O EXEMPLO PESSOAL NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS
Pv 7.6 Porque da janela da minha casa. Olhando da janela de sua casa, o mestre viu um jovem que estava sendo acossado por poderosa tentação. Porventura as instruções que ele tinha recebido haveriam de livrá-lo em crise de sua tentação? Uma armadilha feminina fora armada para ele, do tipo mais poderoso. O mestre observava enquanto o jovem caminhava, exatamente pela rua onde morava uma adúltera extraordinariamente bonita. E, para dizer a verdade, ali estava ela, não distante da esquina por onde ele dobrou, perto da casa dela. E eia era “jovem, esguia e amorável”, e o jovem pára para contemplá-la. A mulher lança sua beleza sobre ele e profere algumas palavras doces, fazendo ao jovem um convite que ele não consegue recusar. Bem na esquina, ela o abraça e beija, e faia sobre a bela cama e o dormitório perfumado, todo arranjado com belas cobertas e cortinas. O marido dela está fora e não voltará por longo tempo. A mulher o convida a passar a noite com ela, o que lhes dará tempo de se deliciarem de amores. A beleza física da mulher e suas maravilhosas descrições matam toda a resistência dele, se é que ele tinha alguma. Isso posto, ele foi direto à casa dela, na companhia da mulher, tal como um boi vai para o matadouro. A história tem os sinais de ser uma narrativa contada por uma testemunha ocular.
“Os vss. 6-23 descrevem o engodo da adúltera com detalhes gráficos. ‘Grades’ é palavra que se refere a uma típica janela oriental, sem vidros, mas protegida por uma tela elaborada” (Charles Fritsch, in ioc.). Esse tipo de janela provia dupla vantagem: permitia a entrada do ar fresco, mas impedia o olhar dos curiosos.
Pv 7.7 Vi entre os simples, descobri entre os jovens. O jovem em apreço era um dos simples e inexperientes rapazes, mero aprendiz da lei, e assim facilmente sujeito às tentações. Diz-nos o texto sagrado que ele era “carecente de juízo". Ver Pro. 1.4 quanto aos simples, aos quais o mestre queria levar à maturidade e à sabedoria. Esse jovem não era, em sentido algum, um malandro cheio de vícios. Ainda não tinha-se corrompido por esse mundo pecaminoso. Ele simplesmente estava de cabeça vazia de juízo. O termo hebraico empregado é peti, “ingênuo”, “fácil de ser enganado". Faltava-lhe maior entendimento (ver Pro. 6.32). Ele tinha “sangue quente, paixões fortes, combinados com julgamento fraco e inexperiência, o que podia tornar-se presa fácil para uma mulher esperta” (Fausset, in Ioc.). Ele ainda não possuía sabedoria suficiente para discernir entre um grande mal e o bem, nem tinha forças para resistir ao primeiro.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2570-2571.
A Arte Sedutora da Tentadora (7.6-23)
Nesta passagem, o sábio retrata em detalhes vívidos a história do jovem que era o objeto dos planos maus de uma adúltera. Ele relata as consequências trágicas de o homem se entregar à estratégia sedutora dessa mulher devassa.
O objeto de observação da adúltera era um jovem dentre os simples (7), ou dentre os “de cabeça vazia e de coração oco” (AT Amplificado). Este jovem era falto de juízo. A RSV o chama de “jovem sem bom senso”. Kidner o descreve como alguém “jovem, inexperiente, desmiolado”.36 Faltava a esse jovem a compreensão dos princípios morais, mas ele não era meramente um simplório (veja comentário de 1.4).
Este jovem estava andando errante e sem rumo pela rua. Ele parecia não somente perdido, mas também inconsciente dos perigos de se demorar na esquina (8) da casa da tentadora. Assim ele se colocou numa posição que era vantajosa para ela. Ele começou o seu passeio no crepúsculo (9), mas logo veio a noite e a escuridão. Cook comenta: “Há um certo significado simbólico no retrato da escuridão que se torna cada vez mais densa [...] A noite está caindo sobre a vida do homem assim como as sombras estão se aprofundando”.
