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A SANTIDADE CONVÉM A IGREJA
"Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor". Hb 12.14
A essência do ensino e pregação na igreja apostólica sempre foi voltada à santidade. Para que haja santidade é preciso primeiro que haja arrependimento e conversão (At 3.19), daí vêm mudança de atitude, de pensar, de agir, de sentir, gerando uma vida diferente, que busca diariamente a santificação. É a Palavra que é Santa (Jo 17.17), poderosa para santificar, purificar e levar a igreja a tornar-se sem mácula, sem ruga, santa e irrepreensível (Ef 5.26,27).
Até o capítulo cinco de Atos dos Apóstolos, está registrado que a Igreja gozava da ação gloriosa do Espírito Santo, de um profundo sentimento de amor, de fraternidade, de união e, principalmente, de sinceridade entre seus membros, até que o casal Ananias e Safira tentaram macular a vida de santidade e lealdade da igreja e, por essa razão, foram castigados.
1. O PRINCIPIO DE SANTIDADE
Deus é santo. Santidade é, pois, um dos atributos do Todo-Poderoso. Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança, para que fosse santo como Ele é.
Justamente o que separa o homem de Deus é o estado pecaminoso, isto é, a falta de santidade. O Senhor ama o pecador, mas não tolera o pecado (Rm 3.23). Ele exige que Seu povo seja santo, assim como Ele é (Lv 11.44; 19.2; 20.7,26).
1.1 O que se entende por santidade
Ser santo significa ser separado, ser irrepreensível (l Ts 3.13); viver segundo a vontade divina, não se contaminar com o pecado (Ef 1.4); não se conformar com o mundo (Rm 12.2); isto é, não tomar a forma do mundo porque não pratica as obras da carne, mas produz o fruto do Espírito (Gl 5.22).
1.2 O padrão de santidade do crente
O Espírito Santo trabalha na vida do crente para o santificar, tornando-o puro para Deus. É Ele quem dá as condições para se ter uma vida espiritual equilibrada. Sem fanatismo, porque esse leva à prática de doutrinas heréticas, e sem modernismo, porque esse dá lugar aos exageros e à carnalidade.
O modelo de santidade do cristão é o próprio Jesus, como o apóstolo Pedro escreveu (1 Pe 1.15); e também o apóstolo repetiu aquilo que o próprio Deus já havia determinado desde os tempos antigos: "Sede santos porque eu sou santo" (Lv 11.44).
1.2.1. A santificação pela Palavra
A Palavra de Deus é santificadora porque é verdadeira. Na oração feita por Jesus ao Pai, Ele intercedeu pela santificação dos discípulos (Jo 17.17). Com certeza, a Sua Igreja também já estava incluída naquela oração. A Palavra limpa, purifica e guarda (Jo 15.3; Sl 119.11).
1.2.2. Santificação na pessoa de Jesus
Quem deixou o mundo e passou a pertencer a Jesus já é santificado por Ele. O apóstolo Paulo escreveu que "as más conversações corrompem os bons costumes" (1 Co 15.33b). Certamente, acontece bem ao contrário com aquele que escolheu o próprio Jesus para ser seu amigo, seu constante companheiro, seu Senhor e Mestre (I Co 1.30).
1.2.3. Santificação pelo sangue redentor
Foi lá no Calvário que Jesus deu o passo decisivo de redenção da humanidade. Derramou o Seu precioso sangue para remir o pecador. Resgatou o homem das trevas para a luz, da mentira para a verdade, da impureza para a santificação (Hb 13.12).
2. A BUSCA CONSTANTE DA SANTIDADE
Santidade é um estado de vida que se adquire gradativa e continuamente. É preciso a busca constante dessa qualidade, com a ajuda do Espírito Santo. É necessário constância da perfeita santidade (Ef 4.12,13).
O primeiro passo dado em direção a uma vida pura é a conversão (2 Co 5.17).
