Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto
Lição 1: O Livro de Êxodo e o cativeiro de Israel no Egito
Data: 5 de Janeiro de 2014
“E José fez jurar os filhos de Israel, dizendo: Certamente, vos visitará Deus, e fareis transportar os meus ossos daqui” (Gn 50.25).
Os propósitos de Deus são imutáveis e se cumprirão no tempo determinado por Ele.
33, 42, 46.
Segunda - Gn 50.25
José não se esqueceu da promessa
Terça - Êx 1.7
O crescimento dos hebreus no Egito
Quarta - Êx 1.11
A aflição dos hebreus
Quinta - Êx 1.13,14
A opressão do Povo Escolhido
Sexta - Jr 33.3
Deus atende ao clamor do seu povo
Sábado - Jó 42.2
Os propósitos do Senhor jamais serão frustrados
Êxodo 1.1-14.
1 - Estes, pois, são os nomes dos filhos de Israel, que entraram no Egito com Jacó; cada um entrou com sua casa:
2 - Rúben, Si meão, Levi e Judá;
3 - Issacar, Zebulom e Benjamim;
4 - Dã, Naftali, Cade e Aser.
5 - Todas as almas, pois, que descenderam de Jacó foram setenta almas; José, porém, estava no Egito.
6 - Sendo, pois, José falecido, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração,
7 - os filhos de Israel frutificaram, e aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles.
8 - Depois, levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José,
9 - o qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito e mais poderoso do que nós.
10 - Eia, usemos sabiamente para com ele, para que não se multiplique, e aconteça que, vindo guerra, ele também se ajunte com os nossos inimigos, e peleje contra nós, e suba da terra.
11 - E os egípcios puseram sobre eles maiorais de tributos, para os afligirem com suas cargas. E edificaram a Faraó cidades de tesouros, Pitom e Ramessés.
12 - Mas, quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto mais cresciam; de maneira que se enfadavam por causa dos filhos de Israel.
13 - E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza;
14 - assim, lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo, com todo o seu serviço, em que os serviam com dureza.
Prezado professor, pela graça de Deus iniciamos um novo ano e um novo trimestre. Estudaremos o segundo livro do Pentateuco, Êxodo. Teremos a oportunidade ímpar de conhecer mais a respeito da libertação de Israel do cativeiro egípcio e sua trajetória pelo deserto rumo à Terra Prometida. O comentarista das lições é o pastor Antônio Gilberto, Consultor Teológico e Doutrinário da CPAD, membro da Casa de Letras Emílio Conde, teólogo e escritor. Que o Todo-Poderoso utilize cada lição para a edificação de seus alunos. Que Deus o abençoe.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Professor, para esta primeira aula sugerimos que seja feito um esboço geral do livro de Êxodo. Reproduza o esquema abaixo no quadro de giz ou tire cópias para os alunos. Explique à classe que o vocábulo êxodo significa saída.
Moisés é o autor do livro e, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, o propósito dele ao escrever a obra foi oferecer ao seu povo um registro permanente dos atos históricos e redentores de Deus.
Comente com os alunos que alguns conceitos importantes são enfatizados por Moisés no decorrer de todo o livro, como por exemplo, a libertação da morte, da escravidão e da idolatria.
O LIVRO DE ÊXODO
Título: Êxodo.
Autor: Moisés.
Data e local: Aproximadamente 1450-1410 a.C. Foi escrito no deserto, durante a peregrinação de Israel, em algum lugar da península do Sinai.
Propósito: Registrar os acontecimentos da libertação de Israel do Egito e seu desenvolvimento como nação.
Estrutura:
I. Israel no Egito (1.1 — 13.20).
II. Israel no deserto (12.1 — 18.27).
III. Israel no Sinai (19.1 — 40.38).
Lugares-chaves: Egito, Gósen, rio Nilo, Midiã, mar Vermelho, península do Sinai e monte Sinai.
Características: Relata mais milagres do que qualquer livro do Antigo Testamento.
Versículo-chave: Êxodo 3.7,10.
Pessoas-chave: Moisés, Faraó, Miriã, Jetro, Arão.
Lugares-chaves: Egito, Gósen, rio Nilo, Midiã, mar Vermelho, penísula do Sinai e monte Sinai.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Cativeiro: Escravidão, servidão dos hebreus pelos egípcios.
Neste trimestre estudaremos o segundo livro das Escrituras Sagradas, Êxodo. Nesta primeira lição, destacamos a aflição pela qual o povo hebreu passou no Egito por 430 anos. O povo escolhido do Senhor foi cruelmente oprimido por Faraó. Porém, Deus jamais se esquece das suas promessas. Ele vela por sua Palavra. Diante das atrocidades cometidas por Faraó, os israelitas clamaram a Deus. O Senhor ouviu a aflição do seu povo e enviou um libertador para redimi-los. Veremos ao longo das lições que o livro de Êxodo é o livro da redenção efetuada pelo Senhor.
I. O LIVRO DE ÊXODO
1. Seu propósito. O vocábulo êxodo significa saída. O livro de Êxodo foi escrito por Moisés e, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, foi “escrito para que tivéssemos um registro permanente dos atos históricos e redentores de Deus, pelos quais Israel foi liberto do Egito”. Este livro figura a redenção. Segundo o Dicionário Wycliffe, “o conceito de libertação da morte, da escravidão e da idolatria é encontrado ao longo de todo o livro”.
2. A escravidão. O livro de Êxodo foi escrito entre 1450 e 1410 a.C. Nesse livro vemos como os hebreus foram duramente afligidos por Faraó (Êx 1.14). Como escapar de tão grande opressão? Para os israelitas seria impossível. Somente Deus poderia resgatá-los e libertá-los do jugo do inimigo. Somente o Pai também poderia ter nos resgatado do pecado e do mundo. Cristo morreu na cruz para nos libertar do poder do pecado. Ele morreu em nosso lugar.
3. Clamor por libertação. O povo hebreu, ao ser cruelmente oprimido pelos egípcios, em grande angústia clamou ao Senhor, e a Palavra de Deus nos diz que ouviu o Senhor o gemido do seu povo (Êx 2.24). Não desanime! O Senhor ouve suas súplicas e está atento às suas dores. Deus já estava providenciando um libertador para o seu povo. Como nos ensina a Verdade Prática desta lição: “Os propósitos de Deus são imutáveis e se cumprirão no tempo determinado por Ele”.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Moisés é o autor do livro de Êxodo e, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, ele foi “escrito para que tivéssemos um registro permanente dos atos históricos e redentores de Deus, pelos quais Israel foi liberto do Egito”.
II. O NASCIMENTO DE MOISÉS
1. Os israelitas no Egito. Eles “frutificaram, aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente, e a terra se encheu deles”. Estas mesmas bênçãos Deus têm hoje para a sua igreja. Observe com atenção as seguintes palavras do texto bíblico de Êxodo 1.7:
a) Frutificaram, aumentaram muito, multiplicaram-se (At 9.31; Lc 14.22,23). Este foi um crescimento vertiginoso. Que Deus nos faça crescer na igreja em quantidade e qualidade.
b) “Fortalecidos grandemente”. Na esfera espiritual, uma igreja deve sempre fortalecer-se em Cristo (1Pe 5.10; Fp 4.13). Lembremo-nos sempre de que a nossa fonte suprema e abundante de poder é o Espírito Santo (Ef 3.16; Zc 4.6).
c) “A terra se encheu deles”. A igreja precisa se encher não só em determinado distrito, município, estado, região, país e continente, mas em todo o mundo (Mc 16.15; At 1.8).
2. Um bebê é salvo da morte. Preocupado com o crescimento dos hebreus, Faraó deu uma ordem às parteiras no Egito para que todos os meninos israelitas recém-nascidos fossem mortos. Porém, as parteiras eram tementes a Deus e não mataram as crianças (Êx 1.17,21). Então, Faraó voltou à cena macabra, ordenando aos egípcios que todos os meninos dos hebreus fossem lançados no rio Nilo (a fim de que se afogassem ou que fossem devorados por crocodilos) (Êx 1.22). Isso mostra o quanto esse rei era cruel e maligno. Atualmente esta atrocidade está generalizada. Muitas crianças estão sendo mortas, vítimas do aborto. É o infanticídio generalizado e legalizado pelas autoridades. O bebê Moisés foi salvo da morte porque seus pais eram tementes a Deus. Precisamos de pais verdadeiramente cristãos para que possam zelar pela vida de seus filhos, como Moisés foi preservado da morte. Os pais de Moisés, pela fé em Deus, descumpriram as ordens do rei e esconderam o bebê em casa (Hb 11.23). Por mais um milagre de Deus, o nenê Moisés continuou sendo criado pela própria mãe (Êx 2.3-10).
3. A mãe de Moisés (Êx 6.20). Joquebede aproveitou cada minuto que passou ao lado do seu filho para ensiná-lo acerca de Deus, da sua Palavra, do seu povo, do pecado, das promessas divinas e da fé no Criador. Sem dúvida, é um exemplo a ser seguido.
4. A Filha de Faraó (Êx 2.5,6). A filha de Faraó desceu para se banhar no rio Nilo e teve uma grande surpresa — havia ali um cesto com um bebê. Não sabemos como, mas Deus tocou no coração da filha de Faraó para que adotasse o menino hebreu. Certamente a princesa sabia das ordens do seu pai contra os israelitas. Porém, operando o Senhor, quem impedirá? (Is 43.13).
Deus, em sua bondade, usou a filha de Faraó para que encontrasse alguém, a fim de criar o bebê Moisés. Tal pessoa foi justamente Joquebede, a mãe de Moisés (Êx 2.9). Há uma recompensa para os pais piedosos e obedientes. Você tem ensinado a Palavra de Deus aos seus filhos? Então, persevere em conduzi-los no caminho correto (Pv 22.6).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Moisés nasceu durante o período em que Faraó ordenou que todos os meninos israelitas recém-nascidos fossem mortos. Todavia, os pais de Moisés eram tementes a Deus e conseguiram, com a ajuda dEle, salvar o menino.
III. O ZELO PRECIPITADO DE MOISÉS E SUA FUGA (ÊX 2.11-22)
1. Moisés é levado ao palácio (Êx 2.10). Apesar de ter sido adotado pela filha de Faraó, Moisés foi criado por sua mãe. Não sabemos quanto tempo ele ficou na casa dos seus pais, porém, em determinado tempo o menino foi levado para o palácio. Deus cuidou de Moisés em cada etapa de sua vida. Ele também tem cuidado de você. Todos os acontecimentos em sua vida são parte do plano do Senhor. Não desanime! Deve ter sido difícil para Moisés deixar a casa dos seus pais. Entretanto, no tempo certo, ele o fez.
2. O preparo de Moisés (Êx 3.9,10). Moisés passou sua juventude no palácio real. Como filho de uma princesa egípcia, ele frequentou as mais renomadas universidades egípcias, inclusive a de Om (At 7.22; Gn 41.45). O Egito era então uma potência mundial. Na educação superior egípcia constavam, conforme a História e as descobertas arqueológicas, administração, arquitetura, matemática, astronomia, engenharia, etc. Esse conhecimento adquirido por Moisés, e empregado com sabedoria, foi-lhe muito útil em sua missão posterior de libertador, condutor, escritor e legislador na longa jornada conduzindo Israel no deserto para a terra de Canaã. Deus pode utilizar nossas habilidades adquiridas em benefício de sua obra.
3. A fuga de Moisés (Êx 2.11-22). Moisés foi criado como egípcio, porém, ele sabia que era hebreu. Estava no Egito, mas não pertencia àquele lugar. Certo dia, ao ver um egípcio maltratando um israelita, Moisés tomou as dores do seu povo e resolveu defender um de seus irmãos. Moisés acabou matando um homem e enterrando o corpo na areia. Ele queria libertar seu povo pela força humana, mas a libertação viria pelo poder divino e sobrenatural, para que ninguém dissesse: “Nós fizemos, nós conseguimos”. Moisés, assim como os demais hebreus, precisava ver e saber que fora o Senhor que os libertara. Quem nos libertou da escravidão do pecado? Deus. Somente Ele poderia quebrar o terrível jugo do pecado que estava sobre nós. Não demorou muito para Faraó descobrir que Moisés matara um egípcio. Ele deveria ser preso e morto. Então, com medo, fugiu para Midiã (Êx 2.15). Ali foi convidado para a casa de Jetro, um sacerdote. Moisés casou-se com uma das filhas de Jetro e constituiu uma família, longe da casa dos seus pais e do seu povo. Teve que ir para um lugar desconhecido e tornou-se um estrangeiro, mas tudo fazia parte do plano de Deus. Em Midiã, Moisés pôde comprovar o cuidado providente do Senhor por ele. Talvez você tenha que ir também para um lugar distante, todavia, não tenha medo. Deus está com você. Pode ser parte do treinamento do Senhor em sua vida.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Moisés passou sua juventude no palácio real. Como filho de uma princesa egípcia, ele frequentou as mais renomadas universidades. Moisés estava sendo preparado, por Deus, para libertar o seu povo e conduzi-lo até a Terra Prometida.
CONCLUSÃO
Ao estudar os primeiros anos da vida de Moisés, vemos que o Senhor tem um plano definido para cada filho seu. É nosso dever obedecer a Deus, mesmo com nossas imperfeições, assim como fez Moisés; conseguimos fazer isso pela poderosa presença em nós, do Espírito Santo, que Deus dá àqueles que lhe obedecem (At 5.32).
COHEN, A. C. Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998.
HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco. 2 ed., RJ: CPAD, 2007.
1. Qual o propósito do livro de Êxodo?
R. O propósito era “para que tivéssemos um registro permanente dos atos históricos e redentores de Deus, pelos quais Israel foi liberto do Egito”.
2. Qual foi a ordem de Faraó em relação aos bebês meninos israelitas?
R. Que todos os recém-nascidos fossem mortos.
3. Quem tocou no coração da filha de Faraó para que ela adotasse o bebê Moisés?
R. Deus.
4. Na tentativa precipitada de defender seu povo, o que fez Moisés?
R. Moisés acabou matando um homem e enterrando o corpo na areia.
5. De acordo com a lição quem nos libertou da escravidão do pecado?
R. Deus. Somente Ele poderia quebrar o terrível jugo do pecado que estava sobre nós.
Subsídio Bibliológico
“Moisés na Infância e como Refugiado (1 — 2)
É impossível deixar de notar a diferença entre o fim do livro de Gênesis e os primeiros versículos de Êxodo em termos de atividade divina. Com sua vida em risco, José dá testemunho da proteção de Deus sobre ele. A história é tanto a respeito de Deus como de José.
Tem-se, então, os sete primeiros versículos de Êxodo, cobrindo nada menos que 400 anos. Durante todo esse período, não há qualquer referência explícita à atuação de Deus [sem considerar o que fica implícito na preservação e na explosão populacional de Israel no Egito (1.7)]. Não surge ninguém que seja destacado pelas Escrituras. São quatrocentos anos de silêncio. Esse hiato é comparável ao período entre Noé e Abraão. Existem épocas em que Deus está perto (Is 55.5) e épocas em que sua presença é velada.
[...] Ainda assim, não devemos passar tão rapidamente pelos sete primeiros versículos de Êxodo. Note que Êxodo 1.1 não começa logo após Gênesis 50.26. O leitor de Êxodo 1.1 é em vez disso, levado de volta no tempo até Gênesis 46.8. Ambas as genealogias apresentam os filhos de Jacó como ‘filhos de Israel’. A linhagem da aliança passa através do novo nome dado a Jacó em Peniel” (HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco. 2 ed., RJ: CPAD, 2007, p.155).
Subsídio Historiográfico
“O Significado do Êxodo
O Êxodo é o evento teológico e histórico mais expressivo do Antigo Testamento, porque mostra a magnificente ação de Deus em favor do seu povo, uma ação que os conduziu da escravidão à liberdade, da fragmentação à unidade, de um povo com uma promessa — os hebreus — à uma nação estabelecida — Israel. No livro de Gênesis encontram-se a introdução e o propósito, seguindo-se então todas as revelações subsequentes do Antigo Testamento. Um registro que é ao mesmo tempo um comentário inspirado e uma exposição detalhada. Em última análise, o êxodo serve como um tipo de êxodo promovido por Jesus Cristo, de forma que ele se torna um evento significativo tanto para a Igreja quanto para Israel” (MERRILL, E. H.História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007, pp.49-50).
Israel no Cativeiro
Ao longo deste trimestre teremos a oportunidade ímpar de estudar o livro de Êxodo. Segundo Eugene Merrill “o êxodo é o evento teológico mais expressivo do Antigo Testamento, porque mostra a magnificente ação de Deus em favor de Seu povo”.
O autor desta esplendorosa obra é Moisés. O segundo livro da Bíblia foi escrito certamente durante a sua peregrinação pelo deserto, no ano de 1450-1410 a.C (aproximadamente).
O objetivo da primeira lição deste trimestre é destacar os aspectos biográficos de Moisés, ressaltando sua preparação para resgatar seu povo da escravidão. Israel passou 400 anos no Egito sendo afligido pelos egípcios. Todavia, “quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e cresciam, até que Deus levantou um libertador que iria conduzir seu povo rumo à Terra Prometida”.
O livro de Êxodo
No livro de Gênesis vemos a criação, a Queda e o projeto de redenção divina para a humanidade. Deus chama Abraão e promete que de sua descendência todas as famílias da terra seriam abençoadas (Gn 12.3). Já no livro de Êxodo podemos ver o povo hebreu, descendência de Abraão, sendo resgatado da escravidão e tornando-se uma nação a fim de que o plano redentivo do Pai alcançasse toda a humanidade. Deus é fiel! Seus propósitos jamais serão frustrados (Jó 42.2). O propósito de Deus não era apenas libertar Israel do cativeiro egípcio, mas também todos aqueles que um dia iriam crer em Jesus Cristo, o Libertador. Na antiga aliança a redenção do homem era por meio de sacrifícios e por isso um animal puro e inocente deveria morrer. Era impossível ao homem se aproximar de Deus sem sacrifício. Cristo, nosso libertador, derramou seu sangue no Calvário para nos resgatar da escravidão do pecado de uma vez por todas.
Podemos dividir o livro de Êxodo em três partes principais: Israel no Egito (1 — 15), a travessia do mar Vermelho ao Sinai (16 — 18) e Israel no Sinai (19 — 40).
Um bebê é salvo
No livro de Êxodo encontramos a biografia de Moisés, o autor. Vemos que ele foi salvo da morte porque seus pais, em especial sua mãe, eram pessoas de fé. A fé fez com que Joquebede acreditasse que Deus poderia salvar seu filho da ira de Faraó. A fé fez também com que ela elaborasse um plano brilhante que livraria seu bebê e o colocaria em segurança até a idade adulta. O plano de fé de Joquebede ainda permitiu que seu filho recebesse uma educação de primeira, sendo que ela ainda receberia o pagamento por isso. Este é o primeiro milagre narrado no livro de Êxodo. A vida de Moisés foi um milagre de Deus. Você crê em milagres? Deus não mudou. Ele também tem poder para livrar sua família e seus filhos do poder destruidor do Inimigo.
Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto
Lição 2: Um Libertador para Israel
Data: 12 de Janeiro de 2014
“E disse Deus a Moisés: EU SOU o QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3.14).
Assim como Moisés, usado por Deus, libertou Israel do cativeiro, Cristo nos liberta da escravidão do pecado e do mundo.
458, 459, 467.
Segunda - Hb 3.3
Cristo é superior a Moisés
Terça - Hb 3.5
Moisés, um servo fiel
Quarta - Êx 2.23-25
Deus ouve o clamor do povo
Quinta - Êx 3.10
Deus chama Moisés
Sexta - Êx 4.3-8
Deus confirma a liderança de Moisés com sinais
Sábado - Êx 5.1
Moisés diante de Faraó
Êxodo 3.1-9.
1 - E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe.
2 - E apareceu-lhe o Anjo do SENHOR em uma chama de fogo, no meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.
3 - E Moisés disse: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça se não queima.
4 - E, vendo o SENHOR que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui.
5 - E disse: Não te chegues para cá; tira os teus sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa.
6 - Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus.
7 - E disse o SENHOR: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores.
8 - Portanto, desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do a morreu, e do ferezeu, e do heveu, e do jebuseu.
9 - E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel chegou a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem.
Deus tinha um plano traçado para o seu povo através de Moisés. Este o conduziria até Canaã. Moisés foi dia a dia preparado e lapidado pelo Senhor para cumprir os propósitos divinos. A formação de um líder requer tempo, mas infelizmente muitos na atualidade não querem respeitar o momento de Deus. Vivemos em uma sociedade imediatista onde as pessoas não admitem mais esperar.
O enfoque da lição de hoje é o preparo de Moisés para se tornar o libertador do povo de Deus. Quando assumiu a missão de conduzir os israelitas pelo deserto, Moisés já havia sido preparado pelas universidades egípcias e pelo próprio Todo-Poderoso. O Deus que levantou Moisés não mudou, Ele continua a levantar e preparar pessoas para serem usadas na sua obra. Você está disposto a servir mais a Deus? O Senhor deseja usá-lo em sua obra para que muitos sejam libertos da escravidão do pecado e da ignorância espiritual.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Professor, reproduza o mapa abaixo. Utilize-o para mostrar aos alunos o caminho que Moisés teve que percorrer de volta ao Egito. Ele andou aproximadamente 320 quilômetros. Enfatize que Deus chamou Moisés para uma importante Missão — libertar os israelitas do jugo da escravidão. Em obediência ao Senhor, Moisés voltou ao Egito. Muitas vezes Deus requer que voltemos de onde saímos. Porém, ao retornar, Moisés era um novo homem. Agora não agiria mais segundo as suas forças, mas em obediência restrita a Deus.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Libertador: O que liberta; que concede a liberdade.
Um líder cristão não é feito da noite para o dia. É preciso que sua liderança seja amadurecida pelo tempo. Na lição de hoje, veremos que Moisés foi preparado lentamente pelo Senhor ao longo dos anos até que se tornasse o libertador do seu povo. Moisés era um homem manso e ao que parece não era muito eloquente, porém Deus viu que ele seria obediente e capaz de libertar o seu povo da escravidão egípcia.
I. MOISÉS — SUA CHAMADA E SEU PREPARO (Êx 3.1-17)
1. Deus chama o seu escolhido. Quando o Senhor escolheu e chamou Moisés para libertar seu povo, ele estava pastoreando ovelhas — um excelente aprendizado para quem mais tarde iria ser o pastor do povo de Deus, Israel (Sl 77.20). É Deus que chama e separa aqueles que vão dirigir seu rebanho, e Ele continua vocacionando e capacitando para o santo ministério. O Senhor chama, mas cabe ao homem cuidar do seu preparo para ser útil a Deus.
O que muito nos edifica no versículo seis é Deus identificar-se não somente como “o Deus de Abraão e o Deus de Isaque”, mas igualmente como “o Deus de Jacó”. Ele é, portanto, o Deus de toda graça, compaixão e paciência, uma vez que Jacó teve sérios incidentes negativos na sua vida em geral (1Pe 5.10; Jo 1.14,16).
2. O preparo de Moisés (Êx 3.10-15). Moisés foi chamado e recebeu treinamento da parte de Deus para que cumprisse sua missão com êxito. Deus ainda chama e prepara seus servos. Talvez Ele o esteja chamando para a realização de uma obra. Qual será sua resposta?
Moisés experimentou o silêncio e a solidão do deserto em Midiã (Êx 3.1). Em sua primeira etapa de 40 anos de vida viveu no palácio real e frequentou as mais renomadas universidades. O conhecimento adquirido por Moisés, e empregado com sabedoria, foi-lhe muito útil em sua missão de libertador, condutor, escritor e legislador na longa jornada conduzindo Israel no deserto.
3. O objetivo da chamada divina (Êx 3.10). O propósito divino era a saída do povo de Israel do Egito liderada por Moisés. Deus pode, segundo o seu querer, agir diretamente. Contudo, o seu método é usar homens e mulheres junto aos seus semelhantes. Hoje, em relação a muitas igrejas, Deus está dizendo à seus dirigentes: “Tira o ‘Egito’ de dentro do meu povo”. É o mundanismo entre os crentes, na teoria e na prática; no viver e no agir, enfraquecendo e contaminando a igreja. É Israel querendo voltar para o Egito (Êx 16.3; 17.3). Deus com mão poderosa tirou Israel do Egito, mas não tirou o ‘Egito’ de dentro deles, porque isso é um ato voluntário de cada crente que, quebrantado e consagrado, recorre ao Espírito Santo.
“Certamente eu serei contigo” (v.12). Isso era tudo o que Moisés precisava como líder espiritual do povo de Deus. Hoje, muitos já perderam essa divina presença em sua vida e em seu ministério, por acharem que são alguma coisa em si mesmos, daí, a operação do Espírito Santo cessar em sua vida. Paulo exclamou: “Nada sou” (2Co 12.11). Tudo que temos ou somos na obra de Deus vem dEle (1Co 3.7).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Moisés foi chamado e preparado por Deus para que cumprisse sua missão com excelência.
II. AS DESCULPAS DE MOISÉS E A SUA VOLTA PARA O EGITO
1. O receio de Moisés e suas desculpas. O Moisés impulsivo que matou o egípcio e o enterrou na areia já não existia mais. Ele havia sido mudado e moldado pelo Senhor, e agora precisava crer não no seu potencial, mas no Senhor que o chamara. Ao ser chamado pelo Senhor para ser o libertador dos hebreus, Moisés apresentou algumas desculpas — “eles não vão crer que o Senhor me enviou”; “não sou eloquente”. Quantas desculpas também não damos quando Deus nos chama para um trabalho específico? As escusas de Moisés, assim como as nossas, nunca são aceitas pelo Senhor, pois Ele conhece o mais profundo do nosso ser. Se o Senhor está chamando você para uma obra, não tema e não perca tempo com desculpas. Confie no Senhor e não queira acender a ira divina como fez Moisés, que tentou protelar sua chamada dando uma série de desculpas a Deus (Êx 4.14).
2. Deus concede poderes a Moisés. A fim de encorajar Moisés e confirmar o seu chamado, o Senhor realiza alguns sinais (Êx 4.1-9). Da mesma forma Deus ainda demonstra sinais para nos mostrar o seu poder e a sua vontade.