As seduções da adúltera vêm numa sucessão rápida. Ela foi ousada, abraçou o jovem e esforçou o seu rosto (13); literalmente: “mostrou um rosto ousado” (cf. Jr 3.3). Toy diz: “Esta expressão [...] não sugere que a mulher assuma uma atitude que não lhe seja natural, mas simplesmente descreve a sua ousadia de meretriz”.
A adúltera continua a sua sedução ao dizer ao jovem que “a sua geladeira está cheia, como nós diríamos”.40 Sacrifícios pacíficos tenho comigo (14). A carne dos sacrifícios de animais deveria ser comida no dia do sacrifício ou no dia seguinte. O que não fosse consumido tinha de ser queimado no terceiro dia (Lv 7.16-18). A tentadora diz à jovem vítima que ela ofereceu os seus sacrifícios e que há carne em abundância na sua casa. Eles vão fazer uma festa juntos. Não é estranho que uma pessoa que foi fiel em cumprir com as suas obrigações religiosas em relação aos rituais sacrificais não tenha percebido a contradição entre estas coisas e os seus planos pecaminosos (cf. Is 1.11-15)?
A tentadora agora se volta para a bajulação. Diz ao jovem que era exatamente ele que ela queria para essa ocasião festiva: saí ao teu encontro [...] e te achei (15). Ele é o “homem dos sonhos dela, alto, moreno e vistoso”. Ela desce ao nível do sensual para o apelo seguinte (16-18). Em seguida a sua vítima recebe a garantia de que o marido saiu para uma viagem demorada e não vai voltar antes do dia marcado (20); literalmente: “depois de muitos dias”.
EARL C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 374-376.
De acordo com Stephen Covey, a literatura antiga era focalizada: “No que se poderia chamar de Ética do Caráter, considerada a base do sucesso — coisas como a integridade, humildade, fidelidade, persistência, coragem, justiça, paciência, diligência, modéstia e a regra do ouro (fazer aos outros o que desejamos que nos façam). A biografia de Benjamin Franklin é representativa desta literatura. Trata, basicamente, do esforço de um homem para interiorizar certos princípios e hábitos. A Ética do Caráter ensina que existem princípios básicos para uma vida proveitosa, e que as pessoas só podem conquistar o verdadeiro sucesso e a felicidade duradoura quando aprendem a integrar estes princípios a seu caráter básico”.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 76.
A Natureza dos Filhos
O que os filhos são por dentro é de extrema importância. Por isso educação de filhos tem por objetivo treinar o coração do filho. Educação de filhos e treinamento de almas. Os filhos só podem reagirem ao que são por dentro. Qualquer educação deve levar em conta a natureza do sujeito que está sendo educado. A falta de considerar isso trará decepção tanto para o educador quanto frustração ao que recebe a educação. Por que uma criança precisa ser educada? O que é que dificulta a educação dos filhos? Por que os filhos precisam autoridade dos pais? Quais são os objetivos que os pais devem ter para educar bem os seus filhos? Cada filho é igual? As necessidades dos filhos modificam com a idade?
GARDNER. Calvin G,. O Que Diz a Bíblia Sobre a Educação dos Filhos no Lar.
Pv 4.3 Quando eu era filho em companhia de meu pai. O mestre usa a si mesmo como exemplo da transmissão dos ensinos do pai para o filho. Ele tivera a grande vantagem de contar com um pai fiel e piedoso, que não negligenciara o ensino a seu filho. É conforme disse o profeta moderno, Baha Ullah: “A pior coisa que um pai pode fazer é conhecer os ensinamentamentos, mas não transmiti-los”. O mestre havia sido, alguns anos antes, uma terna criança, tão jovem, tão débil, tão impotente como são as crianças. No entanto, nascera em uma boa família. Foi muito amado por seu pai e por sua mãe, e nisso metade da batalha foi ganha. Ele era o “único” aos olhos de sua mãe, talvez por um longo tempo, o filho único, e, portanto, muito amado. Ele era “único", conforme diz a nossa versão portuguesa. ‘Tenro” quer dizer “jovem em anos", com a impotência própria da meninice. O filho amado (no hebraico, yahidh, que literalmente significa “único”) era muito estimado e amado, e isso, por si mesmo, é uma grande lição. O amor sempre estabelece uma grande diferença. Pode produzir, em um único instante, o que a labuta dificilmente produz em uma era. O filho amado também será o filho ensinado. Cf. as palavras de Davi no tocante a Salomão, que também foi chamado de “moço e inexperiente” (I Crô. 29.1).