Depois, o crescer na graça e no conhecimento de Jesus (2 Pe 3.18) vai dando ao crente a condição de ir se purificando em todas as dimensões (1 Jo 3.3) em todos os sentidos:
• No olhar (Mt 6.22; 18.9);
• No falar (Mt 5.37; Ef 4.25);
• No andar (Gl 5.16);
• No portar-se diante dos descrentes (Rm 14.16);
• Em todo o viver (Fp 1.21; Gl 2.20).
A recomendação de Jesus é para que o crente seja santo em toda a sua totalidade: Espírito, alma e corpo (l Ts 5.23).
2.1. Quando se deve exercitar a santidade
É verdade que, enquanto o crente estiver aqui neste mundo em sua peregrinação, ele não será perfeito em santidade. A perfeição, porém, é o alvo maior a que se propõe (Ef 4.13).
Mas a santidade deve ser buscada e exercitada em todas as situações de vida. Para alguns, a santidade só deve ser considerada em casos especiais. Pequenos deslizes não devem ser levados em consideração.
Porém, as grandes coisas iniciam como pequenas coisas. Se o crente se acostumar a não dar importância a elas, a sua mente ficará cauterizada e a expressão "não tem nada a ver" passará a ter lugar no seu vocabulário. Certamente, os resultados serão desagradáveis, porque sem santidade ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).
2.2. Recomendações aos participantes da Ceia do Senhor
O apóstolo Paulo escrevendo aos corintos, em sua primeira carta, capítulo onze, versículos vinte e sete ao trinta, recomendou quanto à necessidade de um preparo especial para aqueles que pretendem participar da Ceia do Senhor. Ele advertiu que quem participa indignamente do ato torna-se culpado, isto é, está pecando (1 Co 11.27,28).
Em seguida, diz que na igreja existem muitos fracos, doentes e ate mortos espirituais porque não se preparam, isto é, não se purificam de modo adequado, que agrade ao Senhor.
A maior bem-aventurança dos santos, para os limpos de coração, foi dita pelo próprio Jesus: "eles verão a Deus" (Mt 5.8b).
3. O PRINCIPIO DA VIDA DA IGREJA
No livro de Atos dos Apóstolos, está registrado o princípio da Igreja de Jesus aqui na terra. Sua inauguração e os primeiros anos da Igreja são descritos como uma série de abençoados acontecimentos.
Todos os que aceitavam a fé participavam unânimes, com o mesmo espírito de colaboração. Era comum alguém vender sua propriedade ou parte dela para ajudar os mais necessitados (At 2.44-46).
Aconteceu, porém, um caso inédito que causou espanto e temor a toda comunidade dos crentes em Jerusalém.
3.1. Colaboração de todos os crentes
Barnabé, um dos apóstolos, como muitos outros crentes, teve a atitude louvável de vender uma propriedade e reverter todo o seu valor para um fundo de ajuda aos mais necessitados da igreja (At 4.34-37). Ananias e Safira também, como os demais, venderam uma propriedade, porém retiveram parte do valor. Mas Deus conhece o profundo do coração do homem (At 5.1-4). Precisamos estar em alerta às ações que parecem corretas, cuja motivação é profundamente errada. Ananias e Safira foram mentirosos e hipócritas.
O apóstolo Pedro, por revelação do Espírito Santo, detectou onde se originou todo o mal que pretendia atingir a igreja: o coração daquele casal. O que chama atenção no texto sagrado é a expressão: "Ananias, por que encheu Satanás o teu coração?" (At 5.3).
Ananias deixou que seu coração fosse o centro da vontade de Satanás e por ele fosse controlado. Ananias agiu segundo projetou o seu coração. As Escrituras nos alertam para guardar nosso coração (Pv 4.23).
