O CASAMENTO BÍBLICO
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
As escrituras ensinam que o homem e a mulher foram feito a imagem de Deus (Gn 1. 27). Após Deus formar o homem (2. 7), formou também a mulher (v 22). Essa foi a segunda grande decisão divina no tocante a existência da humanidade. Deus uniu o homem a mulher, instituindo assim o casamento, não apenas para a perpetuação da raça humana , mas para a formação do casal e consequentemente de toda a família.
O Antigo Testamento descreve a poligamia e as suas tragédias na vida de Jacó (Gn 29.21 -23,28-3 ; 30.1-10) e nados reis de Israel (1 Rs l l t4,7-9)
c ) A monogamia na liderança crista. Para os lideres da igreja, Paulo exorta: “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher” (1 Tm 3. 2 — sem grifos no original). O diácono também deve ser "marido de uma mulher" (1 Tm 3 .1 2). A liderança deve ser o exemplo dos fieis em tudo, e esse exemplo inclui o casamento <1 I m 4.1 2).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
A monogamia e o modelo de união arquitetado por Deus para a humanidade.
II - O PRINCIPIO DA HETEROSSEXUALIDADE
III - A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO
1, Uma só carne. A fim de proporcionar una vida conjugal abundante, o Criador planejou uma união histórica, indissolúvel e permanente (Gn 2.24). O matrimonio entre homem e mulher seria para sempre! Tristemente, pecado ruiu principio divino da continuidade do casamento, trazendo o divorcio e separando Famílias. O plano de Deus, entretanto, ainda pode ser encontrado nas palavras de Jesus: "o que Deus ajuntou não separe o homem" {Mt 19. 16).
O casamento heterossexual nunca foi tão atacado como no presente tempo. Em nossa sociedade, leis e normas que atentam contra a lei de Deus são elaboradas sob o argumento de que o Estado e laico. E deve ser mesmo! Mas entre ser laico e desrespeitar princípios ordenados por Deus desde a criação ha uma grande distancia. Neste aspecto, a igreja do Senhor Jesus deve ser a "coluna e firmeza da verdade" e guardiã dos princípios morais e cristãos, denunciando o pecado e acalentando os corações feridos. Assim, defender mós que o casamento monogâmico, heterossexual é indissolúvel deva ser incentivado, apoiado e honrado nas esferas públicas de relacionamento.
"Da indissolubilidade A natureza indissolúvel do casarnento vem desde a sua origem: 'Portanto, deixara o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á a sua mulher, e serão ambos uma só carne (Gn 2.24). O Senhor Jesus Cristo disse que essa passagem bíblica significa a indissolubilidade do casamento: 'Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem' (Mt I 9.5,6), E una união intima entre duas pessoas de sexos opostos que assumem publicamente o compromisso de viverem juntas; uma aliança, solene, um pacto sagrado, legal e social Não existe no universo, entre os seres vivos inteligentes, uma intimidade maior do que entre marido e mulher, exceto apenas entre as três pessoas da Trindade. O voto solene de fidelidade um ao outro 'ate que a morte os separe’, que se ouve dos nubentes numa cerimonia de casamento, não e mera formalidade. Isso tem implicações profundas diante de Deus: 'Porque o Senhor. foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade' [Ml 2.14). O compromisso que os noivos assumem é diante de Deus, independentemente de o casal ser ou não crente em Jesus. Isso diz respeito ao casamento per si, vinculado de maneira intrínseca a sua natureza,
pois assim Deus estabeleceu essa aliança 'ate que a morte os separe'" (SOARES, Esequias. Casamento, Divorcio & Sexo a Luz da Bíblia. l ,ed- Rio de Janeiro: CPAD, 201 1, pp.16-7).
O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O CASAMENTO
Gênesis 2.18-24 O casamento e uma ideia de Deus.
Gênesis 24.58-60 O compromisso e essencial para um casamento bem-sucedido.
Gênesis 29.10,11 O romance e importante.
Jeremias 7 .3 4 O casamento proporciona momentos de imensa felicidade.
Malaquias 2.14,15 O casamento cria o melhor ambiente para a educação dos filhos.
Mateus 5 .3 2 A infidelidade quebra o vinculo da confiança, que e a base de todos os relacionamentos.