Encontramos aqui um belo quadro de uma vida em família, no melhor dos lares judaicos. Embora esse homem tenha começado sua vida como apenas uma criança, não era “mimado”. Gersom espiritualizou este versículo e fez de Deus o Pai, de Israel os filhos, e então, como é natural, a lei seria a fonte de todos os ensinos. Israel, povo distinto entre as nações, era como um filho único. Ver Deu. 4.4-8 quanto ao caráter distintivo do povo de Israel.
Então ele me ensinava e me dizia. O pai do mestre o ensinava e assim dava exemplo sobre como ele deveria lidar com seus filhos literais e seus filhos espirituais. Os hebreus mostravam-se fanáticos sobre a sua lei e sobre o ensino da lei, embora existissem poucas cópias escritas e pouquíssimas pessoas soubessem ler. Portanto, o ensino tinha de ser ministrado pelo corpo de conhecimento existente na memória. Poucos pais, ou mesmo mestres, tinham sua própria cópia escrita da lei, o Pentateuco. Isso não detinha o processo do ensino. Um mestre que morasse em Jerusalém provavelmente teria acesso a uma cópia escrita da lei, podendo usá-la como fonte contínua de consulta, embora o próprio mestre não contasse com uma cópia pessoal. Considere, pois, o leitor o quanto o nosso trabalho de mestres tem sido facilitado pela boa literatura moderna, começando com as muitas versões da Bíblia, em tantos idiomas. Além disso, dispomos de comentários, livros devocionais, materiais técnicos, os quais são recomendáveis para os eruditos, que podem obter assim compreensão mais profunda da Palavra e então compartilhá-la com outras pessoas. Nossa riqueza literária teria deixado estonteado qualquer mestre do antigo povo de Israel, e podemos ter certeza de que logo ele estaria colecionando livros para formar sua própria biblioteca particular. Sem dúvida, alguns poucos mestres antigos tinham (pequenas) bibliotecas. Ver no Dicionário o artigo chamado Livro, Livros. O apóstolo Paulo tinha uma pequena biblioteca e viajava levando consigo alguns livros.
Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, bem como os livros, especialmente os pergaminhos.
(II Timóteo 4.13)
O Processo Ideal. Ouvir; reter o ensino; obedecer; obter a vida prometida pela lei (Deu. 4.1; 5.32), a qual é longa e próspera. Assim, a lei seria o guia da vida dos israelitas (ver Deu. 6.4 ss.). Ver a respeito os mandamentos em Pro. 2.1, ou seja, o corpo do ensino sobre a sabedoria, da qual o livro de Provérbios é um representante, sabedoria alicerçada sobre a lei de Moisés. Cf. este versículo com I Crô. 28.9; Efé. 6.4 e Pro. 7.2.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2554.
Ouvi, filhos, a correção do pai (1). O mestre aqui ou assume o papel de um pai ou, como pai, lembra a sua própria herança religiosa tão valiosa. Esta última posição parece mais provável em vista das declarações autobiográficas dos versículos 3-4. Certamente o antigo povo de Israel cria que a religião deveria ser ensinada e transmitida na prática. Preceitos e prática eram ambos muito importantes na propagação da fé. Em concordância com essa herança, o cristianismo é evidentemente uma religião de instruções.