3.1.1. A impureza prejudica até a família
É triste, mas o mal cresceu rapidamente, atingindo não só o coração de Ananias, como também de Safira, sua esposa. Ananias e Safira planejaram tudo em oculto e, talvez, para alguns, o ato de trazer aos pés dos apóstolos a importância cujo valor real era desconhecido por todos, fosse motivo até de elogios. Mas, quando os crentes estão unidos em um só Espírito e em santidade, todo o pecado é descoberto. "Santifica-os na verdade: a tua palavra é a verdade" Jo 17.17
3.1.2. A impureza mancha a igreja
O alvo do adversário foi de macular a veste da noiva do Cordeiro, porém Deus não permitiu que uma situação de mentira ficasse encoberta na Sua casa. Ananias e Safira também tentaram a Deus permitindo a ação de Satanás em suas vidas, mas Deus conhece o mais oculto dos sentimentos do homem e é capaz de, na hora certa, revelá-los. Precisamos vigiar com as nossas atitudes ao entrar na Casa do Senhor.
3.1.3. A ação do Espírito Santo inibe a ação do pecado
O diabo, nessa passagem em apreço, agiu sutilmente para tentar manchar a igreja, mas a ação poderosa e reveladora do Espírito Santo o impediu. O apóstolo Pedro enfatizou o nome desta gloriosa pessoa que é o Espírito Santo, cuja atividade na igreja é santificá-la. Para termos uma igreja santa, o Espírito Santo deve ter liberdade de ação.
Pedro é um grande exemplo de líder sensível ao Espírito Santo. Em meio a toda aquela farsa, mentira e engano, foi revelado o que se passava no coração do casal.
Não se deixou levar pelos valores ali depositados pelo casal. Essa deve ser a atitude dos homens de Deus que são responsáveis pela pureza e integridade da igreja.
3.2. Resultado da disciplina
Para muitos, parece que a disciplina foi dura, pois o casal pagou com suas vidas. Não é dado a nenhum homem o direito de questionar os atos de Deus. Ele sabe porquê usa esse ou aquele meio para disciplinar os errados. "Porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará".Gl 6.7b
Todos os que estavam naquela reunião se encheram de temor pela ação divina (At 5.5,11). O mesmo temor deve continuar existindo nos nossos cultos. Precisamos compreender que cultuamos a Deus em um lugar que é santo e também é nosso dever servi-lo em santidade. Deus não espera que Seus filhos O sirvam com medo, mas que O respeitem e O reverenciem, pois Ele é digno.
Muitos, até hoje, ouvem e leem sobre o que ocorreu com o casal e entendem que essa obra não é de homem, mas de Deus. Para Deus derramar do Seu óleo na Igreja, primeiro, Ele a purifica de toda imundícia.
Muitos que moravam em outras cidades foram para Jerusalém, capital do avivamento (At 5.16). Após o episódio com o casal Ananias e Safira, a igreja continuou a crescer, não de expectadores, mas de crentes convertidos, que temiam ao Senhor.
O mundo tem que ser atraído pelas maravilhas que Deus faz: salva, liberta, cura, batiza com o Espírito Santo e dá vida eterna. A igreja não vive de movimentos passageiros que envolvem o emocional e não mudam o coração.
Muitos liberais acham que falar sobre santidade vai afastar o povo da igreja. Não é verdade. O mundo nos observa. É preciso fazer a diferença nessa terra corrompida pelo pecado. A igreja é um lugar diferente, onde Deus se revela e se relaciona com o homem.
Quando a igreja faz a diferença, alguma coisa acontece: "E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, cresciacada vez mais" (At 5.14).
Deus tem disponibilizado meios para que a Sua Igreja alcance esse objetivo: o sangue de Jesus (Hb 13.12; 1 Jo 1.7; Ap 7.14), a Sua Palavra (Jo 15.3; 17.17; Sl 119.9), a ação do Espírito Santo (Rm 8.2; Gl 5.16). A igreja deve ser santa porque serve a um Deus santo, logo deve buscar a santidade como condição indispensável para adorá-lo e, no futuro, morar com Ele no céu (Sl 15). Porque Deus é a essência da santidade!
FONTE Bibliografia G. B. Brandão
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