nosso Senhor Jesus Cristo.

 

 

 

IV. COMPONENTES DO CULTO CRISTÃO

 

 

 

A liturgia da Igreja Primitiva, ao contrário do culto levítico, era simples e pentecostal. Os dons espirituais faziam parte dos serviços, e não se estranhava quando alguém manifestava-se noutras línguas; eram estas interpretadas, exortando, consolando, edificando os fiéis, e descobrindo os corações aos incrédulos.

 

Em pelo menos três ocasiões, o apóstolo Paulo refere-se aos elementos que acompanhavam o culto da Igreja Primitiva.

 

1. Aos coríntios. Deixa Paulo bem patente, aos irmãos de Corinto, que os atos litúrgicos devem ser usados para a edificação: "Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação" (1 Co 14.26).

 

2. Aos colossenses. Já aos colossenses, realça ele os cânticos na adoração cristã: "Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração" (Cl 3.16 - ARA).

 

3. Aos efésios. Finalmente aos efésios, mostra o apóstolo que a liturgia é um eficiente meio da graça para enlevar a espiritualidade (Ef 5.18-21).

 

4. Elementos do culto cristão. Embora não siga necessariamente esta ordem, aqui estão os elementos do culto cristão: doutrina, revelação, línguas estranhas e interpretação, salmos, hinos, cânticos espirituais e ações de graças.Os elementos que compõem o culto cristão estão expressos em várias passagens do Novo Testamento, entre os quais se destacam: doutrina, revelação, línguas estranhas e interpretação, salmos, hinos, cânticos espirituais e ações de graças.

 

 

 

V. ATITUDES NO CULTO CRISTÃO

 

 

 

Com que me apresentarei diante do Senhor? Eis a pergunta que o escritor sacro endereça ao Todo-Poderoso. Vejamos algumas coisas a serem observadas quando entrarmos na Casa de Deus para cultuá-Lo:

 

1. Reverência e profundo temor. "Guarda o teu pé, quando entrares na Casa de Deus; e inclina-te mais a ouvir do que a oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal" (Ec 5.1).

 

2. Alegria e regozijo. "Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor!" (Sl 122.1).

 

3. Predisposição e discernimento espirituais. "Acordado, pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. E temeu e disse: Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a Casa de Deus; e esta é a porta dos céus" (Gn 28.16,17).

 

4. Espírito de oração e súplicas. Aflita, a mãe do profeta Samuel entrou na casa do Senhor e, ali, derramou a sua alma: "Ela [Ana], pois, com amargura de alma, orou ao Senhor e chorou abundantemente" (1 Sm 1.10).

 

5. Espírito de louvor e cânticos. "Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome" (Sl 100.4).As principais atitudes do adorador são: reverência e profundo temor, alegria e regozijo, predisposição e discernimento espiritual, espírito de oração, súplicas e de louvor. 

 

 

 

Tem você cultuado a Deus na beleza de sua santidade, como a Bíblia o requer? Cultuar a Deus não significa, meramente, ir à igreja; significa entrar no santuário divino com ações de graças como o fazia Davi. Não importa onde você esteja; adore a Deus.

 

 

 

 

 

 

 

                               O culto em Três Dimensões

 

 

 

Um adjetivo-chave, usado com freqüência no Novo Testamento para descrever os atos apropriados de culto é a palavra aceitável. Todo adorador procura ofertar o que seja aceitável. As Escrituras especificam pelo menos três categorias de culto aceitável.

 

A dimensão externa. Primeiro, a maneira de nos comportarmos com os outros pode refletir o culto. Romanos 14.18 afirma: 'Porque quem nisto serve [latreuo] a Cristo agradável [aceitável] é a Deus'. Qual é a oferta aceitável a Deus? O contexto revela que é ser sensível ao irmão mais fraco (v.13). Tratar companheiros cristãos com a devida sensibilidade é um culto aceitável.

 

A dimensão interior. Uma segunda categoria de culto envolve comportamento pessoal. Efésios 5.8-10 afirma: 'Andai como filhos da luz (pois o fruto do Espírito está em toda bondade, justiça e verdade), aprovando o que é agradável ao Senhor'. A palavra agradável vem de uma palavra grega que significa 'aceitável'. Nesse contexto, Paulo refere-se à bondade, à justiça e à verdade, dizendo claramente que fazer o bem é um ato aceitável de culto a Deus (1 Tm 2.2,3).

 

A dimensão superior. O culto afeta todo o relacionamento com Deus. Hebreus 13.15,16 resume maravilhosamente esta dimensão superior.(MACARTHUR JR. J. Ministério pastoral. 4.ed., RJ: CPAD, 2004, pp.254-5.)

 

 

 

"Louvor. Em dois mil anos, ainda lutamos pelas palavras certas na oração. Ainda ficamos desajeitados em relação às Escrituras. Não sabemos quando ajoelhar. Não sabemos quando ficar de pé. Não sabemos nem como orar.

 

O louvor é uma tarefa que intimida.Por esta razão, Deus nos deu o livro de Salmos - um livro de louvor para o povo de Deus... Essa coletânea de hinos e orações foi encadeada por um único 'fio' - um coração ansioso por Deus.Alguns são desafiantes. Outros, reverentes. Alguns deveriam ser cantados. Outros são orações. Alguns são intensamente pessoais. Outros parecem ter sidos escritos como se o mundo inteiro fosse usá-los.A própria variedade deveria nos lembrar de que o louvor é pessoal. Não existe uma fórmula secreta. Cada um louva de forma diferente. Mas todos devem louvar".(LUCADO, M. Promessas inspiradoras de Deus. RJ: CPAD, 2005, p.49.) 

 

 

 

 

 

 O serviço cristão

 

 

 

Serviço: No grego bíblico diakōnia: serviço amoroso prestado a Deus a favor dos santos e da Seara do Mestre. 

 

Trabalhar para Cristo, como a Bíblia o requer, significa tributar-lhe toda a nossa afeição e amor. Ao discorrer sobre a importância do serviço cristão, o pastor inglês, Matthew Henry, mostra-se mais do que claro; faz-se categórico e firme: "Se o trabalho é feito em nome de Cristo, a honra é devida ao nome dele".

 

Tem você se esforçado pelo Reino de Deus? Quantas almas já ganhou este ano para Jesus? Você contribui para a Obra Missionária e para o Serviço de Assistência Social? Lembre-se destas palavras de Agostinho: "Deus não se torna maior se você o reverencia, mas você se torna maior se o serve". Mas, afinal, o que é o Serviço Cristão?

 

 

 

I. O QUE É O SERVIÇO CRISTÃO

 

 

 

Alguém afirmou, certa feita, que nada há sem importância no serviço de Deus. Aos olhos do Rei, tanto é importante aquele que leva o Evangelho aos tribais das selvas amazônicas, como aquele que se põe a falar da mensagem da cruz ao vizinho; acham-se ambos comprometidos com o serviço cristão (At 10.21-48; 13.1-3).

 

1. Definição. Serviço Cristão é o trabalho que, amorosa e sacrificalmente, consagramos a Deus, visando a expansão de seu Reino até aos confins da terra, no poder e unção do Espírito Santo (At 1.8).

 

2. Conceito teológico. O Serviço Cristão não é apenas prática; é doutrina e teologia; encontra-se fundamentado nas Escrituras Sagradas e na experiência histórica da Igreja. Por conseguinte, é-nos permitido afirmar que o Serviço Cristão é a teologia em ação. Leia reflexivamente a Epístola de Paulo aos Filipenses. O serviço cristão é o trabalho amoroso e sacrifical que o cristão consagra ao Senhor, tendo em vista à expansão do Reino de Deus e à edificação do Corpo de Cristo.

 

 

 

II. AS BASES DOUTRINÁRIAS DO SERVIÇO CRISTÃO

 

 

 

Se o ser humano nasceu para o trabalho, como diz Jó, como fugiremos nós ao serviço cristão? Conheçamos, pois, as suas bases.

 

1. No Antigo Testamento. O Senhor Deus não criou o ser humano para a ociosidade (Gn 1.26). O trabalho, por conseguinte, não pode ser visto como punição; é uma dádiva dos céus; enobrece-nos, fazendo-nos cooperadores de Deus (1 Co 3.9). Martinho Lutero, referindo-se à sua importância, é convincentemente claro: "O simples ordenhar de vacas pode ser feito para a glória de Deus".

 

Amorosamente afeiçoados às lidas divinas, os homens de Deus sempre operaram no campo do impossível. Chamado para ser o pai dos que crêem, deixou Abraão a sua terra natal, e foi em busca da formosa herança (Gn 12.1-3). Moisés, já intimado por Deus para libertar Israel do Egito, não vacilou; enfrentou a ira do Faraó e transpôs o Mar Vermelho com as tribos do Senhor (Ex 3.1-10; 14.15-26). E Josué? Sentindo o peso de sua vocação, tomou a terra de Canaã (Js 1.1-9).