3. O retorno de Moisés. Moisés não revelou ao seu sogro Jetro o que ele faria no Egito. Ainda não era a hora certa para isso. O líder precisa saber o momento adequado para revelar seus projetos. Entretanto, Moisés não poderia partir sem o consentimento de sua família, assim ele disse a Jetro que iria ao Egito rever seus irmãos: “Eu irei agora e tornarei a meus irmãos que estão no Egito, para ver se ainda vivem” (Êx 4.18). Jetro prontamente liberou Moisés dizendo: “Vai em paz”. Moisés não saiu sem a bênção dos seus parentes. Para realizar a obra de Deus o líder precisa ter o apoio e cooperação da sua família. Se você ainda não o tem, ore a Deus nesse sentido.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Deus não aceitou as escusas de Moisés. Ele também não aceitará as nossas, pois Ele conhece o mais profundo do nosso ser.
III. MOISÉS SE APRESENTA A FARAÓ (Êx 5.1-5)
1. Moisés diante de Faraó. Chegando ao Egito, Moisés e seu irmão Arão procuraram Faraó para comunicar-lhe a vontade de Deus para o povo de Israel. Quão difícil e arriscada era a tarefa de Moisés. Após o encontro que já tivera com Deus, ele estava preparado para apresentar-se ao rei do Egito. Faraó recusou de imediato o pedido de Moisés. Além de recusar deixar o povo ir embora, Faraó agora aumenta o volume de trabalho do povo (Êx 5.8,9). Moisés fez tudo como Deus lhe ordenara, porém, sua obediência não impediu que ele e seu povo sofressem. Talvez você esteja realizando alguma obra em obediência ao Senhor, mas isto não vai impedir que surjam dificuldades, problemas e aflições. Esteja preparado. Não podemos nos esquecer de que “por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus” (At 14.22). Enquanto estivermos neste mundo, estamos sujeitos às dificuldades (Jo 16.33).
2. A queixa dos israelitas (Êx 5.20,21). O povo hebreu fica descontente com Moisés e Arão e logo começam a murmurar. Certamente todos esperavam que a saída do Egito fosse imediata. Mas este não era o plano de Deus. Moisés, aflito com a piora da situação, busca o Senhor e faz várias indagações. Quem de nós em semelhantes situações, estando em obediência a Deus, na vida cristã e no trabalho, já não indagou: “Por que Senhor?”. Moisés não conseguia entender tudo o que estava ocorrendo, mas Deus estava no controle. Às vezes não conseguimos entender o motivo de certas dificuldades, mas não podemos deixar de crer que Deus está no comando de tudo.
3. Deus promete livrar seu povo (Êx 6.1). A saída de Israel do Egito seria algo sobrenatural e esta promessa foi totalmente cumprida quando Israel, finalmente, saiu do Egito. Deus, nos seus atributos e prerrogativas, ia agora redimir o povo de Israel (v.6), adotá-lo como seu povo (v.7), e introduzi-lo na Terra Prometida. Todo o Israel, assim como os egípcios, teriam a oportunidade de ver o poder de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Depois do encontro que Moisés tivera com Deus, ele estava finalmente preparado para apresentar-se ao rei do Egito.
CONCLUSÃO
Na lição de hoje aprendemos como o grande “Eu Sou” escolheu e preparou Moisés para que ele libertasse seu povo da escravidão egípcia. Deus continua a levantar e preparar homens para a sua obra. Você está disposto a ser usado pelo Senhor? Moisés apresentou algumas desculpas, mas não foram aceitas. Não perca tempo com justificativas, mas diga “sim” ao chamado de Deus.
COHEN, A. C. Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998.
MERRILL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.
1. Qual era a atividade que Moisés estava exercendo quando Deus o chamou para libertar seu povo?
R. Ele estava apascentando as ovelhas do seu sogro.
2. Qual foi o objetivo da chamada divina na vida de Moisés?
R. O objetivo da chamada divina na vida de Moisés era fazer o povo de Israel sair do Egito.
3. Quais foram as desculpas de Moisés ao ser chamado pelo Senhor?
R. “Eles não vão crer que o Senhor me enviou”, “não sou eloquente”.
4. O que Deus fez para encorajar Moisés?
R. A fim de encorajar Moisés e confirmar o seu chamado, o Senhor realiza alguns sinais (Êx 4.1-9).
5. Chegando ao Egito, Moisés e Arão foram até Faraó. O que eles foram comunicar ao rei do Egito?
R. A vontade de Deus para o povo de Israel.
Subsídio Bibliológico
“O Encontro entre Deus e Moisés (3-5)
O termo hebraico para ‘sarça’ (seneh) só aparece no Antigo Testamento aqui e em Deuteronômio 33.16, quando Moisés canta que Deus era ‘[aquele] que habitava na sarça (ardente)’. Quão oportuno que as últimas palavras de Moisés registradas nas Escrituras sejam, entre outras coisas, sobre seu primeiro encontro com Deus na sarça ardente! Essa palavra hebraica faz soar e faz lembrar a palavra ‘Sinai’ (sny e snh). Por duas vezes, Deus apareceu a Moisés de forma incandescente. Primeiro em uma snh(capítulo 3), depois no sny (capítulo 19). Deus costuma aparecer nos locais mais inesperados, como em uma sarça. Foi próximo a um arbusto que Ele apareceu para Agar [Gn 21.15, com uma outra palavra hebraica para ‘arbusto’, (siah)] e foi em um arbusto, ou sarça, que apareceu pela primeira vez a Moisés. Falando em lugares inesperados, talvez seja possível estabelecer uma analogia entre o anjo de Deus que apareceu no meio do nada para o pastor Moisés, fazendo um importante anúncio; e os anjos que apareceram diante de um grupo de pastores, no meio do nada, a fim de fazer um importante anúncio (Lc 2.8-20)” (HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco. 2 ed., RJ: CPAD, 2007, p.160).
Subsídio Teológico
“Capacitou e transformou o seu caráter
O ser humano deve reconhecer a sua deficiência em realizar a obra de Deus com perfeição. Moisés, reconhecendo a sua incapacidade de fazer o que o Senhor lhe ordenara, relutou e perguntou humildemente: ‘Quem sou eu?’ (Êx 3.1). Certamente o valente e afoito príncipe herdeiro do trono egípcio sentia-se incapaz de cumprir a ordem do Senhor, pois muitos anos se haviam passado, e ele pouco ou nada sabia sobre o Egito de então. E, depois, voltar ao país de origem para libertar seu povo da escravidão seria uma missão muito árdua. Assim sendo, preferiria ficar no deserto pastoreando os rebanhos de seu sogro. Sentia-se mais útil. Além disso, a rejeição de seus irmãos o abatera fortemente.
Como se vê, o tempo passara e tudo havia se transformado; o homem também. Contudo, o Todo-Poderoso permanecera imutável, pois nEle não há sombra de variação. Moisés sentiu-se desanimado, mas Deus o fortalecera, dizendo: ‘Eu serei contigo’ (Êx 3.12-15). A promessa da presença real de Deus é a resposta para toda fraqueza humana” (COHEN, A. C.Comentário Bíblico Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998, p.32).
Um Libertador para Israel
Moisés foi sendo preparado dia a dia pelo Senhor a fim de que se tornasse o líder do seu povo e os conduzisse rumo à Terra Prometida. Aprendemos com a segunda lição do trimestre que Deus vocaciona e chama líderes para sua obra, porém aqueles que forem chamados precisam fazer a sua parte preparando-se. Se você tem um chamado de Deus em sua vida, prepare-se. Faça a sua parte e deixe que o Senhor faça a dEle.
Moisés é preparado para se tornar o libertador (Êx 3.1-22)
Moisés viveu seus primeiros anos de vida na casa de seus pais. Certamente uma família humilde, porém temente a Deus. Em seu lar ele foi preparado para poder viver mais tarde no palácio de Faraó. Segundo os historiadores, como príncipe, Moisés teve uma educação primorosa, pois o texto bíblico de Atos 7.22 declara que ele foi “instruído em toda a ciência dos egípcios”. O conhecimento adquirido por Moisés não foi certamente desperdiçado, mas muito o ajudou como líder do seu povo, profeta, escritor e legislador.
Deus tinha um propósito definido ao chamar Moisés, Ele também tem um propósito definido em sua vida. Porém, muitos não querem assumir um compromisso com Deus e a sua obra. Você deseja assumir um compromisso com o Todo-Poderoso?
Ao chamar Moisés, Deus foi bem enfático quanto ao seu propósito: “Para que tires o meu povo do Egito” (Êx 3.8-10). Deus desejava redimir o seu povo e organizá-lo como nação a fim de que todas as famílias da terra fossem abençoadas. O Senhor precisava de um único homem, Moisés, para redimir seu povo da escravidão. Na Nova Aliança, Deus também necessitava de um único homem, porém este deveria ser perfeito. Então o Todo-Poderoso enviou seu próprio Filho, Jesus Cristo. Jesus atendeu ao Pai, se fez homem e habitou entre nós para nos libertar da escravidão do pecado (Jo 3.16).
Quantos, ao serem chamados pelo Senhor para alguma obra já não apresentaram uma lista vasta de desculpas? Com Moisés não foi diferente, ele também apresentou a Deus várias dificuldades. Porém, assim como nós, ele se esqueceu de que Deus é o nosso Criador. Ele nos conhece melhor do que nós mesmos. As escusas de Moisés, assim como as nossas, não vão impressionar o Senhor. Confie naquEle que está chamando você e não queira perder tempo com desculpas.
Quem sabe o Senhor não esteja também chamando você para a realização da sua obra? Evite as escusas. Confie no Senhor e permita que Ele use seus dons e talentos para que muitos sejam libertos da escravidão do pecado.
Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto
Lição 3: As pragas divinas e as propostas ardilosas de Faraó
Data: 19 de Janeiro de 2014
“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Ef 6.11).
Como salvos por Cristo, podemos pela fé vencer o Diabo em suas investidas contra nós.
107, 212, 531.
Segunda - 1Co 15.57
Deus que nos dá a vitória
Terça - 2Co 2.14
Deus nos faz triunfar em Cristo
Quarta - 2Co 11.14
Satanás engana pela imitação
Quinta - 1Tm 4.1
Doutrinas falsas vêm de demônios
Sexta - Jo 8.44
A mentira procede do Diabo
Sábado - 1Ts 2.18
Satanás combate a obra de Deus
Êxodo 3.19,20; 7.4,5; 8.8,25; 10.8,11,24.
Êxodo 3
19 - Eu sei, porém, que o rei do Egito não vos deixará ir, nem ainda por uma mão forte.
20 - Porque eu estenderei a minha mão e ferirei ao Egito com todas as minhas maravilhas que farei no meio dele; depois, vos deixará ir.
Êxodo 7
4 - Faraó, porém, não vos ouvirá; e eu porei a mão sobre o Egito e tirarei os meus exércitos, o meu povo, os filhos de Israel, da terra do Egito com grandes juízos.
5 - Então, os egípcios saberão que eu sou o SENHOR, quando estender a mão sobre o Egito e tirar os filhos de Israel do meio deles.
Êxodo 8
8 - E Faraó chamou a Moisés e a Arão e disse: Rogai ao SENHOR que tire as rãs de mim e do meu povo; depois, deixarei ir o povo, para que sacrifiquem ao SENHOR.
25 - Então, chamou Faraó a Moisés e a Arão e disse: Ide e sacrificai ao vosso Deus nesta terra.
Êxodo 10
8 - Então, Moisés e Arão foram levados outra vez a Faraó, e ele disse-lhes: Ide, servi ao SENHOR, vosso Deus. Quais são os que hão de ir?
11 - Não será assim; andai agora vós, varões, e servi ao SENHOR; pois isso é o que pedistes. E os lançaram da face de Faraó.
24 - Então, Faraó chamou a Moisés e disse: Ide, servi ao SENHOR; somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas; vão também convosco as vossas crianças.
Faraó era perverso e não tinha intenção alguma de libertar os hebreus. Diante da recusa dele, Deus enviou várias pragas ao Egito (Êx 3.19,20). Qual era o propósito divino ao enviar as pragas? O objetivo era o julgamento contra o governo de Faraó e seu povo e um juízo contra o generalizado culto idólatra egípcio.
Para introduzir a lição, faça um resumo das terríveis pragas que arrasaram o Egito. Depois, explique que a partir da segunda praga (a das rãs, Êx 8.1-15), Faraó passou a fazer uma série de propostas ardilosas e destruidoras a Moisés e a seu auxiliar, Arão. Precisamos de discernimento a fim de não aceitar as ardilosas propostas de Satanás para nós, igreja do Senhor.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Professor, reproduza o quadro abaixo conforme as suas possibilidades. Em classe, juntamente com os alunos, complete a segunda coluna. Debata com a turma as propostas de Faraó e as suas consequências, caso Moisés as aceitasse. Conclua enfatizando que, como salvos por Cristo, podemos pela fé nEle sempre vencer o Diabo em suas investidas contra nós.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Proposta: Aquilo que se propõe; sugestões de Faraó ao povo de Deus.
Deus havia declarado que se Faraó não deixasse o seu povo sair do Egito, Ele feriria os egípcios com várias pragas (Êx 3.19,20). Em Êxodo 7.4,5, Deus reiterou o envio de flagelos terríveis sobre o Egito, os quais tinham como propósitos: julgar tanto o governo quanto o povo por seus atos, e também apressar a saída dos hebreus e mostrar o poder de Deus sobre os deuses egípcios.
A partir da ocorrência da segunda praga (a das rãs, Êx 8.1-15), Faraó passa a fazer uma série de propostas ardilosas e destruidoras a Moisés e Arão. Na lição de hoje estudaremos o ambiente e as circunstâncias em que ocorreram as pragas e as propostas de Faraó ao povo de Deus.
I. AS PRAGAS ENVIADAS E A PRIMEIRA PROPOSTA DE FARAÓ
1. Pragas atingem o Egito (Êx 7.19 — 12.33). Deus ordenou que Moisés e Arão fossem até o palácio de Faraó para pedir-lhe que deixasse o povo hebreu partir. Diante de Faraó Moisés fez alguns milagres, para que este contemplasse uma amostra do poder do Altíssimo e liberasse o povo de Deus. Faraó era considerado um deus, por isso foi necessário que Moisés se apresentasse diante dele com sinais e maravilhas. Porém, Faraó endureceu o seu coração e não deixou o povo partir (Êx 7.13,14,22; 8.15,19,32; 9.7,34,35; 4.21; 7.3; 9.12; 10.1,27; 11.10; 14.4,8,17). Com receio das pragas que já estavam atingindo duramente o Egito, Faraó decide fazer algumas propostas ardilosas para Moisés e Arão.
2. A primeira proposta (Êx 8.25). Esta proposta exigia que Israel cultuasse a Deus no próprio Egito, em meio aos falsos deuses. O ecumenismo também parte deste princípio, porém, a Palavra de Deus nos exorta: “E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Lv 20.26). A proposta de Faraó era para Israel servir a Deus sem qualquer separação do mal. Todavia, “sem santificação ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Um povo separado por Deus e para Deus, e ao mesmo tempo misturado com os ímpios egípcios, como sendo um só povo, seria uma abominação ao Senhor. Deus requer santidade do seu povo. Nestes últimos dias antes da volta de Cristo, o pecado sob todas as formas avoluma-se por toda a parte, como um rolo compressor. Esta é uma das causas de haver tantos crentes frios espiritualmente: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará” (Mt 24.12). Precisamos ser mais santos e consagrados a Deus!
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Diante das pragas que atingiram duramente o Egito, Faraó apresentou algumas propostas ardilosas para Moisés e Arão.
II. FARAÓ NÃO DESISTE
1. A segunda proposta de Faraó (Êx 8.28). “Somente que indo, não vades longe”. Isso resultaria em o povo de Deus sair do Egito, mas o Egito não sair deles, como acontece ainda hoje com o crente mundano (Tg 4.4,5; 1Jo 2.15). Assim fez a mulher de Ló, que saiu de Sodoma, mas não tirou Sodoma do seu coração e da sua mente, e perdeu-se (Gn 19.17,26; Lc 17.32). O propósito de Faraó ao ordenar “não vades longe” era vigiar e controlar os passos do povo de Israel. “Não vades longe” significa para o crente hoje o rompimento parcial com o pecado e com o mundo. É a vida cristã sem profundidade, sem expressão e por isso sempre vulnerável. “Não vades longe” (Êx 8.28) equivale ao crente viver sem compromisso com Deus, com a doutrina do Senhor, com a igreja, com a santidade. É a vida cristã superficial, sem consagração a Deus e ao seu serviço.
2. A terceira proposta de Faraó (Êx 10.7). Essa proposta atingia os chefes de família e demais adultos. Os demais membros da família ficariam no Egito. O povo de Israel vivia organizado por famílias e casas paternas (Êx 6.14,15,17,19). A família é universalmente a unidade básica da sociedade humana. A saída parcial do povo, como queria Faraó, resultaria no fracionamento e fragilização das famílias, dividindo-as. O propósito de Deus é sempre abençoar toda a família, no sentido de que ela seja salva, unida, coesa, forte, feliz e saudável.
A proposta de Faraó traria resultados nefastos para o povo de Deus. Vejamos:
a) Famílias sem o governo dos pais, sem provisão, sem proteção, sem direção.
b) Maridos sem as esposas; homens viajando no deserto e as crianças sem os pais. O Diabo quer a ruína do casamento (Êx 1.16). Oremos por um avivamento espiritual sobre os casais que servem ao Senhor.
c) Miscigenação devastadora. Os jovens de Israel sozinhos no deserto a caminho de Canaã se casariam com moças pagãs, idólatras. Por sua vez, as jovens deixadas no Egito se casariam com os incrédulos egípcios. Enfim, haveria perda de identidade dos hebreus como povo do Senhor.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
“Não vades longe”, significa para o crente hoje, o rompimento parcial com o pecado e com o mundo.
III. A PROPOSTA FINAL DE FARAÓ
1. A situação caótica do Egito. A praga das trevas acabara de ocorrer, e todo o Egito durante três dias seguidos ficou sem luz. Só havia luz nas casas dos hebreus (10.21-23). Faraó teve muitas oportunidades, mas não deu ouvidos à voz do Senhor e não atendeu aos apelos de Moisés. A cada praga o coração de Faraó se tornava mais endurecido. O rei do Egito escolheu resistir a Deus e teve seu país devastado pelas pragas. Quem pode resistir ao Senhor? Se Deus está falando com você, atenda-o. Não resista! Muitos já viram e experimentaram os milagres do Senhor, porém, seus corações permanecem duros e inflexíveis, como o de Faraó. Lembre-se de que há um preço alto a se pagar por não se dar atenção ao que Deus fala.
2. A quarta e última proposta. A situação era tão caótica no Egito que o próprio Faraó procurou Moisés (Êx 10.24) e fez a sua última proposta: “Ide, servi ao Senhor; somente fiquem as ovelhas e vossas vacas” (v.24). A ovelha e a vaca eram animais cerimonialmente “limpos” para oferendas de sacrifícios a Deus na época da Lei (cf. 1Pe 2.25; Hb 13.15,16). Sem as ovelhas e vacas não haveria sacrifícios. Não haveria entrega ao Senhor. Segundo a Bíblia Explicada, esta proposta também significa “os nossos negócios e interesses materiais, não santificados e não sujeitos à vontade de Deus” (10.24). O crente precisa viver uma vida digna, não só diante de Deus, mas também diante dos homens (2Co 8.21). A santidade é um imperativo na vida do cristão até mesmo nos negócios.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A cada praga o coração de Faraó se tornava mais endurecido. Ele escolheu resistir a Deus e teve seu país devastado pelas pragas.
CONCLUSÃO
A atitude do cristão hoje ante as traiçoeiras propostas do Maligno deve ser a mesma dos representantes de Israel, Moisés e Arão: “Nem uma unha ficará” no Egito (Êx 10.26). Satanás figurado em Faraó não mudou em relação à sua luta contra o povo de Deus. Ele continua a tentar o crente de muitas maneiras para fazê-lo cair, inclusive com más insinuações, sugestões, conclusões etc. “Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15.57).
COHEN, A. C. Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998.
MERRILL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.
1. Qual foi a primeira proposta de Faraó?
R. “Ide, sacrificai ao vosso Deus nesta terra” (Êx 8.25).
2. Descreva a segunda proposta de Faraó.
R. “Somente que indo, não vades longe”.
3. Qual foi a terceira proposta de Faraó?
R. “Deixa ir os homens” (Êx 10.7).
4. Qual foi a proposta final de Faraó?
R. “Ide, servi ao Senhor; somente fiquem ovelhas e vossas vacas”.
5. Qual deve ser a atitude do cristão ante às malditas e traiçoeiras propostas do Maligno?
R. A atitude do cristão hoje ante as malditas e traiçoeiras propostas do Maligno deve ser a mesma dos representantes de Israel, Moisés e Arão: “Nem uma unha ficará” no Egito (Êx 10.26).
Subsídio Bibliológico
“As pragas do Egito combinam todos os aspectos das pragas da Bíblia. Esses eventos são explicados através de exames dos termos hebraicos usados para defini-los. Muitas palavras derivam da raiz nagap ‘atingir, destruir’, e mostram as pragas como um golpe de Deus para castigar ou punir. A palavra hebraica negep, no sentido de ‘golpear, atacar’ foi usada como termo de julgamento. É encontrada relacionada às pragas do Egito apenas em Êxodo 12.13, que fala sobre a morte dos primogênitos. A palavra hebraica maggepa também quer dizer ‘golpe, matança, praga, pestilência’ e é aplicada à praga somente em Êxodo 9.14 que é uma referência geral a esses acontecimentos.
Da raiz naga, ‘tocar, alcançar, atingir’, vem nega, ‘golpe, praga’, que é usada metaforicamente para doenças como castigo divino. Na narrativa do Êxodo ela aparece apenas em 11.1, onde se refere à destruição dos primogênitos. Esses termos indicam uma ação direta de Deus no castigo; outros termos e declarações bíblicos mostram que esses atos são o testemunho do poder e da divindade do Deus único (cf. Dt 4.34,35)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.1584).
Subsídio Bibliológico
“Z. Zevit pesquisou possíveis analogias para as pragas em outras partes da Bíblia. Entre o relato das pragas e a narrativa da Criação, ele descobriu expressões e vocábulos semelhantes, o que o levou a sugerir que Gênesis 1-2, tematicamente, funciona como pano de fundo para as pragas. Dessa forma, por exemplo, na praga do sangue, a expressão ‘sobre todo o ajuntamento das suas águas’ (Êx 7.19) corresponda ‘ao ajuntamento das águas’ de Gênesis 1.10. Zevit também relaciona as dez pragas às dez ocorrências da expressão ‘e disse Deus’ (Gn 1,3,6,9,11,14,20,24,26,28,29)” (HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco. 2 ed., RJ, CPAD: 2007, p.183).
As pragas e as ardilosas propostas de Faraó
Faraó estava decidido a não deixar o povo de Deus partir do Egito, pois a saída dos hebreus iria prejudicar seriamente a economia egípcia. Diante da recusa de Faraó, o Senhor enviou várias pragas que deixaram o Egito arrasado economicamente. Como um Deus bondoso poderia enviar terríveis flagelos a um povo?
Qual era o seu propósito? O Senhor desejava mostrar que os deuses egípcios não eram nada. Todavia, os mágicos de Faraó tentaram, por duas vezes, realizar também os mesmos milagres. Nos dois primeiros flagelos eles foram bem-sucedidos (Êx 7.14-24; 8.1-15), porém Deus não permitiu que houvesse mais demonstração de milagres por intermédio do ocultismo. Cada praga enviada ao Egito estava relacionada com uma divindade adorada por eles. Quando Faraó viu que não poderia deter os hebreus por muito tempo, tentou iludi-los com falsas promessas. Estamos vivendo tempos trabalhosos, precisamos estar também atentos às muitas propostas ardilosas do maligno para a igreja. Moisés, como líder do povo de Deus, soube discernir cada sugestão de Faraó. Tem você buscando em Deus o dom do discernimento?
Observe, com atenção, as quatro ardilosas propostas de Faraó e veja o que elas representavam: A primeira proposta de Faraó (8.25). “Ide, sacrificai ao vosso Deus nesta terra” (Êx 8.25). O que ela representava? Representava a falta de santidade, de separação das coisas deste mundo. Deus exige santidade do seu povo: “E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor sou santo, e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Lv 20.26).
A segunda proposta (8.28). “Somente que indo, não vades longe”. O que ela representava? Uma separação parcial do Egito. Atualmente muitos já aceitaram esta proposta e querem viver um cristianismo sem compromisso com Deus e sem a cruz.
A terceira proposta (10.7). “Deixai ir os homens somente, e os filhos fiquem no Egito” (Êx 10.7). O que ela representava? A divisão familiar. Deus criou a família e deseja que ela viva unida, pois nenhum reino (ou instituição) dividido pode estar de pé (Mc 3.24), porém o Inimigo trabalha sempre para separá-la.
A quarta e última proposta. “Ide, servi ao Senhor; somente fiquem ovelhas e vossas vacas” (v.24). O que ela representava? A falta de sacrifícios, de entrega ao Senhor e de adoração. Evangelho sem a cruz de Cristo não é evangelho autêntico.
Satanás vai tentá-los com muitas propostas. Ele tentou o Filho de Deus, mas foi derrotado. Jesus derrotou o Diabo utilizando a Palavra de Deus, faça uso da Bíblia, pois ela é uma arma poderosa contra as propostas ardilosas do Inimigo.
Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto
Lição 4: A celebração da primeira Páscoa
Data: 26 de Janeiro de 2014
“[...] Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1Co 5.7b).
Cristo é o nosso Cordeiro Pascal. Por meio do seu sacrifício expiatório fomos libertos da escravidão do pecado e da ira de Deus.
244, 282, 289.
Segunda - Êx 12.5
Um cordeiro sem mácula deveria ser morto
Terça - Êx 12.7
Sangue foi aspergido nas portas
Quarta - Êx 12.29-33
Morte nas famílias egípcias
Quinta - Jo 1.29
O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo
Sexta - 1Jo 1.7
O sangue purificador do Cordeiro de Deus
Sábado - Hb 11.28
Pela fé, Moisés celebrou a Páscoa
Êxodo 12.1-11.
1 - E falou o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo:
2 - Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano.
3 - Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada casa.
4 - Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então, tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; conforme o comer de cada um, fareis a conta para o cordeiro.
5 - O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras
6 - e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde.
7 - E tomarão do sangue e pô-lo-ão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem.
8 - E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães asmos; com ervas amargosas a comerão.
9 - Não comereis dele nada cru, nem cozido em água, senão assado ao fogo; a cabeça com os pés e com a fressura.
10 - E nada dele deixareis até pela manhã; mas o que dele ficar até pela manhã, queimareis no fogo.
