Criar uma Loja Virtual Grátis
Translate this Page

Rating: 2.9/5 (1471 votos)



ONLINE
15




Partilhe esta Página

 

 

<

Flag Counter

mmmmmmmmmmm


// ]]>

how to watch super bowl 2021 for free

Culto doméstico (2)
Culto doméstico (2)

 A NECESSIDADE E A URGÊNCIA DO CULTO DOMÉSTICO.                       

                             (Provérbios 16.24)

 

Este versículo tem sido espiritualizado a fim de falar do sangue de Cristo como a panacéia para todos os males humanos."... as doutrinas do evangelho são as palavras saudáveis de nosso Senhor Jesus. Elas são sãs, salutares e saudáveis, e servem para manter a alma em bom estado de saúde, como também o corpo” (John Gill, in loc).

Pv. 4.23 Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração. O Coração e a Saúde Espiritual. As emoções e a vontade eram atribuídas, pelos hebreus, ao coração literal, mas muita coisa também era atribuída ao homem interior, o homem espiritual, simbolizado pelo coração. O livro de Provérbios usa a palavra “coração” com o sentido de “fé do coração”, que corresponde à chamada para a sabedoria. Quando lemos o livro de Provérbios, vemos que o termo “coração” é usado mais ou menos no mesmo sentido em que usamos esse vocábulo no linguajar moderno. Aponta para o centro do ser humano, o homem interior, em contraste com o homem exterior, o homem físico. O coração precisa estar bem com Deus, e essa é outra maneira de afirmar que devemos ter uma espiritualidade genuína, e não uma espiritualidade superficial ou hipócrita. Ver Mat. 15.19. Meus amigos, há cerca de oitenta referências ao coração em Provérbios, e cerca de cem no livro de Salmos. Convido o leitor a examinar em uma boa concordância todas essas referências. Dou alguns exemplos do livro de Provérbios: 2.2; 3.1; 4.4; 23.5,12; 10.8; 13.12; 14.33; 16.1 e 23.7.

Porque, como imagina em sua alma, assim ele é.

(Provérbios 23.7)

Porque dele procedem as fontes da vida. Tudo quanto faz a vida tornar-se digna de ser vivida origina-se no homem espiritual e então manifesta-se na vida externa do homem, de múltiplas maneiras. Estão em pauta todos os valores espirituais de um homem, bem como os atos daí resultantes. Provavelmente a alusão é a todas as artérias que, saindo do coração, alcançam todas as partes do corpo e levam nutrição a partir daquele centro. Como é óbvio, os antigos não tinham consciência da circulação do sangue, mas sabiam que o coração e o sangue que percorre o corpo estão, de alguma forma, relacionados. Cf. Mat. 15.19 quanto às coisas negativas que procedem do coração. “O coração de um homem saudável é um coração saudável. A vida e o coração de um homem dependem, em grande parte, das condições de seu coração” (Rolland W. Schloerb, in loc).

Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. (Filipenses 4.8)

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2557.

A oitava lição (4.20-27)

O tema é: "Apega-te àquilo que é bom". Contudo, outro apelo para que os alunos deem ouvidos às instruções transmissoras de vida do mestre (20-22) é seguido por um apelo para que mantenham o coração (23), a linguagem (24), os olhos (25) e os pés (26-27) na direção que conduz à vida.

No verso 21 o mestre demonstra que não é suficiente ouvir instruções sábias: estas devem ser assimiladas, ponderadas, e entesouradas no centro do ser do homem. Cf. Sl 119.11 e Lc 2.19. O verso 23 nos fornece a chave para toda esta série de lições. A sabedoria conduz à vida; mas, fundamentalmente, a sabedoria se origina, não em seguir uma coleção de sábios preceitos, mas se origina no coração, o foco da mente e da vontade e a fonte da ação. (Quanto ao sentido de coração, no hebraico, ver 2.2 e segs.). Israel estava necessitando de um "coração para que me conheçam" (Jr 24.7). As palavras de nosso Senhor, sobre essa questão, e que provocaram tal escândalo (Mt 15.10-20) se baseiam no ensinamento deste versículo. No verso 26, em lugar de pondera é melhor traduzir "endireita" como diz na Septuaginta e em Hb 12.13. Atualmente se reconhece que esse é o sentido dessa palavra; a remoção de tudo quanto pode servir de obstáculo moral é subentendida. Mas isso ainda não é tudo. O aluno também é recomendado a verificar que seus caminhos sejam bem ordenados (26). A raiz desta palavra significa "tornar firme". Tendo sido desimpedida dos obstáculos, a estrada em seguida deve ser feita firme, e então não se poderá alguém desviar dela (27).

DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Provérbios. pag. 23-24.

Hb. 4.12 — A palavra de Deus é o padrão de medida que Cristo usará no juízo (2 Co 5.10). A mensagem de Deus é viva e eficaz, penetrando as partes mais íntimas do ser. Diferencia o que é natural do que é espiritual, assim como os pensamentos (as reflexões) e as intenções (desejos) de cada pessoa. A palavra de Deus, enfim, expõe as motivações naturais e as espirituais do coração do crente (Hb 4.7; 3.8,10,12,15; 8.10; 10.16,22; 13.9).

EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 645.

Hb. 4. 12 Os versículos décimo segundo e décimo terceiro foram acrescentados para reforçar a advertência contra seguirmos o péssimo exemplo de desobediência da «geração do deserto». Esses dois versículos não são uma apóstrofe intercalada de descrição e louvor à Palavra de Deus, embora também cumpram essa função. O Deus cujo descanso buscamos receber, nos deu sua palavra poderosa e penetrante ; facilmente revela a incredulidade e a desobediência, se não nos esforçarmos por entrar no descanso.

«..palavra de Deus...» Muito debate tem havido sobre o que significaria

essa expressão. Abaixo damos as ideias centrais:

  1. Alguns limitam a alusão às Escrituras à o A.T. Apesar de que a Palavra de Deus se acha nela, não se pode limitar a qualquer documento escrito.
  2. Alguns estudiosos, desconsiderando o fato de que na época ainda não havia cânon do N.T., e que, de fato, muitos dos livros desse cânon ainda não tinham sido escritos quando foi composta a epístola aos Hebreus, supõem que o termo «palavra», neste caso, seja a Bíblia inteira, o Antigo e o Novo Testamentos. Mas nenhum intérprete sério pode concordar com isso.
  3. Há outros estudiosos que personalizam a «palavra», como se neste caso ela significasse «Cristo», de acordo com o ensinamento de João 1:1. É verdade que o Cristo deste tratado tem todas as características do Verbo joanino, e não há que duvidar que o autor sagrado estava familiarizado com o «Logos» ou «palavra» dos escritos de Filo. Essa palavra é criadora, orientadora (ver Heb. 1:2,3), ativa em toda a criação de Deus. No trecho de Heb. 11:1, porém, quando ele fala sobre a criação como algo produzido pela «palavra de Deus», utiliza-se do termo «rema», e não da palavra «logos»; mas certamente teria usado esta última palavra se tivesse querido transmitir ideias filônicas. Os adjetivos usados para descrever a «Palavra», como viva, ativa, incisiva, que divide alma e espírito, juntas e medulas, pensamentos e intuitos, não são apropriados para descrever a pessoa de Cristo. Antes descrevem como os oráculos de Deus, dados de muitos modos, e através de muitos instrumentos, se comportam. Portanto, apesar de que o Cristo apresentado pelo autor sagrado é o «Verbo», ele não procurava perpetrar o mesmo ensino de Filo. Alguns estudiosos têm visto esta epístola aos Hebreus como uma espécie de passo intermediário, entre os documentos do N.T., na direção da identificação de Cristo com o «logos», dentro das antigas ideias filosófico-teológicas, que transparecem no evangelho de João.

De fato, parece que a questão é justamente essa, embora o autor sagrado não tentasse destacar essa identificação. O seu Cristo já possuía as qualidades atribuídas ao «logos», embora sem ser chamado por esse nome.

Essas considerações são contrárias ao pensamento que aqui temos em foco a «Palavra» personificada, a pessoa de Cristo. Naturalmente, é verdade que o Verbo personificado usa os oráculos de Deus (suas palavras) em sua mensagem aos homens, cumprindo-os com perfeição, no tocante a quaisquer porções proféticas que se aplicam à sua própria pessoa.

