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LEWI PETHRUS E A IGREJA PENTECOSTAL NA SUÉCIA
LEWI PETHRUS E A IGREJA PENTECOSTAL NA SUÉCIA

          Lewi Pethrus e a igreja pentecostal na Suécia

Ela já foi o centro do pentecostalismo sueco, sob a liderança de um dos mais influentes pastores pentecostais do mundo – Lewi Pethrus. Ela já foi considerada a maior igreja pentecostal do mundo. Ela já teve mais funcionários que toda a equipe atual da Pingst, sede do movimento pentecostal sueco. Ela enviou e sustentou a maioria dos missionários suecos que atuaram no Brasil. Explicar como surgiu a histórica Igreja Filadélfia de Estocolmo, resumir sua trajetória marcante e trazer informações de seu funcionamento atual, é o propósito desta reportagem. Grande parte deste texto foi extraída do que escrevi no verbete “Pentecostalismo na Suécia” do Dicionário do Movimento Pentecostal, acrescentando-se dados colhidos em minha visita à Suécia no ano passado.

Em 1907 o despertamento pentecostal alcançou crentes metodistas e batistas em Estocolmo, a capital sueca. Em 1909, mediante a situação em que muitos crentes batistas estavam se afastando de suas igrejas por aceitarem o batismo no Espírito Santo, o comerciante batista Albert Engzell mobiliou um salão em sua residência, na Rua Uppsala 11, em Estocolmo, para servir como local de pregação. O grupo de crentes que começou a se reunir nesse local, chamado Salão Filadélfia, organizou-se, em 1910, como a Sétima Igreja Batista de Estocolmo, tendo como pregador E. W. Olsson, da Escola Missionária de Örebro, que era totalmente a favor do despertamento pentecostal. E. W. Olsson, pouco tempo depois, desejou regressar a Örebro, a fim de dar prosseguimento a seus estudos. Assim, a igreja, que contava com 70 membros, considerou a necessidade de um pregador cheio do poder de Deus e com seriedade para continuar o trabalho. A escolha recaiu sobre Lewi Pethrus, que ainda servia como pregador na Igreja Batista de Lidköping. Ele recebeu o convite em 14 de setembro de 1910, e assumiu o trabalho da igreja no ano seguinte, em 8 de janeiro de 1911, aos 26 anos de idade.

Lewi Pethrus pastoreou a igreja de 1911 até sua jubilação em 1958

 

No fim de 1913, a Convenção Batista Sueca expulsou ostensivamente Pethrus e toda a sua congregação, porque eles praticavam a ceia aberta. As reais causas de sua expulsão, porém, foram a teologia e a liturgia pentecostal. Surge, então, a Filadelfiakyrkan (Igreja Filadélfia). Havia dois anos que a primeira igreja Assembléia de Deus em Belém (PA) tinha sido fundada pelos suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg.

Em 1916, Pethrus deu início a um dos mais arrojados trabalhos missionários do mundo pentecostal, com o envio do primeiro casal de missionários para o Brasil, Samuel e Lina Nyström, e a fundação da Svenska Fria Missionen (Missão Sueca Livre).

Como pastor, Pethrus fez com que sua membresia na Suécia se tornasse a maior do mundo pentecostal (até cerca de 1975), e levou o seu Movimento Pentecostal a se tornar a maior igreja livre na Suécia, principalmente por sua capacidade de fazer a igreja relacionar-se em todos os aspectos de sua vida. Sua visão holística da vida cristã e a moderação, dignidade e realismo de suas perspectivas de desenvolvimento espiritual deram-lhe a atenção para ser ouvido por toda a Europa, América do Norte e Terceiro Mundo. Ele mostrou ao mundo pentecostal que o movimento não deveria ficar alienado da cultura nacional da qual ele faz parte. Ele foi considerado um pregador, erudito e portador de alto grau de espiritualidade, afirmando sempre suas origens pentecostais, interessando-se de modo invulgar pela expansão do evangelho. Pethrus foi também um autor prolífero, além de compositor de hinos.