11 - Assim, pois, o comereis: os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a Páscoa do SENHOR.
Na lição de hoje, estudaremos uma das festas mais significativas para Israel e a Igreja — a Páscoa. Deus queria que seu povo nunca se esquecesse desta comemoração especial. Por isso, esta data foi santificada. No decorrer da lição, procure enfatizar que a Páscoa era uma oportunidade para os israelitas descansarem, festejarem e adorarem a Deus por tão grande livramento, que foi a sua libertação e saída do Egito. Hoje, o nosso Cordeiro Pascal é Cristo. Ele morreu para trazer redenção aos judeus e gentios. Cristo nos livrou da escravidão do pecado e sua condenação eterna. Exaltemos ao Senhor diariamente por tão grande salvação.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Professor, para iniciar a lição faça a seguinte pergunta: “O que significa a palavra Páscoa?”. Ouça os alunos com atenção e explique que o termo significa “passar por”. Diga que este vocábulo tornou-se o nome de uma das mais importantes celebrações do povo hebreu. Diga que a festa da Páscoa acontece no mês de abibe (março/abril).
Utilizando o quadro abaixo, explique aos alunos o significado desta celebração para os egípcios, judeus e cristãos. Conclua, enfatizando que a Páscoa nos fala do sacrifício de Cristo, o nosso Cordeiro Pascal.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Páscoa: Uma das mais importantes festas do povo hebreu em que comemoravam a saída do Egito.
A Páscoa foi instituída pelo Senhor para que os israelitas celebrassem a noite em que Deus poupou da morte todos os primogênitos hebreus. É uma festa repleta de significados tanto para os judeus quanto para os cristãos. Os judeus deveriam comemorar a Páscoa no mês de Abib (corresponde à parte de março e parte de abril em nosso calendário), cujo significado são as “espigas verdes”. Hoje estudaremos a respeito desta festa sagrada e o seu significado para nós, cristãos.
I. A PÁSCOA
1. Para os egípcios. Para os egípcios a Páscoa significou o juízo divino final sobre o Egito, Faraó e todos os deuses cultuados ali. O Senhor havia enviado várias pragas e concedido tempo suficiente para que Faraó se rendesse, deixando o povo partir. Deus é misericordioso, longânimo e deseja que todos se salvem (2Pe 3.9b). Porém, Ele é também um juiz justo que se ira contra o pecado: “Deus é um juiz justo, um Deus que se ira todos os dias” (Sl 7.11). O pecado, a idolatria e as injustiças sociais suscitam a ira do Pai. O povo hebreu estava sendo massacrado pelos egípcios e o Senhor queria libertá-lo. Restava uma última praga. Então o Senhor falou a Moisés: “À meia-noite eu sairei pelo meio do Egito; e todo primogênito na terra do Egito morrerá” (Êx 11.4,5). Foi uma noite pavorosa para os egípcios e inesquecível para os israelitas.
2. Para Israel. Era a saída, a passagem para a liberdade, para uma vida vitoriosa e abundante. Foi para isto que Cristo veio ao mundo, morreu e ressuscitou ao terceiro dia, para nos libertar do jugo do pecado e nos dar uma vida cristã abundante (Jo 10.10). Enquanto havia choro nas casas egípcias, nas casas dos judeus havia alegria e esperança. O Egito, a escravidão e Faraó ficariam para trás. Os israelitas teriam sua própria terra e não seriam escravos de ninguém.
3. Para nós. Como pecadores também estávamos destinados a experimentar a ira de Deus, mas Cristo, o nosso Cordeiro Pascal, morreu em nosso lugar e com o seu sangue nos redimiu dos nossos pecados (1Co 5.7). Para nós, cristãos, a Páscoa é a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de santidade em Cristo. No Egito um cordeiro foi imolado para cada família. Na cruz morreu o Filho de Deus pelo mundo inteiro (Jo 3.16).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Para nós cristãos a Páscoa é a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de santidade em Cristo.
II. OS ELEMENTOS DA PÁSCOA
1. O pão. Deveria ser assado sem fermento, pois não havia tempo para que o pão pudesse crescer (Êx 12.8,11,34-36). A saída do Egito deveria ser rápida. A falta de fermento também representa a purificação, a libertação do fermento do mundo. Em o Novo Testamento vemos que Jesus utilizou o fermento para ilustrar o falso ensino dos fariseus (Mt 16.6, 11,12; Lc 12.1; Mc 8.15). O pão também simboliza vida. Jesus se identificou aos seus discípulos como “o pão da vida” (Jo 6.35). Toda vez que o pão é partido na celebração da Ceia do Senhor, traz à nossa memória o sacrifício vicário de Cristo, através do qual Ele entregou a sua vida em resgate da humanidade caída e escravizada pelo Diabo.
2. As ervas amargas (Êx 12.8). Simbolizavam toda a amargura e aflição enfrentadas no cativeiro. Foram 430 anos de opressão, dor, angústia, quando os hebreus eram cativos do Egito.
3. O cordeiro (Êx 12.3-7). Um cordeiro sem defeito deveria ser morto e o sangue derramado nos umbrais das portas das casas. O sangue era uma proteção e um símbolo da obediência. A desobediência seria paga com a morte. O cordeiro da Páscoa judaica era uma representação do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). O sangue de Cristo foi vertido na cruz para redimir todos os filhos de Adão (1Pe 1.18,19). Aquele sangue que foi derramado no Egito, e aspergido nos umbrais das portas, aponta para o sangue de Cristo que foi oferecido por Ele como sacrifício expiatório para nos redimir dos nossos pecados.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os três elementos da Páscoa eram: o pão, as ervas amargas e o cordeiro sem mácula.
III. CRISTO, NOSSA PÁSCOA
1. Jesus, o Pão da Vida (Jo 6.35,48,51). Comemos pão para saciar a nossa fome, porém, a fome da salvação da nossa alma somente pode ser saciada por Jesus. Certa vez, Ele afirmou: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome” (Jo 6.35). Apenas Ele pode saciar a necessidade espiritual da humanidade. Nada pode substituí-lo. Necessitamos deste pão divino diariamente. Sem Ele não é possível a nossa reconciliação com Deus (2Co 5.19).
2. O sangue de Cristo (1Co 5.7; Rm 5.8,9). No Egito, o sangue do cordeiro morto só protegeu os hebreus, mas o sangue de Jesus derramado na cruz proveu a salvação não apenas dos judeus, mas também dos gentios. O cordeiro pascal substituía o primogênito. O sacrifício de Cristo substituiu a humanidade desviada de Deus (Rm 3.12,23). Fomos redimidos por seu sangue e salvos da morte eterna pela graça de Deus em seu Cordeiro Pascal, Jesus Cristo.
3. A Santa Ceia. A Ceia do Senhor não é um mero símbolo; é um memorial da morte redentora de Cristo por nós e um alerta quanto à sua vinda: “Em memória de mim” (1Co 11.24,25). É um memorial da morte do Cordeiro de Deus em nosso lugar. O crente deve se assentar à mesa do Senhor com reverência, discernimento, temor de Deus e humildade, pois está diante do sublime memorial da paixão e morte do Senhor Jesus Cristo em nosso favor. Caso contrário, se tornará réu diante de Deus (1Co 11.27-32).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A Ceia do Senhor é um memorial da morte redentora de Cristo por nós e um alerta quanto à sua vinda.
CONCLUSÃO
Deus queria que o seu povo Israel nunca se esquecesse da Páscoa, por isso a data foi santificada. A Páscoa era uma oportunidade para os israelitas descansarem, festejarem e adorarem a Deus por tão grande livramento, que foi a sua libertação e saída do Egito. Hoje o nosso Cordeiro Pascal é Cristo. Ele morreu para trazer redenção aos judeus e gentios. Cristo nos livrou da escravidão do pecado e sua condenação eterna. Exaltemos ao Senhor diariamente por tão grande salvação.
COHEN, A. C. Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998.
RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1 ed., RJ: CPAD, 2005.
1. O que significou a Páscoa para os egípcios?
R. Para os egípcios a Páscoa significou o juízo divino final sobre o Egito, Faraó e todos os falsos deuses cultuados ali.
2. Qual o significado da Páscoa para Israel?
R. Era a saída, a passagem para a liberdade, para uma vida vitoriosa e abundante.
3. Qual o significado da Páscoa para os cristãos?
R. Para nós cristãos a Páscoa é a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de santidade em Cristo.
4. Quais os elementos da primeira Páscoa?
R. Pães asmos, ervas amargas e cordeiro.
5. Por que Cristo é a nossa Páscoa?
R. Porque Ele morreu em nosso lugar para nos redimir de nossos pecados. Cristo nos livrou da escravidão do pecado e sua condenação eterna.
Subsídio Bibliológico
“O propósito de Deus em instituir a Páscoa era estabelecer o marco inicial para a libertação de Israel do cativeiro egípcio e proclamar a redenção alcançada pelo sangue do Cordeiro, já revelada no sacrifício de Isaque (Gn 22.1-19), conforme mais tarde escreveram os apóstolos Paulo e Pedro: ‘e demonstrar a todos qual seja a dispensação do ministério, que, desde os séculos esteve oculto em Deus’ (Ef 3.9); ‘[...] o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, antes da fundação do mundo’ (1Pe 1.20).
Cristo é a nossa Páscoa (1Co 5.17). Ele é o Cordeiro de Deus (Jo 1.29). O cordeiro deveria ser separado para o sacrifício até ao décimo quarto dia do primeiro mês do ano (Êx 12.3-6) e tinha de ser sem defeito (Êx 12.5). Cristo cumpriu essa exigência (1Pe 1.18,19). Ele entrou em Jerusalém no dia da separação do cordeiro e morreu no mesmo dia do sacrifício. O cordeiro precisava ser imolado pela congregação, assim como Cristo foi sacrificado pelos líderes civis e religiosos de Israel e de Roma e pela vontade do povo. Nenhum osso do cordeiro poderia ser quebrado (Êx 12.46), também nenhum osso de Cristo foi partido (Jo 19.33-36)” (COHEN, A. C. Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998, p.42).
Subsídio Bibliológico
“Êxodo 12 não diz respeito somente ao momento da Páscoa, ao porquê da Páscoa e a como ela deve ser observada, mas também quem deve participar (Êx 12.43-49). A Páscoa não era algo indiscriminadamente aberto para todos. Quem podia participar? A congregação de Israel (v.47); os escravos (v.44), quando circuncidados, por terem os mesmos privilégios dos hebreus; os estrangeiros (v.48), gentios que tivessem abraçado a fé em Jeová. Quem não podia participar? O forasteiro (v.43), pagão e incrédulo; o viajante (v.45) que, hóspede ou de passagem, ficava algum tempo no território de Israel; o servo assalariado (v.45), que pertencia a uma outra nação mas trabalhava em Israel. Essas distinções eram necessárias por causa da ‘mistura de gente’ (12.38) que deixou o Egito. Foi por isso que as instruções acerca da elegibilidade para participar da Páscoa (12.43-49) foram passadas logo após essa ‘mistura de gente’ deixar o Egito (12.37-39)” (HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco. 2 ed., RJ: CPAD, 2007, pp.191-92).
A celebração da primeira Páscoa
Deus desejava que o os israelitas se recordassem do dia triunfal em que no Egito seus filhos primogênitos foram libertos da morte (Êx 12.1-30). O Senhor também almejava que as novas gerações conhecessem a sua história e os Seus feitos a fim de que temessem o Seu nome. Então, o Senhor ordenou que o povo comemorasse a Páscoa. A Páscoa era um memorial ao Todo-Poderoso, por isso deveria ser celebrada todos os anos.
Cada família teria que ter o seu cordeiro sem mácula. Se a família fosse pequena poderia se unir a outra, pois neste dia nada poderia faltar ou sobrar. A medida de Deus é sempre justa, certa. O Senhor não desperdiça nada.
Um animal inocente deveria ser morto e seu sangue aspergido sobre as ombreiras e nas vergas das portas: “E tomarão do sangue e pô-lo-ão em ambas as ombreiras e na verga da porta [...]” (Êx 12.7). O cordeiro sem mácula e inocente apontava para Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29).
Para os egípcios, a Páscoa significava o juízo divino, para os israelitas, a passagem para uma vida de liberdade, longe da escravidão, e para nós os cristãos, ela significa a remissão dos nossos pecados. Hoje podemos afirmar que Cristo é a nossa Páscoa (1Co 5.7b). Assim como Israel não poderia se esquecer de tal celebração, nós também jamais poderemos nos esquecer do sacrifício remidor do nosso Redentor, Jesus Cristo. Jamais se esqueça que Cristo morreu em seu lugar. Este é um dos princípios da Ceia do Senhor. Jesus declarou: “Em memória de mim” (1Co 11.24,25). Todas as vezes que participarmos da Ceia temos que recordar da nossa passagem, da escravidão do pecado, para uma nova vida em Cristo (1Co 5.17). Israel foi salvo da ira divina e liberto do pecado. Nós também estávamos destinados a experimentarmos da ira divina, mas Cristo, o Cordeiro Pascal, nos substituiu na cruz do calvário. Em Cristo fomos redimidos dos nossos pecados. O sangue de um cordeiro foi aspergido nos umbrais das portas das casas, pois sabemos que “sem derramamento de sangue não há remissão de pecado” (Hb 9.2).
O pão. Apontava para Jesus o Pão da Vida: “eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome” (Jo 6.35).
As ervas amargas. Apontavam para toda a amargura e aflição vividos no cativeiro egípcio.
Um cordeiro sem mácula. A pontava para Jesus, “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).
Cristo é o nosso Cordeiro Pascal. Ele morreu para trazer a redenção a toda humanidade. Ele é o nosso Redentor.
Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto
Lição 5: A travessia do Mar Vermelho
Data: 2 de Fevereiro de 2014
“O Senhor é a minha força e o meu cântico; ele me foi por salvação; este é o meu Deus [...]” (Êx 15.2).
Deus tirou o seu povo do Egito e o conduziu com zelo, proteção e provisão pelo deserto até a Terra Prometida.
178, 185, 189.
Segunda - Êx 13.17
Rumo à liberdade
Terça - Êx 13.19
Uma promessa é cumprida
Quarta - Êx 13.21
Deus protege o seu povo
Quinta - Êx 14.11
A murmuração do povo de Deus
Sexta - Êx 14.13,14
“Vede o livramento do Senhor”
Sábado - Êx 15.1
A celebração do povo de Deus
Êxodo 14.15,19-26.
15 - Então, disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem.
19 - E o Anjo de Deus, que ia adiante do exército de Israel, se retirou e ia atrás deles; também a coluna de nuvem se retirou de diante deles e se pôs atrás deles.
20 - E ia entre o campo dos egípcios e o campo de Israel; e a nuvem era escuridade para aqueles e para estes esclarecia a noite; de maneira que em toda a noite não chegou um ao outro.
21 - Então, Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o SENHOR fez retirar o mar por um forte vento oriental toda aquela noite; e o mar tornou-se em seco, e as águas foram partidas.
22 - E os plhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas lhes foram como muro à sua direita e à sua esquerda.
23 - E os egípcios seguiram-nos, e entraram atrás deles todos os cavalos de Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros, até ao meio do mar.
24 - E aconteceu que, na vigília daquela manhã, o SENHOR, na coluna de fogo e de nuvem, viu o campo dos egípcios; e alvoroçou o campo dos egípcios,
25 - e tirou-lhes as rodas dos seus carros, e fê-los andar dificultosamente. Então, disseram os egípcios: Fujamos da face de Israel, porque o SENHOR por eles peleja contra os egípcios.
26 - E disse o SENHOR a Moisés: Estende a tua mão sobre o mar, para que as águas tornem sobre os egípcios, sobre os seus carros e sobre os seus cavaleiros.
O povo hebreu teve de esperar 430 anos até que finalmente foi liberto da escravidão pelo Todo-Poderoso. Deus não se esqueceu das promessas que havia feito a Abraão. O Senhor jamais se esquece das suas promessas e seus planos não serão frustrados. Talvez você esteja esperando o agir de Deus em seu favor já há muitos anos. Não perca as esperanças. Sua hora chegará, assim como chegou o momento dos israelitas.
Na lição de hoje veremos que o Senhor não somente libertou o seu povo do cativeiro, mas os conduziu com cuidado e zelo pelo deserto. Deus é fiel, imutável e também cuidará de você até a sua chegada ao céu. Creia no poder providente e protetor do nosso Pai Celestial.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Professor, reproduza o quadro abaixo. Utilize-o para introduzir o tópico II da lição.
Antes de apresentar o quadro faça a seguinte indagação: “O que podemos oferecer a Deus por todos os seus benefícios?”. Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Em seguida, explique que Moisés e alguns servos do Senhor ofereceram a Deus a sua adoração. Depois, apresente o quadro e leia as referências juntamente com os alunos. Conclua enfatizando que devemos oferecer a Deus o nosso louvor e gratidão.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Partida: A saída dos hebreus do Egito rumo à terra prometida.
Na lição de hoje veremos como se deu a saída dos hebreus do Egito. Você pode imaginar a alegria do povo hebreu? Deus tem o tempo certo de agir. O povo teve que esperar 430 anos até o dia da tão esperada liberdade. O dia chegou e quem traçou a rota de saída foi o próprio Senhor. O caminho escolhido foi o mais longo, pois Deus conhecia o coração dos israelitas e sabia que na primeira dificuldade logo desejariam retornar. Nesta lição veremos que Deus retirou Israel do Egito e cuidou do seu povo todos os dias durante a longa travessia pelo deserto até a entrada na tão sonhada Terra Prometida.
I. A TRAVESSIA DO MAR
1. A saída do Egito (Êx 12.11,37). Deus retirou com mão forte o seu povo do Egito. Depois de tudo que presenciaram, tanto os israelitas quanto os egípcios perceberam que estavam diante de um milagre divino, um acontecimento sobrenatural. Agora era hora da partida. O povo já estava preparado para ir embora, todos vestidos e com seus cajados nas mãos. Você está preparando para a viagem à Casa do Pai? Todos terão um dia que fazer esta passagem. Segundo o texto bíblico de Êxodo 12.37, deixaram o Egito seiscentos mil homens, fora os meninos e as mulheres. Os israelitas não saíram do Egito de mãos vazias. Deus os abençoou de tal maneira que eles despojaram os egípcios (Êx 12.36). Era uma pequena retribuição por todos os anos de trabalho escravo a que foram submetidos.
A rota escolhida pelo Senhor para a saída do Egito foi a mais longa, pois nem sempre Deus escolhe o caminho mais rápido para nos abençoar. O objetivo de tal escolha era também evitar que os israelitas tivessem que passar pelo caminho dos filisteus, evitando confronto com eles (Êx 13.17). Os hebreus não estavam preparados para lutar, pois ainda estavam acostumados à escravidão. Deus também sabia que diante de qualquer obstáculo o povo iria querer voltar para o Egito.
2. A perseguição de Faraó (Êx 14.5-9). O povo estava acampado próximo do mar Vermelho quando o coração de Faraó foi mais uma vez endurecido contra os hebreus (Êx 14.5). Então, Faraó tomou todo o seu exército e saiu em perseguição ao povo de Deus. Aqueles que servem ao Senhor com integridade são alvos de muitas perseguições, mas temos um Deus que nos livra de todas as aflições e perseguições (Sl 34.19). O povo de Israel ficou apavorado quando viu o exército de Faraó vindo em sua direção. Diante deles estava o mar e atrás um grande exército inimigo. Há momentos em que o Inimigo tenta nos acuar, mas Deus sempre sai em defesa do seu povo, por isso, não tenha medo. Confie firmemente no Senhor e Ele o guardará (Sl 121.1). Diante da perseguição de Faraó os israelitas mais uma vez clamam ao Senhor (Êx 14.10). Deus ouve a oração do seu povo, Ele também responde a súplica que lhe fazemos, por isso ore, clame e veja o agir do Todo-Poderoso em sua vida.
3. A ruína de Faraó e seu exército (Êx 14.26-31). “Dize aos filhos de Israel que marchem” (Êx 14.15). Esta foi a resposta do Senhor para o seu povo que estava sendo perseguido pelo exército egípcio. Eles marcharam e Deus enviou durante toda aquela noite um vento e o mar se abriu. O Senhor providenciou um caminho para os israelitas passarem, e o mesmo caminho serviu de juízo para Faraó e seu exército.
O povo de Deus atravessou o mar e quando os egípcios intentaram fazer o mesmo, o Senhor os destruiu (Êx 14.27,28). Para que o povo não duvidasse, Deus permitiu que os israelitas vissem os corpos dos egípcios na praia (Êx 14.30).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Deus retirou com mão forte os israelitas do Egito e os guiou rumo a Terra Prometida.
II. O CÂNTICO DE MOISÉS
1. Moisés celebra a Deus pela vitória (Êx 15.1-19). Diante de tão grande livramento, Moisés eleva um cântico ao Senhor em adoração. O cântico de Moisés foi uma forma de agradecer a Deus pelos seus feitos. Louve a Deus por tudo que Ele é e por tudo que Ele tem feito em sua vida. Ofereça ao Senhor sacrifícios de gratidão (Lv 22.29). Podemos oferecer-lhe nosso louvor e a nossa adoração: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios” (Sl 103.2).
Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, “o livramento dos israelitas das mãos dos egípcios prefigura e profetiza a vitória do povo de Deus sobre Satanás e o Anticristo nos últimos dias; daí um dos cânticos dos redimidos ser chamado o ‘cântico de Moisés’ (Ap 15.3).
2. Miriã juntamente com as mulheres louvam a Deus (Êx 15.20,21). Por intermédio de Êxodo 15.20, podemos ver que Miriã não era apenas profetisa (Nm 12.2), ela também tinha habilidades musicais. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “a profecia e a música estão frequentemente relacionadas na Bíblia” (1Sm 10.5; 1Cr 25.1). Miriã adorou a Deus juntamente com todas as mulheres. Foi um dia de grande alegria e celebração para Israel. Era impossível ficar calado diante da demonstração do poder de Deus. O Senhor espera que o adoremos por seus atos grandiosos, e que o adoremos em Espírito e em verdade, pois o Pai procura aqueles que assim o adoram (Jo 4.23,24).
3. Celebrando a Deus. Todo Israel, em uma única voz, cantou e celebrou a grande vitória. Foi uma alegria coletiva nunca vista antes na história do povo de Deus. Celebre a Deus individual e diariamente (Sl 100.1), mas também na sua congregação, como um só corpo.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Moisés celebrou a Deus pela vitória com um cântico de louvor.
III. A PROTEÇÃO E O CUIDADO DE DEUS COM SEU POVO
1. Uma coluna de nuvem guiava o povo de Deus (Êx 13.21,22; 40.36,37). O Senhor não somente resgatou o seu povo, mas o conduziu de forma cuidadosa durante todo o deserto. Temos um Deus que se preocupa e cuida de nós. O Senhor enviou uma coluna de nuvem para proteger o seu povo. Durante o dia esta coluna fazia sombra para que o povo de Deus pudesse suportar o calor escaldante do deserto (Êx 13.21). Esta coluna, segundo Charles F. Pfeifer, “era um sinal real da verdadeira presença de Jeová com o seu povo”.
2. Deus cuida do seu povo (Êx 16.4; Dt 29.5). O Senhor não mudou, Ele cuidou do seu povo na travessia pelo deserto e também cuida de nós em todo o tempo (Hb 13.5). Confie no Senhor e não murmure como fez o povo no deserto, pois o Pai cuida de nossa provisão. Em o Novo Testamento, Paulo faz uma séria recomendação, a fim de que não venhamos nunca a seguir o exemplo de Israel: “E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor” (1Co 10.10). Murmurar é falar mal de alguém ou algo. A murmuração é um grave pecado contra Deus (Fp 2.14).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Deus guiou e protegeu seu povo durante a caminhada pelo deserto. Ele utilizou uma coluna de nuvem para conduzir os israelitas.
CONCLUSÃO
Deus livrou seu povo do cativeiro e o conduziu pelo deserto. O Senhor é fiel, imutável e também cuidará de você até a sua chegada aos céus. Creia no poder providente e protetor do nosso Pai Celestial e confie no seu cuidado e na sua proteção. Estude com afinco a história do povo de Deus, pois ela vai ajudá-lo a não cair nos mesmos pecados dos israelitas.
COHEN, A. C. Êxodo. 1 ed., RJ, CPAD: 1998.
RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1 ed., RJ: CPAD, 2005.
1. De acordo com o texto bíblico de Êxodo 12.37, quantos hebreus deixaram o Egito?
R. Deixaram o Egito seiscentos mil homens, fora os meninos e as mulheres.
2. Qual foi a rota escolhida pelo Senhor para a saída do Egito?
R. A rota escolhida pelo Senhor foi a mais longa.
3. O que Moisés fez em gratidão ao Senhor pelo livramento?
R. Moisés louvou a Deus com um cântico.
4. O que Deus utilizou para guiar e proteger o seu povo durante a travessia pelo deserto?
R. Uma coluna de nuvem.
5. De acordo com a lição o que é murmurar?
R. Murmurar é falar mal de alguém ou algo.
Subsídio Teológico
“A morte dos egípcios (14.26-31)
Deus inverteu a ação das águas e as águas voltaram ao lugar. O texto não declara se houve uma reversão do vento. O retorno das águas foi tão súbito e forte que alcançou os egípcios quando tentavam fugir e os matou. As mesmas águas que serviram de muro para o povo de Deus tornou-se o meio de destruição para os egípcios.
Esta última disputa entre Deus e Faraó, resultando em vitória final e completa para o Senhor, impressionou fortemente os israelitas. A situação parecia desesperadora na noite anterior. Agora Israel viu os egípcios mortos na praia do mar. As águas turbulentas, ou a maré, levaram os corpos à praia. O Senhor salvara os israelitas; toda a prova necessária estava diante dos olhos deles.
Quando viu Israel a grande obra, temeu o povo do Senhor e creu. Este ato poderoso expulsou o medo que os atormentara e implantou um verdadeiro temor de Deus — um temor que conduziu a uma fé viva” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 1., 1 ed., RJ, CPAD, 2005, pp.172-73).
Subsídio Geográfico
“Mar Vermelho
Embora não pertença à Terra Santa, encontra-se o Mar Vermelho estritamente ligado à história do povo israelita. Ele é conhecido nas Sagradas Escrituras como ‘Yam Suph’, que significa Mar de Juncos.
No Mar Vermelho encontra-se, em grande quantidade, a alga conhecida como trichodesmium erythaeum que, ao morrer, assume uma totalidade marrom-avermelhada, justificando assim o nome do mar.