  1. O autor sagrado indica todos os oráculos de Deus, suas declarações e orientações aos homens, sem importar a forma em que forem dados. Ele incluía «palavra profética», segundo se vê em Heb. 1:1,2; suas palavras de promessa, advertência, juízo e descanso, conforme nos mostram os capítulos segundo e terceiro. A palavra de Deus é «geral», Deus falando aos homens, de qualquer modo que ele o queria fazer. Naturalmente, essa palavra deve ser entendida como algo que recebe energia da parte do Espírito de Deus; não se trata de mera palavra escrita ou falada. Pode ser transmitida aos homens sob grande variedade de maneiras: mediante os profetas, em mensagens faladas; mediante as Escrituras, em mensagens escritas; mediante o Filho, em sua vida e ministério, mas sempre com o poder do Espírito : «Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações...» (Heb. 3:7,8). O trecho de Heb. 1:2 mostra-nos que a grande mensagem de Deus está centralizada em Cristo, de tal modo que ele é a Palavra de Deus. Não há que duvidar que esse é o intuito desta passagem, embora sem limitar a «palavra» a essa faceta personificada. A Palavra de Deus, posto estar centralizada em Cristo, inclui o evangelho cristão, grande parte do qual veio a ser registrado em nosso N.T., embora aqui não haja qualquer indício de que a palavra de Deus seja esse documento, porque, ao serem escritas as palavras deste versículo, o N.T. ainda não fora completado.

«...viva...» O Senhor Jesus afirmou que as palavras que proferia são espírito e são vida, segundo se lê em João 6:63, A palavra nos transmite vida por ser usada pelo Espírito, o qual é o doador da vida. Estando vivas, as declarações divinas transmitem vida, contanto que sejam aceitas. A palavra de Deus é impulsionada pelo Espírito Santo; não se trata de nenhuma letra morta. Consideremos os pontos seguintes:

  1. Trata-se da declaração de uma deidade viva, cujo fito é transmitir sua própria vida aos homens, por meio de Cristo, o Deus homem (João 5:25,26 e 6:57).
  2. Essa palavra é impelida pela energia divina, o Espírito Santo; portanto, é algo vital e poderoso, realizando aquilo que lhe compete; não é algo morto, ocioso e improdutivo. A Palavra de Deus dá vida ou condena, dependendo da obediência e da fé. 1 «...eficaz...» No grego é usado o termo «energes», que significa «ativo», «eficaz», «poderoso». Cumpre seus propósitos; não se pode resistir à Palavra divina. Conforme diz Cotton (in loc.)·. «A Palavra de Deus é forte, com a força de Deus. Quando ele fala, coisas começam a acontecer. O propósito inteiro do intérprete deveria ser permitir que a Palavra de Deus chegasse fresca e clara ao seu povo, pois o seu poder será imediata e poderosamente sentido».

«...assim será a palavra que sair da minha boca; não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a designei» (Isaías 55:11). Não há como escapar, portanto, de seu escrutínio e poder. Se Deus fizer alguma promessa, devemos apegarmo-nos a ela; se ele proferir alguma advertência, devemos dar ouvidos à sua mensagem. Trata-se de uma palavra revestida de sabedoria e graça infinitas, mas muito exigente,ninguém pode ignorá-la ou dela zombar.

«...cortante...» É afiada e cortante, penetrante, aguda. Não há «dureza»

que ela não possa penetrar; não há negligência que ela não possa identificar e condenar; não há desvio que ela não repreenda; não há desobediência que ela não possa descobrir; não há desobediência que ela não possa censurar eficaz é severamente; não há segredo que não possa descobrir. Esse é o tipo de ideia que o autor nos expõe à atenção. É como uma afiada espada de dois gumes, uma temível arma que corta um homem em dois de um golpe só. No primeiro século de nossa era os romanos tinham uma arma formidável: uma espada de bronze, com ambos os fios extremamente cortantes. Seu desígnio era especialmente o combate de corpo a corpo, um instrumento versátil que podia cortar com movimento para a frente ou para trás. A figura simbólica da espada é bem familiar na Bíblia. (Ver Isa. 49:2; Efé. 6:17; Apo. 1:16 e 2:16). Na referência da epístola aos Efésios, a «palavra de Deus» também é comparada a uma espada. Nessa passagem, trata-se de uma arma para ser usada pelo crente, no combate contra os inimigos da alma. Neste caso, trata-se da palavra de Deus que examina os homens, aceitando-os ou rejeitando-os, aplicando estritamente sua vontade e exigências. A Palavra de Deus desnuda as ilusões, os ludíbrios, as fraudes e os intuitos humanos. Examina os motivos humanos; é palavra de sabedoria e justiça infinitas. Filo chamava o Logos de cortador, com base na ideia que é capaz de cortar o caos existente no mundo, levando este a ser algo ordeiro e organizado—um cosmos organizado ao invés de caos. A Palavra de Deus faz isso na vida de todo homem. Revela o que é confuso e o que é «organizado».