 

De igual modo, convocou Deus os juízes, os reis, os justos e os profetas; todos com a missão de alargar as fronteiras do seu Reino. Leia Hebreus 11, onde se acham narrados os grandes feitos dos heróis que, ousada e amorosamente, acreditaram nas promessas divinas.

 

2. No Novo Testamento. Foi o Senhor Jesus o primeiro servo de Deus no Novo Testamento; sua encarnação representou o serviço dos serviços ao Pai Celeste. Tomando nossa forma, fez-se servo de todos, embora de tudo Senhor (Fp 2.5-11). Aliás, em Isaías é tratado como o Servo de Jeová (Is 53.11). No Evangelho, é o laborioso obreiro (Jo 5.17).

 

Mais tarde, convoca os discípulos (Jo 1.35-51). Com o avanço da obra evangelística, o Senhor, já ressurreto, constrange Paulo a que ingresse nesta peleja. E, assim, o apóstolo, deixando Antioquia, chega ao ponto mais extremo do mundo de então, anunciando intrepidamente o Evangelho de Cristo sem impedimento algum (At 28.31). A partir daí, vem o Senhor compelindo os obreiros à sua Seara. Sempre denodados, prosseguem eles no Serviço Cristão até que o Rei dos reis e Senhor dos senhores venha nos buscar (Jo 9.4). 

 

O serviço cristão está fundamentado nas Escrituras do Antigo e Novo Testamento, nas quais os trabalhos secular e religioso fundem-se como oferta de gratidão e reconhecimento do senhorio do Altíssimo.

 

 

 

III. OS OBJETIVOS DO SERVIÇO CRISTÃO

 

 

 

Sempre preocupado com o Serviço Cristão, afirmou J. H. Jowett: "O ministério que nada custa, nada realiza". Como discordar do irmão Jowett? Os objetivos do Serviço Cristão, na difusão universal do Evangelho de Cristo, são mui amorosos e abrangentes.

 

1. Adorar a Deus. O autor do Apocalipse registra esta convocação, a fim de que todos adoremos a Deus na beleza de sua santidade: "Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas" (Ap 14.7).

 

Não há trabalho tão elevado como adorar a Deus. A palavra culto, em inglês, é representada pelo vocábulo service; significa este tanto um culto quanto um préstimo, obséquio ou ocupação.

 

2. Pregar o Evangelho. Antes de ascender aos céus, o Senhor Jesus comissiona os discípulos a pregar o Evangelho até aos confins da terra: "É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!" (Mt 28.18,19).

 

3. Exercer o magistério eclesiástico. Notemos como é importante a Educação Cristã: "Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra" (2 Tm 3.16,17). Por conseguinte, temos de nos dedicar ardentemente ao ensino sistemático e ordenado da Palavra de Deus.

 

4. Visitar os santos em suas necessidades. É o que nos recomenda o enérgico Tiago: "A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo" (Tg 1.27).

 

Tem você se dedicado ao serviço de assistência social? Se você realmente adora a Deus, haverá de socorrer os irmãos em suas necessidades e tribulações. Não podemos esquecer-nos de nossas responsabilidades sociais. O mesmo Deus que nos conclama a evangelizar, requer ajudemos nós os domésticos na fé.Os principais objetivos do serviço do crente são: adorar a Deus, pregar o Evangelho, exercer o magistério eclesiástico e visitar os santos em suas necessidades. 

 

Se não nos dedicarmos integral, sacrifical e amorosamente ao Serviço Cristão, como nos haveremos ante o Tribunal de Cristo? Exige Ele de cada um de seus filhos não somente que se envolva, mas principalmente que se comprometa com a divulgação do Evangelho até aos confins da terra.

 

O Senhor Jesus foi, em todas as coisas, um singular exemplo de serviço. Porque, então, como seus discípulos, não nos dedicamos também ao Serviço Cristão?

 

 

 

                    Tudo o que você foi feito para ser

 

 

 

Deus não espera que você seja quem não é. Isto lhe traz algum alívio? Deus tem baldes cheios de graça para derramar sobre nós - mas temos que estar onde o aguaceiro cair.

 

Deus não espera que você seja quem não é, mas Ele realmente deseja que você seja tudo o que Ele criou para ser. Quando sabemos para que fomos designados e convocados, podemos poupar muitos esforços em áreas para as quais não fomos criados. Se soubermos quem Deus quer que sejamos, poderemos parar de tentar se alguém que não somos e abandonar a tensão que vem com esse tipo de vida. Deus lhe criou para ocupar um determinado lugar onde você poderá servi-lo melhor, onde Ele poderá derramar a graça sobre você. Bem, pense em uma pessoa que cumpre um ministério profético e faz uma rápida tentativa para ensinar. Ele passa horas e horas preparando as aulas, nunca se sentindo 100% seguro de que está no caminho certo. Quando as aulas começam, os seus alunos parecem confusos, desorganizados ou sem um foco específico. Não importa o quanto ele se esforce, o profeta convertido em professor simplesmente parece não acertar em termos de instruir o seu grupo e a sua frustração está se acumulando [...]".(BREEN, M.; KALLESTAD, W. Uma vida apaixonante. RJ: CPAD, 2005, pp.137-8.)

 

Deus nos dá muitas habilidades e dons para que possamos edificar sua Igreja. Para usá-los eficientemente, devemos: entender que todas as nossas habilidades e todos os nossos dons vêm de Deus; entender que nem todos são dotados das mesmas habilidades e dos mesmos dons; saber quem somos e o que fazemos melhor; dedicar nossas habilidades e nossos dons ao serviço de Deus, não para alcançar sucesso pessoal; estar dispostos a empregar as habilidades e os dons que temos com todo o nosso coração, colocando tudo à disposição da obra de Deus, sem reter coisa alguma.

 

 

 

 

 

 Dízimos e ofertas 

 

 

 

"Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança(Ml 3.10).

 

 

 

 Lv 27.30-32 - Os dízimos pertencem ao Senhor. O povo deveria dar os dízimos de todos os produtos da terra e dos rebanhos.

 

 Nm 18.21-32 - Um dos propósitos do dízimo era o sustento dos levitas em troca dos serviços prestados na tenda da congregação; por sua vez, os levitas davam os dízimos dos dízimos ao sacerdote.

 

 Dt 14.28,29 - Outro propósito era auxiliar aos necessitados.

 

 Dt 26.12-19; Ml 3.8,10 - Assim como Deus dera bênçãos a seu povo, os que as receberam deviam reparti-las com os menos favorecidos. Dar o dízimo, portanto, traria bênçãos divinas, retê-lo traria a maldição. De início, escreva no quadro de giz apenas as referências. Seus alunos deverão lê-las e interpretar o texto. É natural que tenham dificuldades. Porém, ajude-os com um breve comentário sobre cada texto. 

 

Contribuição: Em Romanos 12.8 é o ato pelo qual o crente compassivo contribui generosamente com sua renda, a fim de sustentar a igreja em suas necessidades materiais. 

 

Ao descrever as bênçãos decorrentes do dízimo, afirmou J. Blanchard: "O dízimo não deve ser um teto em que paramos de contribuir, mas um piso a partir do qual começamos". Não há como discordar do irmão Blanchard. Infelizmente, muitos são os que, menosprezando esta tão rica disciplina espiritual, longe estão de experimentar a bênção da mordomia cristã.

 

Afinal, por que devo eu contribuir, financeiramente, com a Obra de Deus? Que benefícios espirituais obterei com os meus dízimos e ofertas? Em primeiro lugar, conscientize-se: as ofertas e os dízimos não lhe pertencem; a Deus pertencem. Não é Ele o dono da prata e do ouro? Então, dai a Deus o que é de Deus.

 

 

 

I. O QUE SÃO OS DÍZIMOS E OFERTAS

 

 

 

1. Definição. Os dízimos e ofertas, entregues a Deus com ações de graças, são um dos maiores atos da devoção cristã: testemunham de que lhe reconhecemos o senhorio supremo e inquestionável sobre todas as coisas; e evidenciam que lhe aceitamos o império de sua vontade sobre todas as coisas que possuímos (1 Co 10.16).

 

Em nosso Dicionário Teológico, definimos assim o dízimo: "Oferta entregue voluntariamente à Obra de Deus, constituindo-se da décima parte da renda do adorador (Ml 3.10). O dízimo não tem valor mercantilista, nem pode ser visto como um investimento. É um ato de amor e de adoração que devotamos àquele que tudo nos concede. É uma aliança prática entre Deus e o homem. O que é fiel no dízimo, haverá de usufruir de todas as bênçãos que o Senhor reservou-nos em sua suficiência".