O Mar Vermelho separa os territórios egípcios e saudita. Na parte setentrional, divide-se em dois braços pela Penísula do Sinai. O braço ocidental é conhecido como Golfo de Suez. O oriental, Golfo de Akaba.
Com quase dois mil quilômetros de comprimento, entre o estreito de Bab al-Mandeb e o Suez, no Egito, e cerca de 300 quilômetros de largura, somando uma área de 450.000 km, o Mar Vermelho banha o Sudão, o Egito, e a Eritreia, a oeste; e a Arábia Saudita e o Iêmem, a leste. Uma pequena faixa do Golfo de Aqaba banha Israel e a Jordânia.
No Mar Vermelho, encontramos o estreito de Bab al-Mandeb, que liga o extremo sul do mar ao oceano Índico. Esta passagem, que faz o Mar Vermelho uma rota entre a Europa e a Ásia, é mantida aberta por meio de explosões e dragagens.
O Êxodo do Povo de Israel
Israel deixou o Egito no século XV a.C. Israelitas e egípcios voltariam a se enfrentar no tempo dos reis no chamado período interbíblico. Depois da formação do Estado de Israel, em 1948, houve pelo menos quatro guerras entre Israel e Egito: a Guerra da Independência, em 1948; a Guerra do Sinai, em 1956; a Guerra dos Seis Dias, em 1967; e a Guerra do Yom Kippur em 1973.
Em 1979, ambos os países assinaram um acordo de paz, em Camp David, nos Estados Unidos, possibilitando o término do estado de guerra e o estabelecimento de relações diplomáticas entre Cairo e Jerusalém.
A Bíblia garante que será de paz o futuro de ambas as nações (Is 19.23-25)” (ANDRADE, C. Geografia Bíblica: A geografia da Terra Santa é uma das maneiras mais emocionantes de se entender a história sagrada. 25 ed., RJ: CPAD, 2013, pp. 35-150).
A travessia do Mar Vermelho
A saída do povo de Deus do Egito foi algo marcante, tanto para os israelitas como para os egípcios. O Egito ficou economicamente arrasado devido às pragas, porém o último flagelo marcou profundamente as famílias. Nos lares dos egípcios havia pranto, dor e morte, já nas casas dos israelitas, todos estavam prontos, festejando a Páscoa e com o coração repleto de alegria pelo livramento que o Senhor estava concedendo.
Os israelitas, ao deixarem o Egito não saíram com as mãos vazias. Eles despojaram os egípcios.
O coração de Faraó era mal. Depois de tudo que viu e enfrentou ainda não estava disposto deixar o povo de Deus partir (Êx 14.5). Ele reuniu seu exército e saiu em perseguição ao povo de Deus. O Inimigo não desiste facilmente, por isso precisamos buscar em Deus forças para resisti-lo. A Palavra de Deus nos ensina: “resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7). Se você é um servo fiel ao Senhor, saiba que durante sua caminhada até o céu encontrará muitos “Faraós” que lhe resistiram. Você está preparado para enfrentá-los? Só conseguiremos vencer o Inimigo com Jesus Cristo.
Você consegue imaginar o desespero dos israelitas ao verem Faraó e seu exército vindo em sua direção? Os hebreus ficaram desesperados, pois parecia não haver saída. Eles estavam encurralados. O Inimigo não mudou suas táticas, ele está sempre tentando nos acuar. Porém, se esquece que conosco está o “varão de guerra”: “O Senhor é varão de guerra; Senhor é o seu nome” (Êx 15.3).
Os israelitas clamaram ao Senhor (Êx 14.10) e Ele lhes ouviu. O Senhor ouve e responde às orações do seu povo (Jr 33.3).
Diante do perigo e da aproximação do inimigo a ordem do Senhor foi: “Dize aos filhos de Israel que marchem” (Êx 14.15). Marchar para onde? Para o mar? Parecia impossível, porém os israelitas obedeceram. Na obediência está a bênção de Deus. Aquele que obedece vê o impossível acontecer! Então, Deus enviou um vento e o mar se abriu para o povo de Deus passar.
O povo de Israel atravessou o mar e os egípcios quiseram imitá-los, mas o Senhor os derribou (Êx 14.27). O livramento era para o povo de Deus, não para os inimigos. Você pertence ao povo de Deus? Então, não tema. Há livramento para você.
Diante de tão grande livramento ninguém poderia ficar calado. Todos louvaram e exaltaram a Deus. Moisés celebrou ao Senhor com um cântico. Uma forma de agradecer a Deus pelos seus feitos. Tem você celebrado a Ele pelas vitórias? Seu coração é grato ao Senhor?
Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto
Lição 6: A peregrinação de Israel no deserto até o Sinai
Data: 9 de Fevereiro de 2014
“Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos” (1Co 10.11).
Os erros e pecados de Israel servem-nos de alerta para que não venhamos a cometer os mesmos enganos.
302, 467, 515.
Segunda - Rm 15.4
A Bíblia toda nos ensina
Terça - Hb 2.1-3
Vigiemos em todo o tempo
Quarta - Hb 12.1,2
O crente e a carreira cristã
Quinta - Rm 9.28
Deus cumpre fielmente a sua Palavra
Sexta - Cl 2.16,17
Sombras do Antigo Testamento
Sábado - Hb 13.17
Obediência em Cristo
Êxodo 19.1-6; Números 11.1-3.
Êxodo 19
1 - Ao terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no mesmo dia, vieram ao deserto do Sinai.
2 - Tendo partido de Refidim, vieram ao deserto do Sinai e acamparam-se no deserto; Israel, pois, ali acampou-se defronte do monte.
3 - E subiu Moisés a Deus, e o SENHOR o chamou do monte, dizendo: Assim falarás à casa de Jacó e anunciarás aos filhos de Israel:
4 - Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim;
5 - agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu concerto, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha.
6 - E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.
Números 11
1 - E aconteceu que, queixando-se o povo, era mal aos ouvidos do SENHOR; porque o SENHOR ouviu-o, e a sua ira se acendeu, e o fogo do SENHOR ardeu entre eles e consumiu os que estavam na última parte do arraial.
2 - Então, o povo clamou a Moisés, e Moisés orou ao SENHOR, e o fogo se apagou.
3 - Pelo que chamou aquele lugar Taberá, porquanto o fogo do SENHOR se acendera entre eles.
Deus libertou Israel da escravidão. Livre, o povo de Deus iniciou a sua jornada rumo à Terra Prometida. O percurso escolhido pelo Senhor não foi o mais fácil, porém, com certeza foi o melhor para os israelitas naquela ocasião, pois eles não estavam preparados para enfrentar o inimigo. Deus é fiel e sempre cuidou com zelo do seu povo, todavia, os israelitas a cada dificuldade sempre murmuravam contra o Senhor. Nesta lição, veremos a chegada do povo de Deus ao deserto de Sur, sua passagem por Mara e Elim até a chegada ao Sinai. O povo precisava ser lapidado e o deserto foi uma escola para os israelitas. Os hebreus tropeçaram muitas vezes até chegarem a Canaã, contudo Deus nunca os abandonou. O Senhor é fiel!
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Professor, reproduza o mapa abaixo. Utilize-o para mostrar aos alunos a trajetória dos israelitas até o Sinai. Explique que Deus conduziu o povo até o deserto de Sur (Êx 15.22). Depois eles partiram em direção a Mara, onde as águas eram amargas. Depois os israelitas se deslocaram em direção a um oásis chamado Elim. Mostre que o povo estava seguindo em direção ao Sinai.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Peregrinação: A jornada longa e exaustiva que os israelitas fizeram até chegarem a Terra Prometida.
Há muitos crentes que fazem a seguinte indagação: “Por que estudar as lições do Antigo Testamento, sendo nós cristãos da Nova Aliança?”. A resposta a esta pergunta se encontra na Primeira Epístola aos Coríntios, capítulo 10, versículos 1 a 12. Os fatos do Antigo Testamento são como figuras (1Co 10.6,11), nos alertando para que não venhamos a cometer os mesmos erros que o povo de Deus cometeu no passado. Então, estude com afinco cada lição deste trimestre e jamais siga os caminhos da desobediência, rebeldia e idolatria trilhados por Israel no deserto.
Na lição de hoje, estudaremos a caminhada do povo de Deus até o Sinai. Veremos como Deus guiou e sustentou seu povo que foi infiel, murmurador e idólatra. O Senhor permaneceu fiel e cuidando dos israelitas.
I. ISRAEL PEREGRINA PELO DESERTO
1. Israel chega a Mara (Êx 15.23). O povo de Deus estava finalmente livre dos egípcios e começava sua caminhada pelo deserto a caminho de Canaã. Depois da travessia do Mar Vermelho os israelitas foram conduzidos por Moisés até o deserto de Sur. Eles andaram três dias pelo deserto e as águas que encontraram em Mara eram impróprias para beber. Descontente, o povo começou a murmurar contra Moisés. Na verdade eles não estavam reclamando de Moisés, mas de Deus (Êx 16.7,8). Muitos podem pensar que estão reclamando do seu líder, mas na verdade estão reclamando contra aquEle que delegou autoridade ao líder: Deus. A murmuração é uma característica negativa daqueles que não confiam no Senhor. Moisés confiava na providência do Pai. Então ele orou e Deus lhe mostrou um lenho. Moisés jogou o lenho nas águas e elas se tornaram boas para o consumo. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “assim como Deus curou as águas amargas de Mara, assim Ele curaria Israel satisfazendo-lhes as necessidades físicas e, mais importante que tudo, curando o povo de sua natureza corrompida”.
Israel era uma massa de gente briguenta e sem fé que precisava ser lapidada pelo Senhor para que se transformasse em uma nação santa. A lapidação veio com as provações rumo ao monte Sinai.
2. Rumo ao Sinai (Êx 16.1). Depois de Mara os israelitas foram para Elim e em seguida para o deserto de Sim, que ficava entre Elim e Sinai (Êx 19.1,2). Esse é um lugar inóspito, repleto de areia e pedra, porém um local perfeito para Deus tratar do seu povo. Diante das dificuldades o povo volta a murmurar e quer mais uma vez retornar ao Egito (Êx 16.2,3). Mas Deus é bom e misericordioso. Ele mais uma vez supriu as necessidades do seu povo. Talvez você esteja sendo também provado pelo Senhor. Este é um momento difícil, mas em vez de murmurar adore ao Senhor. Você, assim como Israel, verá o sobrenatural de Deus em sua vida. No deserto de Sim, Deus envia o maná ao seu povo. O maná não foi um fenômeno natural, como alguns cogitam. Foi uma provisão especial de Deus. Esta provisão apontava para Jesus, o Pão Vivo que desceu do céu (Jo 6.31-35).
Deus sustentou seu povo através do deserto não somente com pão, mas também com carne e água. Em Refidim, Deus fez água jorrar da rocha (Êx 17.1-7). Ele é o nosso provedor (Sl 23.1). Tudo que temos vem do Senhor, por isso devemos ser gratos a Ele pela provisão. Depois de partir de Refidim, o povo, sob a orientação de Deus, caminhou até o monte Sinai, onde os israelitas receberam a lei do Senhor.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Os hebreus foram lapidados mediante as provações que tiveram que enfrentar no deserto.
II. ISRAEL NO MONTE SINAI
1. O monte Sinai (Êx 19.2). Este é um lugar especial para todo o povo de Deus. Ali Deus revelou-se de modo especial a Moisés e a Israel e lhe entregou os Dez Mandamentos. Ali os israelitas tiveram a revelação da glória e da santidade do Todo-Poderoso. Tiveram também a revelação da sua natureza, da sua lei, da expiação do pecado, da vontade divina e do seu culto. Todo o livro de Levítico, que trata do ministério e do culto ao Senhor, teve o seu desenrolar no acampamento do Sinai, ao pé do monte.
A distância do Sinai a Canaã é de quase 500 quilômetros, e seria percorrida em um curto prazo pelos israelitas, mas infelizmente levou 38 anos. A demora decorreu como parte do julgamento divino dos pecados de incredulidade, murmuração, rebelião e desvio dos israelitas (Dt 2.14,15).
2. A permanência no Sinai. No Sinai, Israel permaneceu, conforme as determinações do Senhor a Moisés, cerca de onze meses. Durante sua permanência ali, Israel caiu no abominável pecado da idolatria do bezerro de ouro (Êx 32.1-8,25). Com a idolatria veio a obscenidade, a imoralidade e a prostituição. Este horrível pecado de Israel é mencionado várias vezes através da Bíblia, sempre de modo infamante como em 1 Coríntios 10.7: “Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber e levantou-se para folgar”. Apesar de Israel ter falhado, o eterno propósito salvífico de Deus não falhou (Ef 3.11).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O monte Sinai é um lugar especial para todo o povo de Deus. Ali, Deus revelou-se de modo especial a Moisés e a Israel e lhes entregou os Dez Mandamentos.
III. A IDOLATRIA DOS ISRAELITAS
1. O bezerro de ouro (Êx 32.2-6). Moisés e Josué subiram ao monte Sinai para se encontrar com o Senhor e receber dEle as tábuas da Lei. Ali eles ficaram muitos dias, e o povo, com pressa em saber notícias, começou mais uma vez a reclamar e a especular a causa da demora de Moisés e Josué. Não levou muito tempo para que uma grande confusão fosse formada. O povo, liderado por Arão, pecou deliberadamente contra o Senhor construindo um bezerro de ouro para ser adorado. Diversas passagens bíblicas relacionam o ídolo aos demônios, e o culto idólatra ao culto diabólico (Lv 17.7). Os ídolos sempre foram laços para o povo de Israel, a quem Deus elegeu como seu povo peculiar aqui na terra.
2. Cuidado com a idolatria. A Palavra de Deus em 1 João 5.21 nos adverte: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém!”. O crente deve estar vigilante contra a idolatria. Muitos pensam que idolatria é somente adorar a imagens de escultura. Todavia, um ídolo é tudo aquilo que ocupa o lugar de Deus na vida humana. Alguma coisa tem ocupado o lugar do Senhor em seu coração? Peça a ajuda do Pai e livre-se imediatamente de toda idolatria. O apóstolo Paulo adverte a igreja de Corinto para não se envolver com a idolatria, como o povo de Israel no deserto (1Co 10.14,19-21).
3. A idolatria no coração. O profeta Ezequiel adverte-nos sobre isso em 14.2-4,7 do seu livro. O primeiro mandamento do Eterno em Êxodo 20.3, ordena: “Não terás outros deuses diante de mim”. Israel, antes de ser liberto e resgatado da escravidão do Egito, pecou contra o Senhor, adorando a falsos deuses (Is 24.2,15; Gn 35.2,4). Deus conhece o coração do homem e sabe da sua propensão à idolatria. Precisamos vigiar, pois somente Deus deve ser único dominador e rei em nosso coração.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Os israelitas, liderados por Arão, pecaram deliberadamente contra Deus ao fundirem o bezerro de ouro.
CONCLUSÃO
O Salmo 106 relata os tropeços de Israel a caminho de Canaã, e a sublime história da infinita misericórdia de Deus para com eles. Deus é fiel! Israel pecou e cometeu muitos erros, porém os planos do Senhor em relação a Israel e a toda humanidade não foram frustrados. Como crentes devemos repudiar toda forma de idolatria, entronizando a Deus como único Senhor em nossos corações e mentes.
COHEN, A. C. Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998.
RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1 ed., RJ: CPAD, 2005.
1. Qual foi a atitude dos israelitas ao chegar a Mara e não encontrar água potável para beber?
R. Eles murmuraram.
2. Depois de Mara para onde foram os hebreus? O que encontraram ali?
R. Eles foram para Elim. Um verdadeiro oásis.
3. Quanto tempo o povo permaneceu no Sinai?
R. Durante onze meses.
4. Transcreva um texto bíblico que nos exorte a respeito da idolatria.
R. “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1Jo 5.21).
5. O que ordena o primeiro mandamento do Eterno em Êxodo 20.3?
R. “Não terás outros deuses diante de mim”.
Subsídio Bibliológico
“O povo murmurou contra Moisés
A liderança é cara, porque a culpa pela adversidade recai nos líderes. Essas pessoas sabiam que Moisés era homem de Deus; por isso, o pecado também era contra Deus. Grandes experiências com Deus não curam necessariamente o coração mau e queixoso. A murmuração cessa apenas quando crucificamos o eu e entronizamos Cristo somente (Ef 4.31,32).
A única coisa que Moisés poderia fazer era clamar ao Senhor. Não há dúvida de que teria fornecido água potável em resposta à fé paciente de Israel, se tivessem permanecido firmes. O Senhor às vezes satisfaz nossos caprichos em detrimento da fé. Aqui, as águas se tornaram doces, quando Moisés lançou um lenho nelas, mas a fé de Israel continuou fraca. Desconhecemos método natural que explica este milagre.
Deus usou esta ocasião para ensinar uma lição a Israel, dando-lhes estatutos e uma ordenação. Se as pessoas ouvissem a Deus e obedecessem inteiramente à sua palavra, elas seriam curadas de todas as enfermidades que Deus tinha posto sobre o Egito. Assim como Deus curou as águas amargas de Mara, assim Ele curaria Israel satisfazendo-lhe as necessidades físicas e, mais importante que tudo, curando o povo de sua natureza corrompida. Deus queria tirar o espírito de murmuração do meio do povo e lhe dar uma fé forte” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 1, 1 ed., RJ, CPAD, 2005, p.175).
Subsídio Bibliológico
“Maná
A palavra ocorre pela primeira vez em Êxodo 16.31. Em outra passagem no AT, todas as versões inglesas traduzem uniformemente a palavra heb. como ‘maná’, o que é meramente uma transliteração aproximada; mas em Êxodo 16.15 o termo é traduzido como uma pergunta. ‘Que é isto?’. Evidentemente quando os israelitas o viram pela primeira vez no chão, o apelidaram de ‘O que é?’, ou de forma coloquial ‘Como se chama isto?’, o que parece ser o significado literal com referência à qualidade misteriosa do pão divino. O maná era pequeno, redondo e branco (Êx 16.14,31). Guardado para o dia seguinte ele comumente ‘criava bichos e cheirava mal’ (Êx 16.20). Derretia quando exposto ao sol quente. Deveria ser apanhado diariamente, pela manhã, um ômer por pessoa. No sexto dia o povo deveria juntar o dobro, para prover para o sábado, quando nenhum maná seria dado. Neste caso ele não criava bichos, nem cheirava mal durante o sábado.
Um pote de maná foi apanhado e mantido como memorial desta miraculosa provisão do Senhor para os israelitas ao longo dos 40 anos no deserto (Êx 16.32-35). Mais tarde, um pote de ouro de maná foi colocado dentro da arca no Tabernáculo (Hb 9.4)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.75).
Israel e sua peregrinação pelo Deserto
Esta lição trata da caminhada do povo de Deus até o Sinai. O objetivo da lição é mostrar como Deus guiou e sustentou seu povo durante a longa jornada pelo deserto. Os hebreus se mostravam, a cada dificuldade, serem murmuradores e ingratos. Eles também não haviam deixado a idolatria no Egito, pois logo criaram um bezerro de ouro para adoração. Embora Israel fosse infiel, o Senhor é fiel e cuidou, dia a dia, do seu povo. Deus não nos deixa sozinhos em nossa caminhada até o céu.
Moisés conduziu o povo até Mara (que significa amargura e tristeza), pois ao chegar ali, descobriram que as águas eram amargas, salobras e impróprias para o consumo (Êx 15.23). Diante de cada dificuldade, os israelitas logo murmuravam. Qual é a sua reação diante das adversidades? Em Mara não foi diferente. Descontentes, os hebreus reclamaram de Moisés, todavia eles não estavam murmurando de Moisés, mas do próprio Todo-Poderoso que os libertara da escravidão.
Como evitar a murmuração e não cometer os mesmos erros dos israelitas? Mantendo viva a chama da fé. A fé nos faz ver o impossível (Hb 11.1). Sem fé é impossível vencer as dificuldades cotidianas sem murmurar. Moisés era um homem de fé e mais uma vez se volta para o Senhor. Então o Pai lhe mostrou o tronco de uma árvore. Moisés jogou o tronco nas águas e os israelitas puderam saciar a sede. Deus curou as águas amargas de Mara. O Senhor não mudou, Ele tem poder para curar seu corpo, sua alma e seu espírito. Talvez seu coração esteja amargurado e cansado. O Pai pode e deseja lhe curar.
Os israelitas precisavam ser lapidados, moldados pelo Senhor até que se transformassem em uma nação. Eles ainda eram uma massa de gente briguenta, murmuradora e sem fé caminhando pelo deserto. Mas, Deus escolheu e separou Israel para que se transformasse em uma nação santa. Os israelitas foram moldados pelo Senhor no deserto. O deserto era somente um lugar de passagem, porém se tomou uma grande escola para o povo de Deus. Talvez você também esteja passando por um vale árido, um deserto. Este não é o lugar que Deus preparou para você, mas com certeza é um tempo de aprendizado e de ver o milagre da provisão. Depois do deserto, Israel estava pronto para a Canaã. Depois dos “desertos” desta vida, você também estará pronto para a eternidade com Deus.
Depois de Mara os israelitas foram enviados até Elim, um verdadeiro oásis no deserto. Com isto aprendemos que depois da luta (Mara), sempre haverá a bonança e o refrigério (Elim). Confie!
Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto
Lição 7: Os Dez Mandamentos do Senhor
Data: 16 de Fevereiro de 2014
“Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4).
A Lei expõe e condena os nossos pecados, porém, o Senhor Jesus Cristo, pelo seu sangue expiador, nos perdoa e nos justifica mediante a fé.
262, 285, 306.
Segunda - Jo 1.16,17
A lei de Moisés e a graça de Deus
Terça - Rm 1.16,17
O crente vive em Cristo a partir da fé
Quarta - Gl 4.4,5
Cristo veio alcançar os que estavam sob a Lei
Quinta - 1Co 1.30,31
Cristo — sabedoria, justiça, santificação e redenção
Sexta - Rm 10.8,17
A fé pela Palavra quando crida e obedecida
Sábado - Gl 2.16
A justificação nos vem pela fé em Cristo
Êxodo 20.1-5,7-10,12-17.
1 - Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo:
2 - Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
3 - Não terás outros deuses diante de mim.
4 - Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
5 - Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso [...].
7 - Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.
8 - Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.
9 - Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra,
10 - mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das tuas portas.
12 - Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá.
13 - Não matarás.
14 - Não adulterarás.
15 - Não furtarás.
16 - Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
17 - Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.
O Decálogo expressa o propósito de Deus para o povo de Israel: uma nação que andasse em justiça, odiasse o pecado e amasse a santidade. Caso seguissem esse estilo de vida, os judeus resplandeceriam como luz às nações vizinhas. Mas Israel falhou nesta missão e voltou-se contra Deus. Entretanto, a queda do povo judeu trouxe salvação aos gentios. Todavia, isso não deve orgulhar ou ensoberbecer a Igreja do Senhor, representante do Reino de Deus no mundo; pelo contrário, a comunidade dos santos deve temer a Deus e ouvir o conselho do apóstolo Paulo: “Porque, se Deus não poupou os ramos naturais [Israel], teme que te não poupe a ti também [Igreja]” (Rm 11.21).
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Prezado professor, utilize o esquema abaixo para concluir a lição. Os objetivos desta atividade são: recapitular os mandamentos estudados e analisar as duas relações humanas implícitas no Decálogo.
Explique à classe o quanto é óbvio que a interpretação dos quatro primeiros mandamentos se distingue dos outros seis, pois os quatro primeiros tratam do relacionamento do homem com Deus e os outros seis, do homem com o próximo. Conclua a aula afirmando que, além do aspecto espiritual, o Decálogo apresenta um caráter social da Lei cuja garantia da dignidade humana torna-se uma ordenança divina.
1º Mandamento — Não terás outros deuses diante de mim.
2º Mandamento — Não farás imagens de escultura.
3º Mandamento — Não tomarás o nome de Deus em vão.
4º Mandamento — Lembra-te do sábado, para o santificar.
5º Mandamento — Honra o teu pai e a tua mãe.
6º Mandamento — Não matarás.
7º Mandamento — Não adulterarás.
8º Mandamento — Não furtarás.
9º Mandamento — Não dirás falso testemunho.
10º Mandamento — Não cobiçarás.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Mandamento: Disposição escrita em que se determina a realização de um ato, de uma diligência; mandato.
Hoje estudaremos o capítulo 20 do livro de Êxodo. É uma síntese concernente aos Dez Mandamentos que foram entregues por Deus a Moisés. Muitos pensam que os preceitos morais da Lei foram somente para o Antigo Pacto. Todavia, Jesus ressaltou, no Sermão do Monte, que os preceitos morais da Lei são eternos e imutáveis, por isso precisamos conhecê-los.
I. OS PROPÓSITOS DA LEI
1. O Decálogo (Êx 20.3-17). O termo Decálogo literalmente significa “dez enunciados” ou “declarações” (Êx 34.28; Dt 4.13). Ele foi proferido por Deus no Sinai (Êx 20.1), mas também escrito por Ele em duas tábuas de pedra (Êx 31.18). O Decálogo exprime a vontade de Deus em relação ao ser humano. É, na verdade, um resumo da lei moral de Deus.
2. Objetivos do Concerto divino. A lei foi dada por Deus a Israel com os seguintes objetivos:
a) Prover um padrão de justiça. A lei entregue pelo Senhor a Moisés é um padrão de moralidade para o caráter e a conduta do homem, seja ele judeu, seja ele gentio (Dt 4.8; Rm 7.12).
b) Identificar e expor a malignidade do pecado. “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse”; isto é, fosse devidamente conhecida (Rm 5.20). “Pela lei vem o conhecimento do pecado”, ou seja, o conhecimento pleno da transgressão (Rm 3.20; 7.7). A lei não faz do ser humano um pecador, mas faz com que ele se reconheça como um transgressor. Ela expõe a malignidade do pecado, mas ao mesmo tempo aponta o caminho da sua expiação pela fé em Deus através dos sacrifícios que eram oferecidos no Tabernáculo (Lv 4-7).
c) Revelar a santidade de Deus. O Senhor revela a sua santidade por intermédio da lei mosaica (Êx 24.15-17; Lv 19.1,2), de igual forma, em o Novo Pacto, Ele revela a todo o mundo o seu seu amor através do seu Filho Jesus (Jo 3.16; Rm 5.8). A lei foi dada por Deus para conduzir a humanidade a Cristo (Rm 10.4).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A Lei de Deus, entregue a Moisés tinha os seguintes propósitos para Israel: prover um padrão de justiça; identificar e expor a malignidade do pecado; revelar a santidade de Deus.