«...penetra...» Tal como uma espada, que não para ante a resistência da pele, da carne e dos ossos, assim também a Palavra de Deus revela o coração inteiro, o intuito e o caráter de um homem. Deixa claro quem é obediente e tem fé, e quem é incrédulo e desobediente. Revela quem pode entrar no descanso divino e quem deve perecer no deserto da incredulidade.

« ...dividir alma e espírito ...» Esta porção do versículo tem sido empregada, com razão ou sem razão, na controvérsia sobre o problema «tricotomia-dicotomia». O homem se comporia de dois elementos (dicotomia), isto é, «corpo e espírito»(a «alma» seria sinônimo deste último), ou se comporia de três elementos (tricotomia, isto é, «corpo», «alma» e «espírito». Neste último caso, haveria certa distinção entre duas espécies de energia «espiritual»: a «alma», que teria consciência sobre as coisas terrenas, e o «espírito», que teria consciência de Deus, como algo aliado à «razão».

(Notas expositivas completas sobre esse problema aparecem em I Tes. 5:23, onde é examinada a natureza metafísica do homem). Porém, não há como resolver essa pendência, com base nas Escrituras, pois não há informações suficientes sobre a mesma. Os versículos que parecem estabelecer diferença entre a alma e o espírito são vistos como duvidosos pela maioria dos eruditos. Entretanto, através de estudos feitos no campo da parapsicologia, ficou conclusivamente demonstrado que o homem possui pelo menos três formas distintas de energia, talvez havendo até maior número de formas. Pelo menos se sabe que há mais de um nível de energia espiritual no homem, e que um desses níveis está preso à terra, ao passo que o outro é transcendental. Esses estudos favorecem muito mais a posição da tricotomia do que a posição da dicotomia; mas é possível que o homem tenha mais de «três» níveis de energia. As notas expositivas, sobre a referência aludida, tentam relatar o que já se sabe, dentro de nosso conhecimento presente. Uma coisa é certa, porém, o homem é mais do que meramente o seu corpo. (Ver II Cor. 5:8 quanto a uma nota de sumário sobre a «imortalidade». Na introdução ao comentário são apresentados vários artigos que demonstram a existência e a sobrevivência da alma ou espírito).

O presente versículo, apesar de parecer estabelecer certa distinção entre alma e espírito, não pode ser dogmaticamente pressionado a serviço da posição tricotômica, porquanto as expressões usadas são poeticamente apresentadas. É verdade, porém, que se pode estabelecer certa divisão dentro das energias «espirituais» de um homem. Assim, haveria o «veículo da vitalidade», que provavelmente seria o responsável pela maioria dos fantasmas, mas que não seria a verdadeira pessoa, por ser uma espécie de espírito elementar, e o espírito, que seria a pessoa real, inteligente. Não sabemos até que ponto o autor sagrado reconhecia essas coisas; mas podemos supor que ele usava uma linguagem meramente poética, para comentar sobre o poder extremamente penetrante da «palavra de Deus», sem referir-se a qualquer realidade metafísica que conhecesse, no tocante à personalidade humana.

«...juntas e medulas...» Naturalmente, as juntas não estão ligadas à

medula óssea; e o autor sagrado provavelmente não tinha o intuito de dizer que essas duas coisas estão juntas, a despeito do fato que, literalmente, sua linguagem parece indicar isso. Tudo quanto ele queria dizer, bem provavelmente, é que a agudíssima espada da Palavra de Deus, com um único golpe, pode dividir as juntas, abrindo até mesmo os ossos e expondo a medula óssea, no seu interior. O autor sagrado não estava interessado pela fisiologia ou pela psicologia, e não se preocupava com a exatidão biológica de suas palavras. Meramente empregou várias expressões poéticas para impressionar seus leitores com o que dizia sobre o que a Palavra de Deus pode fazer espiritualmente, quão penetrante e discernidora ela é, do mesmo modo que o corpo físico pode ser cortado por uma espada cortante.