Mateus 19. 6 O casamento e permanente.
Romanos 7.2,3 O correto e que apenas a morte dissolva um casamento.
Efésios 5.21-33 O casamento esta baseado nos princípios práticos do amor, não em sentimentos.
Efésios 5.23-32 O casamento e um símbolo vivo de Cristo e a Igreja.
Hebreus 13.4 O casamento e bom e honroso.
SAIBA MAIS
Revista Ensinado Cristão CPAD n" 54, p.37.
O padrão para o matrimonio bíblico e que seja realizado entre um homem e uma mulher. E dentro dessa única e correta perspectiva, ha mandamentos diretos para ambos os cônjuges. Para o homem, Deus ordena que seja amoroso para com sua esposa, da mesma forma que Cristo o foi com a Igreja: Ele se entregou a morte por ela. Ele morreu para que ela pudesse viver, e Ele cuida de tal forma dela que a apresentara "gloriosa, sem macula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível" (Ef 5.27). Isso nos mostra que Jesus não utiliza de seu poder para subjugar a Igreja ou para dizer que ela precisa ser submissa (como alguns homens fazem, anulando a opinião de suas esposas, como se elas fossem incapazes de serem ajudadoras), mas mostra que ha comunhão entre Jesus e a Igreja, a ponto de o amor fazer a diferença. Paulo diz que "Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo" (Ef 5.28). Para Deus, a forma com que o esposo trata a esposa e tão importante que pode impedir as orações dele, se ele dera sua esposa um tratamento injusto ou desonra-la. Para a mulher, Deus espera que seja uma ajudadora e uma pessoa submissa. Ajudadora no sentido de cooperar com seu esposo, de ajuda-lo a tomar decisões a luz da Palavra de Deus, de cuidar do lar (até da economia domestica, como a mulher virtuosa de Provérbios 31), de cuidar dos filhos e acompanhar sua educação e crescimento. E evidente que, em nossos dias, o papel da mulher tem ido além dessa descrição bíblica, pois o publico feminino tem entrado no mercado de trabalho com forca e capacidade generosas. Ha mulheres que foram abandonadas por seus esposos, e que tiveram de ir atrás de recursos para suster suas famílias. Há outras que ficaram viúvas, e outras ainda que não chegaram a constituir uma família formalmente, pois, apos a gravidez, o pai da criança negou-se a assumir sua parte como pai e provedor. Ha ainda mulheres que desejam ser independentes financeiramente, e vão em busca de seus objetivos. Ha, portanto, diversos motivos que empurram as mulheres para o mercado de trabalho. Deus não aprova a bigamia, nem qualquer tentativa de conciliar a convivência conjugal de um homem e duas mulheres ou de uma mulher e dois homens. Essas coisas ofendem o padrão estabelecido por Deus para o casamento. Mesmo os homens de Deus descritos na Bíblia como tendo mais de uma esposa, como Abraão, Jacó, Davi ou Salomão, nunca foram felizes em seus casamentos por desrespeitarem o principio divino da monogamia.
Para Deus, só existe casamento pela união entre um homem e uma mulher, união monogâmica e heterossexual. Fora desse formato é abominação a Deus. Os propósitos do casamento transcendem à visão hedonista e simplista, dos materialistas, que veem o ser humano no mesmo nível dos animais irracionais. Em sua percepção divina, o Criador viu que não seria bom o homem viver na solidão. E criou a mulher para completar o que lhe faltaria em sua existência. Foi a segunda grande decisão de Deus. Unir o homem e a mulher, “macho e fêmea”, instituindo, assim o casamento, não só para a procriação da raça humana, mas para a formação da família. O Diabo atacou o plano de Deus para o casamento. Ao longo dos séculos, ele tem induzido os homens a aceitarem outras formas de união, contrárias ao plano de Deus. O homossexualismo tem assumido proporções gigantescas, com apoio de governos, legislativos e judiciários. É uma agressão violenta à Lei de Deus, que tem trazido e vai acarretar muita maldição para a humanidade. Se Deus quisesse o casamento entre pessoas do mesmo sexo, teria feito dois Adões ou duas Evas. M as não o fez.