 

2. Mordomia cristã. A entrega amorosa e voluntária do que possuímos a Deus é conhecida, também, como mordomia cristã. Ou seja: como seus mordomos, cabe-nos administrar, devocional e amorosamente, o que nos entregou Ele, visando o serviço de adoração, a expansão de seu Reino e o sustento dos mais necessitados.

 

A mordomia cristã, por conseguinte, é a administração de quanto recebemos do Senhor. Por isso requer-se de cada mordomo, ou despenseiro, que se mantenha fiel ao que Deus lhe confiou (1 Co 4.2). 

 

Os dízimos e as ofertas integram a mordomia cristã e são meios materiais pelos quais reconhecemos a soberania do Senhor sobre nossas finanças.

 

 

 

II. ADORANDO A DEUS COM NOSSOS HAVERES

 

 

 

Vejamos por que os dízimos e ofertas são importantes.

 

1. Através das contribuições financeiras, honramos a Deus. "Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e trasbordarão de mosto os teus lagares" (Pv 3.9,10).

 

2. Por meio das ofertas e dízimos, mostramos a Deus nossa alegria."Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria" (2 Co 9.7).

 

3. Por intermédio do dar, expomos a Deus um coração voluntário:"Então, falou o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta alçada; de todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada" (Êx 25.1,2).

 

4. Através do ofertar, revelamos o nosso desprendimento. "Porém o rei disse a Araúna: Não, porém por certo preço to comprarei, porque não oferecerei ao Senhor, meu Deus, holocaustos que me não custem nada. Assim, Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta sidos de prata" (2 Sm 24.24).Agradar a Deus, sustentar a obra do Senhor e auxiliar os necessitados da igreja local são alguns dos motivos pelos quais é necessário o exercício da contribuição voluntária na obra do Senhor.

 

 

 

III. A CONTRIBUIÇÃO NA BÍBLIA

 

 

 

A mordomia cristã, como devoção e adoração a Deus, não surgiu com o Cristianismo; é um ato que nasceu com o homem, e vem perpetuando-se ao longo da História Sagrada. Quer no Antigo quer no Testamento Novo, deparamo-nos com homens e mulheres que, afetuosamente, tudo entregavam ao Senhor, pois do Senhor tudo haviam recebido.

 

1. Antigo Testamento. Embora a Bíblia não o registre, certamente ofereceu Adão ao Senhor não poucos sacrifícios, pois os seus descendentes imediatos o fizeram, certamente, imitando-lhe o gesto:

 

a) Abel. Um dos mais perfeitos tipos de Nosso Senhor Jesus Cristo, ofereceu Abel um sacrifício a Deus: "E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta" (Gn 4.4).

 

b) Abraão. Abraão foi o primeiro herói da fé, segundo o registro bíblico, a trazer os dízimos ao Senhor que, naquela oportunidade, era representado por Melquisedeque que lhe "trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo; abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo" (Gn 14.18-20 - ARA).

 

c) Israel. Os filhos de Israel tinham por obrigação trazer os dízimos aos levitas, a fim de manter em perfeito funcionamento o serviço do santuário: "Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da congregação" (Nm 18.21 - ARA).

 

2. Novo Testamento. Ao contrário do que supõem muitos crentes, os dízimos não foram instituídos pela Lei de Moisés. Pois Abraão já o honrava com os seus dízimos. Vejamos, pois, como a Igreja de Cristo comportava-se diante da mordomia que nos entregou o Senhor.

 

a) Jesus não foi contra os dízimos, mas contra a hipocrisia dos que os traziam: "Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda hortaliça e desprezais o Juízo e o amor de Deus! Importava fazer essas coisas e não deixar as outras" (Lc 11.42).

 

b) Tipologicamente, Abraão entregou os dízimos a Cristo, já que Melquisedeque era da mesma ordem sacerdotal que o Nazareno: "Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou, para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo" (Hb 7.1,2 - ARA).

 

c) A Igreja Primitiva contribuía regularmente no primeiro dia da semana: "No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for" (1 Co 16.2 - ARA).

 

d) Na Igreja Primitiva o dízimo era o referencial mínimo. Eis o exemplo de Barnabé: "José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer filho de exortação, levita, natural de Chipre, como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos" (At 4.36,37 - ARA). O ensino a respeito da contribuição financeira para sustento da Ceara do Mestre e minorar as necessidades dos crentes é confirmado no Antigo e Novo Testamento e pela prática da igreja cristã primitiva.

 

 

 

 

 

Os dízimos e as ofertas, por conseguinte, devem ser trazidos a Deus não como uma penosa obrigação; devem ser entregues como um ato de ações de graças. Não agiam assim os santos do Antigo e do Novo Testamento? Mostremos, pois, ao Pai toda a nossa gratidão; ofertemos não para sermos abençoados, mas porque já fomos abençoados. O ofertar faz parte tanto do nosso culto público como individual.

 

 

 

 

 

             A  verdadeira oferta no espírito da liberdade

 

 

 

'Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos darão' (Lc 6.38a). Nessas palavras, Jesus - o Mestre - deu-nos um resumo do plano total de libertação de Deus. Ele transcende às questões de dinheiro, embora as inclua; entendê-lo é apropriar-se da Chave do Mestre. Significa aprender a ofertar no espírito divino. A compreensão genuína faz a diferença. Se você crescer no conhecimento do coração de Deus, irá cultivar a verdadeira oferta no espírito da liberdade. Isto o levará além dos programas de formulação humana, regulamentos, etc. É algo que conta com pleno respaldo bíblico. A oferta feita com alegria e louvor (nascida da oração e do Espírito ao invés de promoções e sistemas) dá lugar à verdadeira generosidade, e possibilita a libertação completa do espírito de mesquinhez. Crescer, conhecer, ver e ofertar, tudo deve estar em compasso com o coração de Jesus. Tais coisas afastar-nos-ão da tradição morta, de um lado; e de outro, do 'evangelismo-saúde-riqueza'. Por quê? Porque o contribuir torna-se arraigado no espírito das palavras de Jesus. Examine melhor o texto que lemos, e meditemos juntos em cada frase".(HAYFORD, J. A chave de tudo. RJ: CPAD, 1994, pp.63-4.)

 

A promessa dada por Deus através de Malaquias impõe uma condição: primeiro trazer os dízimos, depois fazer prova do Senhor, que garante derramar bênção tal, trazendo maior abastança. Porém, é preciso que fique claro: isto não anula as aflições da vida, onde podem aparecer os momentos de sequidão. Agora, com certeza garante vitória aos que, com fidelidade em tudo, atravessam estas horas mais difíceis, pois a Palavra de Deus jamais cai por terra. Fazer prova não é chantagear o Senhor, mas saber que Ele é recíproco para conosco, se cumprirmos a nossa parte. "Se vós estiverdes em mim", disse Ele, "e as minhas palavras estiverem em vós".

 

 

 

 

 

 

 

O louvor que chega ao Trono da Graça

 

 

 

Música: Arte e ciência de combinar os sons de modo agradável.

 

 

 

Entoar louvores a Deus também faz parte das disciplinas da vida cristã. Aliás, o maior livro das Sagradas Escrituras é o de Salmos. No Saltério Hebreu, Davi, Asafe, Salomão, Moisés, os filhos de Jedutum e os de Corá, enaltecem sublime e altissonantemente o Deus de Israel. Quer lhe cantando os atributos, quer lhe cantando as obras, deixam mui claro que não há Deus como o de Israel.

 

 

 

I. O QUE É O CÂNTICO CONGREGACIONAL

 

 

 

Neste tópico, entraremos a ver duas coisas: a música sacra e o cântico congregacional.

 

1. A música sacra. É a arte que, dispondo das ciências musicais e acústicas, das cordas vocais e de instrumentos músicos, tem por objetivo primacial enaltecer a Deus como o Criador e Mantenedor de todas as coisas através da harmonia, melodia e ritmo (1 Cr 16.23; Sl 96.1). Jubal foi o primeiro ser humano a interessar-se pela arte musical (Gn 4.21).

 

2. O cântico congregacional. É a participação de toda a congregação dos fiéis nos hinos em louvor ao Todo-Poderoso. O cântico congregacional teve início com o rei Davi, segundo podemos depreender, da história do Filho de Jessé; atinge, porém, o auge no reinado de Salomão. O primeiro organizou os músicos e cantores em turnos e corais (1 Cr 23.1-26.32); o segundo sustentou-os, a fim de que o culto a Jeová fosse coroado de glória e divino resplendor (2 Cr 5.12-14).A música sacra e o cântico congregacional são dois elementos indispensáveis na liturgia do culto cristão.