O mestre fala de forma carinhosa acerca do seu próprio lar hebreu. Quando ele era tenro (3; jovem na idade biológica), ambos, pai e mãe, compartilhavam a educação dos filhos. A devoção aos mais elevados valores na vida é transmitida por meio do impacto pessoal de pais devotos sobre a vida dos seus filhos, e de mestres sobre as vidas dos seus pupilos. Edgar Jones nos lembra que “o relacionamento entre o mestre e o aprendiz é pessoal, e não superficial. Nesse relacionamento de confiança mútua a verdadeira educação se toma possível”.
EARL C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 367-368.
III - EDUCAÇÃO INTEGRAL
Educação Integral
Os educadores chamam a atenção para o fato de se educar tomando por base um modelo integrado. Esse novo paradigma na educação recebe o nome de: Teoria da Integração Relacional. Esse novo modelo destaca que “as clássicas teorias psicológicas não têm sido suficientes para a compreensão do atual comportamento dos alunos e o adequado procedimento preventivo e terapêutico dos conflitos vividos em sala de aula. Há necessidade de introduzir elementos novos, como amor, disciplina, gratidão, religiosidade, ética e cidadania, para a avaliação da saúde relacional. Uma pessoa integrada relacionalmente vive um equilíbrio dinâmico entre as satisfações física, psíquica, ecossistêmica e ética nos contextos familiar, profissional e social”.
Muito à frente de nosso tempo, Salomão já se preocupava com a construção do homem na sua integralidade. Possivelmente nenhum outro livro contenha tantos princípios educativos como o livro de Provérbios. Nos Provérbios encontramos ensinos precisos para a educação de crianças, jovens e adultos. É um manual recheado de belos ensinamentos que favorecem o crescimento intelectual, psicológico, social e espiritual.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 76-77.
Pv 2.2 Para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido. Um bom aluno mostrar-se-á atento ao ensino que receber, inclinando seu ouvido para ouvi-lo e aceitá-lo. Ele será ouvinte e praticante dos mandamentos. Ver Tia. 1.22.
Todas as faculdades devem ser empregadas nessa busca: o ouvido, para ouvir e compreender; o coração, que fala sobre a mente e as sensibilidades espirituais. O homem estava atrás do entendimento (ver Pro. 1.5). Essas figuras simbólicas apontam, essencialmente, para as capacidades intelectuais e volitivas. A “compreensão”, conforme entendiam os hebreus, nunca era algo meramente intelectual. Um homem precisa viver segundo a sua compreensão, pois só assim ele realmente compreenderá. Um aluno nunca poderia ser um mero teórico. Saber sem praticar termina em hipocrisia.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2543.
A Urgência do Apelo da Sabedoria (2.1-4)
A urgência do apelo do sábio é indicada por quatro conjuntos de orações gramaticais paralelas — um conjunto em cada um dos versículos dessa seção. No versículo 1 a Tributo à Sabedoria Provérbios 2.1-12 condição é: se aceitares [...] e esconderes contigo (“entesourares”, TB). Para fazeres atento [...] o teu ouvido, e [...] inclinares o teu coração (“para que o teu coração alcance”, Berkeley) são condições encontradas no versículo 2. As condições se clamares (“se implorares”, Berkeley) [...] alçares a tua voz estão no versículo 3. No versículo 4 lemos: se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares (cavares por ela). Somente essa sinceridade de coração que o mestre defende nesses versículos vai gerar no pupilo o conhecimento da vontade santa de Deus. A declaração de Paulo em Filipenses 3.13-14 é uma ilustração neotestamentária dessa intensidade de propósito.
A palavra coração (hb. leb) no versículo 2 é especialmente significativa. Tem um significado muito mais amplo no hebraico do que em português, incluindo sensibilidades intelectuais e morais como também emocionais. E o centro do ser humano do qual brotam as decisões vitais. A Bíblia nunca fala do cérebro como local do intelecto do homem. Para inclinares o teu coração (2) sugere real dedicação e zelo. O mestre está desafiando o pupilo a buscar a sabedoria com todo o seu ser — sua razão, suas emoções, sua vontade — para que o propósito não seja diluído.
EARL C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 362-363.