Permaneceu como pastor da Igreja Filadélfia de Estocolmo até sua jubilação, em 1958, e atuou como líder do movimento pentecostal sueco até sua morte em 1974. Numa pesquisa para saber quais foram as 100 pessoas mais influentes no século 20 na Suécia, Pethrus ficou em 5º lugar.

 

Grande templo da Igreja Filadélfia de Estocolmo, inaugurado em 1930

 

O templo inaugurado por Pethrus em 1930, na Rua Rörstrand 5, no centro de Estocolmo, é o terceiro e atual endereço da Igreja Filadélfia. O prédio é formado por um antigo castelo do ano 1630 e um auditório para 2.300 pessoas. Nos anos 30 e 40, era o centro influenciador do movimento pentecostal sueco, tendo uma estrutura organizacional onde trabalhavam mais de 100 funcionários.

Numa das salas do castelo anexo à Igreja Filadélfia ainda funcionam os serviços de missões. Seus secretários de missões de maior destaque foram A. P. Franklin (visitou o Brasil em 1926), Paul Ongman e Samuel Nyström. Contando o período de 1910 a 1976, somavam-se, incluindo as esposas, 64 missionários da Missão Sueca Livre que trabalharam no Brasil, a maioria deles sustentados pela Igreja Filadélfia. Atualmente o secretário de missões é o pastor Gunnar Swahn, ex-missionário em Papua Nova Guiné, e a igreja mantêm 20 missionários engajados em 35 projetos. Consta ainda como seu missionário no Brasil, João Lundgren, pastor-presidente da Assembléia de Deus de Caxias do Sul (RS). Por intermédio de Gunnar Swahn, pude conhecer os arquivos onde está guardada toda a documentação de cada missionário que atuou no Brasil.

Entre 1910 a 1950, Filadélfia mantinha 47 locais de Escola Dominical onde também funcionava uma congregação. Eram dirigidos por presbíteros ou diáconos. A Escola Dominical, das 09h30min às 10h30min, era só para crianças. Às 11h00min havia culto para todos os adultos. Havia ceia nas congregações e, uma vez por mês, todas as congregações ceiavam na sede.

O culto principal da Igreja Filadélfia é realizado aos domingos, às 11h00min horas da manhã. À noite apenas ocorre reunião de oração.

 

Culto dominical em 2008 na Igreja Filadélfia. Na primeira fila, os pastores Gunnar Swahn (secretário de missões) e Niklas Piensoho (pastor-presidente)

Na Grande Estocolmo, além do templo central, há igrejas filiadas: duas igrejas na zona sudeste, três igrejas na zona oeste, seis igrejas na zona sul e duas igrejas na zona norte.

Além de o culto dominical ser traduzido para pessoas de fala inglesa e espanhola, durante a semana são realizados cultos específicos para várias nacionalidades, entre elas, portugueses, espanhóis, filandeses, estonianos e iranianos. A igreja também mantém 20 células com cultos semanais nos lares.

De 29 membros, em 1911, Filadélfia chegou a mais de 6 mil membros, em 1958. Atualmente consta em seu rol o registro de 6.000 membros.

Lewi Pethrus (à direita) com seus sucessores Willis Säwe (à esquerda), de 1958 a 1973, e Karl-Erik Heinerborg (centro), de 1973 a 1986

Desde que se tornou pentecostal, a Igreja Filadélfia teve seis pastores-presidentes: Lewi Pethrus (1911-1958), veio ao Brasil três vezes; Willis Säwe (1958-1973), veio uma vez ao Brasil; Karl-Erik Heinerborg (1973-1986), veio uma vez ao Brasil; Owe Lindeskär (1986-1997), veio duas vezes no Brasil; Sten-Gunnar Hedin (1997-2006); e Niklas Piensoho (a partir de 2006), anteriormente pastor da Fiskebäcks Missionskyrka, uma denominação não integrante do movimento pentecostal sueco.

FONTE WWW.ESTUDARHISTORIADAIGREJA.BLOGSPOT.COM