 

 

 

II. OS FUNDAMENTOS DA MÚSICA SACRA

 

 

 

1. O preparo teológico dos músicos e compositores bíblicos. Os compositores bíblicos foram notáveis teólogos. Autor do Salmo 90, foi Moisés o legislador dos hebreus e o maior profeta do Antigo Testamento (Dt 34.10). Quanto a Davi, considerado profeta do Senhor, compôs a maioria dos salmos (At 2.29,30). Já Salomão, seu filho, celebrado pelo mesmo Deus como o mais sábio dos homens, além de compor os cantares, os provérbios e o Eclesiastes, deixou-nos um belíssimo salmo (Sl 127; Pv 1.1).

 

No Salmo 73, Asafe louva ao Senhor tratando de um dificílimo problema existencial: "Por que sofrem os justos". Jeremias, por seu turno, inspirado pelo Espírito Santo, cantou as tristezas e desditas da Cidade Santa. E os poemas de Isaías e de Habacuque? O primeiro cantou os sofrimentos do Messias, retratando-lhe o ministério com vivas cores. Como não chorar ante o capítulo 53 de seu livro? Já o segundo mostra a alegria que deve acompanhar o servo de Deus nas adversidades e tribulações.

 

2. Qualificações de um músico verdadeiramente cristão. De um músico sacro exige-se não somente a arte, mas principalmente a correção doutrinária; ele é o teólogo que verseja o conhecimento bíblico. Com singular habilidade, harmoniza e ritma a verdadeira teologia. Aliás, parte da hinódia cristã foi composta por doutores nas Escrituras como Ambrósio, Martinho Lutero e Charles Wesley.Infelizmente, com o esfriamento do amor à Palavra de Deus, a música sacra é logo substituída por arremedos melódicos e heréticos. 

 

 

 

Aos músicos e compositores bíblicos exige-se não somente a arte, mas principalmente correção doutrinária, pois eles, à semelhança de Davi, são também teólogos.

 

 

 

III. A MÚSICA NO CRISTIANISMO PRIMITIVO

 

 

 

A Igreja de Cristo, desde o seu nascedouro, compreendeu perfeitamente a função da música em sua liturgia.

 

1. O exemplo do próprio Cristo (Mt 26.30). Na noite de sua paixão, o Senhor Jesus cantou um hino, mostrando que, mesmo nos momentos mais difíceis e lutuosos é possível entoar louvores ao Pai Celeste. Que hino era aquele? Provavelmente um dos salmos messiânicos de Davi. O Salmo 22? Um dos hinos pascais? Embora não o saibamos, de uma coisa temos absoluta certeza. Jesus ensina-nos que a música, autenticamente sacra, faz parte de nossas disciplinas espirituais; por intermédio destas, edificamos o nosso caráter e fortalecemos a nossa fé.

 

2. A doutrina litúrgica de Paulo. Algumas vezes, confundimos liturgia com formalismo. Entre ambos, contudo, há abismais diferenças. Liturgia é o culto público que prestamos a Deus; formalismo, o culto que, embora belo, é destituído de seu real valor. Voltemos ao Novo Testamento. Sua liturgia era mui singela; entretanto, carregada de significados.

 

Quando nos reunimos, um tem salmo, outro apresenta cânticos espirituais e ainda outro, a doutrina cristã. E os dons espirituais? Este manifesta-se em línguas estranhas; aquele as interpreta. Este traz a revelação; aquele a palavra da ciência. Este a cura divina; aquele as maravilhas. Eis uma reunião verdadeiramente pentecostal.

 

Aliás, o apóstolo Paulo, à semelhança do Senhor Jesus, utilizava-se também, em suas devoções, a música sacra. Quando encarcerado em Filipos, de tal forma cantou juntamente com Silas, que o seu louvor a Deus veio a abalar os alicerces da prisão (At 16.25-31).

 

Tem você cantado ao Senhor?Liturgia é o culto público que prestamos a Deus, enquanto o formalismo é o culto que, embora belo, é destituído de seu real valor.É urgente voltarmos à música sacra. Deus merece (e reivindica) uma música de excelência.

 

 

 

 

 

                              Adoração diária a sós

 

 

 

A adoração como um estilo de vida diário começa na mais simples e mais óbvia das condições. É algo que cada um de nós pode fazer, porém algo que muitos negligenciam. Se você quiser viver toda a sua vida na maravilha da adoração, deve começar com seu tempo pessoal com Deus.

 

Talvez você esteja desapontado com o fato de ter sido lembrado de algo tão simples. Talvez você já tenha um tempo regular e compromissado para a adoração. Mas acredito que é impossível ser tudo o que Deus pretende para nós, se não estivermos dispostos a passar algum tempo para chegar a conhecê-Lo pessoalmente.

 

Também creio que o melhor momento para a maioria das pessoas é conseguir ficar a sós com Deus é de manhã - este período pode determinar como será o restante do seu dia. Deus deseja que você seja um servo melhor e mais efetivo possível. Então Ele mostrará e lhe dirá coisas que farão a diferença em momentos de crise durante as próximas doze horas, mais ou menos. Depois de você conversar com o Senhor e caminhar com Ele durante as suas tarefas do dia, Ele o fortalecerá e o encorajará a fazer de cada momento do seu dia um ato de adoração".(JEREMIAH, D. O desejo do meu coração. RJ: CPAD, 2006, p.56.) 

 

"Perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos escutavam" (At 16.25). O silêncio noturno foi cortado pelo suave cicio da oração. Os únicos instrumentos que acompanhavam o louvor dos acorrentados eram os grilhões soturnos. Na tormenta, Paulo e Silas adoravam! Na angústia, suplicavam! A dor foi vencida pela oração. A tristeza renegada pelo louvor a Deus. Somente os que descobriram o poder da oração e do louvor são capazes de adorar no centro do furacão. O turbilhão era apenas mais um ritmo para compor os mais melodiosos versos ao glorioso Senhor: "Andando eu no meio da angústia", dizia o salmista, "tu me revivificarás" (Sl 138.7). E assim ocorreu com os denodados missionários. O Deus que ouviu os apóstolos na prisão é o mesmo que atende as nossas orações e louvores hoje. Adoremos ao Senhor "na beleza da santidade". Se tremermos diante dEle, o cárcere estremecerá diante de sua majestosa presença (Sl 96.9).

 

 

 

 

 

 Vencendo as tentações: Agradando a Deus

 

 

 

 

 

a) A concupiscência da carne: "Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães".

 

b) Soberba da vida: "Se tu és o Filho de Deus lança-te daqui abaixo".

 

c) Concupiscência dos olhos: "Mostrou-lhe todos os reinos do mundo".

 

Cristo respondeu sempre usando a Palavra de Deus: "está escrito". O contra ataque ao inimigo ocorre de imediato. "Mas Jesus lhe respondeu... (Lc 4.8). Jesus, o Filho de Deus... Não ignorou os ardis de Satanás. Não discutiu teologia com o inimigo. Não negociou com o príncipe deste mundo.

 

 

 

"Resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós" (Tg 4.7).

 

 

 

Tentação: É o estímulo ou indução, externa ou interna, que impulsiona o ser humano à prática do pecado.

 

 

 

O teólogo inglês, Matthew Henry, mostra quão perigosa é a tentação na vida de um servo de Deus: "O melhor dos santos pode ser tentado pelo pior dos pecados". Como não reconhecer essa realidade?

 

Às vezes somos de tal forma tentados, que almejamos venha o Senhor, e leve-nos de imediato para os céus. Se Ele, porém, o fizer, como haverá de contar com as vozes santas e redimidas que protestem contra a iniqüidade do presente século?Portanto, lembre-se: vencer a tentação faz parte das disciplinas da vida cristã.

 

 

 

I. O QUE É A TENTAÇÃO

 

 

 

Mas, afinal, que praga é esta? Que doença vem a ser a tentação que, desde os nossos primeiros genitores, vem comprometendo até mesmo os gigantes na piedade?

 

1. Definição. Oriunda do vocábulo latino tentatione, a palavra "tentação" significa: indução, seja externa, seja interna, que impulsiona o ser humano à prática de coisas condenáveis.

 

2. Definição teológica. Estímulo que leva à prática do pecado. Embora a tentação, em si, não constitua pecado, o atender às suas reivindicações caracteriza a transgressão das leis divinas. Eis porque, na Oração Dominical, ensina-nos o Senhor a clamar ao Pai: "E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!" (Mt 6.13). (Dicionário Teológico);Tentação é o estímulo externo ou interno, que impulsiona o ser humano à prática do pecado.

