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A última insurreição do mal (Ap 20.7-10)
Ap:20.7 – final do milenio
Já foi indicado (na nota sobre Ap 19.17,19) que João não é inovador em colocar o assalto final do mal depois do estabelecimento do reino de Deus na terra. Em fazer isto, ele apenas segue fielmente a profecia, em Ezequiel, da invasão da Terra Santa por Gogue e Magogue, depois do começo do reino messiânico Ez 38,39. (Uma sequência semelhante de eventos dá-se nos oráculos Sibilinos (Livro III, 663-674), 2 Baruque 70.7 e o Apocalipse de Elias, do terceiro século; 2 Esdras 13.30-36 deve ser também comparado). A soltura de Satanás (7) está, de acordo com o comando de Deus; o abismo "se destranca" pelo anjo (cfr. vers. 1). Por este meio o profeta torna paralelo o divino oráculo a Gogue. "Hei de trazer-te contra a minha terra, para que as nações me conheçam a mim, quando eu me houver santificado em ti aos seus olhos, ó Gogue" Ez 38.16. Na profecia de Ezequiel, Magogue parece ser tanto a terra de que Gogue veio (Ez 38.2) como a nação (Ez 39.6); é, portanto, possível que Gogue seja visto como o líder e Magogue, o seu povo, com quem se associam os povos de Mesequee Tubal (Ez 38.2). Estas nações estavam provavelmente situadas em torno das partes a sueste do Mar Negro, uma área vaga e desconhecida no que diz respeito ao conhecimento dos hebreus. Outros aliados ao norte do Mar Negro são enumerados em Ez 38.6, mas Persas. Etíopes e Africanos do leste são mencionados em Ez 38.5, de maneira que João se sente justificado em usar os termos Gogue e Magogue (8) para denotar todos os membros da aliança hostil, descendo dos quatro cantos da terra. Diz-se que o seu número é como a areia do mar, mas podemos imaginar que João tinha em mente a passagem já citada de Ez 38.16, que torna claro que uma proporção estritamente limitada da população da terra se envolve nesta última insurreição. O arraial dos santos (9) é presumivelmente a Jerusalém celestial. Um paralelo extraordinário a este retrato da destruição por fogo de Gogue e Magogue ocorre em 2 Esdras 13.1-11, João, contudo, ainda está seguindo Ezequiel (Ez 38.22), O diabo compartilha a sorte da besta e do falso profeta. Sugere que o falso profeta é realmente reconhecido como um indivíduo, e talvez tão demoníaco quanto os seus dois companheiros; ver Ap 13.11-12; Ap 16.13-14; Ap 19.20. Porém há uma possibilidade em contrário; ver Ap 20.14.
PROFECIA CONTRA GOGUE Ez 38.1-39.29
Ez:38.1
Estes dois capítulos são sem paralelo na profecia do Antigo Testamento, visto que descrevem um levante de poderes estrangeiros, contra o povo de Deus, após o início do reino messiânico. O profeta já havia predito a bênção vindoura de Israel (33-37); agora fotografa a nação como se há muito ela estivesse estabelecida em sua própria terra e transformada numa próspera comunidade (Ez 38.8,11-12,14), uma condição que, de conformidade com seu ensinamento anterior, envolve arrependimento, regeneração e reavivamento político antes disso (33-37). Enquanto que o profeta disse que a restauração de Israel estava "prestes a vir" (Ez 36.8), agora ele diz que Gogue se reunirá depois de muitos dias... no fim dos anos (Ez 38.8). O motivo que sublinhava essa profecia era a necessidade que havia de que os poderes gentios hostis fossem destruídos, em cumprimento de profecias anteriores (Ez 38.17; Ez 39.8), e também de que as nações do mundo aprendessem a respeito do poder, santidade e deidade única de Jeová (ver nota sobre 39.7). O autor do livro de Apocalipse empregou ambos estes capítulos para dar vivacidade a sua descrição sobre Armagedom, antes do milênio (Ap 19.17-18), e adaptou a ideia essencial dos mesmos para descrever a rebelião final dos ímpios dentre a humanidade, no fim do milênio, antes da nova criação (Ez 20.7-9). Comparando-se os dois escritos, devemo-nos relembrar que Ezequiel nada sabia sobre uma nova criação, e nem que uma nova Israel haveria de herdar o reino; se João quis incorporar a profecia, teve necessidade de alterar sua forma. De conformidade com seu uso da profecia do Antigo Testamento em geral, o apóstolo não hesitou em fazê-lo.
Ez:38.2
Gogue (2); talvez derivado de "Gagaia", terra de bárbaros, mencionada nas cartas de Amarna. É o nome de seu líder. Magogue é tanto sua terra (como aqui) como o povo (Ez 39.6). Em Ap 20.8, Gogue e Magoguerepresentam, simbolicamente, as nações ímpias do mundo inteiro. Meseque e Tubal (2) são sempre nomeados juntos, tanto nos escritos seculares como nos escritos bíblicos, (ver, por exemplo, Gn 10.2; Ez 27.13; Ez 32.26). Portanto, o texto desta e de outras versões, príncipe e chefe de Meseque e de Tubal, é preferível ao da Septuaginta e outras versões, que dizem: "príncipe de Ros (Rússia?), Meseque e Tubal". Meseque e tubalficavam, provavelmente, a leste da Ásia Menor e usualmente são identificados com a Frígia e a Capadócia; o fato de alguns os considerarem sinônimos de Moscou e Tobolsk, e de Ros ser equiparado com a Rússia, é indefensável. Pute (5) é a África Oriental. Gomer (6) é ligado com Magogue, em Gn 10.2. Eram chamadosGimirrai pelos assírios e Cimérios pelos gregos. Vindos do norte do mar Negro, pelo tempo de Ezequiel se haviam estabelecido na Ásia Menor. Seu nome sobrevive em Gamir, o nome armênio da Capadócia. Togarma(6), no nordeste da Ásia Menor, é a Armênia. Do ponto de vista de Ezequiel parecia-lhe ficar "da banda do norte" (6), como também, para o autor de Salmos de Salomão, Roma era considerada a "parte extrema da terra" (Sl 8.16).
Ez:38.8
Depois de muitos dias (8); a invasão não deverá ocorrer senão depois de muito tempo. Cfr. Is 24.22. No fim dos anos (8) indica o período do reino (cfr. Is 2.2). Israel, há muito estabelecido pacificamente em sua própria terra, não teme ataque, e assim habita em aldeias não muradas... sem muros... onde não há... ferrolho nem portas (11; cfr. Zc 2.4). Comerciantes e escravos pela face da terra inteira se interessam pelo resultado da campanha (13). A destruição de Gogue será efetuada por terremoto (19-20), lutas intestinas (21) e pragas semelhantes às do livro de Êxodo contra o Egito (22-23); presume-se que Israel atravessará em segurança por todas essas calamidades, como da vez anterior. A referência a profetas passados, no vers. 17, deve ter em mente passagens tais como Sf 3.8; Jr 3.6; e talvez, visto que os profetas falaram nos tempos antigos, a referência também diga respeito a profecias conhecidas de Ezequiel, mas que desde então pereceram.
Fonte: O Novo Comentário da Bíblia - Editado pelo Prof. F. Davidson