II. OS DEZ MANDAMENTOS (ÊX 20.1-17)
1. O primeiro mandamento. “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3). Neste primeiro mandamento, Deus se revela como o único e verdadeiro Deus (Dt 6.4). Naquela época havia entre as nações falsos deuses. Um exemplo disso é o Egito, onde o povo de Israel estivera por 430 anos. Nossa adoração e culto devem ser dirigidos somente ao único e verdadeiro Deus. Não devemos cultuar nem os anjos (Ap 19.10), nem os homens (At 10.25,26) ou quaisquer símbolos. O primeiro mandamento da lei, reafirmado em o Novo Testamento, foi a respeito da adoração somente a Deus (1Co 8.4-6; 1Tm 1.17; Ef 4.5,6; Mt 4.10).
2. O segundo mandamento. “Não farás para ti imagem de escultura” (Êx 20.4-6). Aqui Deus proíbe terminantemente o uso de imagens idolátricas. “Deus é Espírito”, disse Jesus (Jo 4.24). Então, não há como adorá-lo por meio de imagens. Querer adorar a Deus por meio de imagens visíveis é falta de fé, pois Cristo é a imagem de Deus (Cl 1.13-23). É abominação ao Senhor a idolatria, ou seja, ter ídolos e ser idólatra (Dt 7.25). Na vida do crente, um ídolo é tudo o que ocupa o primeiro lugar em sua vida, em seu coração, em seu tempo e em sua vontade. Esse “ídolo” pode ser acúmulo de riqueza, a busca pela grandeza, pelo sucesso e pela fama. Pode ser também a busca pela popularidade, pelo prazer desenfreado. Há muita gente na igreja se arruinando espiritualmente por causa dos “ídolos do coração”.
3. O terceiro mandamento. “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão” (Êx 20.7). O nome de Deus representa Ele mesmo; sua divina natureza; seu infinito poder e seu santo caráter. Este mandamento, portanto, diz respeito à santidade do Senhor. Tomar o nome do Todo-Poderoso em vão é mencioná-lo de modo banal, profano, secular e irreverente.
4. O quarto mandamento. “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êx 20.8-11). O sábado era um dia de descanso e de adoração a Deus. O termo sábado vem do hebraico shabbath (cessar; interromper). Em Gênesis 2.3 está escrito que: Deus “descansou” (literalmente “cessou”, no sentido de alguém interromper o que estava fazendo). A expressão “lembra-te”, usada pelo autor no versículo 8, indica que o sábado já fora dado por Deus no princípio, e que já era observado para descanso do trabalho e adoração a Deus (Gn 2.1-3; Êx 20.10). É importante ressaltar que em o Novo Testamento não há um só versículo que ordene a guarda do sábado como dia fixo santificado para descanso e adoração ao Senhor. O sábado foi dado como um “sinal” do pacto do Sinai entre Deus e Israel. Assim, o sábado assinala Israel como povo especial de Deus (Êx 31.12,13,17; Ez 20.10-12). A respeito dos demais mandamentos não está dito que eles são “sinais”. Para nós, o princípio que permanece é um dia de descanso na semana, para nosso benefício físico e espiritual (Cf. Mc 2.27,28). Nós, cristãos, observamos o domingo como dia de culto, pois Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24.1-3).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Do primeiro ao quarto mandamento, o Decálogo apresenta leis para situar a relação do homem com Deus.
III. A CONTINUAÇÃO DOS MANDAMENTOS DIVINOS
1. O quinto mandamento. “Honra a teu pai e a tua mãe” (Êx 20.12). Honrar é respeitar e obedecer, por amor, à autoridade dos pais, e com eles cooperar em tudo. É o primeiro mandamento contendo uma promessa de Deus: “Para que se prolonguem os teus dias”.
2. O sexto mandamento. “Não matarás” (Êx 20.13). No original, o termo rasah equivale a matar o ser humano de modo doloso, premeditado, planejado. Este mandamento ressalta a sacralidade da vida humana como dádiva de Deus (At 17.25-28). Há também aqueles que matam o próximo no sentido moral, social e espiritual, mediante a mentira, a falsidade, a difamação, a calúnia, a maledicência e o falso testemunho (1Jo 3.15). Atualmente há muitos que foram atingidos mortalmente em sua honra e praticamente “morreram”.
3. O sétimo mandamento. “Não adulterarás” (Êx 20.14). Este mandamento do Senhor está vinculado à sacralidade, pureza e respeito absoluto ao sexo, ao matrimônio e à família. O adultério é um ato sexual ilícito e pecaminoso, de um cônjuge com outra pessoa estranha ao casamento. Enquanto a lei condenava a prática do ato, o Novo Testamento vai além — condena os motivos ocultos no coração que levam ao adultério (Mt 5.27,28). Portanto, mais que condenar o ato praticado, Deus espera que em todo o tempo dominemos nossos desejos e nos submetamos ao domínio do Espírito Santo.
4. O oitavo mandamento. “Não furtarás” (Êx 20.15). Furtar é apoderar-se oculta ou disfarçadamente daquilo que pertence a outrem. Isso abrange toda forma de desonestidade, de mentira, de ocultação, por palavra e por atos. É preciso respeitar os bens dos outros. Ter honestidade e pureza nos atos; no viver, no agir, no proceder.
5. O nono mandamento. “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êx 20.16). Este mandamento do Senhor trata da nossa honestidade e sinceridade no uso da palavra em relação aos outros. Falso testemunho é falar mal dos outros; acusar e culpar injustamente; difamar; caluniar; mentir (Tg 4.11).
6. O décimo mandamento. “Não cobiçarás” (Êx 20.17). Este mandamento é o respeito ético a tudo o que pertence aos outros. Isto abrange o controle e o domínio dos apetites da alma, dos impulsos, desejos e vontade do crente. Cobiçar é querer o que pertence a alguém. Querer as coisas dos outros é um desejo insano que precisa ser debelado.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Do quinto ao décimo mandamento, o Decálogo apresenta leis que tratam da relação do homem com o próximo.
CONCLUSÃO
A Lei expõe e condena os nossos pecados, porém, o Senhor Jesus Cristo, pelo seu sangue expiador, nos perdoa e nos justifica mediante a fé.
HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.
COHEN, A. C. Comentário Bíblico Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998.
1. Qual o significado do termo “Decálogo”?
R. O termo Decálogo literalmente significa dez enunciados ou declarações.
2. De acordo com a lição, o que o Decálogo exprime?
R. O Decálogo exprime a vontade de Deus em relação ao ser humano.
3. Quais os objetivos do Concerto divino?
R. Prover um padrão de justiça; identificar e expor a malignidade do pecado; revelar a santidade de Deus.
4. O que significa tomar o nome de Deus em vão?
R. É mencioná-lo de modo banal, profano, secular e irreverente.
5. Fale a respeito do décimo mandamento.
R. Este mandamento é o respeito ético a tudo o que pertence aos outros. Isto abrange o controle e o domínio dos apetites da alma, dos impulsos, desejos e vontade do crente.
Subsídio Teológico
“O Dez Mandamentos
Os Dez Mandamentos, aqui registrados (cf. Dt 5.6-21), foram escritos pelo próprio Deus em duas tábuas de pedra e entregues a Moisés e ao povo de Israel (31.18; Dt 4.13; 10.4). A guarda dos mandamentos proveu um meio de Israel procurar viver em retidão diante de Deus, agradecido pelo seu livramento do Egito; ao mesmo tempo, tal obediência era um requisito para os israelitas habitarem na Terra Prometida (Dt 41.14; 14 [...]).
(1) Os Dez Mandamentos são o resumo da lei moral de Deus para Israel, e descrevem as obrigações para com Deus e o próximo. Cristo e os apóstolos afirmam que, como expressões autênticas da santa vontade de Deus, eles permanecem obrigatórios para o crente do NT (Mt 22.37-39; Mc 12.28-34; Lc 10.27; Rm 13.9; Gl 5.14; Lv 19.18; Dt 6.5; 10.12; 30.6). Conforme esses trechos do NT, os Dez Mandamentos resumem-se no amor a Deus e ao próximo; guardá-los não é apenas uma questão de práticas externas, mas também requer uma atitude do coração [...]. Logo, a lei demanda uma justiça espiritual interior que se expressa em retidão exterior e em santidade.
(2) Os preceitos civis e cerimoniais do AT, que regiam o culto e a vida social de Israel [...] já não são obrigatórios para o crente do NT. Eram tipos de sombras de coisas melhores vindouras, e cumpriram-se em Jesus Cristo (Hb 10.1; Mt 7.12; 22.37-40; Rm 13.8; Gl 5.14; 6.2). Mesmo assim, contêm sabedoria e princípios espirituais a todas as gerações [...]” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.145).
Subsídio Bíbliológico
“A Estrutura do Decálogo
É bastante óbvio que a intenção dos quatro primeiros mandamentos difere da intenção dos outros seis. Os quatro primeiros tratam do relacionamento com Deus, enquanto os outros seis regulam relacionamentos interpessoais. Talvez seja significativo que o mandamento acerca dos pais seja o primeiro no âmbito interpessoal [...]. Ocorre uma guinada do Criador para o procriador; a vida de uma pessoa se deve a ambos.
Ao ser perguntado sobre o mais importante mandamento (como se eles pudessem ser organizados hierarquicamente), Jesus citou Deuteronômio 6.5: ‘Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento’ (Mt 22.37), o que reduziu o primeiro mandamento a uma única frase. Apesar de não lhe pedirem maiores esclarecimentos, Jesus prosseguiu falando: ‘e o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo’ (Mt 22.39). Isso condensa em uma única oração os últimos seis mandamentos. Observe que Jesus insiste que o amor pode ser determinado. Isso não seria uma profanação do amor? O amor não é algo a ser voluntariamente dado? Ao colocar o amor num contexto de exigência ou mesmo de imposição, Jesus dá a entender que o amor por Deus e pelo próximo se baseia na vontade, não em emoções.
Logo após ser orientado por Jesus sobre o cumprimento do mandamento como requisito para a vida eterna, o rico perguntou: ‘Quais?’. Jesus não disse nada sobre os quatro primeiros mandamentos, mas apenas sobre o segundo grupo. Até mesmo a ordem que eles são citados é interessante: sexto, sétimo, oitavo, nono e quinto. A falta de amor entre irmãos impede a possibilidade do amor de Deus e torna obscura qualquer expressão de amor por Deus (uma das mensagens de 1 João)” (HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1 ed., RJ: CPAD, 2006, p.218-19)
Os Dez Mandamentos
Depois de caminharem pelo deserto e verem a provisão do Senhor, o povo chegou ao monte Sinai. Ali Deus falou diretamente com todo o povo na entrega do Decálogo (Dt 4.13). Podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que o Decálogo é o ponto alto do Pentateuco. É o mais perfeito e justo código de leis da humanidade, estudado até hoje pelos juristas.
Qual o propósito dos Dez Mandamentos? Sem lei não existe transgressão. O propósito era expor e condenar os pecados dos israelitas e os nossos (Gl 3.24). O objetivo era mostrar que sem Deus, o homem não conseguiria obedecer plenamente à lei moral (Gl 3.11). A lei apontava para o Senhor Jesus Cristo, pois Ele nos resgatou da maldição da Lei (Gl 3.13). Segundo oComentário Bíblico Moody “a lei não foi dada como meio de salvação. Foi dada a um povo já salvo a fim de instruí-lo na vontade do Senhor”.
Talvez você esteja se perguntando: A lei moral (os Dez Mandamentos) é para o crente atual? Sim! A lei não serve para a nossa salvação, pois esta é mediante a fé, todavia devemos observá-la. Jesus não veio revogar a lei e os profetas, todavia Ele criticou os excessos que eram cometidos (Mt 5.17). Observe o que Jesus falou em relação a alguns mandamentos: Compare o sexto mandamento, “não matarás” (Êx20.13), com a declaração de Jesus: [...] qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo (Mt 5.22). Agora compare o sétimo mandamento, “não adulterará” (Êx 20.14) com as seguintes palavras do Mestre: [...] “qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela” (Mt 5.28).
Podemos afirmar que os quatro primeiros mandamentos são uma referência ao nosso relacionamento com Deus. “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20. 3); “Não farás para ti imagem de escultura” (Êx 20.4-6); “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão” (Êx 20.7) e “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êx 20.8). Segundo o Comentário Bíblico Moody “o primeiro mandamento resguarda a unidade de Deus, o segundo a sua espiritualidade, e o terceiro sua divindade ou essência”.
Do quinto mandamento em diante Deus trata do relacionamento do homem com o seu próximo.
Segundo o pastor Claudionor de Andrade no seu Dicionário Teológico “teologicamente falando, a Lei de Deus, contida no Pentateuco, é a expressão máxima da vontade divina quanto à condução dos negócios, interesses e necessidades humanos em família, na sociedade e no Estado”.
Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto
Lição 8: Moisés — Sua liderança e seus auxiliares
Data: 23 de Fevereiro de 2014
“Ouve agora a minha voz; eu te aconselharei, e Deus será contigo [...]” (Êx 18.19).
Para cuidar da sua obra, Deus chama a quem Ele quer, e pelo seu Espírito capacita essas pessoas para a sua santa missão.
153, 156, 305.
Segunda - Êx 28.1
O obreiro administrando para Deus
Terça - Êx 29.44
Santificados para o ministério
Quarta - Êx 40.13-15
Ungidos para o ministério
Quinta - Mc 3.13,14
Jesus chama e envia para a obra
Sexta - 1Pe 5.3
O obreiro como exemplo para o rebanho
Sábado - Rm 15.30
Oração da igreja pelos obreiros
Êxodo 18.13-22.
13 - E aconteceu que, ao outro dia, Moisés assentou-se para julgar o povo. e o povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã até à tarde.
14 - Vendo pois o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que é isto, que tu fazes ao povo? por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde a manhã até à tarde?
15 - Então disse Moisés a seu sogro: É porque este povo vem a mim, para consultar a Deus:
16 - Quando tem algum negócio vem a mim, para que eu julgue entre um e outro, e lhes declare os estatutos de Deus, e as suas leis.
17 - O sogro de Moisés porém lhe disse: Não é bom o que fazes.
18 - Totalmente desfalecerás, assim tu, como este povo que está contigo: porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer.
19 - Ouve agora a minha voz; eu te aconselharei, e Deus será contigo: Sê tu pelo povo diante de Deus, e leva tu as cousas a Deus;
20 - E declara-lhes os estatutos e as leis, e faze-lhes saber o caminho em que devem andar, e a obra que devem fazer.
21 - E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta, e maiorais de dez;
22 - Para que julguem este povo em todo o tempo, e seja que todo negócio grave tragam a ti, mas todo negócio pequeno eles o julguem; assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo.
Liderar é uma arte. Interagir com pessoas de diferentes personalidades requer flexibilidade. Quando tratamos sobre o tema liderança em relação à Igreja de Cristo o assunto torna-se mais complexo ainda, pois um líder espiritual vocacionado por Deus não responde apenas a assuntos de ordem espiritual e celestial; além disso, responde às questões de caráter material e terreno. O líder cristão precisa ter discernimento da parte de Deus para atender às necessidades espirituais do seu rebanho, mas igualmente, ter a sensibilidade para com as demandas sociais da comunidade de fé onde lidera. Apesar de Moisés ser um bom exemplo de liderança, a pessoa de Jesus Cristo é o perfeito modelo de liderança humilde, acolhedora e amorosa.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Prezado professor, para concluir o segundo tópico da lição desta semana, sugerimos que você reproduza o esquema abaixo na lousa ou faça cópias. Peça aos alunos para comentarem sobre os textos em destaque no esquema. Ouça-os com atenção. Em seguida, explique para a classe a importância de o líder construir relacionamentos sólidos e sadios na igreja local onde ele exerce a liderança e na comunidade onde se relaciona cotidianamente — família, vizinhança, trabalho, escola ou faculdade, etc. Afirme que o verdadeiro líder nunca se impõe, mas conduz seus liderados com sabedoria.
• A formação de relacionamentos começa com um procedimento e um procedimento apenas: atitude. Um líder tem de querer vê-la acontecer.
• Jesus estava entre as pessoas, onde quer que estivessem.
• Amizade é caracterizada por relacionamento não por imposições.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Liderança: Função, posição, caráter de líder, espírito de chefia.
Nesta lição estudaremos a respeito de Moisés como servo fiel de Deus e como líder. Moisés havia sido “instruído em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em suas palavras e obras” (At 7.22). Todavia, como líder do povo de Deus, vemos as suas dificuldades na carência e utilização de auxiliares. O líder cristão, por mais capacitado que seja, não conseguirá realizar suas tarefas sem a ajuda de líderes auxiliares.
I. O TRABALHO DO SENHOR E OS SEUS OBREIROS
1. Despenseiro e não dono (Êx 18.13-27). Podemos ser laboriosos e dedicados na obra do Senhor como foi Moisés e ainda assim cometer falhas em nossa administração. Um dos erros de Moisés e de alguns líderes da atualidade está no monopólio do poder administrativo. Na Bíblia encontramos vários exemplos que servem para mostrar que o líder de Deus não pode pensar que é dono da obra ou do rebanho que dirige. Vejamos como exemplo Diótrefes (3 Jo vv.9,10). Este obreiro via a congregação como uma propriedade sua. João repudiou e denunciou a recusa de Diótrefes em se relacionar com as outras lideranças e irmãos.
2. Falta de percepção do líder (Êx 18.14,17). Às vezes o líder não percebe as necessidades dos seus liderados. Isso não significa que ele seja um mau líder, mas que, em alguns momentos, os que estão de fora têm uma percepção maior da nossa administração. Jetro era sogro de Moisés e sacerdote; ele logo percebeu a dificuldade que Moisés estava tendo no exercício da sua liderança. Eliseu também não percebia que os discípulos dos profetas enfrentavam uma séria necessidade atinente à moradia (2Rs 6.1). Talvez você, líder, não esteja percebendo as necessidades do seu rebanho, mas elas existem e não devem ser ignoradas. Oremos para que Deus levante homens fiéis como Jetro para sempre lhe ajudar.
3. O líder necessita de ajudantes (Êx 18.18). Caso Moisés continuasse a trabalhar sozinho, logo estaria enfrentando um severo esgotamento físico e mental. Ao mesmo tempo o povo também iria se cansar pela longa espera em pé (vv.13,14). Sozinho, ninguém é capaz de cuidar do rebanho do Senhor. O líder não deve tentar fazer mais do que pode. Também precisamos nos conscientizar de que nenhuma pessoa é insubstituível na obra de Deus. Mais cedo ou mais tarde cada um de nós será substituído, contudo, a obra de Deus prosseguirá.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O líder precisa ter a percepção de que no trabalho do Senhor ele é apenas um despenseiro e não o dono da Obra.
II. OS AUXILIARES DE MOISÉS NO MINISTÉRIO
1. Deus levanta auxiliares (Êx 18.21). Para fazer a sua obra, Deus levanta líderes principais, como Moisés, e de igual modo levanta líderes auxiliares. Todo obreiro que está à frente do trabalho do Senhor, seja qual for a tarefa, necessita de auxiliares, cooperadores, colaboradores (Rm 16.3,21; 2Co 8.23).
2. Os auxiliares de Moisés (Êx 18.25). Certamente Moisés teve muitos auxiliares cujos nomes não foram registrados nas Escrituras Sagradas, mas vejamos apenas alguns que o ajudaram durante a caminhada do povo até a Terra Prometida.
a) Miriã era auxiliar de Moisés e também sua irmã. Era profetisa e cantora (Êx 15.20,21). Seu nome, em hebraico, corresponde em grego a Maria. Certa vez, levantou-se contra Moisés e pagou caro por sua rebeldia (Nm 12).
b) Arão, irmão de Moisés, seu porta-voz (Êx 4.14-16; 7.1,2) e líder dos sacerdotes.
c) Os anciãos, também chamados príncipes no período mosaico. Eram líderes e representantes do povo (Dt 1.13-15; Êx 3.16,18). Outros auxiliares eram os juízes e os levitas (Js 8.33; 24.1).
d) Jetro, o sogro de Moisés, não era israelita, mas demonstrou ser um homem cheio de sabedoria. Ele muito ajudou Moisés.
e) Josué, sucessor de Moisés (Nm 27.18-23), é mencionado pela primeira vez na Bíblia em Êxodo 17.9, num contexto que destaca a sua obediência a Moisés (33.11). Por ter sido fiel e obediente a Moisés foi o escolhido de Deus para suceder o Legislador.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Deus levantou auxiliares para o ministério de Moisés. São eles: Miriã, Arão, os anciãos, juízes, levitas, Jetro e Josué.
III. QUALIDADES DE MOISÉS COMO LÍDER
1. Mansidão e humildade (Nm 12.3). Deus falava com Moisés face a face. Todavia, ele com humildade parou para ouvir os conselhos de Jetro, que não era nem mesmo israelita. Se você deseja ser bem-sucedido em sua liderança, seja humilde. A soberba, além de ser pecado, impede o líder de crescer. A Palavra de Deus diz que na “multidão de conselheiros, há segurança” (Pv 11.14), todavia, a soberba impede que o líder ouça seus auxiliares.
2. Piedoso e obediente. Moisés era um exemplo de obediência e integridade e da mesma forma o obreiro precisa ser modelo dos fiéis (1Pe 5.3). O verdadeiro ministro de Cristo precisa viver uma vida digna, não só diante de Deus, mas também dos homens (2Co 8.21; 1Tm 6.11,12). O servo deve viver e agir de modo honroso no trabalho, na vizinhança e na família. A santidade é um imperativo na vida do obreiro. Um bom ministro de Cristo não apenas dá ordens, mas em tudo é o exemplo para o rebanho.
3. Fiel (Nm 12.7; Hb 3.2,5). Esta é uma das qualidades primordiais de um líder, pois “requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel” (1Co 4.2). De nada adianta o líder cristão pregar e ensinar a Palavra, se ele é desobediente, displicente, e nem sequer pratica o que ensina. A verdadeira fidelidade revela-se em nossos atos cotidianos. Os olhos do Senhor estão à procura dos que são fiéis (Sl 101.6). Moisés foi fiel a Deus, ao seu povo, à sua família. Sigamos seu exemplo.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Mansidão, humildade, piedade, obediência e fidelidade são algumas das qualidades que podemos encontrar na liderança de Moisés.
CONCLUSÃO
Ninguém pode fazer a obra de Deus sozinho. O líder cristão precisa de auxiliares dados por Deus que o ajude. Não sejamos como muitos líderes que não sabem delegar tarefas. Estes acabam sofrendo e fazendo a obra de Deus sofrer danos. Sigamos o exemplo de Moisés e seus auxiliares, que o ajudaram na missão de conduzir o povo de Deus até à Terra Prometida.
Adulação: Ato ou efeito de adular, de lisonjear (alguém); bajulação.
Escoltam: Ato ou efeito de escoltar, seguir junto de (alguém ou algo) com a finalidade de dar proteção.
Datilografam: Ato ou efeito de datilografar, escrever à máquina datilográfica.
CARLSON, R.; TRASK, T. E. et al. Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005.
MACARTHUR, JR., J. Ministério Pastoral: Alcançando a excelência do ministério cristão. 1 ed., RJ: CPAD, 2012.
1. De acordo com a lição, aponte um dos erros de Moisés na liderança do povo.
R. Um dos erros de Moisés e de alguns líderes da atualidade está em querer fazer tudo sozinho.
2. O que aconteceria a Moisés caso ele continuasse a trabalhar sozinho?
R. Caso Moisés continuasse a trabalhar sozinho, logo ele estaria enfrentando um severo esgotamento físico e mental.
3. Cite três auxiliares de Moisés.
R. Miriã, Arão e Josué.
4. Relacione algumas qualidades de Moisés como líder.
R. Mansidão, humildade, piedade, obediência e fidelidade.
5. Qual qualidade você acredita que seja indispensável a um líder?
R. Resposta pessoal.
Subsídio Teologia Pastoral
“O Pastor Deve Ser Humilde
Vivemos em um mundo que não valoriza e nem deseja a humildade. Seja na política, nos negócios, nas artes ou nos esportes, as pessoas se esforçam para alcançar destaque, popularidade e fama. Infelizmente, essa atitude tem contaminado a igreja. Existe um culto à personalidade, pois os líderes cristãos lutam para alcançar glória. O verdadeiro homem de Deus, entretanto, busca a aprovação de seu Senhor, e não a adulação da multidão. A humildade é, portanto, a marca registrada de qualquer servo comprometido com a obra de Deus. Spurgeon nos lembra de que ‘se exaltarmos a nós mesmos, nos tornaremos desprezíveis, e não exaltaremos nosso trabalho e nem o Senhor. Somos servos de Cristo, não senhores da sua herança. Os ministros são para as igrejas, e não as igrejas para os ministros... Cuide de não ser exaltado mais do que se deve, para que não se transforme em nada’” (MACARTHUR, JR., J. Ministério Pastoral: Alcançando a excelência do ministério cristão. 1 ed., RJ: CPAD, 2012, p.38).
Subsídio Teologia Pastoral
“Trabalhando com Pessoas de Todo Tipo
‘Pastorear seria o melhor emprego do mundo, se eu não tivesse de lidar com certos tipos de pessoas’. Essas foram as palavras de um ministro que acabou de ter uma desavença com Bill, membro exigente de sua igreja. Bill se cansara dos sermões, [...], do estilo de administração do pastor e suas expectativas para com a congregação. Assim, frustrado, disse abertamente ao pastor: ‘Você é o pior pastor que esta igreja já teve’.
A mandíbula do pastor apertava, enquanto citava para si mesmo: A resposta branda desvia o furor. Bill prosseguiu em sua investida: ‘Essa era uma igreja maravilhosa, antes de você chegar’.
[...] O pastor arriscou um sorriso curioso. ‘Diga-me, Bill, como é que acabamos fazendo tudo errado?’. Bill hesitou. ‘Quando você chegou aqui e começou a pedir para mim e para todos os demais que fizéssemos coisas’.
‘Como o que?’.
‘Você esperava que participássemos de todas as atividades da igreja de segunda a domingo. Depois, você fez com que fizéssemos seu trabalho de visitação’. O pastor suspirou. ‘Bem, irmão Bill, sinto muito que você se sinta assim’.
‘Eu também’, vociferou Bill. ‘Minha família e eu estamos nos mudando de igreja e indo para um lugar onde o pregador entende que, hoje em dia, as pessoas estão ocupadas e não têm tempo de fazer o que o pastor foi pago para fazer’.