A sociedade pós-moderna é educada para o materialismo. Nas escolas de Ensino Fundamental, as crianças são orientadas para o liberalismo social, que se fundamenta no relativismo e no humanismo. O primeiro ensina que nada é certo e nada poder ser considerado errado. Tudo depende da subjetividade do momento. O segundo coloca o homem como o centro e a medida de todas as coisas. Com essa visão de mundo, não há lugar para os princípios absolutos, emanados da Palavra de Deus.
O presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, disse em um de seus discursos: “O mundo mudou. E temos que mudar com ele”. Uma de suas primeiras medidas foi dar total apoio ao “casamento homossexual”. Pouco tempo depois, o Brasil entrou na mesma visão. O Judiciário, interpretando a Constituição sob uma ótica liberal e materialista, aprovou que “entidade familiar” não é formada apenas de homem e mulher, como prevê a própria Carta Magna. É também a união de dois homens ou duas mulheres, na chamada “união homoafetiva”. Em seguida, o Supremo Tribunal de Justiça decretou a aprovação do “casamento homossexual”. Há um poder sobrenatural guiando a mente dos líderes das nações. E o espírito do Anticristo.
O apóstolo João, profeticamente, viu esse tempo perigoso para o mundo (1 Jo 4.3). Esse “espírito do Anticristo”, nos dias hodiernos, tem se manifestado de modo agressivo e impertinente. Os líderes das nações não percebem, porque, em sua maioria, não acreditam em Deus e nem respeitam a sua Palavra. Mas é o “espírito” que governa as nações que se esquecem de Deus (SI 9.17).
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 17, 18.
MONOGAMIA
Por detrás dessa palavra portuguesa há dois termos gregos: mônos, «único.., e gamos, -casamentos, Portanto, a monogamia é o principio ou a prática de um único casamento de cada vez: um homem-uma mulher. Usualmente, esse principio não é considerado como violado se uma pessoa tomar a casar-Se, no caso do primeiro casamento tiver sido considerado nulo, por qualquer razão legitima, embora o primeiro cônjuge continue vivo.
A monogamia faz oposição à bigamia (uma pessoa tem dois cônjuges ao mesmo tempo) ou à digamia (um segundo mas legitimo casamento). E, naturalmente, faz oposição à poligamia (um homem com várias esposas; ou uma mulher com vários maridos este último caso chama-se também poliandria).
A sociedade judaica antiga, como a maioria, foi polígama, mas no Novo Testamento o ideal é a monogamia. Ver Mat. 19:4 ss, Ver o artigo geral sobre Matrimônio. Monogamia na Natureza Patrícia Wright, antropóloga de Duke University, tem estudado, com muita diligência, a questão da monogamia na natureza. Um artigo publicado por ela na revista National Wildlife nos dias seguintes informações: As espécies de animais que praticam a monogamia são coiotes, lobos (surpresal), morcegos, antílopes, castores, ratos almiscarados, e algumas espécies de toupeiras. Até estes animais aproveitam de oportunidades de ter relações sexuais com «estranhos.., se as condições são favoráveis, embora não as procurem.
Aparentemente, sua conduta monógama é devida a tentativa de preservar a comida e facilitar a sobrevivência. Nas sociedades humanas no Ocidente, monogamia é popular na palavra, mas pouco popular de fato. 87% das sociedades humanas (em todo o mundo) não a praticam. Um grande beneficio da monogamia (reconhecido universalmente) é que os homens têm a tendência de cuidar de filhos gerados que sabem que são seus, enquanto poucos homens ajudam a criar filhos cuja paternidade está em dúvida ou desconhecida.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 4. Editora Hagnos pag. 345, 346.
BIGAMIA
A Bíblia não condena nem a bigamia e nem a poligamia, e a legislação mosaica chega a instruir acerca dos direitos das concubinas (Exo. 21:7;.11: Deu. 21:10-14). Os reis de Israel deram um mau exemplo nesse sentido. Salomão foi o campeão da poligamia. Lemos em I Reis 11:3: Tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração». No entanto, visto que a legislação mosaica era omisso a respeito, isso não era considerado imoral ou indecente em Israel. Incidentalmente, isso nos mostra um dos pontos onde a lei mosaica era eficiente, e por que precisou ser ultrapassada pela lei de Cristo, no Novo Testamento. No Novo Testamento, as instruções de que os ministros do evangelho devem ser maridos de uma só mulher (I Tim. 3:2; Tito 1:6), mostram-nos que pelo menos para os lideres cristãos a monogamia era considerada necessária. Jesus ensinou o conceito ideal de um-marido-uma-esposa (Mat. 19:6 ss), onde ele deixa claro que a legislação mosaica era uma adaptação à dureza dos corações humanos.