 

 

 

II. O AGENTE DA TENTAÇÃO

 

 

 

Sentindo-se premido pelas dificuldades espirituais que, constantemente, entristecem os seguidores do Nazareno, Thomas De Witt Talmage endereça-lhe esta oração: "Ó Senhor, ajuda-nos a ouvir o guizo da serpente antes de sentir suas presas". Que Satanás é o agente da tentação, não há o que se discutir; a própria Bíblia assim no-lo aponta: "Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo" (1 Jo 3.8).

 

1. O tentador. Nas Sagradas Escrituras, Satanás é o tentador por natureza (Mt 4.3; 1 Ts 3.5). É o grande opositor de Deus e o arquiinimigo do ser humano.

 

2. Os nomes do tentador. Além de tentador, recebe o agente da tentação as seguintes alcunhas nas Sagradas Escrituras: Satanás que, em hebraico, significa adversário (1 Cr 21. 1; 2 Co 2.10,11); Diabo que, em grego, quer dizer: caluniador (Mt 4.1; At 13.10); Homicida e pai da mentira (Jo 8.44); Acusador (Ap 12.10). Ele é conhecido também como o dragão e a antiga serpente (Ap 12.9).

 

3. O principal trabalho do tentador. O trabalho que mais agrada ao maligno é desviar-nos da disciplina da vida cristã. Ele sabe que temos "uma carreira para correr"; por isto, busca, de todas as formas, colocar obstáculos em nosso caminho (Gl 5.7). Não foi o que ocorreu com os irmãos da Galácia? Embora progredissem eles na carreira cristã, caíram no fascínio do adversário e, neste fascínio, acabaram por cair da graça (Gl 3.1; 5.4).Satanás é o agente da tentação. O trabalho que mais o agrada é desviar o crente das disciplinas da vida cristã.

 

 

 

III. POR QUE O SER HUMANO É TENTADO

 

 

 

Em nossa jornada espiritual, vemo-nos constrangidos a inquirir de nós mesmos: "Se eu aceitei a Cristo, como o meu Salvador, por que sou, ainda, tentado?" Martinho Lutero parece ter encontrado a resposta: "Minhas tentações têm sido minhas mestras de teologia". Não vêm elas, porém, atrapalhar-me nas disciplinas espirituais? Sem as tentações, convenhamos, não existiriam as disciplinas. Por isso, esforça-se o adversário, a fim de nos desviar delas; somente assim, haverá de seduzir-nos com as suas tentações.

 

1. O ser humano é tentado por causa da transgressão de nossos primeiros pais. Se você ler reflexivamente o capítulo três de Gênesis, entenderá a teologia do pecado original. À semelhança de Adão, todos pecamos (Sl 51.5); veio, entretanto, o Senhor Jesus, como o segundo Adão, redimir-nos da morte espiritual, proporcionando-nos um novo nascimento (Jo 3.8). Estando nós, agora, em Cristo, tudo se nos fez novo (2 Co 5.17). Apesar das tentações, o Espírito fortalece-nos para que sigamos, rigorosamente, as disciplinas de uma autêntica vida cristã.

 

2. O ser humano é tentado por suas próprias concupiscências. Leia Tiago 1.14. Eis porque devemos vencer cada uma de nossas concupiscências; estas não provém do Pai; do mundo procedem e para o mundo convergem, causando a destruição dos filhos de Deus (1 Jo 2.16). O consolo é que podemos vencer cada uma de nossas concupiscências (Gl 5.16).

 

3. Positivamente considerada, a tentação pode (e deve) impulsionar o santo a ser ainda mais santo. Afirmou mui oportunamente Frederick P. Wood: 'Tentação não é pecado; é o chamado para a batalha". O Senhor Jesus, embora Deus, foi tentado, como homem, dando-nos um exemplo de que é possível vencer a tentação (Mt 4.1; Hb 2.18). Por conseguinte, não deve a tentação ser considerada pelo crente, como se fora uma oportunidade para pecar; é uma oportunidade para que nos tornemos ainda mais santos (Ap 22.11).As razões pelas quais o cristão é tentado são: transgressão de Adão, concupiscências pessoais, e impulsionar o crente a ser mais santo.

 

 

 

IV. COMO VENCER A TENTAÇÃO

 

 

 

Ponderou alguém, certa feita: "São necessárias duas pessoas para fazer da tentação um sucesso; você é uma delas". A outra, como todos o sabemos, é o adversário de nossas almas. De nada adianta, porém, pôr-lhe a culpa por nossas transgressões; por estas, apenas nós seremos responsabilizados (2 Co 5.10). Todavia, é possível vencer as tentações; os exemplos bíblicos não são poucos.

 

1. Orando e vigiando. A advertência é do próprio Cristo: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca" (Mt 26.41). O piedoso F. B. Meyer é enfático: "Cristo não irá guardar-nos se nos colocarmos descuidada e temerariamente no caminho da tentação". Tem você vigiado? Tem orado constantemente? Lembre-se: Não se pode brincar com o pecado; ele não é um brinquedo: é uma serpente prestes a dar o bote contra os incautos (Gn 4.1).

 

2. Não dando lugar ao Diabo. Em sua epístola aos efésios, admoesta o apóstolo: "Não deis lugar ao diabo" (Ef 4.27). O que vem a significar esta admoestação? Willard Taylor, do Comentário Bíblico Beacon, é conclusivo: dar lugar ao Diabo é permitir que ele tenha liberdade para "semear atitudes erradas em nosso espírito".

 

3. Andando em Espírito e não cumprindo as concupiscências da carne. Aos irmãos da Galácia, escreveu Paulo: "Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne" (Gl 5.16). Quem anda no Espírito Santo, não cumpre as concupiscências da carne; e não as cumprindo, como haverá de ceder às tentações?

 

4. Guardando a Palavra de Deus no coração. O salmista, demonstrando quão temente era ao Senhor, confessou-lho: "Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti" (Sl 119.11 - ARA). Em seu comentário do saltério hebraico, Charles Spurgeon assim interpreta este versículo: "A Palavra de Deus deve ser compreendida e retida no coração; ela tem de ocupar nossas afeições e entendimento. Nossa mente demanda ser impregnada pela Palavra de Deus. Somente assim não haveremos de pecar contra Ele".O crente pode vencer a tentação se: orar e vigiar, não dar lugar ao Diabo, andar em Espírito e guardar a Palavra de Deus no coração. 

 

 

 

Se as tentações são fortes, temos abundantes promessas divinas que nos asseguram: podemos resisti-las com a Palavra de Deus.Veja quão consoladoras são as palavras do autor da Epístola aos hebreus: "Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados" (Hb 2.18). E estas de Pedro: “Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos” (2 Pe 2.9).Por conseguinte, mantenhamos sempre a disciplina da vida cristã, evitando o pecado que tão de perto nos rodeia.

 

 

 

 

 

              Motivos para manter-se livre e puro

 

 

 

Deus pode livrar-nos dos vícios e tentações de toda espécie. Ele é nosso aliado quando lutamos por nossa pureza pessoal e liberdade.

 

Motivo 1: Somos unidos a Cristo. 'Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo?' (1 Co 6.15). Esse fato nos dá o direito de cortar todas as nossas obrigações com os vícios e tentações. Nossa ligação com Cristo é mais forte do que a nossa ligação com o comportamento destrutivo .

 

Motivo 2: Somos a habitação do Espírito Santo. 'Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?' (1 Co 6.19). Em termos práticos, isso significa que o Santo dos Santos foi transferido para nossos corpos humanos. Deus habita em nós. Assim, aquele 'buraco na alma' que alimenta a tentação pode ser preenchido com plenitude. Solidão, culpa, concupiscência e vergonha podem ser substituídas por aquilo que o Espírito Santo se dedica a trazer à nossa vida, ou seja, a força emocional e espiritual para resistirmos os vícios e tentações.A vitória sobre o poder da tentação não é fácil, especialmente se o problema vem de longa data. Aliás, a propensão de ceder a tentação sempre estará presente. Mesmo quando somos sinceros em nosso compromisso com Cristo, o poder da carne, reforçado por Satanás, batalha dentro de nós".(LUTZER, E. W. Deixando seu passado para trás. RJ: CPAD, 2005, pp.70-2.) 

 

Há algo importante que seus alunos precisam saber a respeito da tentação: Deus está sempre à disposição quando somos tentados. Ele não olha passivamente, mas intervém ativamente. O Todo-Poderoso não somente limita a força da tentação como também mostra o caminho do escape. O Pai celestial não deseja que pequemos, por isso, Ele próprio faz tudo o que for necessário, em qualquer tentação, para nos dar um meio de saída: "Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar" (1 Co 10.13).

 

 

 

 

 

   A beleza do testemunho cristão

 

 

 

Testemunho: Testemunho cristão é a costura ética e bíblica que o crente exerce na sociedade em que vive. 