Experiências como essas fazem os pastores desistir. Para evitar conflitos com os membros da congregação e instigá-los a frequentar a igreja, alguns pastores abstém-se de colocá-los sob qualquer expectativa. Escoltam os crentes a um lugar confortável todos os domingos, depois ousam pregar mensagens que se esquivam da responsabilidade cristã. O resto da semana esses pastores tentam ser o grupo de um homem só. Só eles pregam, cantam, visitam, cortam a grama, datilografam e oram. Esse padrão leva a pastores dominadores, crentes leigos ineficazes e comunidades sem salvação” (CARLSON, R.; TRASK, T. E. et al. Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005, pp.61-2).
Moisés — Sua liderança e seus auxiliares
Moisés foi um dos líderes mais importantes do Antigo Testamento, todavia como homem ele não era perfeito e com certeza também cometeu algumas falhas enquanto líder. Moisés era um homem que teve uma excelente formação, ele foi “instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras” (At 7.22). Liderança requer treinamento, preparo. Muitos almejam a liderança, porém não querem se esforçar e não buscam se preparar para realizar, com excelência, aquilo para o que foram chamados pelo Senhor. Moisés passou pelo treinamento do Egito e do deserto. Jesus, nosso exemplo de líder, foi treinado também no deserto. Liderança requer treinamento. Não se faz um líder da noite para o dia.
John Maxwell tem uma frase que resume bem a importância de se trabalhar em equipe: “Nada muito significativo foi alcançado por um indivíduo que tenha agido sozinho”. Liderança envolve trabalho em equipe, gerenciamento de pessoas. É algo que deve ser feito em parceria. Moisés, quem sabe, durante os longos anos que passou sozinho cuidando dos rebanhos do seu sogro Jetro, precisava aprender esta lição logo no início da sua caminhada pelo deserto. Moisés carecia aprender a delegar tarefas. Para isso o líder precisa conhecer sua equipe e ter pessoas leais ao seu lado e compromissadas com o trabalho. O líder que não sabe delegar tarefas terá como resultado o cansaço e o estresse. Ele vai sofrer e a obra de Deus também, pois com certeza a produtividade será baixa. Se você está precisando de ajudantes fiéis, ore ao Senhor. Ouça também aqueles que estão ao seu lado. Moisés, em um gesto de humildade, ouviu e atendeu os sábios conselhos de Jetro, seu sogro.
Moisés, como líder, era um despenseiro do Senhor e não dono dos israelitas (Êx 18.13-27). Alguns líderes, com o passar do tempo, acabam achando, erradamente, que são os donos das ovelhas e da obra. Puro engano! Diótrefes (3 Jo vv.9,10), tinha uma visão errada a respeito da liderança e passou a se achar dono da congregação. Ele foi duramente criticado por João.
Moisés entendeu bem a lição, pois ao estudarmos sua biografia vemos que ele contou com a ajuda de homens e mulheres. Não podemos nos esquecer que Mirã foi também uma ajudante.
Jesus, como líder, escolheu doze homens para estar com Ele. Estes doze o ajudaram na pregação do Reino de Deus e ao mesmo tempo foram preparados para a partida do Salvador.
Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto
Lição 9: Um lugar de adoração a Deus no deserto
Data: 2 de Março de 2014
“E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Êx 25.8).
Deus deseja habitar entre nós, para que Ele seja o nosso Deus e para que nós sejamos o seu povo.
51, 124, 175.
Segunda - Êx 29.45,46
Deus habita no meio do seu povo
Terça - Êx 25.10-16
A Arca de madeira de cetim
Quarta - Êx 25.17-22
O propiciatório de ouro puro
Quinta - Êx 25.23-30
A mesa de madeira de cetim
Sexta - Êx 26.1-14
As cortinas do Tabernáculo
Sábado - Êx 26.31-33
O véu do Tabernáculo
Êxodo 25.1-9.
1 - ENTÃO falou o Senhor a Moisés, dizendo:
2 - Fala aos filhos de Israel, que me tragam uma oferta alçada; de todo o homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada.
3 - E esta é a oferta alçada que tomareis deles: ouro, e prata, e cobre,
4 - E azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pelos de cabras,
5 - E peles de carneiros tintas de vermelho, e peles de teixugos, e madeira de cetim,
6 - Azeite para a luz, e especiarias para o óleo da unção, e especiarias para o incenso,
7 - Pedras sardônicas, e pedras de engaste para o éfode e para o peitoral.
8 - E me farão um santuário, e habitarei no meio deles.
9 - Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus vasos, assim mesmo o fareis.
O povo judeu viveu mais de quatrocentos anos no Egito. Este reino era fundamentalmente idólatra. Como era de se esperar em qualquer nação do mundo antigo, o Egito tinha templo, sacerdotes e todo um sistema religioso que funcionava vigorosamente. Mas a nação de Israel ainda não possuía uma religião sedimentada. Portanto, a influência egípcia na cultura dos judeus era inevitável — vide os exemplos dos deuses egípcios como fonte de apostasia para os judeus (Ez 20.5-9; 23.3,8,19-21,27), o Bezerro de Ouro construído no Monte Sinai e a posterior adoração do bezerro de Jeroboão I. Por isso, assim como o fez no Decálogo, Deus revelou diretamente a Moisés um modelo para a construção do Tabernáculo. Ele deixou claro que a sua habitação devia ser única, sem a mistura com o paganismo do Egito.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Prezado professor, para ministrar a presente lição sugerimos que você leve para a classe uma gravura do Tabernáculo ou reproduza cópias para os alunos conforme a sua possibilidade. Você poderá encontrá-la na Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, pág. 158, ou no mapa O Tabernáculo também editado pela CPAD. O auxílio do mapa do Tabernáculo muito o ajudará para uma apresentação do conteúdo da aula desta semana.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Tabernáculo: Santuário portátil onde os hebreus guardavam e transportavam a arca da aliança e demais utensílios sagrados.
Deus queria habitar no meio de Israel. Por isso, ordenou a Moisés que, juntamente com o todo o povo, construísse um lugar separado para adoração. Trata-se do “Tabernáculo do Senhor”, um santuário móvel que acompanhou os hebreus durante sua longa peregrinação pelo deserto. Na lição de hoje, estudaremos como ocorreu a construção desse lugar santo de adoração ao Senhor.
I. AS INSTRUÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO
1. O propósito divino. Depois da entrega da lei, Deus ordenou que o seu povo edificasse um lugar de adoração. O objetivo divino era aumentar e fortalecer os laços de comunhão com o seu povo Israel, que Ele libertara do poder de Faraó no Egito. O Senhor assim age para que o homem o conheça de forma pessoal e íntima (Jo 14.21,23).
2. As ofertas. O Tabernáculo seria construído pelo povo de Deus, com os recursos que receberam pela providência divina ao saírem do Egito (Êx 3.21,22; 12.35,36). Para a construção do Tabernáculo os israelitas ofertaram voluntariamente e com alegria. A Palavra de Deus nos ensina que o fator motivante para a contribuição do crente é a alegria: “porque Deus ama ao que dá com alegria” (2Co 9.7). O Senhor não se agrada de quem entrega a sua oferta e dízimo contrariado ou por obrigação (Ml 3.10). De nada adianta contribuir com relutância e amargura.
3. Tudo segundo a ordenança divina (Êx 25.8,9,40). O Tabernáculo não foi uma invenção humana. Podemos ver que a partir de Êxodo 25, o próprio Deus instrui a Moisés quanto à planta e os objetos do templo móvel. Moisés obedeceu a todas as instruções, pois todo o Tabernáculo apontava para o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário. Simbolizava o plano perfeito de Deus para a redenção da humanidade (Hb 9.8-11).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
As instruções para a construção do Tabernáculo foram rigorosamente acatadas por Moisés segundo a ordenança divina.
II. O PÁTIO DO TABERNÁCULO
1. O pátio. “Farás também o pátio do Tabernáculo” (Êx 27.9). Os israelitas precisavam aprender a forma correta de se chegar à presença de Deus e adorá-lo. O pátio tinha o formato retangular, e indicava que, na adoração a Deus, deve haver separação, santidade. Havia uma única porta de entrada, que apontava para um único caminho, uma única direção. Isso prefigura Jesus Cristo, que disse: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á” (Jo 10.9). Jesus é o caminho que nos conduz a Deus (Jo 14.6).
2. O altar dos holocaustos. “Farás também o altar de madeira de cetim” (Êx 27.1). Ao entrar no pátio, o israelita tinha a sua frente o altar do holocausto. Era uma caixa de madeira de cetim coberta de bronze. Junto a esse altar o transgressor da lei encontrava-se com o sacerdote para oferecer sacrifícios a Deus a fim de expiar seus pecados e obter o perdão. O altar dos holocaustos tipificava Cristo, o nosso sacrifício perfeito que morreu em nosso lugar (Ef 5.2; Gl 2.20). Sem um sacrifício expiador do pecado não há perdão de Deus (Lv 6.7; 2Co 5.21). A epístola aos Hebreus nos mostra que o sacrifício salvífico de Cristo foi único, perfeito e completo para a nossa salvação (Hb 7.25; 10.12).
3. A pia de bronze (Êx 30.17-21). Na pia os sacerdotes lavavam suas mãos e pés antes de executarem seus deveres sacerdotais. Mãos limpas: trabalho honesto; pés limpos: um viver e um agir íntegros (Ef 5.26,27; Hb 10.22). Precisamos nos achegar a Deus com um coração puro e limpo. Deus é santo e requer santidade do seu povo. Deus não aprova o viver e o servir do impuro. O servo de Deus deve ser “limpo de mãos e puro de coração” (Sl 24.4). Hoje somos lavados e purificados pelo precioso sangue de Cristo que foi derramado por nós (1Jo 1.7).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
No pátio do Tabernáculo localizava-se o altar dos holocaustos e a pia de bronze.
III. O LUGAR DA HABITAÇÃO DE DEUS
1. O castiçal de ouro (Êx 25.31-40). Não havia janelas no Lugar Santo e a iluminação vinha de um castiçal de ouro puro e batido. Esta peça também apontava para Jesus Cristo, luz do mundo, e a quem seguindo, não andaremos em trevas, mas teremos a luz da vida (Jo 8.12). O castiçal, em Apocalipse, simboliza a Igreja (Ap 1.12,13,20). As lâmpadas do castiçal ardiam continuamente e eram abastecidas diariamente de azeite puro de oliveira (Êx 27.20,21) a fim de que iluminassem todo o Lugar Santo. O azeite é um símbolo do Espírito Santo. Se quisermos emanar a luz de Cristo para este mundo que se encontra em trevas, precisamos ser cheios, constantemente, do Espírito Santo de Deus. “Enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18) é a recomendação bíblica.
2. Os pães da proposição e o altar do incenso (Êx 25.30). Havia uma mesa com doze pães e, todos os sábados, esses eram trocados. Estes pães apontavam para Jesus, o Pão da vida (Jo 6.35). Precisamos nos alimentar diariamente de Cristo, e não apenas no domingo. Tem você se alimentado diariamente na mesa do Senhor Jesus? Além dos pães, próximo ao Santo dos Santos ficava o altar do incenso, um lugar destinado à oração e ao louvor a Deus. Precisamos nos achegar ao Senhor diariamente com a nossa adoração e nossas orações: “Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e seja o levantar das minhas mãos como o sacrifício da tarde” (Sl 141.2).
3. O Santo dos Santos e a arca da aliança (Êx 25.10-22). O Santo dos Santos era um local restrito, onde somente o sumo sacerdote poderia entrar uma única vez ao ano. A arca da aliança era a única peça deste compartimento sagrado. Era uma caixa de madeira forrada de ouro. Durante a peregrinação pelo deserto os sacerdotes carregavam-na sobre os ombros. A arca simbolizava a presença de Deus no meio do seu povo. Erroneamente os israelitas a utilizaram como uma espécie de amuleto.
Em Hebreus 10.19,20, vemos a gloriosa revelação profética entre o Santo dos Santos, o Senhor Jesus e o povo salvo da atualidade. O termo “santuário”, no versículo 19, é literalmente, no original, “santo dos santos”.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
No interior do Tabernáculo ficava o castiçal de ouro, os pães da proposição, o altar do incenso, o Santo dos santos e a arca da aliança.
CONCLUSÃO
Os israelitas, mediante o Tabernáculo, podiam aprender corretamente como achegar-se a Deus, adorá-lo, servi-lo e viver para Ele em santidade. Assim deve fazer a igreja, conforme Hebreus 10.21-23. O Senhor é Santo e sem santidade nosso louvor e adoração não poderão agradá-lo.
Sedimentada: Processo de formação e acumulação de camadas sólidas.
GOWER, R. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2 ed., RJ: CPAD, 2012.
MERRIL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.
1. Qual era o objetivo de Deus com a construção do Tabernáculo?
R. O objetivo divino era aumentar e fortalecer os laços de comunhão com o seu povo Israel.
2. O Tabernáculo foi construído com quais recursos?
R. Com os recursos que receberam pela providência divina ao saírem do Egito.
3. Faça um pequeno resumo a respeito do pátio do Tabernáculo.
R. O pátio tinha o formato retangular, e indicava que, na adoração a Deus, deve haver separação, santidade.
4. No Apocalipse o que o castiçal simboliza?
R. A Igreja.
5. Faça um pequeno resumo a respeito do Santo dos Santos.
R. O Santo dos Santos era um local restrito, onde somente o sumo sacerdote poderia entrar uma única vez ao ano. A arca da aliança era a única peça deste compartimento sagrado.
Subsídio Teológico
“Análise Teológica (do Tabernáculo)
Os materiais necessários para o Tabernáculo e as vestes sacerdotais deviam ser doados de bom grado pelo povo. A ninguém foi imposto uma dívida ou parte nos custos, mas a doação era voluntária (25.1-7, com destaque para o v.2). A resposta ao apelo de Moisés foi sensacional. Ao contrário de muitos ministros que várias vezes imploram e bajulam por dinheiro, Moisés teve de impedir que o povo continuasse doando. Foi, sem dúvida, uma grande demonstração de generosidade por parte do povo (36.2-7)!
A descrição do mobiliário do Tabernáculo começa pelas peças do centro e prossegue para as mais externas, mas não de forma sistemática. Já nos trechos que descrevem a efetiva construção, a ordem de execução difere da ordem das instruções.
[...] O próprio texto de Êxodo devia nos servir de alerta contra uma excessiva interpretação alegórica do Tabernáculo. Enxergar um significado oculto em cada mobiliário, tecido, corrediças e cores, em vez de exegético, não passa de especulação” (HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1 ed., RJ: CPAD, 2006, pp.249,50).
Um lugar de adoração a Deus no deserto
A planta do santuário, assim como os seus objetos, não seriam idealizados pelo homem, mas todo o projeto foi elaborado e entregue a Moisés pelo próprio Senhor.
Os recursos para a construção do local de adoração vieram do povo de Deus. Eles foram convidados a ofertarem e o fizeram com alegria (2Co 9.7). Tem você contribuído com alegria ou por constrangimento?
Segundo o Comentário Bíblico Moody o tabernáculo “simbolizava para Israel, como para nós também, grandes virtudes espirituais. Claramente ensinava o fato da presença de Deus no meio do Seu povo”.
O tabernáculo era dividido em três partes: o Átrio, o lugar Santo e o lugar Santíssimo.
O átrio era um pátio: “Farás também o pátio do tabernáculo” (Êx 27.9), um lugar cercado, reservado que mostrava os israelitas que a adoração a Deus exige sempre santidade, separação. O acesso ao átrio era feito por intermédio de uma única porta. Esta porta apontava para Jesus Cristo. Nosso Redentor, certa vez declarou: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á [...]” (Jo 10.9). Jesus é o único caminho que leva o homem até a presença do Todo-Poderoso (Jo 14.6).
No pátio havia duas peças principais, o altar do holocausto e a pia de bronze. Antes de realizar qualquer ação o sacerdote deveria ir até a pia e ali se purificar. Ao olhar na bacia, o sacerdote poderia ver a sua imagem ali refletida e se lembrar de que era pecador e que sem purificação não poderia se chegar diante de Deus. Somos imperfeitos e impuros, mas “o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo pecado” (1Jo 1.7).
“Farás também o altar de madeira de cetim [...]” (Êx 27.1). Depois de passar pela pia, o sacerdote se dirigia até o altar do holocausto. O altar apontava para Cristo e o seu sacrifício na cruz. Vários animais eram mortos para cobrir os pecados, todavia o sacrifício de Jesus foi único e substitutivo: “mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Is 53.6).
Depois de entrar no pátio, se purificar na bacia de lavar e oferecer sacrifícios pelo pecado, o sacerdote podia entrar em um lugar ainda mais reservado, o lugar Santo. Ali ele veria a luz do castiçal de ouro (Êx 25.31-40) que apontava para Jesus Cristo, a luz do mundo (Jo 8.12). No lugar santo também era colocada a mesa com os pães da proposição e o altar de incenso.
O terceiro e último compartimento era o Santo dos Santos, um local restrito, onde somente o sumo sacerdote poderia entrar uma única vez ao ano. Dentro deste compartimento secreto ficava a arca da aliança.
Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto
Lição 10: As Leis Civis entregues por Moisés aos Israelitas
Data: 9 de Março de 2014
“Mas o juízo voltará a ser justiça, e hão de segui-lo todos os retos de coração” (Sl 94.15).
Deus é justo e deseja que o seu povo aja com justiça.
15, 151, 384.
Segunda - Êx 21.1-16
Leis acerca dos servos e dos homicidas
Terça - Êx 21.17
Lei acerca de quem amaldiçoar os pais
Quarta - Êx 21.18,19
Lei acerca de quem fere uma pessoa
Quinta - Êx 22.1-15
Leis acerca da propriedade
Sexta - Êx 23.1,2
Leis acerca do falso testemunho
Sábado - Êx 23.3-9
Leis acerca da injustiça social
Êxodo 21.1-12.
1 - ESTES são os estatutos que lhes proporás:
2 - Se comprares um servo hebreu, seis anos servirá; mas ao sétimo sairá forro, de graça.
3 - Se entrou só com o seu corpo, só com o seu corpo sairá: se ele era homem casado, sairá sua mulher com ele.
4 - Se seu senhor lhe houver dado uma mulher, e ela lhe houver dado filhos ou filhas, a mulher e seus filhos serão de seu senhor, e ele sairá só com seu corpo.
5 - Mas se aquele servo expressamente disser: Eu amo a meu senhor, e a minha mulher, e a meus filhos; não quero sair forro,
6 - então seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta, ou ao postigo, e seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e o servirá para sempre.
7 - E, se algum vender sua filha por serva, não sairá como saem os servos.
8 - Se desagradar aos olhos de seu senhor, e não se desposar com ela, fará que se resgate: não poderá vendê-la a um povo estranho, usando deslealmente com ela.
9 - Mas se a desposar com seu filho, fará com ela conforme ao direito das filhas.
10 - Se lhe tomar outra, não diminuirá o mantimento desta, nem o seu vestido, nem a sua obrigação marital.
11 - E, se lhe não fizer estas três cousas, sairá de graça, sem dar dinheiro.
12 - Quem ferir alguém, que morra, ele também certamente morrerá;
Os capítulos 20.22 — 23.33 do livro do Êxodo versam sobre leis que regeram as esferas civis e litúrgicas na história judaica, isto é, elas legislavam tanto a vida da sociedade israelita quanto o sistema de culto ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Segundo aBíblia de Estudo Pentecostal, “essas leis, que eram principalmente civis em sua natureza, tinha a ver somente com Israel, sua religião e as condições e circunstâncias prevalecentes naquele período”. Entretanto, “os princípios existentes nessas leis — tais como o respeito à vida, apego à justiça e à equidade — são eternamente válidos” (p.150). Precisamos interpretar a Palavra de Deus de maneira equilibrada, não confundido e aplicando a literalidade da Lei de uma nação à Igreja.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Caro professor, reproduza o esquema elaborado abaixo tirando cópias ou usando a lousa. Use este recurso para concluir a lição desta semana, de modo que os seus alunos recapitulem as leis apresentadas no texto bíblico. Não se esqueça de explicar-lhes sobre o cuidado de compreenderem a particularidade dessas leis civis e religiosas para a nação de Israel e os princípios eternos que podem e devem influenciar a Igreja de Cristo.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Lei: Prescrição religiosa, conjunto de regras que emanam da providência divina e dada ao homem pela revelação.
Deus entregou a Israel o Decálogo e algumas leis civis que regeriam aquela nação. O Decálogo pode ser considerado, em nossos dias, à nossa legislação constitucional, civil e penal. Tanto no seu caminhar no deserto, como depois já em Canaã, o povo de Israel viveu rodeado de povos ímpios, incrédulos, idólatras, perversos, enfim, grandes pecadores contra o Senhor e contra o próximo. Como nação, o povo precisava de leis que os orientasse e os levasse a uma convivência ideal.
Na lição de hoje, estudaremos algumas destas leis e a sua aplicação, tendo como referencial no Novo Testamento passagens como Mateus 5 a 7 e Romanos 12 e 13.
I. MOISÉS, O MEDIADOR DAS LEIS DIVINAS
1. O mediador (Êx 20.19-22). Deus falou diretamente com o seu povo. Todavia, eles temeram e não quiseram ouvir a voz do Todo-Poderoso diretamente. Então, os israelitas disseram a Moisés: “Fala tu conosco, e ouviremos; e não fale Deus conosco, para que não morramos”. Diante do Senhor o povo reconhecia as suas iniquidades e fragilidades.
Moisés foi o mediador entre o povo e Deus. Hoje, Jesus é o nosso mediador. Sem Cristo não podemos nos aproximar de Deus nem ouvir a sua voz (1Tm 2.5).
2. Leis concernentes à escravidão (Êx 21.1-7). As leis civis foram dadas a Israel tendo em vista o meio e a condição social em que viviam. O Senhor nunca acolheu a escravidão, mas, já que ela fazia parte do contexto social em que Israel vivia, era preciso regulamentar esta triste condição social. Deus ordenou que o tempo em que a pessoa estaria na condição de escravo seria de seis anos (Êx 21.2). Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “a lei não exigia que houvesse escravidão, mas visto que existia, estas leis regulamentares regiam a manutenção das relações certas”. O Senhor sabia da existência da escravidão, porém, Ele nunca aprovou esta condição.
3. Ricos e pobres (Dt 15.4-11; Jo 12.8). Deus sustentou o seu povo durante sua caminhada no deserto. Agora, quando entrassem na terra, deveriam trabalhar, e haveria entre os israelitas ricos e pobres. O contexto era outro. Em geral, a pobreza era resultado de catástrofes naturais, problemas com as colheitas, guerras e rebeldia do povo em obedecer aos mandamentos divinos. Deus sempre quer o melhor para o ser humano, que Ele criou e abençoou (Gn 1.27,28). Isso abrange os pobres: “Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas” (Is 1.17).
Uma parte do ministério de vários profetas que Deus levantou no Antigo Testamento era denunciar e advertir os israelitas contra a injustiça social e trabalho mal renumerado e opressão dos ricos e poderosos.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Assim como Moisés fez a mediação entre Deus e Israel, Cristo é o único mediador entre Deus e os homens.
II. LEIS ACERCA DE CRIMES
1. Brigas, conflitos, lutas pessoais (Êx 21.18,19). Deus criou o homem, logo, Ele conhece bem a sua natureza. Para orientar o povo em casos de agressões e brigas, o Senhor determinou leis específicas. Na Nova Aliança, aqueles que já experimentaram o novo nascimento, pelo Espírito Santo (Jo 3.3), não devem se envolver em brigas, disputas e contendas, pois a Palavra de Deus nos adverte: “E ao servo do Senhor não convém contender” (2Tm 2.24). Na igreja de Corinto faltava comunhão fraterna e em seu lugar havia disputas e contendas. Paulo denunciou e criticou duramente os coríntios por esta falta (1Co 6.1-11).
2. Crimes capitais. Deus já havia ordenado no Decálogo: “Não matarás” (Êx 20.13). Na expressão “não matarás”, o verbo hebraico exprime a ideia de matar dolosamente, perfidamente, por traição.
Na Antiga Aliança, o sistema jurídico era bem intolerante com os transgressores: “olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé”. Todavia, havia casos onde a morte era, na verdade, uma fatalidade. Pouco depois, Deus, em sua misericórdia e bondade, estabeleceu as “cidades de refúgio”, para socorrer aqueles que cometessem homicídio involuntário, ou seja, morte acidental (Nm 35.9-11). As cidades de refúgio apontavam para Jesus Cristo, nosso abrigo e socorro. Elas também serviam para evitar que as pessoas fizessem vingança com as próprias mãos.
3. Uma terra pura. Deus libertou seu povo da escravidão e os estava conduzindo para uma nova terra. As leis serviriam para ensinar, advertir e impedir que o povo Israel profanasse Canaã (Nm 35.33,34).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
As leis acerca de crimes versavam sobre as brigas, conflitos, lutas pessoais e crimes capitais.
III. LEIS CONCERNENTES À PROPRIEDADE
1. O roubo (Êx 22.1-15). A ovelha e o boi são citados porque os israelitas eram um povo pastoril, rural. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “tais leis visavam proteger a nação e organizá-la e voltar sua atenção para Deus”. O Senhor havia retirado os israelitas do Egito, porém, o “Egito” não saiu da vida de muitos deles. Por isso eram necessárias leis rígidas quanto ao direito do próximo e a propriedade privada, sabendo-se que toda a terra é do Senhor; nós somos apenas inquilinos nela (Dt 10.14).
2. Profanação do solo e o fogo (Êx 21.33,34; 22.6). Naquelas terras e naqueles tempos era comum os habitantes perfurarem ou escavarem o solo em busca de água para o povo e os animais e as lavouras. Quem fizesse tal abertura no solo era também responsável pela sua proteção para a prevenção de acidentes. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “estas normas ensinavam o cuidado e promoviam o respeito pelos direitos de propriedade dos outros”. Atualmente muitas reservas ecológicas são queimadas e espécies em extinção eliminadas pela ação inconsequente, criminosa e irresponsável daqueles que se utilizam dos recursos naturais de forma indevida.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
As leis concernentes ao direito de propriedade garantiam o direito do próximo à terra. Todavia, a terra é do Senhor e os seres humanos são apenas os seus mordomos.
CONCLUSÃO
As leis abordadas nesta lição foram entregues a Israel, porém, aprendemos com os conceitos destas leis a respeitar a vida e os direitos do próximo. Quando os direitos do próximo não são respeitados, a convivência em sociedade se torna um verdadeiro caos.