Não obstante, Jesus legislou claramente em favor da monogamia. Quando os discípulos objetaram: «Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar», Jesus retorquiu: «Nem todos são aptos para receber este conceito, mas apenas aqueles a quem é dado.. (Mat. 19: 10, 11). Os apóstolos secundaram o Senhor Jesus. Paulo ensinou: « •••cada um tenha a sua própria esposa e cada uma o seu próprio marido» (I Cor. 7:2). Ver os artigos sobre Matrimônio, Monogamia Poligamia. Nos países onde a poligamia é reconhecida por lei, ou onde é prática arraigada (como em países africanos e islâmicos), a Igreja cristã encoraja a monogamia, embora não tenha sido capaz de pô-Ia em vigor. Nas regiões mais pobres, onde as mulheres têm poucos meios de subsistência própria os missionários evangélicos têm descoberto que a poligamia é melhor do que a prostituição das esposas rejeitadas. Nos países onde a prática é proibida por lei, a Igreja cristã sempre a condenou. Em grande número de casos, a prática envolve, necessariamente, engano e maus-tratos.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos pag. 538, 539.
26.34,35 — Sendo Esaú da idade de quarenta anos, tomou por mulher a Judite, filha de Beeri, heteu, e a Basemate, filha de Elom, heteu. O nome Judite esta relacionado com a palavra que significa louvar, similar ao nome Judá. Essa mulher não e mencionada entre as esposas de Esaú no capitulo 36. Talvez o casamento não tenha durado. Além disso, Esaú se casou com uma filha de Hete (hitita), que acreditava em vários deuses, mas Isaque e Rebeca queriam que ele tomasse por esposa uma mulher que adorasse o Deus vivo (Gn 27.46;28.8;36.1-8). Basemate, o nome da outra esposa também hitita, quer dizer perfumada.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 70, 71.
Vv. 34 e 35. Esaú foi mescio ao casar-se simultaneamente com duas esposas; e, pior ainda, por casar-se com cananeias, alheias a benção de Abraão e sujeitas a maldição de Noé. Foi doloroso a seus pais que ele se casasse sem o seu conselho nem o seu consentimento. Os filhos que causam preocupações a seus bons pais tem poucas razoes para esperar a benção de Deus.
HENRY. Matthew. Comentário Bíblico. Gênesis 26. pag. 81.
A lógica do pecado é sempre a mesma: nunca parar; sempre aumentar.
A bigamia tornou-se prática comum. Afastando-se cada vez mais do plano de Deus, os homens incrementaram seus desvios. Ter duas mulheres já não fazia tanta diferença. E foram multiplicando o número de esposas. Com que finalidade? Ter mais filhos? Para quê? Dizem os sociólogos que o homem sentiu a necessidade de ter mais riquezas, e precisava de mão-de-obra. Por isso, passou a ter mais mulheres para aumentar sua prole utilitária. Tem lógica humana. Mas fere o plano de Deus. Filhos foram previstos para a perpetuação da espécie. A mão-de-obra é consequência. Ao que tudo indica, a poligamia é resultado da vaidade masculina, de exercer seu poder sobre mais pessoas, e de ter direito a ter relação sexual variada com mulheres diferentes. Isso não faz parte do plano de Deus para o matrimônio.
Naturalmente, surgiram as nações, espalhadas pelo mundo, após o episódio da Torre de Babel. Religiões de demônios apareceram e se multiplicaram. Com total aprovação das práticas contrárias ao plano de Deus, inclusive a da poligamia. Seja qual for a explicação, fere ao princípio de Deus para o casamento. Por que Deus permitiu a poligamia? Não há consenso no entendimento dessa questão. Mas podemos inferir que Ele permitiu, ou tolerou, tendo em vista os primórdios da raça humana, e a necessidade da ocupação da Terra de modo mais rápido, tendo em vista que a mesma passava por grande deterioração ambiental, motivada pelas alterações cósmicas e ecológicas, em consequência do pecado, que prejudicou não só o homem, mas toda a geografia, a topografia e a ecologia do planeta. A povoação acelerada se fazia necessária.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 20.