«...apta para discernir...» O «homem interior», o «homem essencial», a «alma», é desnudado perante os olhos perscrutadores de Deus, mediante a instrumentalidade da Palavra. Não se trata meramente ’de um livro, de algumas declarações, de uma vibração de ondas sonoras. Aquilo que Deus diz em seu livro, através dos seus profetas, por meio de Cristo, no evangelho cristão, é ativado pelo Espírito, de modo a revelar, condenar e julgar, ou então dar promessa e abençoar, dependendo das condições espirituais do indivíduo.

Desse modo a hipocrisia se desfaz, o engano é desmascarado. Algumas

vezes o indivíduo nem compreende claramente seus motivos e intenções.

Ficou auto-iludido; pensa que é algo, quando ainda não é nada; imagina-se espiritual, quando ainda é carnal. A história abaixo ilustra o ponto. Certo homem foi hipnotizado; e, nesse estado, foi-lhe dito que ao despertar tomaria um vaso de flores da janela, o colocaria em um sofá e se prostraria perante o mesmo por três vezes. Era um ato totalmente irracional. Ao despertar, segundo ele mesmo contou, eis o que sucedeu: «Ao despertar, vi o vaso de flores ali; pensei que fazia frio e que seria bom que o vaso fosse esquentado para que a plantinha não morresse”. Portanto, embrulhei-o em um pano. Como o sofá estava perto da lareira, coloquei ali o vaso. E me inclinei porque fiquei satisfeito comigo mesmo, por ter tido tão brilhante ideia». (W. Fearon Halliday, Psychology and Religious Experience, pág. 75).

Isso mostra como um homem geralmente racionaliza os seus motivos, ocultando-os até mesmo de si próprio, embora esses é que façam dele o que é e o que pratica. A Palavra de Deus pode dar-nos real discernimento sobre os nossos motivos.

«...coração...» O «homem interior», o homem essencial, a alma, algumas vezes vista como a natureza «intelectual» ou «moral» do homem. A Palavra de Deus trata do homem essencial, do espírito, tal como uma espada corta o corpo físico.

O ponto deste versículo é que é impossível alguém enganar a Deus. Sua Palavra revela-nos aquilo que somos. A «geração do deserto» não pode entrar no descanso de Deus por causa de incredulidade e desobediência.

Nem podemos nós enganar ao Senhor, se tivermos o mesmo caráter possuído por aqueles. Se finalmente entrarmos em seu descanso, será porque Deus julgou-nos dignos de tal. Se desobedecermos e formos incrédulos, sua Palavra se voltará contra nós e nos desmascarará.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 519-520.

  1. A restauração da instrução doméstica.

Dt. 6-16. Aqui estão os meios para mantermos e guardarmos a fé em nosso coração e em nosso lugar.

  1. Meditar na Palavra de Deus. Devemos colocar a Palavra de Deus em nosso coração, para que os nossos pensamentos estejam diariamente ocupados nela.
  2. A educação religiosa das nossas crianças. Devemos repetir os ensinos com frequência. Sede cuidadosos e precisos no ensino aos vossos filhos. Devemos ensinar estas coisas a todos os que estiverem, de alguma maneira, sob o nosso cuidado.
  3. Linguagem piedosa. Devemos falar destes assuntos com a devida reverência e seriedade, para benefício não somente de nossos filhos, mas também dos nossos servos, amigos e colegas. Devemos aproveitar todas as ocasiões para discorrer com os que nos rodeiam, não assuntos duvidosos e discutíveis; porém, a clara verdade e a lei de Deus, e o que corresponde à nossa paz.
  4. A leitura frequente da Palavra de Deus. Deus mandou que o seu povo escrevesse as palavras da lei em suas paredes, e em rolos de pergaminho que deveriam levar pendurados em seus punhos. Esta era uma obrigação que deveria ser cumprida ao pé da letra pelos judeus, assim como é o plano para nós, a saber, que por todos os meios devemos nos familiarizar com a Palavra de Deus, para que a utilizemos em todas as ocasiões, para nos prevenirmos contra o pecado, e sermos guiados em nosso dever. Jamais devemos nos envergonhar de nossa religião, nem de nos reconhecermos como sob o seu controle e governo.