Dolosamente: Que atua com dolo e engano, intencionalmente.
Prótese: Acréscimo de um elemento fonético (sílaba ou som) no início de um vocábulo, sem alteração do significado (p.ex.abagunçar, de bagunçar).
HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
SOARES, E. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
ZUCK, R. B. (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009.
1. Quem foi o mediador entre os israelitas e Deus?
R. Moisés.
2. De acordo com a lição, a pobreza em Israel era decorrente de quê?
R. Em geral, a pobreza era resultado de catástrofes naturais, problemas com as colheitas, guerras e rebeldia do povo em obedecer aos mandamentos divinos.
3. Qual a advertência da Palavra de Deus em o Novo Testamento quanto às contendas e disputas?
R. “E ao servo do Senhor não convém contender” (2Tm 2.24).
4. Como era o sistema jurídico na Antiga Aliança com respeito aos transgressores?
R. O sistema jurídico era bem intolerante com os transgressores: “olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé”.
5. Qual era o objetivo das leis concernentes à propriedade?
R. Proteger a nação e organizá-la e voltar a sua atenção para Deus.
Subsídio Exegético
“Uma das formas mais frequentes de servidão na Mesopotâmia daqueles dias era a escravidão por dívidas. O art. 117 do Código de Hamurabi, na primeira fase da prótese, afirma que se um awilum [o homem livre o seu proprietário] foi acometido de dívidas e tornou-se inadimplente e vendeu ou entregou em serviço pela dívida a sua esposa, seu filho ou a sua filha, o prazo máximo de trabalho seria de três anos [...].
Entre os judeus o escravo era considerado uma mercadoria de altíssimo valor. Caso um deles fosse ferido por um boi, receberia como indenização o valor de trinta ciclos de prata (Êx 21.32). O legislador hebreu procura, se não impedir, atenuar a violência contra os escravos, determinando que se um proprietário de escravo maltratasse o seu servo e este viesse a sofrer algum dano físico, o amo do agredido deveria alforriá-lo. Eventualmente, se o escravo morresse em decorrência da agressão sofrida, o senhor intolerante deveria ser castigado (Êx 21.20,26,27)” (BENTHO, E. C. A Família no Antigo Testamento:História e Sociologia. 1 ed., RJ: CPAD, 2006, p.174-75).
As leis Civis entregue por Moisés aos Israelitas
Ao sair do Egito os hebreus eram um grupo de pessoas murmuradoras e rebeldes. Deus almejava organizá-los como nação. O Senhor não queria uma “massa de gente”. Ele desejava estabelecer uma nação santa e justa. Deus iria fazer dos hebreus uma nação modelo, para isso o povo precisava de leis, de uma constituição que os ensinassem a respeitar a Deus e ao próximo.
Deus falava com Moisés face a face e ele transmitia aos hebreus as instruções divinas. Moisés era a “ponte” que ligava Deus ao povo. Moisés tipificava Jesus, o único mediador entre Deus e os homens: “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1Tm 2.5). Todavia, Deus desejava falar diretamente com o seu povo e não somente por intermédio de Moisés. Mas os israelitas não suportaram ouvir a voz do Todo-Poderoso diretamente. Enquanto povo, reconheceram que suas iniquidades os impossibilitariam de estar diante de Deus face a face. O pecado nos separa do Pai. O Senhor falava com Adão pessoalmente, todavia depois do pecado, ao ouvir Deus chamar, Adão se esconde da presença do Criador (Gn 3.8). O pecado nos impede de vermos a face do Altíssimo e ouvir a sua voz: “Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus [...]” (Is 59.2).
A escravidão é uma forma cruel de degradação humana. Somente o homem sem Deus pode aceitar tal condição. O Altíssimo nunca compactuou com a escravidão, todavia esta prática desumana já fazia parte do contexto social dos israelitas e precisava ser ordenada por uma legislação que amparasse o indivíduo. Depois de serem 400 anos afligidos pela escravidão egípcia, os israelitas deveriam abominar tal prática, todavia ela existia entre os hebreus. As leis civis entregues por Moisés tinham como propósito regulamentar esta triste condição social. Em Israel uma pessoa só poderia ficar na condição de escravo durante seis anos (Êx 21.2). No sétimo ano ela deveria ser alforriada. Segundo o Comentário Bíblico Beacon “a lei não exigia que houvesse escravidão, mas visto que existia, estas leis regulamentares regiam a manutenção das relações certas”.
A escravidão geralmente se dava pela pobreza. Sim, em Israel, como em todas as sociedades sempre existiu pobres e ricos (Dt 15.11; Jo 12.8). Caso uma pessoa não conseguisse pagar suas dívidas ela e seus filhos poderiam ser levados como escravos (2Rs 4.1). Todavia, Deus estabeleceu leis para que as pessoas pudessem pagar suas dívidas e tornarem-se livres.
Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto
Lição 11: Deus escolhe Arão e seus filhos para o Sacerdócio
Data: 16 de Março de 2014
“E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra” (Ap 5.10).
Cristo nos fez reis e sacerdotes, para anunciarmos as virtudes do seu Reino.
86, 176, 432.
Segunda - Hb 6.20
Jesus, Sacerdote Eterno
Terça - Hb 5.1-9
A superioridade do sacerdócio de Jesus
Quarta - Hb 5.10
Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque
Quinta - Hb 7.1-4
Figura do sacerdócio eterno de Cristo
Sexta - Hb 7.26
Jesus, Sacerdote Santo
Sábado - Ap 1.6
Cristo nos fez reis e sacerdotes do Altíssimo
Êxodo 28.1-11.
1 - Depois, tu farás chegar a ti teu irmão Arão e seus filhos com ele, do meio dos filhos de Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal, a saber: Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar.
2 - E farás vestes santas a Arão, teu irmão, para glória e ornamento.
3 - Falarás também a todos os que são sábios de coração, a quem eu tenha enchido do espírito de sabedoria, que façam vestes a Arão para santificá-lo, para que me administre o ofício sacerdotal.
4 - Estas, pois, são as vestes que farão: um peitoral, e um éfode, e um manto, e uma túnica bordada, e uma mitra, e um cinto; farão, pois, vestes santas a Arão, teu irmão, e a seus filhos, para me administrarem o ofício sacerdotal.
5 - E tomarão o ouro, e o pano azul, e a púrpura, e o carmesim, e o linho fino
6 - e farão o éfode de ouro, e de pano azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido, de obra esmerada.
7 - Terá duas ombreiras que se unam às suas duas pontas, e assim se unirá.
8 - E o cinto de obra esmerada do éfode, que estará sobre ele, será da sua mesma obra, da mesma obra de ouro, e de pano azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido.
9 - E tomarás duas pedras sardônicas e lavrarás nelas os nomes dos filhos de Israel,
10 - seis dos seus nomes numa pedra e os outros seis nomes na outra pedra, segundo as suas gerações.
11 - Conforme a obra do lapidário, como o lavor dos selos, lavrarás essas duas pedras, com os nomes dos filhos de Israel; engastadas ao redor em ouro as farás.
No Antigo Testamento o sumo sacerdote exercia o ofício sagrado de ir ao Templo e entrar para oferecer sacrifício por ele e por toda a nação. Logo, seu sacrifício não era único ou perfeito. O ministério sacerdotal araônico apontava para Cristo, nosso Sumo Sacerdote eterno, Jesus Cristo é o único Sumo Sacerdote perfeito e suficiente. Ele é o único representante entre Deus e o homem. Assim como Jesus é o Sumo Pastor; nós os crentes, também fomos feitos sacertodes. A nossa função é a de servir a Igreja e a Cristo com amor.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Para concluir o terceiro tópico da lição, leia com a sua classe, a primeira epístola do apóstolo Paulo a Timóteo 3.1-7. Use a lousa para elencar as qualidades necessárias para quem deseja exercer o Santo Ministério: (1) Ser irrepreensível; (2) marido de uma só mulher; (3) vigilante; (4) sóbrio; (5) hospitaleiro; (6) apto para ensinar; (7) não dado ao vinho; (8) não espancador; (9) não cobiçoso de torpe ganância; (10) moderado, não contencioso, não avarento; (11) governe bem a própria casa tendo os filhos em sujeição, com toda modéstia; (12) que não seja novo na fé; (13) não soberbo; (14) tenha bom testemunho dos que estão fora da igreja. Conclua dizendo que tais características resultam do caráter regenerado pela mensagem do Evangelho.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Sacerdócio: Ofício, o ministério e a função do sacerdote.
O capítulo 28 de Êxodo trata da chamada divina para o sacerdócio em Israel. O povo precisava aprender a adorar a Deus. Era necessário que homens chamados por Deus cuidassem da prática do culto ao Senhor no Tabernáculo e também através da congregação de Israel. Logo, o Senhor separou a tribo de Levi para o serviço no Tabernáculo e para o santo ministério sacerdotal. Os levitas serviam a Deus e auxiliavam os sacerdotes. Assim, todo sacerdote em Israel era levita, mas nem todo levita era sacerdote como veremos na lição.
I. O SACERDÓCIO (ÊX 28.1-5)
1. O sacerdote. Deus ordena que Moisés separe Arão e seus filhos para o ministério sacerdotal. O sacerdote deveria não somente pertencer à tribo de Levi, mas era preciso que fosse um descendente de Arão, que teve o privilégio de ser o primeiro sacerdote de Israel. Pertenciam à classe sacerdotal em Israel o sumo sacerdote, os sacerdotes e também os levitas.
O sacerdócio de Arão apontava para Cristo, nosso Sumo Sacerdote eterno (Hb 6.20). Arão era um ser humano e, portanto, um pecador que carecia de se apresentar diante de Deus com sacrifícios pelos seus próprios pecados. Mas Cristo é perfeito e seu sacrifício por nós foi único, completo e aceito pelo Pai.
2. O ministério dos sacerdotes. Quais eram as funções de um sacerdote? Sua principal missão era apresentar o homem pecador diante do Deus santo. Eram, especificamente, três as obrigações básicas do sacerdote: “santificar o povo, oferecer dons e sacrifícios pelo povo e interceder pelos transgressores”. Eles também atuavam como mestres da lei (Lv 10.10,11). O sacerdócio de Arão apontava para Cristo, nosso único mediador diante de Deus. Como Sumo Sacerdote, Cristo intercede diante do Pai por nós (1Tm 2.5).
3. O sumo sacerdote. As nações que estavam ao redor dos hebreus já conheciam o serviço sacerdotal. Os sacerdotes não receberam nenhuma herança de terras quando as tribos entraram na Terra Prometida, pois a sua recompensa era servir ao Todo-Poderoso. Eles eram sustentados pelas ofertas e os sacrifícios levados ao Tabernáculo. Viviam de modo simples e dependiam única e exclusivamente da obediência e fidelidade do povo ao trazer seus dízimos (Nm 18.3-32).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Deus ordena o ministério sacerdotal por intermédio de Moisés, separando Arão e seus filhos para o santo ofício.
II. A INDUMENTÁRIA DO SACERDOTE
1. A túnica de linho e o éfode (Êx 28.4-28). As vestes do sacerdote deveriam ser santas (Êx 28.3). Eles não poderiam se apresentar diante do Senhor de qualquer maneira. O linho fino apontava para a pureza, perfeição e justiça de Cristo, nosso sacerdote. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “o éfode era um tipo esmerado de avental bordado, unido nos ombros e ligados por uma faixa na cintura”. No éfode havia duas pedras de ônix com os nomes das doze tribos. Arão deveria levar e apresentar diante de Deus as doze tribos de Israel. Cristo carregou sobre si os nossos pecados e os apresentou diante do Pai (1Co 15.3).
Sobre o éfode estava o peitoral contendo doze pedras preciosas com os nomes dos doze filhos de Israel. Esta peça ficava sobre o coração de Arão — o sumo sacerdote (Êx 28.15,17,21,29).
2. O Urim e Tumim (Êx 28.30). Eram pedras que os sacerdotes utilizavam na hora de tomar decisões. Eles deveriam carregar estas peças junto ao coração, mostrando a importância delas. Isso nos mostra que nossas decisões devem ser tomadas de acordo com a Palavra de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A túnica de linho, o éfode, o Urim e o Tumim eram elementos sagrados que compunham a indumentária sacerdotal.
III. MINISTROS DE CRISTO PARA A IGREJA
1. Chamados por Deus. Os verdadeiros ministros da igreja são chamados e vocacionados pelo Senhor. O ministério pastoral não é simplesmente um cargo ou uma forma de se alcançar status seja ele qual for. Muitos querem viver da obra e não para ela. Quem exerce o santo ministério sem a direta chamada do Senhor — o Dono da obra — é um intruso e está profanando a obra de Deus.
2. Qualificações. O sacerdote não podia se apresentar diante de Deus e da congregação de qualquer maneira. Um pastor deve sempre agir de modo a dar um bom testemunho (1Tm 3.7). O bom testemunho deve vir não somente dos que estão fora da igreja, mas especialmente pelos irmãos em Cristo. É preciso viver uma vida digna diante dos homens e também diante de Deus (1Tm 6.11,12). O pastor deve em tudo ser o exemplo (Tt 2.7).
3. Comprometidos com a Palavra. Os sacerdotes também tinham a função de ensinar a Palavra de Deus. Da mesma forma, Paulo recomenda que o ministro seja apto para ensinar (1Tm 3.2). É preciso que seja alguém capacitado na Palavra. A missão dos ministros de Cristo consiste no serviço, na mordomia, isto é, na administração dos negócios de Deus e, sobretudo, em sua fidelidade e santidade.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Os ministros de Cristo são dados por Deus à Igreja. Eles devem manifestar um caráter que honre ao Pai e que, igualmente, demonstre o compromisso com o ministério da Palavra.
CONCLUSÃO
Os sacerdotes levavam os israelitas até a presença de Deus. O sacerdócio de Arão apontava para o sacerdócio perfeito de Cristo. Atualmente, todos os que creem em Jesus e no seu sacrifício na cruz foram feitos, pela fé, reis e sacerdotes do Deus Altíssimo (1Pe 2.5,9). Você é um representante de Deus aqui na terra, e nessa posição, você tem levado outros até Cristo?
Indumentária: Arte relacionada com vestuário; conjunto de vestimentas usadas em determinada época ou por determinado povo, classe social, profissão, etc.
Esmerado: Caprichoso, empenhado.
Clímax: Parte do enredo (de livro, filme, peça, etc.) em que os acontecimentos centrais ganham o máximo de tensão, prenunciando o desfecho; ápice.
GOWER, R. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2 ed., RJ: CPAD, 2012.
CARLSON, R.; TRASK, T. E. et al. Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005.
1. Quem Deus ordenou que Moisés separasse para o sacerdócio?
R. Arão e os seus filhos.
2. O sacerdócio de Arão apontava para qual Sacerdócio?
R. O sacerdócio de Arão apontava para Cristo.
3. Qual era a principal função do sacerdote?
R. Sua principal missão era apresentar o homem pecador diante do Deus santo.
4. O que era o éfode?
R. O éfode era um tipo esmerado de avental bordado, unido nos ombros e ligados por uma faixa na cintura.
5. Quais as qualificações que você acredita que são indispensáveis àqueles que almejam o santo ministério?
R. Resposta pessoal.
Subsídio Geográfico
“O Dia da Expiação
O dia 10 do mês de Tisri marcava o Dia da Expiação (Lv 16). Esse dia era de muitas formas um clímax do ano religioso judeu. Os sacerdotes ofereciam durante o ano inteiro sacrifícios a Deus, a fim de tornar o povo aceitável a Ele; mas os sacerdotes e seu equipamento foram cerimonialmente afetados pelo pecado e o Dia da Expiação foi instituído para promover uma ‘limpeza espiritual de primavera’, de modo que o caminho para chegar a Deus, mediante sacrifício, ficasse aberto por mais um ano. O sumo sacerdote era a única pessoa que podia fazer isso e nos dias do Novo Testamento, a fim de não haver erro, ele era cuidadosamente vestido pelos anciãos e praticava o ritual diariamente durante a semana anterior.
No Dia da Expiação, o sumo sacerdote era mantido acordado durante a madrugada, e quando chegava a manhã, era vestido com roupas brancas simples para dar início às cerimônias. Ele primeiro confessava os pecados das pessoas com a mão sobre o pescoço de um touro sacrificial, que havia sido morto e colhido o seu sangue. Dois bodes eram colocados à sua frente e sortes lançadas para ver qual deles devia ser de Deus e qual do povo. O bode de Deus era morto e seu sangue misturado com o do touro. Depois, sozinho, o sumo sacerdote entrava com incenso e brasas no Santo dos Santos. O incenso era queimado e quando ele enchia o lugar, acreditava-se que o sumo sacerdote era aceitável a Deus” (GOWER, R. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2 ed., RJ: CPAD, 2012, pp.321-22).
Subsídio Teologia Pastoral
“O Caráter do Servo do Senhor
Uma geração inteira levantou-se em oposição a todas as formas de organização instituídas, quer os credos e práticas estabelecidas fossem certos, quer não. A precipitação maléfica disso ainda é vista na oposição pública a qualquer autoridade: civil, religiosa ou organizacional. Pode ser que haja ocasiões em que se deva fazer oposição às instituições, mas o verdadeiro caráter não condena a autoridade só porque é autoridade. Deve haver padrões de caráter: para indivíduos e para organizações. Oposição arbitrária à autoridade, sem qualquer base ética ou moral, só conduz à anarquia e ao caos. A sociedade moderna não parece estar muito distante desse estado. De todas as pessoas, o ministro do Evangelho tem de ter uma definição clara do que seja o caráter para que seja modelado com nitidez.
O Caráter e Ação
O caráter nunca é comprovado por uma declaração escrita ou oral de convicções. É demonstrado pelo modo como vivemos, pelo comportamento, pelas escolhas e decisões. Caráter é a virtude vivida.
O caráter ruim ou o comportamento pouco ético tem sido comparado ao odor do corpo: ficamos ofendidos quando o detectamos nos outros, mas raramente o detectamos em nós mesmos. Os líderes espirituais sempre devem ser sensíveis ao fato de que suas ações falam muito mais alto do que as palavras ditas do púlpito. Visto que as ações que praticamos raramente são percebidas como provas de caráter defeituoso, fazem-se essenciais à introspecção e à auto-avaliação, não porque desejamos agradar ou evitar ofender os outros, mas porque a reputação e o caráter do ministro devem estar acima de toda repreensão (1Tm 3.2,7). Nossas palavras e pensamentos devem ser agradáveis perante a face de Deus (Sl 19.14), mas nossas ações revelam nosso caráter aos outros. As características do caráter exigido por Deus daqueles que querem habitar em sua presença são ações, e não um estado passivo de ser [...] (Sl 15)” (CARLSON, R.; TRASK, T. E. et al. Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005, pp.114-15).
A escolha de Arão e seus filhos para o Sacerdócio
Segundo a ordenação de Deus a Moisés, Arão e seus filhos, Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar deveriam ser separados e consagrados para o sacerdócio (Êx 28.1). Todavia, sabemos que Nadabe e Abiú morreram perante o Senhor ao oferecer fogo estranho. Então o sacerdócio ficou restrito aos descendentes de Eleazar e Itamar (Lv 10.1,2). Para ser um sacerdote não bastava ter nascido na família de Arão, pois havia várias restrições que impediam uma pessoa de exercer o sacerdócio. Para desempenhar tal nobre função eram necessárias certas exigências; o homem não poderia ter nenhum defeito físico (Lv 21.1-24). A lei exigia perfeição e tal perfeição apontava para Cristo, o homem perfeito.
O sacerdote tinha a função principal de conduzir o homem até Deus, todavia também exercia funções no tabernáculo e no ensino da Lei (Lv 10.10,11; Dt 33.10; 2Rs 17.27,28). O sacerdote não era um neófito. Ele precisava conhecer as leis civis e religiosas para exercer suas funções. Qualquer erro era pago com a própria vida. Isto nos mostra como é grande a responsabilidade daqueles que ministram na Casa de Deus. É necessário que os pastores sejam separados, tenham uma vida santa, conheçam a Palavra de Deus e estejam aptos para ensiná-la.
Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe “o sacerdócio hebreu incluía três classes básicas: o sumo sacerdote, os sacerdotes, e os levitas”.
O sacerdote deveria se apresentar diante de Deus com roupas santas, separadas para a ministração. Infelizmente, muitos pensam que porque estamos no tempo da graça podemos nos achegar a Deus de qualquer maneira. Puro engano! A Palavra de Deus nos ensina que sem santidade (separação do mundo) ninguém verá ao Senhor (Hb 12.14). Precisamos ser santos na nossa maneira de ser, vestir, falar e proceder.
Deus ordenou que se fizessem túnicas brancas e vestes íntimas (Êx 28.6-12) de linho puro para os sacerdotes. O linho puro e branco simbolizava a pureza, perfeição e justiça de Cristo, nosso Sumo Sacerdote. Todas as partes do corpo do sacerdote deveriam ficar cobertas. Somente os pés poderiam aparecer. Não podemos nos esquecer que Deus ordenou que Moisés tirasse as sandálias dos pés, pois no oriente esta era uma atitude de respeito. Os sacerdotes tinham ao todo umas oito peças de roupa para os rituais no tabernáculo. Segundo Victor Hamilton “quatro vestes só podiam ser usadas pelo sumo sacerdote: o éfode (Êx 28.6-12); o peitoral do juízo (Êx 28.15-30); o manto do éfode (Êx 28.31-35); uma mitra (Êx 28.36-38)”. Tanto as roupas como os rituais apontava para Cristo.
Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto
Lição 12: A consagração dos sacerdotes
Data: 23 de Março de 2014
“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9.22).
O sacrifício expiador de Cristo no Calvário foi perfeito, único e capaz de nos purificar de todo pecado.
363, 423, 432.
Segunda - Êx 28.1
A instituição do sacerdócio
Terça - Êx 29.1-9
A cerimônia de consagração
Quarta - Lv 16.11-14
A oferta do sacerdote pelo seu pecado
Quinta - Hb 6.20
Jesus, nosso Sumo Sacerdote eterno
Sexta - Hb 4.15,16
Jesus, Sumo Sacerdote compassivo
Sábado - Hb 9.11
Jesus, Sumo Sacerdote dos bens futuros
Êxodo 29.1-12.
1 - Isto é o que lhes hás de fazer, para os santificar, para que me administrem o sacerdócio: Toma um novilho, e dois carneiros sem mácula,
2 - e pão asmo, e bolos asmos amassados com azeite, e coscorões asmos untados com azeite; com flor de farinha de trigo os farás.
3 - E os porás num cesto e os trarás no cesto, com o novilho e os dois carneiros.
4 - Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água;
5 - depois, tomarás as vestes e vestirás a Arão da túnica, e do manto do éfode, e do éfode mesmo, e do peitoral; e o cingirás com o cinto de obra de artífice do éfode.
6 - E a mitra porás sobre a sua cabeça; a coroa da santidade porás sobre a mitra;
7 - e tomarás o azeite da unção e o derramarás sobre a sua cabeça; assim, o ungirás.
8 - Depois, farás chegar seus filhos, e lhes farás vestir túnicas,
9 - e os cingirás com o cinto, a Arão e a seus filhos, e lhes atarás as tiaras, para que tenham o sacerdócio por estatuto perpétuo, e sagrarás a Arão e a seus filhos.
10 - E farás chegar o novilho diante da tenda da congregação, e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça do novilho;
11 - e degolarás o novilho perante o Senhor, à porta da tenda da congregação.
12 - Depois, tomarás do sangue do novilho, e o porás com o teu dedo sobre as pontas do altar, e todo o sangue restante derramarás á base do altar.
Chegamos ao capítulo que detalha o cerimonial de consagração sacerdotal para o serviço no Tabernáculo: Êxodo 29. Este capítulo descreve o rito consagratório dos sacerdotes. Ele consistia na apresentação de um bezerro e dois carneiros sem mácula; pão asmo (sem fermento) e bolos asmos amassados com azeite; bolinhos asmos untados com azeite e feito com flor de farinha de trigo. Todos estes itens eram elementos que compunham todo o ritual para consagrar, isto é, separar, para o ministério sacerdotal, Arão e os seus filhos. Esta linhagem representaria o sacerdócio oficial da Casa de Israel.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Prezado professor, para ampliar a conclusão do primeiro tópico da aula desta semana, reproduza na lousa o seguinte texto: “O Novilho [Bezerro]. Quando os sacerdotes impunham as mãos na cabeça do novilho, isso simbolizava a sua identificação com o animal, como seu substituto e, talvez, a transferência dos pecados do povo para o animal. Assim, o novilho tornava-se um sacrifício vicário, que morria por causa dos pecados do povo (v.14). Essa cerimônia aponta para o sacrifício vicário de Cristo, que tornou-se a nossa oferta pelo pecado (Is 53.5; Gl 3.13; Hb 13.11-13)” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.165). Em seguida, explique que a suficiência do sacrifício de Jesus Cristo é a garantia de que Ele é o Sumo Sacerdote perfeito.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Consagração: Ação de dedicar-se a Deus; dedicação, sagração.
Deus ordenou que Moisés separasse Arão e seus filhos para o sacerdócio. O vestiário, bem como o modo de proceder dos sacerdotes, foram dados por orientações do próprio Deus. Antes de oferecer sacrifícios em favor do povo, Arão deveria oferecer sacrifício para a remissão dos seus próprios pecados. Na lição de hoje, estudaremos a respeito do ato de consagração e purificação do sacerdócio, conforme as determinações de Deus.
I. A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS FILHOS
1. A lavagem com água. “Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água” (Êx 29.4). Muitos eram os rituais de preparação que os sacerdotes deveriam realizar antes de se achegarem à presença de Deus. Uma parte dos rituais era a lavagem com água, que simbolizava pureza e perfeição. Deus é santo e requer santidade do seu povo: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2). Atualmente o crente é limpo pela Palavra (Jo 15.3) e pelo sangue de Cristo (1Jo 1.7). Sem pureza e santidade não podemos nos achegar à presença de Deus.
Uma importante razão pela qual o crente deve santificar-se é que a santidade de Deus, em parte, é revelada através do procedimento justo e da vida santificada do crente.
2. A unção com azeite (Êx 30.23-33). O azeite da unção deveria ser derramado sobre a cabeça de Arão e seus filhos. O azeite é símbolo do Espírito Santo que viria habitar no crente pelo ministério intercessor de Jesus (Jo 14.16,17,26), bem como o batismo com o Espírito Santo (At 1.4,5,8). Assim também a igreja recebeu o penhor do Espírito (2Co 1.21,22), mas alguns de seus membros são individualmente separados para ministérios específicos, segundo os propósitos de Deus.