 

“A vida do cristão deve ser uma representação visível de Cristo”. A afirmação é de um dos mais lúcidos teólogos evangélicos ingleses do século XVII. Foi tão feliz o irmão Thomas Brooks ao definir o testemunho do salvo neste mundo, que somos todos obrigados a concordar com ele.Estudaremos as implicações do testemunho cristão no viver diário de quem professa seguir o Senhor Jesus. Não estamos lidando com teorias ou especulações; lidamos com algo prático que nos leva a proclamar o Evangelho não com meras palavras, mas com ações efetivas.Tem você vivido como Cristão? Como está o seu testemunho como salvo? Pode o mundo ver Cristo em seu dia-a-dia?

 

 

 

I. O QUE É O TESTEMUNHO CRISTÃO

 

 

 

Bruno Skolimowsky, que muito se esforçou pela evangelização de nossa pátria, compôs um hino que, lindamente, sintetiza o testemunho do salvo: “O povo de Deus, aqui na terra, tem um sinal/ Povo que vive em santa guerra contra o mal”. (Harpa Cristã, 455) Que sinal é este?

 

1. Definição. Testemunho cristão é a postura bíblica e verdadeiramente ética que exercemos no cotidiano, numa demonstração clara e inequívoca de que, realmente, somos discípulos de Cristo (Mt 5.20).

 

2. O testemunho cristão na Bíblia. Diversas designações recebe o testemunho cristão: luz resplandecente (Mt 5.16); santidade em toda a maneira de viver (1 Pe 1.15); zelo pelo bem (1 Pe 3.13); maneira de viver (Hb 13.7); exemplo de boas obras (1 Ts 1.7). Há, ainda, outros nomes pelos quais o testemunho cristão é destacado no Novo Testamento. A Bíblia de Estudo de Aplicação Pessoal é um grande estímulo para as disciplinas da vida cristã.Testemunho cristão é a postura ética e bíblica que o crente exerce na sociedade em que vive. É, segundo a Bíblia, a santidade cristã em toda maneira de viver.

 

 

 

II. OBJETIVOS DO TESTEMUNHO CRISTÃO

 

 

 

Ao discorrer sobre o testemunho cristão, asseverou o teólogo Agostinho: “Aquilo porque vivo, comunico”. O que estamos comunicando com a nossa vida? Pode o mundo ver Cristo em nós? Vejamos, pois, quais os objetivos do testemunho cristão:

 

1. Glorificar o nome de Deus. No Sermão da Montanha, exorta-nos o Senhor Jesus a glorificar a Deus através de nosso testemunho: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.16).

 

Lemos no Comentário Bíblico Beacon: “A luz dos discípulos deveria ser as suas boas obras. Se eles brilhassem de forma coerente com aquilo que professavam, ela iria glorificar a Deus. Louvar ao Senhor com a nossa vida é mais importante do que louvá-lo com os nossos lábios”.

 

2. Protestar contra as más obras. A vida dos discípulos do Nazareno deve ser mais eloqüente do que suas palavras. Haja vista os derradeiros momentos de Estevão (At 7.55-60). Em seu livro Verdade Absoluta, Nancy Pearcey reafirma que o nosso cristianismo não pode circunscrever-se aos cultos públicos; tem de ser irradiado no cotidiano de cada crente.

 

3. Agir como luz do mundo e sal da terra. Como luz do mundo e sal da terra é a nossa obrigação impedir a degenerescência irremediável da sociedade. Leia os capítulos cinco, seis e sete de Mateus. Se o mundo se corrompe, a Igreja se renova no poder do Espírito Santo.

 

4. Ajudar na propagação do Evangelho. Certa vez, um missionário reuniu os seus discípulos, e ordenou-lhes: “Ide e pregai o Evangelho. Se for preciso, usai as palavras”. Isto porque, prega-se a mensagem do Cristo não somente com palavras, mas principalmente com as ações. É o que Pedro recomenda-nos em sua epístola (1 Pe 3.16).Os principais objetivos do testemunho do crente são: glorificar a Deus, protestar contras as más obras, agir como luz no mundo e ajudar na propagação do Evangelho.

 

 

 

III. EM QUE CONSISTE O TESTEMUNHO CRISTÃO

 

 

 

Mais uma vez citamos Agostinho, um dos maiores teólogos da Igreja Cristã: “Aquilo por que vivo, comunico”. Isto significa que as palavras somente têm real eficácia se estiverem acompanhadas de obras. Já imaginou um testemunho sem ação? Noutras palavras, o nosso testemunho cristão, como servos de Deus, consiste:

 

1. No bom procedimento no lar. A fim de fortalecer o testemunho cristão no lar evangélico, faz-nos o apóstolo Paulo diversas admoestações. Em primeiro lugar, que o esposo ame, terna e meigamente, a esposa. E que os pais não induzam seus filhos à ira, sendo-Ihes injustos e arbitrários. Quanto aos filhos, que honrem aos seus pais, sendo-lhes obedientes em tudo, porque isso é grato ao Senhor. Leia Efésios 5. E veja se você tem falhado nalguns desses itens.

 

2. No bom procedimento na sociedade. Leia novamente o texto bíblico desta lição, e veja como o crente deve proceder em sociedade. No livro E agora, como viveremos? o pensador norte-americano, Charles Colson, exorta aos cristãos que primem por um testemunho realmente eficaz; um testemunho que leve os incrédulos a enaltecer o nome de Cristo. Pode a sociedade perceber que você é, de fato, discípulo do Nazareno?

 

Não há como dissociar a vida espiritual da social; o que somos na Igreja tem de refletir-se fora dela. De forma reflexiva, leia o capítulo 13 da Epístola de Paulo aos Romanos. As reivindicações apresentadas pelo apóstolo são atendidas em seu dia-a-dia?

 

3. No bom procedimento no Estado. Como deve ser o nosso procedimento diante das autoridades constituídas? Exorta-nos Pedro a que honremos o Rei e a que respeitemos as autoridades (1 Pe 2.17). Afinal, não somos apenas cidadãos da pátria celeste; também o somos da terrenal. Como tais, temos direitos e deveres a serem cumpridos. Eis porque não devemos levantar-nos contra as autoridades constituídas, mas por estas interceder, a fim de que tenhamos uma vida tranqüila e sossegada (1 Tm 2.2).O testemunho cristão consiste no bom procedimento no lar, na sociedade e com as autoridades constituídas.

 

 

 

 

 

Como vai o seu testemunho? É realmente cristão? Ou não passa de meros discursos e palavras soltas? Horace Busnell é categórico: “A Bíblia chama de luz a vida do homem bom; faz parte da natureza da luz fluir espontaneamente em todas as direções e encher o mundo com seus raios”.

 

Por que, então, viver em trevas e permitir que o sal que em nós há torne-se insípido e venha a ser pisado pelos homens? Como luz do mundo e sal da terra, haveremos de impedir a degenerescência social enquanto aqui vivermos. Como é triste uma igreja sem testemunho! Os cristãos primitivos só conseguiram chegar aos confins da terra, porque o seu testemunho precedia-os de cidade em cidade.

 

 

 

 

 

                A integridade e a comunidade evangélica

 

 

 

Charles Colson tem razão quando nos lembra que muitas pessoas tomam uma resolução acerca do evangelho baseado em nosso estilo de vida. Todos conhecemos pessoas que nos dizem que foram ‘desligadas’ pela igreja, em virtude de falta de integridade ou por farisaísmo hipócrita. Não precisamos rememorar os escândalos envolvidos com pessoas ocorridos nos anos oitenta para testemunhar a perda de integridade dentro da igreja cristã [...] Se for verdade que Deus honra a integridade, devemos nos esforçar em favor desta virtude mesmo a grande custo pessoal. Se os cristãos não forem conhecidos pela integridade através de seu testemunho cristão, é duvidoso que sejamos conhecidos por outra coisa. A integridade está no centro de famílias fortes; é o fundamento de ministérios eficazes e de nosso testemunho no mundo”.(LUTZER, E. W. Quem é você para julgar? RJ: CPAD, 2005, pp.237-39.) 

 

 “Se é ensinar”, diz as Escrituras, “haja dedicação ao ensino” (Rm 12.7). O dom de ensino implica na participação, dedicação e capacitação do professor. O Espírito dá o dom, mas o professor é responsável pelo aperfeiçoamento e desenvolvimento desse ministério. O profeta profetiza segundo o Espírito, sem preparo e premeditação, mas o mestre ensina como fruto de sua disciplina no estudo, a fim de apresentar sistematicamente as grandes verdades e doutrinas bíblicas.