Pv 3.3 Não te desamparem a benignidade e a fidelidade. A benignidade e a fidelidade são dois ornamentos especiais para quem quiser viver a vida caracterizada pela sabedoria. Esses ornamentos devem ser pendurados ao pescoço do indivíduo por ter vencido na corrida espiritual. São também como inscrições preciosas para o coração do homem bom. Yahweh é quem faz tal inscrição sobre o coração do homem e assim o identifica como pertencente a Ele. O homem bom vive em consonância com as inscrições feitas no seu interior, em sua alma. Essas qualidades identificam o tipo de homem que ele é. A Revised Standard Version diz aqui “lealdade” e “fidelidade” como os ornamentos e as inscrições especiais. A primeira dessas palavras corresponde ao hebraico hesedh, o amor constante que figura no livro de Salmos, tão frequentemente repetido aqui. Usualmente, ali refere-se ao amor que Yahweh dirige ao homem. E o homem bom dirige o seu amor a Yahweh. O homem bom é aquele que anda no caminho dos mandamentos (ver Pro. 2.1 e 3.1). A segunda dessas palavras hebraicas é ‘emeth, cuja raiz significa “confirmar", com um segundo sentido de “confiar". Ellicott (in loc.) fala em fidelidade, referindo-se às
promessas que Yahweh dá a Seus santos, bem como ao fato de que essas qualidades não podem falhar. A palavra é usada para apontar para Deus (ver Sal. 30.10) e para os homens (ver Isa. 59.14). “Esses são dois atributos especiais mediante os quais Deus é conhecido em Seu trato com os homens (ver Êxo. 34.6,7), e são qualidades que devem ser imitadas pelos homens (ver Mat. 5.48)” (Ellicott, in loc.).
Ata-as ao teu pescoço. Cf. Pro. 1.9.
Escreve-as. Cf. Pro. 6.21 e 7.3. Ver Jer. 17,1 e II Cor. 3.3 Quanto à “tábua do coração”, ver Jer, 31.33. “A alusão, em ambas as frases, é às orientações dadas quanto à legislação mosaica (ver Deu. 6.8,9), bem como à inscrição da lei sobre as tábuas de pedra. Era usual que os antigos escrevessem sobre tabuinhas de madeira. Assim foram inscritas as leis de Sólon (Lacrt. Vit. Solon) e também as tabellae et pugillares dos romanos, A cera era usada com o mesmo propósito. Ver Hab. 1.2. Paulo, entretanto, queria que a sua lei fosse escrita nas tábuas de carne, do coração (II Cor. 3.3)” (John Gill, in loc.).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2547.
3.3,4 — Benignidade e fidelidade são duas palavras de peso dentro da Bíblia, pois descrevem o caráter de Deus (Sl 100.5) e os valores que Ele exige de Seu povo. O apóstolo João empregou o equivalente grego destas palavras, graça e verdade, para descrever o caráter de Jesus (João 1.14).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 952.
Acerca das palavras Não te desamparem a benignidade e a fidelidade (3), Jones e Walls dizem: “Misericórdia (hb. Hesedh; [aqui ‘misericórdia’]) é uma palavra difícil de entender à parte da ideia de aliança. Significa amor da aliança, e só podemos entender a amplitude disso com base no Grande Mandamento e no que é semelhante a ele (Dt 6.5 e Lv 19.18). Verdade (hb. ’emeth [aqui ‘fidelidade’) significa ‘firmeza’ e daí ‘confiabilidade’, ‘estabilidade’, ‘fidelidade’ e ocasionalmente o que a fidelidade exige — realidade e verdade”. Os termos benignidade e fidelidade com frequência estão associados no Antigo Testamento. Eles refletem a fidelidade de Deus às suas promessas. Quando aplicados ao homem, descrevem a integridade no seu sentido mais amplo.
O judaísmo entendeu literalmente as expressões ata-as e escreve-as. Os bilatérios que continham partes das Escrituras eram carregados e usados no braço e na testa (Ex 13.9; Dt 6.8-9; 11.18). No seu sentido mais profundo, benignidade (misericórdia) e fidelidade (verdade) são princípios em que devemos refletir e segundo os quais devemos viver.EARL C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 365.
fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net