A família
As unidades familiares do ocidente no século vinte são chamadas nucleares por serem pequenas — mãe, pai, e um ou dois filhos. As unidades familiares nos dias do Antigo Testamento eram grandes e incluíam todos os membros da mesma — tias, tios, primos e servos. Nos as chamaríamos de famílias extensas. O chefe da família era o pai, e o chefe de um grupo de famílias era o xeque. Abraão e seus herdeiros eram xeques e, em certa ocasião, Abraão conseguiu reunir 318 guerreiros “nascidos em sua casa” (Gn 14.14). Maria e Jose parecem ter viajado numa família assim na visita que fizeram com Jesus a Jerusalém, quando Ele tinha doze anos.
Eles viajavam com “parentes e conhecidos” (Lc 2.44). Havia um numero suficiente de pessoas para não conseguirem encontra-lo durante um dia inteiro e Maria e Jose tinham um parentesco bem próximo com a família extensa para não se preocuparem com isso.
O pai A família era, portanto, um “pequeno reino” governado pelo pai. Ele tinha autoridade sobre a esposa, filhos, netos e servos — todos da casa. Os filhos eram criados de modo a aceitar a sua autoridade (Ex 20.12) e se recusassem aceita-la, ameaçando assim a segurança da unidade familiar, podiam ser punidos com a morte (Dt 21.18-21).
GOWER. Ralph. Manual de Usos e costumes dos tempos Bíblicos. Editora CPAD. pag. 57, 58.
Poligamia
A poligamia não era comum nos tempos bíblicos, embora fosse permitido o casamento com mais de uma mulher ao mesmo tempo, como quando Jacó casou-se com Lia e Raquel e teve relações sexuais com as servas delas. Uma razão era que o marido tinha de ser muito rico para sustentar mais de uma mulher. Portanto, a realeza e que tendia a ter varias esposas. Davi tinha muitas, inclusive Mical, Abigail e Bate-Seba, e Salomão teve um numero ainda maior durante o período mais prospero do seu reinado.
O sumo sacerdote só podia ter uma esposa (Lv 21.13,14) e outras figuras importantes do Antigo Testamento eram monógamas — Noé, Jose e Noises.
Os rabinos afirmavam frequentemente que mais de uma esposa criava problemas (Lia e Raquel, Gn 10; Ana e Penina, 1 Sm I).
GOWER. Ralph. Manual de Usos e costumes dos tempos Bíblicos. Editora CPAD. pag. 63, 64.
A poligamia entre os reis de Israel (1018 a 530 a. C.)
Davi teve várias mulheres e concubinas, por permissão e até concessão de Deus (2 Sm 5.3), mas não se contentou. Adulterou com Bate-Seba, mandou matar seu esposo para encobrir o pecado (2 Sm 11) e a tomou por esposa. Um abismo chama outro (SI 42.7). No tempo dos reis, o símbolo de grandeza e poder era a posse de mulheres e de cavalos. Salomão teve 700 mulheres e 300 concubinas, as quais “lhe perverteram o coração para seguir outros deuses” (1 Rs 11.4). Provavelmente, por causa da influência perniciosa de suas inúmeras mulheres, oriundas das nações cananitas, que eram dominadas pela idolatria, o famoso filho de Davi se deixou levar pela excessiva vaidade de ter um dos maiores haréns do Oriente. Foi o seu fim! Seus sucessores seguiram o caminho da poligamia.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 21.
No Antigo Testamento, Deus foi tolerante quanto à sexualidade, permitindo a poligamia e o concubinato. No Novo Testamento, Ele disciplinou o relacionamento conjugal. Tornou-se mais difícil manter a fidelidade, admitindo-se somente a monogamia. A vida cristã restaura o plano de Deus para o casamento, valorizando a monogamia e condenando outros arranjos para a vida conjugal.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 22.