 

 

 

 

 

 

 

 Oração e jejum pela Pátria

 

 

 

 

 

 

 

Deus instituiu os governos para garantir a ordem e a justiça social, por isso deve o crente submeter-se a eles. Todavia, se tais governos deixarem de exercer sua devida função, e passarem a agir no sentido contrário à Palavra de Deus, o cristão deverá obedecer a Deus e não mais aos homens. Com base no ponto II da lição, “A postura do crente como cidadão dos céus”, e na afirmativa acima, promova um debate na classe sobre até que ponto devem os cristãos obedecer a seus governantes. 1 Pe 2.13-17 e Rm 13.1 com At 4.1-19.

 

 

 

 

 

Intercessão: Oração sincera e misericordiosa dirigida a Deus a favor de outrem.

 

 

 

O Brasil está enfermo. Mas a Igreja de Cristo tem o remédio para arrancá-lo desta morbidez que, desde o seu achamento, vem enfraquecendo-lhe as fibras morais. Como podemos mudar a nossa história? Através da oração e do jejum. Orando e jejuando, desencadearemos um avivamento que, à semelhança da reforma de Josias, leve-nos a firmar-nos como a força regeneradora da nação.

 

 

 

I. RAÍZES DE NOSSA HISTÓRIA

 

 

 

Em seu livro Bandeirantes e Pioneiros, o escritor brasileiro Vianna Moog estabelece um paralelo entre a civilização brasileira e a norte-americana. Se a primeira nasceu sob o signo de uma religiosidade supersticiosa, a segunda veio à luz sob o esplendor da Bíblia Sagrada (Sl 144.15). Entretanto, não podemos esquecer-nos dos benefícios que nos prestaram a grande e valorosa nação portuguesa: a língua, a disposição desbravadora e o censo de unidade nacional, que levou um país continental, como o nosso, a manter-se unido.

 

No momento certo, usaria Deus toda essa herança cultural, a fim de espraiar o evangelho pleno de Nosso Senhor, tornando o Brasil na maior nação pentecostal do mundo. No entanto, faz-se necessário tenhamos nós uma postura bem definida como servos de Deus. Doutra forma: como nos ergueremos como a pátria do Evangelho?A colonização do Brasil foi sob o signo de uma religiosidade supersticiosa, enquanto a dos Estados Unidos, sob o esplendor da Bíblia Sagrada.

 

 

 

II. A POSTURA DO CRENTE COMO CIDADÃO DOS CÉUS

 

 

 

Como discípulos de Cristo, é-nos exigida uma postura que manifeste o Reino de Deus em todas as instâncias de nosso viver numa sociedade politicamente organizada. Por conseguinte, fujamos tanto do ativismo político como do conformismo escatológico.

 

1. Ativismo político. O ativismo é uma postura que apregoa a utilização de medidas extremas, visando mudar a ordem estabelecida. Tal comportamento é condenado pela Bíblia Sagrada que, energicamente, demanda a que obedeçamos às autoridades (Rm 13.1-6). No entanto, desobrigamo-nos desse compromisso se as autoridades, extrapolando suas competências legais, coagem-nos a negar a fé em Cristo (At 4.19). Leia as seguintes passagens: Daniel 3.12-18; 6.10-16.

 

2. Conformismo escatológico. É a atitude inerte e alienada que muitos crentes, interpretando erroneamente certas passagens da Bíblia, utilizam-se para alegar: “Nada podemos fazer para melhorar a nação porquanto estamos no final dos tempos. E se Cristo está às portas, por que nos preocuparmos com o que ocorre ao nosso redor?” Entretanto, o patriarca Noé proclamou a justiça de Deus, mesmo sabendo que toda a sua geração estava condenada a perecer no dilúvio (2 Pe 2.5). Sal da terra e luz do mundo, é a nossa missão impedir que a sociedade degenere-se irremediavelmente (Mt 5.13,14). Que o Senhor breve virá, não há dúvida; as profecias se cumprem e os sinais tornam-se cada vez mais visíveis. Todavia, enquanto Ele não vem, anunciemos a sua Palavra.

 

3. A missão profética da Igreja. Ora, se a Igreja de Cristo não deve envolver-se com o ativismo político nem cair no comodismo escatológico, como agiremos? É mister que nos lembremos ser a nossa missão atuar de forma profética, a fim de conscientizar este mundo não apenas do poder do Evangelho, mas também da justiça de Deus. Os profetas do Antigo Testamento madrugavam para anunciar o juízo de Deus (Jr 7.13; 11.7). E o brado de Jonas contra Nínive? (Jn 3.4,5). João Batista condenou a iniqüidade social da nação, buscando conduzi-la nos caminhos de Deus (Lc 3.10-14). Atuar profeticamente significa pregar a Palavra de Deus em toda a sua plenitude na unção do Espírito Santo. 

 

O cristão além de assumir uma postura profética neste mundo, deve evitar o ativismo político e o conformismo escatológico.

 

 

 

III. MOTIVOS DE INTERCESSÃO PELA PÁTRIA

 

 

 

Atentemos aos motivos que nos reclamam, urgentemente, as orações.

 

1. Valorização da vida. Oremos fervorosamente, para que nossos legisladores respeitem a vida, não aprovando medidas em prol do aborto, da eutanásia e de pesquisas que violem os princípios básicos da existência humana (Êx 20.13; Sl 139.13-16).

 

2. Preservação dos valores cristãos. Tendo a Bíblia como a nossa única regra de fé e prática, somos contra as tentativas dos legisladores que, desprezando a fé cristã, buscam aprovar leis em favor da união civil entre pessoas do mesmo sexo. Não odiamos aos homossexuais; não podemos, todavia, aprovar a sua prática que é radicalmente contrária a Palavra de Deus (Lv 18.22; 1 Co 6.10; 1 Tm 1.10).

 

3. Conservação das liberdades democráticas. Se o Brasil vem progredindo, devemo-lo primeiramente a Deus e aos que Ele colocou em seu comando. Até este momento, têm os nossos governantes preservado nossas conquistas democráticas. Oremos, portanto, afim de que o nosso presidente tenha a necessária força moral para reprimir a corrupção, promover o bem comum e manter as liberdades individuais e civis.

 

4. Vinda de um grande avivamento. Damos graças a Deus pelo Avivamento Pentecostal que, trazido no início do século passado ao Brasil, mudou radicalmente a nossa história. Mas ainda não estamos satisfeitos; há muitas áreas a serem alcançadas; a tarefa, inacabada (Hc 3.2).São motivos que reclamam a oração do crente: a valorização da vida, a preservação dos valores cristãos, a conservação das liberdades democráticas e a vinda de um avivamento.

 

 

 

Orar e jejuar pela nação. Esta é uma das mais nobres disciplinas da vida cristã. Ao invés de criticarmos as autoridades, intercedamos por estas, a fim de que cumpram o seu mandato na promoção do bem comum. Tem você orado pelo Brasil? Se não intercedermos por nossa gente, como nos haveremos no último dia?

 

 

 

              Combinando oração com jejum]

 

O exercício espiritual de jejuar e orar longamente, em face de uma necessidade urgente, não pode ser encarado como um artifício para se obter a atenção de Deus ou sua aprovação àquilo que desejamos. Apesar de o jejum ter consigo mesmo uma recompensa toda peculiar, tal recompensa diz respeito mais àquele que jejua do que ao objetivo final da oração. A prática da oração associada ao jejum deve resultar numa percepção espiritual mais aguçada e num aumento de fé. A oração e o jejum podem trazer valiosas contribuições à vida do crente ou de toda a congregação, embora nunca se deva permitir que sua prática degenere numa formalidade vazia ou numa tentativa de manipular Deus .(BRANDT, R. L.; BICKET, Z. J. Teologia bíblica da oração. 3.ed., RJ: CPAD, 2003, pp.275-6.)

 

 

 

De que modo deve o crente portar-se diante da sociedade? Deve isolar-se das pessoas a fim de manter-se afastado das más influências do mundo, ou aproximar-se com a intenção de transformar positivamente o mundo com o poder do evangelho de Cristo? A Bíblia diz que nós somos o “sal da terra”. Com a qualidade do sal devemos dar sabor, purificar e conservar este mundo que, sem Deus, caminha a passos largos para a destruição. Sabemos que o sal só exerce a função de salgar quando está em contato com aquilo que deve salgar. Portanto, não é necessário ao crente enclausurar-se, distanciando-se de sua comunidade e do convívio social.

 

 

 

 

 

 A união cristã, o vínculo da perfeição

 

 

 

Comunhão: Vínculo espiritual e social estabelecido pelo Espírito Santo entre os salvos em Cristo.

 

 

 

Ronald J. Sider descreve, com vivas cores, a comunhão dos santos: “Para os primeiros cristãos, koinonia não era a ‘comunhão’ enfeitada de passeios quinzenais patrocinados pela igreja. Não era chá, biscoitos e conversas sofisticadas no salão social depois do sermão. Era um compartilhar incondicional de suas vidas com os outros membros do corpo de Cristo”.