Existe aqui uma advertência: não nos esqueçamos de Deus no dia da prosperidade e da abundância. Quando tudo lhes era facilitado por dádiva, tinham a tendência de sentir-se seguros em si mesmos e a esquecer-se de Deus. Portanto, devemos cuidar para não nos esquecermos do Senhor quando estivermos sãos e salvos. Quando o mundo sorri, somos propensos a cortejá-lo e esperar que sejamos felizes nele, e nos esquecemos daquEle que é a nossa única porção e repouso. Em um momento como este, é necessário muita cautela e atenção. Então tenhamos cuidado; uma vez que já fomos advertidos quanto ao perigo, estejamos alerta.

"Não tentarás ao Senhor teu Deus"; não percamos a esperança quanto ao seu poder e bondade. Enquanto prosseguimos na senda do nosso dever, nem sequer cogitemos em sair deste caminho.

HENRY. Matthew. Comentário Bíblico Matthehw Henry. Editora CPAD. Deuteronômio. pag. 12-13.

Dt. 6.5,6 — Moisés aconselhou repetidamente os israelitas a responderem ao amor de Deus com devoção. Neste contexto, a palavra traduzida como amor pode também significar fazer a escolha por. Deus ordenou a Seu povo que o escolhesse com toda a sua alma, e assim negasse as outras supostas divindades.

EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 323.

6.6 Estas palavras... no teu coração. As pessoas deviam pensar sobre esses mandamentos e meditar neles, de modo que a obediência não fosse uma questão de legalismo formal, mas uma resposta baseada no entendimento. A lei escrita no coração seria uma caraterística essencial da nova aliança futura (cf. )r 31.33).

6.7 As inculcarás a teus filhos. Os mandamentos deviam ser tema das conversas, tanto no lar como fora dele, do início ao fim do dia.

MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 240.

Pv 22.5,6 — E prudente evitar as armadilhas e ciladas na beira da estrada da vida. Tolo é aquele que ingressa em lugares perigosos sem necessidade, sem saber ou importar-se com o risco que está correndo.

EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 979.

Pv. 22.6 caminho em que deve andar. Há apenas uni caminho certo, o caminho de Deus, o caminha da vicia. Esse caminho está bem detalhado em Provérbios. É indiscutível que a instrução precoce produz hábitos para toda a viria, por isso os pais devem insistir nesse caminho, ensinando a Palavra do Deus e reforçando esse ensino com disciplina amorosa e consistente durante todo o desenvolvimento da criança.

MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 821.

  1. A prática da adoração doméstica.

O Culto Doméstico como um Dever

Dada a importância do culto doméstico como uma força poderosa em ganhar incontáveis milhões para a verdade do evangelho ao longo das eras, não deveríamos nos surpreender por Deus exigir que os cabeças dos lares façam tudo que puderem para conduzir as suas famílias no culto ao Deus vivo. Josué 24.14-15 diz: “Agora, pois, temei ao SENHOR e servi-O com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do Eufrates e no Egito e servi ao SENHOR. Porém, se vos parece mal servir ao SENHOR, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates (i.e., lá em Ur dos caldeus) ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais (i.e., aqui em Canaã). Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR”.

Observe três coisas nesse texto: Primeiro, Josué não faz da adoração ou do culto a Deus vivo algo opcional. No v.14, logo depois de ordenar a Israel para que tema ao Senhor, ele enfatiza imediatamente, no v.15, que o Senhor quer ser adorado e servido voluntária e deliberadamente pelas nossas famílias.

Em segundo lugar, no v.15 Josué reforça o ato de culto a Deus nas famílias com o seu próprio exemplo. O v.1 deixa claro que ele está se dirigindo aos cabeças das famílias. O v.15 declara que Josué vai fazer aquilo que ele quer que as outras famílias de Israel façam: “servir ao SENHOR”. Josué tem uma liderança de tal ordem sobre a sua família que ele fala por toda a sua casa, assim diz ele: “Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR”. Vários fatores reforçam esta ousada declaração:

  • Quando Josué declarou isso ele tinha mais de 100 de idade e tem, como ancião, um zelo notável; · Josué sabe que o seu controle direto sobre a sua família logo findará. Deus havia lhe dito que morreria em breve. Josué, no entanto, confia que a sua influência há de continuar em sua família e que eles não deixarão de adorar depois da sua morte; ·  Josué sabe que ainda persiste em Israel muita idolatria. Ele acabara de dizer ao povo que lançasse fora os seus falsos deuses (v.14). Ele sabe que a sua família, ao servir ao Senhor, estará remando contra a corrente — apesar disso ele declara enfaticamente que a sua família vai continuar a fazer assim de qualquer maneira; ·  Os registros históricos mostram que a influência de Josué foi tão ampla que a maior parte da nação seguiu o seu exemplo ao menos por uma geração. Josué 24.31 diz: “Serviu, pois, Israel ao SENHOR todos os dias de Josué e todos os dias dos anciãos que ainda sobreviveram por muito tempo depois de Josué (i.e., pela geração seguinte) e que sabiam todas as obras feitas pelo SENHOR a Israel”. Que encorajamento para pais que temem a Deus saberem que o culto que estabeleceram em casa pode durar uma geração após eles!

Em terceiro lugar, a palavra servir no v.15 é uma palavra abrangente. É, na Escritura, traduzida muitas vezes como adorar. A palavra original não apenas abrange servir a Deus em todas as esferas da nossa vida, mas também em atos especiais de adoração. Aqueles que interpretam as palavras de Josué em termos vagos ou ambíguos perdem de vista o ensinamento essencial. Josué tinha em mente diversas coisas, inclusive a obediência a todas as leis cerimoniais que envolviam o sacrifício de animais que apontavam para o Messias vindouro, cujo sangue do sacrifício seria, de uma vez por todas, eficaz para pecadores.

Certamente todo marido, pai e pastor temente a Deus deve dizer com Josué: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor. Buscaremos ao Senhor, o adoraremos e, como família, oraremos a Ele. Leremos a Sua Palavra, que é rica em instruções, e reforçaremos os seus ensinamentos em nossa família”. Cada pai representante precisa entender que, assim como diz Kelly, “o princípio da representação inerente ao pacto de Deus no trato com a nossa raça indica que o cabeça de cada casa deve representar a sua família diante de Deus no culto divino, e que a atmosfera espiritual e o bem-estar pessoal de cada família em longo prazo será afetado grandemente pela fidelidade — ou pela sua falta — do cabeça da família nessa área”.

De acordo com a Escritura, Deus hoje deveria ser servido por atos especiais de culto nas famílias nos três modos seguintes:

(1) Instrução diária na Palavra de Deus. Deus deveria ser cultuado pelas leituras e instruções diárias da Sua Palavra. Pais e filhos deverão interagir diariamente uns com os outros através de perguntas, respostas e instruções acerca da Verdade Sagrada. Como diz Deuteronômio 6.6-7: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (cf. Dt 11.18-19).

As atividades ordenadas por esse texto são atividades diárias que acompanham o deitar-se à noite, o levantar-se pela manhã, o reunir-se à mesa, e o andar pelo caminho. Numa casa organizada elas ocorrem em ocasiões específicas do dia e dão oportunidade a momentos diários de instrução regular e consistente.

Moisés não estava sugerindo uma conversinha, mas a conversação e a instrução diligentes que brotam do coração ardente de pais e mães. Moisés diz que as palavras de Deus devem estar no coração do pai. Os pais, genitores, têm o dever de ensinar diligentemente essas palavras à sua prole.

Um texto paralelo no Novo Testamento é Efésios 6.4: “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação (i.e., instrução) do Senhor”. Quando os pais não puderem cumprir pessoalmente esse dever, eles devem encorajar as suas esposas a realizarem esse preceito. Por exemplo, Timóteo tirou grande proveito da instrução diária de uma mãe e de uma avó tementes a Deus.

(2) Orações diárias dirigidas ao trono de Deus. Jeremias 10.25 diz:

“Derrama a tua indignação sobre as nações que te não conhecem e sobre as gerações que não invocam o teu nome” (ARC). Embora seja verdade que no contexto de Jeremias 10.25 a palavra gerações refere-se aos clãs, ela também se aplica a famílias individuais. Vamos raciocinar partindo do maior para o menor.

Se a ira de Deus se derrama sobre clãs ou grupo de famílias que negligenciam a oração em comunidade, quanto mais não se derramará ela sobre as famílias individuais que se recusam a invocar o Seu nome? Todas as famílias devem invocar o nome de Deus, senão submeter-se-ão à Sua indignação.