O apóstolo houvera sido informado, por carta, que, naquela igreja, havia casos de sexo ilícito que ultrapassavam a conduta ímpia dos incrédulos (5.1-5), a ponto de determinar que fosse entregue a Satanás determinado formicário.
Diante dessa situação calamitosa de imoralidade, Paulo responde aos coríntios, dizendo que, “por causa” ou, numa linguagem mais clara “para evitar” a prostituição, “cada um tenha a sua própria mulher”, ou seja, só uma esposa, e não duas ou uma esposa e uma concubina. Da mesma forma, diz ele à mulher: “e cada uma tenha o seu próprio marido”. Não há nada tão claro quanto à monogamia, nos ensinos de Paulo, que foi o maior intérprete dos Evangelhos, e o maior teólogo do cristianismo.
Esse entendimento leva à harmonia conjugal, de tal forma que o homem cristão e sua esposa completam o que falta no outro, vivendo em amor, e não dando lugar à infidelidade. Com isso, a monogamia é valorizada, em obediência aos ditames de Deus para o matrimônio, conforme o seu plano original para o casamento: um homem e uma mulher.
No Antigo Testamento, Deus permitiu e tolerou que os patriarcas, os reis e até profetas tivessem mais de uma mulher. Mas no Novo Testamento o líder deve ser o exemplo dos fiéis (1 Tm 4.12) em tudo. É inaceitável que algum pastor, evangelista ou detentor de qualquer cargo ministerial procure ter relacionamentos com pessoas que não sejam seus cônjuges, querendo usar o Antigo Testamento como justificativa. O ensino sobre a monogamia entre os ministros é tão importante, que o apóstolo repete essa doutrina em Tito 1.7. O casamento, no Novo Testamento, é elevado a um nível muito alto no que se refere à união monogâmica, com destaque para a fidelidade conjugal (Hb 13.4). Na poligamia, não se fala em adultério, em prostituição. O homem tinha relações com várias esposas e até com concubinas. Mas, no contexto do cristianismo, nos ensinos neotestamentários, é cobrada a fidelidade incondicional e a pureza no leito conjugal. Deus julgará os que se prostituem e os adúlteros, conforme o texto transcrito.
O matrimônio deve ser “venerado”, ou seja, ter um valor espiritual de grande importância. O primeiro sentido de “venerado” é o de “adorado”.
Mas não se pode aplicar ao matrimônio, pois adoração só é devida a Deus. Mas tem outro sentido, perfeitamente aplicado à relação conjugal.
Venerado quer dizer “Ter em grande consideração; respeitar”. “O leito sem mácula” refere-se à santidade do relacionamento sexual do casal, sem mancha, ou seja, sem pecaminosidade. Isso porque o corpo é “templo do espírito santo” (1 Co 6.19). Só através do casamento monogâmico é possível manter esses princípios para a santidade no matrimônio.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 23, 24.
TIMÓTIO 4.12 — Mocidade era um termo então aplicado aos homens ate os 40 anos. E possível que Timóteo tivesse entre 35 e 40 anos nessa época. A contrapartida para sua mocidade ou inexperiência seria a vida que deveria levar. Deveria dar o exemplo em seis áreas: (1) na palavra, com o sentido de conversa; (2) no trato, ou atitude para com os outros; (3) na caridade, que e o amor de Deus; (4) no espirito, ou seja, no poder do Espirito Santo; (5) na fé, no sentido de total confiança em Deus; (6) na pureza, tanto em ação e palavras quanto em pensamentos (1 Tm 5.2). Esses elementos, todavia, são indicados não somente para os jovens, mas desejáveis de serem praticados por todos, e devem ser desenvolvidos, de preferencia, logo no inicio da vida crista. 4.13 — Persiste (gr. proseche) e uma determinação de que haja preparação e constante diligencia pessoal. Aqui se definem três áreas especificas de responsabilidade na casa de Deus. Ler — uma ordem à leitura publica das Escrituras (At 13.15). Exortar — incentivo a que se obedeça as Escrituras. Ensinar — doutrinação e instrução da Palavra de Deus (1 Tm 2.12).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 597.estudaalicao.blogpsot.com
fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net