 

 

 

I. O QUE É A COMUNHÃO DOS SANTOS

 

 

 

Do que acima afirmamos, depreende-se: a comunhão dos santos implica, primacialmente, na aceitação plena, por nossa parte, daqueles por quem Cristo morreu. Definamo-la de conformidade com o Novo Testamento.

 

1. Definição. De acordo com o Dicionário Teológico (CPAD), comunhão dos santos é o “vínculo espiritual e social estabelecido pelo Espírito Santo entre os que recebem a Cristo como o seu Único e Suficiente Salvador. Tendo como base o amor, tal vínculo faz com que os crentes sintam-se ligados num só corpo, do qual Cristo é a cabeça” (Ef 4.1-16).

 

2. A origem da nomenclatura teológica. Embora tal expressão não se encontre nas páginas do Novo Testamento, sua idéia acha-se permeada em toda a Bíblia Sagrada. Ela foi usada, oficialmente, pela primeira vez, num sermão pregado por Nicéias de Remesiana por volta de 400.A comunhão dos santos é o vínculo espiritual e social estabelecido pelo Espírito Santo entre os que recebem a Cristo como Salvador.

 

 

 

II. A COMUNHÃO DOS SANTOS NA BÍBLIA

 

 

 

A comunhão dos santos é uma expressão biblicamente forte. Quer na comunidade de Israel, quer na Igreja Primitiva, seu conceito histórico-teológico não é uma mera definição; é uma prática que leva o povo de Deus a sentir-se como um só corpo.

 

1. A comunhão dos santos em Israel. Nos momentos de emergência nacional, levantavam-se os hebreus como um só homem (1 Sm 11.7; Ed 3.1). Isto mostra que, se um israelita sofria, os demais também sofriam; se uma tribo via-se em perigo, as outras viam-se ameaçadas. A fim de manter o seu povo unido, suscitava o Senhor líderes carismáticos como, por exemplo, Gideão e Davi.

 

O amor entre os israelitas era realçado na Lei e nos Profetas (Lv 19.18). Os hebreus, por exemplo, não podiam emprestar com usura para seus irmãos (Lv 25.36). Quando da colheita, eram obrigados a deixar, aos mais pobres, as respigas. Foi o que aconteceu à moabita Rute (Rt 2.2).

 

Quando a comunhão dos santos em Israel era quebrantada, instalava-se a injustiça social, a opressão e a violência (Jr 6.6). Para conter todas essas misérias, erguia Deus os seus profetas que, madrugando, repreendiam os injustos, buscando reconduzi-los aos princípios da Lei de Moisés (Jr 25.3). No tempo de Neemias, a tensão social a tal ponto chegou, que os israelitas vendiam-se, a fim de resgatar suas dívidas. Alguns acabaram por entregar suas filhas como escravas a povos estrangeiros (Ne 5.1-7). A comunidade hebréia do Antigo Testamento foi destruída por não mais cultivar a comunhão dos santos.

 

2. A comunhão dos santos em o Novo Testamento. Sem a comunhão dos santos não pode haver cristianismo. Todos os escritores do Novo Testamento, a exemplo do Salvador, realçaram a comunhão dos santos.

 

No Sermão do Monte, Jesus ensinou aos seus discípulos a se amarem uns aos outros; doutra forma: não seriam contados entre os seus seguidores. Lucas ilustra, vivamente, como era o cotidiano da comunidade dos discípulos do Nazareno. Aliás, um casal morreu fulminado pelo Senhor por haver infligido o princípio básico da comunhão cristã (At 5.1-10). Saulo discorre sobre a unidade dos fiéis, descrevendo-a como o vínculo da perfeição (Cl 3.14). Tiago critica os cristãos que, apesar de se apresentarem como tais, eram movidos pelo desamor e inspirados por um preconceito social (Tg 2.1-13).A comunhão dos santos é uma doutrina ensinada no Antigo e Novo Testamento, não sendo mera definição, mas doutrina e teologia.

 

 

 

III. A COMUNIDADE DOS BENS

 

 

 

A Igreja de Cristo mostra o que pode fazer o amor de Deus em nossos corações. Um amor, aliás, que se traduz em prática e não em meros conceitos. O que dizer, por exemplo, da comunidade de bens?

 

1. Comunidade de bens. Prática observada nos primeiros dias da Igreja, quando os crentes, premidos pelo amor de Deus, “vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade” (At 2.45).

 

2. A história da comunidade de bens. Segundo alguns historiadores, a comunidade de bens nasceu entre os essênios - seita judaica que floresceu durante o período interbíblico. Todavia, não levaram eles seu projeto adiante, por causa de seu legalismo e falta de amor.

 

No entanto, a comunidade de bens não somente floresceu entre os cristãos, como também espraiou-se por todos os continentes onde o Cristianismo é verdadeiramente observado. Hoje, a comunidade de bens dos cristãos traduz-se em hospitais, asilos, creches, leprosários etc. Nenhuma outra religião, em toda a história da humanidade, mantém laços tão firmes de amor como o Cristianismo.A “comunidade de bens” era uma prática observada na igreja primitiva que consistia em levar os bens aos apóstolos, a fim de que os repartissem, conforme a necessidade de cada crente.

 

 

 

IV. COMO VIVER A COMUNHÃO DOS SANTOS

 

 

 

Observemos, pois, como poderemos viver, em sua plenitude, a comunhão dos santos.

 

1. Amando-nos uns aos outros. “Tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pe 1.22 - ARA).

 

2. Empatizando nos uns com os outros. Significa comungar, sincera e amorosamente, dos sentimentos de nossos irmãos, conforme enfatiza o apóstolo Paulo: “Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram” (Rm 12.15).

 

3. Socorrendo os domésticos na fé. Quem são os domésticos na fé? Se bem atentarmos à epístola que enviou Paulo aos gálatas, verificaremos que são aqueles que fazem parte da família de Deus. Por conseguinte, devem eles ser a nossa prioridade máxima: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” (Gl 6.10).

 

4. Orando uns pelos outros. “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5.16 - ARA).A comunhão dos santos pode ser experimentada através do amor mútuo, da empatia, da ajuda aos santos em suas necessidades e orando uns pelos outros. 

 

Não pode haver cristianismo sem a comunhão dos santos; esta, além de ser o vínculo da perfeição, torna visível a unidade da fé. Levemos em conta, também, ser a comunhão dos santos a recomendação que nos faz o Senhor Jesus: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” (Jo 13.34).

 

Atentemos também a esta declaração do pastor e teólogo inglês Matthew Henry: “Não devemos impor nenhuma condição para a aceitação de nossos irmãos, a não ser as que Deus impôs para aceitá-los”.Tem você mantido comunhão com os santos? Cultive-a, a fim de tornar-se, verdadeiramente, cristão.

 

 

 

                                       Igreja: lugar de vida

 

         A igreja primitiva transmitia vida pela unidade

 

 

 

Havia um só propósito, um só alvo, uma só determinação, muito amor por Jesus e uns pelos outros. A obra de Deus era a prioridade número um na vida daquela Igreja. Todos buscavam o interesse de Jesus e do seu trabalho, e isso era percebido por todos. Aquela Igreja era viva e transmitia vida de tal forma que as multidões afluíam a ela (At 2.44; 4.32; 5.12).

 

Transmitia vida pela comunhão. Aquela Igreja possuía uma profunda comunhão com Deus e uns com os outros (At 4.32). Isso fazia daquela comunidade o lugar mais agradável do mundo, pois o amor era o sentimento mais forte nas relações entre os irmãos. A comunhão e o amor eram tão fortes que os irmãos vendiam suas propriedades e entregavam o dinheiro aos apóstolos. O respeito era grande entre eles .(FERREIRA, I. A. Igreja: lugar de soluções. RJ: CPAD, 2001, pp.28.)

 

Digno de duplicada honra, diz a Bíblia, são “os que trabalham na palavra e na doutrina” (1 Tm 5.17). O verbo "trabalhar", do grego kopiaō, tem o sentido de “trabalho que conduz à exaustão”. Os líderes da igreja não devem apenas ocupar-se com a liderança da comunidade cristã, mas “esforçarem-se arduamente” na Palavra (logos) e no ensino (didaskalia). O dom de ensino não exclui o esforço e a dedicação pessoal ao ministério. Portanto, a Bíblia admoesta o professor a se dedicar ao ministério do ensino, mesmo que para isso ele seja levado à exaustão. Didaskalia refere-se tanto ao ensino sistemático das doutrinas e verdades bíblicas, quanto às técnicas envolvidas na transmissão do ensino e o trabalho que advém desta nobre tarefa.