A família deve reunir-se diariamente para orar, exceto por impedimento previamente planejado. Considere o Salmo 128.3: “Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa”. As famílias comem e bebem à mesa da provisão diária recebida de um Deus gracioso. Para fazer isso de modo cristão a família deve seguir I Timóteo 4.4-5: “pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado”. Se se desejar comer e beber para a glória de Deus (1Co 10.31) e o alimento a ser comido estiver separado com esse propósito, diz Paulo que é necessário que seja santificado pela oração; e assim como oramos para que a comida e a bebida sejam santificadas e abençoadas para a nutrição dos nossos corpos, também devemos orar para que as bênçãos da Palavra de Deus nutram as nossas almas. “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Dt 8.3; Mt 4.4).

Além disso, as famílias não cometem pecados diários? Não deveriam, também, buscar o perdão diário? Deus não as abençoa de muitas maneiras a cada dia? Não deveriam reconhecer essas bênçãos com ações de graças a cada dia? Não deveriam reconhecê-lo em todos os seus caminhos, rogando-Lhe para que as conduza por Suas veredas? Não deveriam se entregar diariamente aos cuidados e proteção de Deus? Como afirmou Thomas Brooks: “Uma família sem oração é como uma casa sem telhado: aberta e exposta a tudo quanto é tempestade que cai do céu”.

(3) Louvar diariamente a Deus com cânticos. Diz o Salmo 118.5: “Nas tendas dos justos há voz de júbilo e de salvação; a destra do SENHOR faz proezas”.

É uma referência clara ao cantar. O salmista diz que há (não disse meramente que deveria haver) este som nas tendas dos justos. Philip Henry, pai do famoso Matthew Henry, acreditava que esse texto estabelece a base bíblica para o cântico de salmos nas famílias. Ele argumentava que das tendas dos justos vem o cântico jubiloso. Isso envolve tanto o cantar em família quanto o cantar no templo. Por isso, o som da salvação e da alegria deveria ser ouvido diariamente nos lares. De modo semelhante, diz o Salmo 66.1-2: “Aclamai a Deus, toda a terra.

Salmodiai a glória do seu nome, dai glória ao seu louvor”. Aqui, o dever de louvar a Deus com cânticos, impõe-se a todas as terras, a todas as nações, a todas as famílias, a todas as pessoas. Em segundo lugar os nossos cânticos devem ser os salmos dados pela inspiração de Deus que manifestam a honra do Seu Nome — o verbo “salmodiai” (zamar) é raiz da palavra salmo (mizmor), e é vertido por “cantar salmos” noutro lugares (Sl 105.2; cf. Tg 5.13). Em terceiro lugar, devemos louvá-lO de modo digno, em alta voz (2Cr 20.19), e com graça no coração (Cl 3.16), fazendo assim o Seu louvor glorioso.

O SENHOR deve ser adorado diariamente pelo cântico de salmos. Deus é glorificado e as famílias são edificadas. Como esses cânticos são Palavra de Deus, cantá-los é um meio de instrução, iluminação e entendimento. Louvar, na medida em que vai aquecendo o coração, leva à piedade. As graças do Espírito são avivadas em nós e nos estimulam ao crescimento em graça. “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração” (Cl 3.16).

Como chefes de família temos de pôr em praticar o culto doméstico em casa. Deus exige que O adoremos não apenas particularmente como pessoas, mas também em público como membros do corpo e da comunidade da Aliança, e socialmente, como famílias. O Senhor Jesus é digo disso, a Palavra de Deus o ordena, e a consciência o reconhece como nosso dever. As nossas famílias devem ser fiéis a Deus. Deus nos colocou em posição de autoridade para guiarmos os nossos filhos no caminho do Senhor. Não somos apenas seus amigos e conselheiros; como seus mestres e senhores no lar o nosso exemplo e liderança são cruciais. Revestidos de santa autoridade, devemos a nossos filhos o ensinamento profético, a intercessão sacerdotal e a verdadeira orientação (veja a Pergunta 32 do Catecismo de Heidelberg). Devemos dirigir o culto doméstico pela Escritura, oração e cântico.

Os que dentre nós são pastores, têm a obrigação de informar amorosamente aos chefes de família que eles devem conduzir as suas casa na adoração a Deus do mesmo modo que Abraão o fez: “Porque eu o escolhi”, disse Deus, “para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do SENHOR e pratiquem a justiça e o juízo; para que o SENHOR faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito”. (Gn 18.19).notas BEEKE. Dr. Joel. O Culto Doméstico. pag. 6-9.)

fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net