3. Animais são imolados como sacrifício (Êx 29.10-18). Era necessário que antes de ministrar em favor do povo, o sacerdote oferecesse sacrifícios de holocausto por sua própria vida. Arão e seus filhos deveriam levar um cordeiro, sem mancha ou defeito, diante do altar. O cordeiro morto tipificava a morte vicária de Jesus Cristo, que “morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (1Co 15.3). A morte vicária de Cristo proporciona ao homem pecador a reconciliação com Deus. Jesus morreu para expiar os nossos pecados (1Pe 1.18,19).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A consagração do sacerdócio de Arão e de seus filhos decorria pela passagem da água, a unção com azeite e a imolação de animais como sacrifício.
II. O SACRIFÍCIO DA POSSE
1. O segundo carneiro da consagração (Êx 29.19-35). Era necessário que outro animal inocente fosse morto. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “parte do sangue era colocada primeiramente na orelha direita, no dedo polegar da mão direita e no dedo polegar do pé direito”. O restante do sangue deveria ser derramado sobre o altar. Sem derramamento de sangue não há remissão de pecado (Hb 9.22). Tudo apontava para o Calvário, onde Cristo derramou seu sangue por nós.
2. Sacrifícios diários. Diariamente eram oferecidos sacrifícios pelo pecado. Pela manhã e a tarde havia sacrifícios e um animal inocente era morto em resgate da vida de alguém. O sacrifício de Cristo foi perfeito e único. Por isso, hoje podemos nos achegar a Deus para adorá-lo livremente.
No Tabernáculo, tudo deveria estar sempre pronto a fim de que o culto diário a Deus nunca fosse interrompido. Os sacerdotes cuidavam para que o fogo do altar nunca se apagasse. A cada manhã, este era alimentado com nova lenha e novos holocaustos (Lv 6.12,13). Da mesma forma Deus quer que nos apresentemos a Ele, prontos e renovados espiritualmente (2Co 4.16).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O sacrifício da posse consistia na consagração do segundo carneiro e nos sacrifícios diários.
III. CRISTO, PERPÉTUO SUMO SACERDOTE
1. Sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque. A primeira referência a Melquisedeque como sacerdote encontra-se no livro de Gênesis 14.18. Poucos sabemos a respeito de Melquisedeque: “sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida” (Hb 7.3). Melquisedeque é um tipo de Cristo.
2. O sacrifício perfeito de Cristo. Arão e seus descendentes deveriam oferecer diariamente sacrifícios por seus pecados e também do seu povo. Hoje não precisamos fazer esses tipos de sacrifícios, pois o sacrifício de Cristo foi único, perfeito e perpétuo (Hb 7.25-28).
3. O sacrifício eterno de Cristo. “Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo” (Hb 7.24). O vocábulo “perpétuo” significa “inalterável”. Jesus não pertencia à tribo de Levi, mas seu sacerdócio era segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 5.6,10; 7.11,12), logo, seu sacerdócio era superior ao de Arão. O sacerdócio de Cristo é superior, eterno e imutável.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O sacrifício de Cristo é perfeito, eterno e perpétuo segundo a ordem de Melquisedeque.
CONCLUSÃO
Deus estabeleceu o sacerdócio e as cerimônias de purificação e consagração. Estas cerimônias apontavam para o sacrifício perfeito e o sacerdócio eterno de Cristo. Ele se ofereceu como holocausto em nosso lugar. Sem Cristo, jamais poderíamos nos achegar à presença santa e eterna de Deus e ter comunhão com Ele.
GOWER, R. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2 ed., RJ: CPAD, 2012.
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
MERRIL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.
1. Atualmente somos limpos mediante quê?
R. Atualmente o crente é limpo pela Palavra (Jo 15.3) e pelo sangue de Cristo (1Jo 1.7).
2. O que o azeite simboliza?
R. O azeite é símbolo do Espírito Santo que viria habitar no crente pelo ministério intercessor de Jesus (Jo 14.16,17,26).
3. O que deveria ser feito com o restante do sangue do segundo carneiro?
R. O restante do sangue deveria ser derramado sobre o altar.
4. Cristo era Sacerdote segundo qual ordem?
R. Ordem de Melquisedeque.
5. De acordo com a lição, qual o significado do vocábulo “perpétuo”?
R. O vocábulo “perpétuo” significa “inalterável”.
Subsídio Geográfico
“O sistema sacrificial
Quando os seres humanos entram em relação de aliança com Deus e mantêm o seu lado do trato, evitando todos os pecados conhecidos, surge o desejo de relacionar-se mais intimamente com Deus — entregar-se ao seu serviço, expressar agradecimento, apoiar seus servos, ter comunhão, e desculpar-se pelo mal cometido acidentalmente. O sistema sacrificial demonstrou que uma relação mais profunda com Deus era possível, mas para que isso acontecesse havia necessidade de uma purificação contínua do pecado.
Ao mesmo tempo, o sistema demonstrou suas próprias deficiências e resultou na necessidade de encontrar outro meio não só para estabelecer uma relação mais profunda com Deus, como também para tratar com todo o problema do pecado deliberado. Esse outro meio foi tornado possível mediante Jesus (Hb 10.1-8)” (GOWER, R. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2 ed., RJ: CPAD, 2012, p.325).
Subsídio Bibliológico
“A Origem dos Sacrifícios
Em relação à origem dos sacrifícios, existem duas opiniões: (1) que eles têm sua origem nos homens, e que Israel apenas reorganizou e adaptou os costumes de outras religiões, quando inaugurou seu sistema sacrificial; e (2) que os sacrifícios foram instituídos por Adão e seus descendentes em resposta a uma revelação de Deus.
É possível que o primeiro ato sacrificial em Gênesis tenha ocorrido quando Deus vestiu Adão e Eva com peles para cobrir sua nudez (Gn 3.21). O segundo sacrifício mencionado foi o de Caim, que veio com uma oferta do ‘fruto da terra’, isto é, daquilo que havia produzido, expressando sua satisfação e orgulho. Entretanto, seu irmão Abel ‘trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura’ como forma de expressar a contrição de seu coração, o arrependimento e a necessidade da expiação de seus pecados (Gn 4.3,4).
Em Romanos 1.21, Paulo refere-se à revelação e ao conhecimento inicial que os patriarcas tinham a respeito de Deus, e explica a apostasia e o pecado dos homens do seguinte modo: ‘Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças’. Depois do Dilúvio, ‘edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de animal limpo e de toda a ave limpa e ofereceu holocaustos sobre o altar’ (Gn 8.20). Muito tempo antes de Moisés, os patriarcas Abrão (Gn 12.8;13.18; 15.9-17; 22.2ss.), Isaque (Gn 26.25), e Jacó (Gn 33.20; 35.3) também ofereceram verdadeiros sacrifícios” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.1723).
A Cerimônia de Consagração do Sacerdócio
Moisés, segundo as instruções divinas, separou a Arão e seus filhos, Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar para o sacerdócio (Êx 28.1). Todos os dias o sacerdote deveria oferecer no altar do holocausto sacrifícios. Primeiro era necessário que um animal inocente fosse morto em resgate da vida do próprio sacerdote, e em seguida outro animal morreria em favor do povo de Deus.
Vários eram os ritos de purificação que os sacerdotes eram submetidos diariamente. Eles não poderiam jamais se apresentar diante do Altíssimo de qualquer maneira. As roupas deveriam estar limpas e em ordem, e os cabelos bem penteados. A Antiga Aliança não permitia falhas. Tudo apontava para Jesus Cristo, o homem perfeito, único capaz de cumprir toda a lei.
Água era aspergida sobre Arão e seus filhos, pois se tratava de uma lavagem simbólica: “Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água” (Êx 29.4). Qual era o propósito da lavagem? Era apontar para a pureza e perfeição de Cristo. A purificação se dava na porta da tenda para que todos os israelitas vissem. Deus é santo e o sacerdote deveria também ser santo: [...] “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Êx 19.2). Nossa santidade precisa ser vista por aqueles que não conhecem a Cristo a fim de que glorifiquem a Deus. Somos chamados para sermos “sal” e “luz” deste mundo, precisamos fazer a diferença no meio de uma sociedade perversa.
A água simboliza também a Palavra de Deus. Jesus declarou : “Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado” (Jo 15.3). A Palavra de Deus é pura e santa, por isso ela pode nos tornar limpos. Ela também tem o poder de penetrar no mais íntimo do nosso ser, ela chega onde nenhum homem pode alcançar (Hb 4.12).
O azeite da santa unção era derramado sobre a cabeça de Arão e seus filhos: “E disto farás o azeite da santa unção, o perfume composto segundo a obra do perfumista; este será o azeite da santa unção” (Êx 30.15). Este azeite era santo (separado) e só poderia ser utilizado neste ritual. O templo do Senhor, assim como seus móveis e objetos são santos e só devem ser utilizados na obra de Deus. Sabemos que um dos símbolos do Espírito Santo é o azeite.
Em o Novo Testamento vemos que Jesus, nosso Sumo Sacerdote, recebeu a unção do Espírito Santo antes de iniciar seu ministério, durante o seu batismo. Jesus foi ungido para servir (At 10.38; Lc 4.18,19). O batismo com o Espírito Santo nos torna aptos para o serviço a Deus.
Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto
Lição 13: O Legado de Moisés
Data: 30 de Março de 2014
“Era Moisés da idade de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu ele o seu vigor” (Dt 34.7).
Moisés foi usado por Deus para tirar Israel do Egito e entregar os Dez Mandamentos para a humanidade.
126, 127, 299.
Segunda - Êx 6.20
A família de Moisés
Terça - Dt 33.1-29
A última bênção de um líder
Quarta - Lc 24.27,44,45
Moisés, profeta messiânico
Quinta - At 3.22,23
Moisés, tipo de Cristo
Sexta - Dt 32.1-47
O último cântico de Moisés
Sábado - Dt 34.1-5
Moisés vê a Terra Prometida e morre
Deuteronômio 34.10-12; Hebreus 11.23-29.
Deuteronômio 34
10 - E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face;
11 - nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o Senhor o enviou para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e a toda a sua terra;
12 - e em toda a mão forte e em todo o espanto grande que operou Moisés aos olhos de todo o Israel.
Hebreus 11
23 - Pela fé, Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.
24 - Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,
25 - escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado;
26 - tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
27 - Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.
28 - Pela fé, celebrou a Páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos lhes não tocasse.
29 - Pela fé, passaram o mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios, se afogaram.
Se há alguma coisa de valor transcendente que os líderes podem deixar aos sucessores é o seu legado. Queremos dizer com legado toda a disposição, tradição, exemplos e valores morais e espirituais, deixados pelo líder para o bem da igreja local.
Conta-nos a Bíblia a história de um rei chamado Jeorão (2Cr 21.4-20). Este era um opressor, sem qualquer sensibilidade humana e que andava nos caminhos dos reis de Israel. Esse rei não deixou qualquer legado edificante para os seus sucessores, ao ponto de o texto bíblico descrever o sentimento do povo quando da sua morte, desse modo: “e foi-se sem deixar de si saudades” (v.20). Que este não seja o legado dos líderes cristãos!
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Prezado professor, peça à classe que cite cinco características positivas e cinco negativas que possam existir numa liderança. À medida que responderem, anote as respostas na lousa em duas colunas respectivas (características positivas e negativas). Em seguida, diga aos alunos que um líder não é um super-homem. Ele é igualzinho a nós, pois se trata de um ser humano. Entretanto, as Escrituras convocam os líderes a apresentarem uma vida de serviço a Deus e à igreja que lideram. Conclua a lição dizendo que devemos amar os nossos líderes, pois são pessoas vocacionadas por Deus para fazer o bem à sua Igreja.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Legado: O que é transmitido às gerações que se seguem.
Moisés nasceu quando Israel estava cativo no Egito, durante os terríveis dias em que Faraó ordenou que todos os recém-nascidos israelitas do sexo masculino fossem mortos (Êx 1.15,16). Casou-se com Zípora, filha de Jetro, sacerdote de Midiã, descendente de Abraão (Gn 25.1,2). Ele teve uma comunhão especial com o Senhor e nas Escrituras Sagradas é repetidamente chamado de “servo de Deus”, pois “foi fiel em toda a sua casa” (Hb 3.5). No último livro do Antigo Testamento, Deus chama Moisés de “meu servo” (Ml 4.4), e no último livro do Novo Testamento ele é chamado “Moisés, servo de Deus” (Ap 15.3). Moisés é uma figura tipológica de Cristo.
I. OS ÚLTIMOS DIAS DE MOISÉS
1. As palavras de despedida. O ministério de Moisés chegaria ao fim em breve. Consciente deste fato, ele se despede ensinando o seu povo a guardar as leis.
No capítulo 32 do livro de Deuteronômio, temos o último cântico de Moisés. O servo do Senhor se despede com adoração e louvor. Moisés de forma bem didática faz um resumo de toda a história de Israel em forma de cântico. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, ele “fez o povo lembrar de seus erros, a fim de que não mais os repetisse e suscitou a nação a confiar apenas em Deus”.
2. Moisés incentiva o povo a meditar na Palavra. Moisés era um homem que amava os preceitos divinos. Por isso, antes de sua partida ele incentiva e reforça a ideia de que os israelitas precisavam ouvir e obedecer às ordenanças de Deus, a fim de que prosperassem enquanto nação. Sabemos que todos que amam e meditam na lei de Deus são bem-aventurados (Sl 1.1-6).
3. Moisés vê a Terra Prometida e morre. Antes de morrer, Moisés abençoou cada uma das tribos de Israel (Dt 33.1-29). Ele lutou em favor do seu povo e o amou até os últimos dias de sua vida. Ele foi fiel a Deus e à sua nação em tudo. Por ocasião de sua morte, por ordem de Deus, Moisés sobe até o monte Nebo e dali avista toda a Terra Prometida. Porém, não tem permissão para entrar nela. Moisés havia desobedecido a Deus ferindo a rocha (Nm 20). Ali no monte, solitário, o grande legislador vai se encontrar com o seu Deus. Ele foi sepultado pelo Senhor em um vale na terra de Moabe, todavia, o local nunca foi revelado a ninguém (Dt 34.6). Certamente Deus quis evitar que o local, assim como o corpo de Moisés, fossem venerados pelos israelitas. Durante trinta dias os israelitas choraram e lamentaram a morte de Moisés (Dt 34.8).
4. Moisés nomeia seu sucessor (Dt 31.1-8). É necessário começar bem um ministério e terminá-lo de igual forma. Moisés preparou Josué para que este fosse o seu sucessor. O Legislador de Israel tinha consciência de que seu ministério um dia findaria. É muito importante que o líder do povo de Deus tenha esta consciência e prepare os seus sucessores ainda em vida, assim como fez Moisés (Dt 34.7-9).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Em seus últimos dias de vida, Moisés dispensou palavras de advertências e exortações ao povo. Em seguida, viu a Terra Prometida e morreu.
II. MOISÉS, PASTOR DE ISRAEL
1. Homem de Deus. No final de sua carreira, Moisés é chamado nas Escrituras de “homem de Deus” (Dt 33.1). Ele é também pastor e líder do povo de Israel sob a mão de Deus (Sl 77.20). Assim, Homem de Deus é o homem a quem Deus usa como Ele quer.
2. Homem de oração. A vida de intensa oração de Moisés resultou em força, coragem, destemor, sabedoria e humildade, pois o povo de Israel era na época muito desobediente, murmurador e carnal. Moisés era um homem muito ocupado com seus encargos, mas conseguia levar sempre muito tempo em oração intercessória pelo povo. Era com a sabedoria do Alto que Moisés orava. Um exemplo disso está em Êxodo 33.13, quando ele diz: “rogo-te que [...] me faças saber o teu caminho”. No versículo 18, ele ora em continuação: “Rogo-te que me mostres a tua glória”. Essas duas orações não devem ser invertidas pelo crente, como alguns fazem por imaturidade ou fanatismo.
Moisés intercedeu diante do Senhor pedindo para entrar na tão sonhada Terra Prometida, mas Deus negou esse pedido (Dt 3.23-25).
Oremos sempre uns pelos outros, inclusive pelos desconhecidos. Intercedamos “por todos os homens” (1Tm 2.1), a fim de que alcancem a eterna Jerusalém.
3. Homem de fé. Moisés agia por fé em Deus (Hb 11.24-29), daí, a quantidade de milagres realizados pelo Senhor através dele. Seus pais foram campeões da fé (Hb 11.23), pois a fé em Deus opera milagres (Mt 17.18-21; At 3.16; 6.8;). Aliás, um dos dons espirituais é o da fé (1Co 12.9); fé para operar maravilhas.
Moisés e Arão realizaram muitos milagres perante Faraó e seus oficiais no período que precedeu a saída de Israel do Egito (Êx 4-12). Esses milagres em forma de catástrofes tinham por objetivo demonstrar publicamente que os deuses do Egito nada eram diante do Deus verdadeiro e único de Israel (Êx 12.12; Nm 33.4).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Moisés como pastor de Israel era um homem de Deus, de oração e de fé.
III. APRENDENDO COM MOISÉS
1. A cultivar comunhão com Deus. “Cultivar”, significa incentivar, preparar para o crescimento. Muito antes de as primeiras flores aparecerem ou os sinais do fruto serem vistos, muito foi feito para preparar a planta para o fruto esperado. O lavrador cuida da planta com zelo para que esta seja mais produtiva. Este processo de carinho e atenção é o cultivo. É em nossa relação com Deus, mediante a comunhão contínua, que nossa vida é mudada e desenvolvida em direção à realização plena. Como filho de Deus, você desfruta de plena comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo? Cultive, como Moisés, esta comunhão, passando mais tempo com Deus em oração, leitura da Palavra e adoração. Moisés foi um homem que cultivou uma comunhão bastante íntima com Deus.
2. A ter comunhão com outros crentes. Através da vida de comunhão com os santos, você é incentivado a viver a vida cristã saudável e abundante. Os primeiros cristãos tinham comunhão diária entre si (At 2.46). Não admira que suas vidas fossem testemunhos poderosos do Evangelho e fizessem com que as pessoas tivessem sede de salvação. Havia uma colheita diária de almas, à medida que o Senhor acrescentava à igreja os que iam sendo salvos (At 2.46,47). Moisés prezava pela comunhão em família e com todo o povo de Deus. Sigamos de perto o seu exemplo e busquemos a comunhão com os nossos irmãos, pois estamos também todos caminhando rumo à Terra Prometida.
3. A aceitar o ministério de líderes piedosos. Os líderes são instrumentos de Deus para alimentar e nutrir seu povo. Efésios 4.11-13 enfatiza que o propósito dos ministérios de apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores na igreja é edificar o povo de Deus. Quando você aceita e aplica os ensinos de Deus, que nos são proporcionados por meio dos líderes que Ele chamou, você é levado a um lugar de maior fertilidade e de crescimento (Ef 4.16). Toda vez que os hebreus deixavam de obedecer a Moisés eles pecavam e eram grandemente prejudicados. Quando Miriã se rebelou contra a liderança de Moisés, seu irmão, ela ficou leprosa e o povo todo não pôde partir. Todos ficaram retidos pela desobediência de uma única pessoa.
4. A ter cuidado com os inimigos. Ao entrarem na Terra Prometida, os israelitas tinham de destruir as nações ímpias que ali viviam. Esse era o plano de Deus, mas Israel não o seguiu. Em consequência disso, o povo de Israel foi seduzido pelos maus caminhos desses povos (Sl 106.34-36). Essa experiência é um aviso para nós. Cuidado com o Inimigo e as suas propostas. Vigie para que você e sua família não sejam seduzidos pelas coisas deste mundo. O mundo e a sua concupiscência é passageiro, mas os valores de Deus e a sua Palavra são eternos.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A vida de Moisés nos ensina a cultivar a comunhão com Deus e com o próximo, a piedade e a prudência.
CONCLUSÃO
Moisés cumpriu sua carreira com fé em Deus, coragem e determinação. Em tudo ele buscou ser fiel ao Senhor. Sigamos o exemplo deste líder a fim de que possamos viver com sabedoria e a agradar a Deus em toda a nossa maneira de viver.
Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões Reais, Respostas Precisas, Fé Solidificada. RJ: CPAD, 2010.
HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.
ZUCK, R. B. (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009.
1. Em que livro da Bíblia encontramos o último cântico de Moisés?
R. Deuteronômio.
2. De acordo com a lição, o que fez Moisés antes de morrer?
R. Moisés abençoou cada uma das tribos de Israel (Dt 33.1-29).
3. Por que Moisés não teve permissão para entrar na Terra Prometida?
R. Moisés havia desobedecido a Deus ferindo a rocha (Nm 20).
4. Descreva sobre Moisés como homem de oração.
R. Moisés era um homem muito ocupado com seus encargos, mas conseguia levar sempre muito tempo em oração pelo povo. Era com a sabedoria do Alto que Moisés orava.
5. Cite três coisas que podemos aprender com a vida de Moisés.
R. Cultivar a comunhão com Deus e com os outros crentes.
Subsídio Bibliológico
“[Deuteronômio] 31.2 [...] Parece injusto que o Senhor negue a Moisés o acesso à Terra Prometida, por causa de uma explosão e descontrole por parte daquele homem (1.37; cf. Nm 20.12). Mas Moisés, aquele homem que havia recebido um privilégio especial, também foi incumbido de uma responsabilidade especial. Deixar de cumprir a sua responsabilidade de uma forma completa significava passar a ter uma má reputação, tanto para si mesmo como para o seu Deus. Por este motivo, ele não pôde entrar na terra, com a nova geração.
31.9 Este versículo confirma claramente a autoria mosaica, pelo menos do livro de Deuteronômio, se não todo o Pentateuco. Os que argumentam que editores do final da época anterior ao exílio, ou até mesmo durante o exílio, inseriram declarações como esta para indicar uma composição de autoria mosaica tardia, o fazem apenas com base em uma pressuposição de que Moisés não poderia ter escrito estes textos. Estas suposições infundadas podem surgir de um desejo de despir o Pentateuco, e a Bíblia como um todo, de qualquer credibilidade” (Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões Reais, Respostas Precisas, Fé Solidificada. RJ: CPAD, 2010, p.359)
Subsídio Bibliológico
“Em um certo sentido, Deuteronômio, e na verdade todo o Pentateuco, termina como uma história incompleta. Deuteronômio se encerra sem que Moisés ou Israel adentrem a terra, embora Moisés tenha podido vê-la. O que Deus tinha prometido repetidas vezes aos patriarcas, desde Gênesis 12.7, não se concretiza até o fim do Pentateuco. Von Rad resolveu de modo fácil (e artificial) essa questão, bastando substituir o conceito de Pentateuco pelo de um Hexateuco. Ele traz Josué para o clímax final de um conjunto de seis livros, em vez de permitir que Deuteronômio e Moisés desempenhem esse papel em um conjunto de cinco livros.
Todavia, a forma como o Pentateuco é encerrado pode ser mais uma confirmação teológica que um problema teológico. Em primeiro lugar, como comenta Sanders, a posição de Deuteronômio entre Números e Josué, entre peregrinações e o fim das peregrinações, ‘tomou o lugar de Josué e suas conquistas como o clímax do perigo canônico de autoridade [...] A verdadeira autoridade é encontrada apenas no período de Moisés’.
Além disso, o Pentateuco termina com realismo (‘Vocês ainda não são o que Deus quer que vocês sejam’) e esperança (‘Logo vocês estarão no lugar que Deus lhes separou’). É no deserto que você está, mas não é no deserto que ficará. Para citar Walter Brueggemann: ‘O texto, de mais a mais, serve para todo o tipo de comunidades de exilados. O Pentateuco é, no final das contas, a promessa de um lar e de um retorno ao lar. É uma promessa dada pelo Deus de todas as promessas, que jamais se contentará com o deserto, o exílio ou o degredo’” (HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1 ed., RJ: CPAD, 2006, pp.534-35)
O Legado de Moisés
Moisés foi um importante profeta, poeta, legislador e acima de tudo servo do Senhor valoroso. Um homem de muita fé. A fé de Moisés fez com que ele acreditasse no impossível. Sem fé não teria conduzido por tantos anos um povo rebelde e contumaz. Sua vida foi um milagre, pois ainda bebê foi salvo da morte por seus pais. Embora tenha sido criado no Egito, ele se identificou com o seu povo (Hb 11.5). Moisés viveu no Egito, foi criado pela filha de Faraó, mas nunca permitiu que o Egito entrasse em seu coração. A Palavra de Deus nos exorta: “Não vos conformeis com este mundo” (Rm 12.2), o Egito é um tipo do mundo. Não podemos nos adequar à maneira de ser mundana. Vivemos neste mundo, mas não pertencem os a ele, estamos aqui de passagem. Em breve veremos não a Terra Prometida, mas a Nova Jerusalém.
Moisés foi escolhido e preparado pelo Senhor para conduzir os hebreus até a Terra Prometida. O povo peregrinou durante quarenta anos pelo deserto, e certa vez, Deus desejou exterminar o povo ali mesmo e prometeu a Moisés que faria dele uma grande nação: “Agora, pois deixa-me , que o meu furor se acenda contra eles, e os consuma; e eu farei de ti uma grande nação” (Êx 32.10). Todavia Moisés não buscava somente favores divinos para si. Ele amava seu ministério e suas ovelhas e intercedeu em favor delas (Êx 32.11-14). Moisés foi testado pelo Senhor. Deus também testa a fidelidade e o amor daqueles que Ele chama para conduzir seu povo. Tem você sido fiel?
Moisés era homem e como tal um dia seu ministério chegaria ao final. Porém, como líder ele se preocupava com seu povo e desejava instruí-los para que depois de sua partida continuassem tendo a Deus como o soberano e único Senhor. Antes de partir e estar para sempre com o Senhor, Moisés se preocupou em deixar toda a lei escrita, assegurando que o povo jamais a abandonaria.
Depois de atravessar o mar Vermelho, Moisés cantou um hino de adoração e louvor ao Senhor pela passagem e livramento milagroso. Perto de passar desta vida para a eternidade, Moisés canta novamente adorando a Deus. Seu cântico é um resumo de tudo que Deus fez em favor do seu povo. Moisés era grato a Deus por todos os Seus feitos. Moisés começou bem sua carreira e terminaria os seus dias também bem, todavia por desobedecer a Deus ele não entrou na Terra Prometida. Moisés vê a Terra Prometida e morre. O local da sua sepultura é um mistério que somente será revelado na eternidade.
fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net