A NECESSIDADE E A URGÊNCIA DO CULTO DOMÉSTICO.
II - O CULTO NO LAR.
1 - Organizando o culto doméstico.
Se possível, é desejável que toda a família esteja reunida, em volta da mesa, ou na sala de visitas, de maneira informal, mas reverente. Porém, se todos não puderem reunir-se, por motivo de trabalho ou de estudo, os pais devem combinar a escolha de um horário em que pelo menos a maior parte dos familiares esteja presente ao culto doméstico. Outro obstáculo é o cansaço das atividades diárias. Mas tudo deve ser feito para que o lar tenha o momento de adoração a Deus. O maior obstáculo, no entanto, é a pouca importância que se dá ao culto doméstico. As novelas, os filmes, os esportes e outros programas de TV têm mais valor para muitos cristãos. Filhos passam horas a fio nas redes sociais, e não falta tempo para isso. M as para a adoração a Deus há muitas desculpas. Um dia, poderemos ser questionados por Deus.
Os obstáculos dificultam, mas não devem ser usados como desculpas para a não realização do culto doméstico. Os obstáculos podem ser vencidos com o Poder do Espírito Santo e o esforço de todos, principalmente dos líderes do lar (Pai e mãe). Há tempo para todo propósito (Ec 3.1); Podemos tudo naquele que nos fortalece (Fp 4.13). O inimigo do lar pode agir com base nas desculpas. É necessário colocar o culto doméstico como prioridade. Só traz benefícios e bênçãos para toda a família.
Não há um roteiro único. O programa simples do culto doméstico pode variar conforme a realidade da família. Sugerimos a seguir um roteiro básico, que sempre foi usado em nossa família, e nos trouxe ótimos resultados. Hoje, pela graça e misericórdia de Deus, podemos dizer: “eu e minha casa servimos ao Senhor”.
Muitas orações foram respondidas, até mesmo de causas que pareciam “impossíveis”. As orações não devem ultrapassar cinco a sete minutos.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 1221-124.
Pondo em Prática o Culto Doméstico
Eis algumas sugestões para auxiliarem a se estabelecer nos lares um culto doméstico que honre a Deus. Cremos que isso evita dois extremos: a abordagem idealista que está muito além do alcance até mesmo do lar mais temente a Deus; e a abordagem minimalista, que abandona o culto doméstico diário porque o ideal parecer estar bem longe de ser alcançado. Preparando-se para o Culto Doméstico Mesmo antes de começar o culto doméstico, devemos orar em particular pela bênção de Deus sobre ele. Em seguida devemos planejar o “o que”, “o onde” e “o quando” do culto doméstico.
Primeiro, tenha Bíblias e exemplares do Saltério e folhas de cânticos para todas as crianças que sabem ler. Para as criancinhas que ainda não sabem ler, leia alguns versículos da Escritura e selecione um texto para ser decorado pela família. A família deve dizê-lo várias vezes em voz alta e então, para ilustrar o texto, reforce-o com uma breve história da Bíblia. Reserve tempo para ensinar a essas crianças uma ou duas estrofes de uma seleção do Saltério e encoraje-as a cantá-las com você.
Para as criancinhas, experimente utilizar “As Verdades da Palavra de Deus”, com um guia para professores e pais que ilustra cada uma das doutrinas.
Para as crianças maiores de nove anos experimente a série “Doutrina da Bíblia” de James Beeke, que vem com o livro do professor. Em qualquer caso, explique às crianças aquilo que lê, e faça-lhes uma ou duas perguntas. Depois cante um ou dois salmos e um hino edificante ou um bom cântico como “Ouse ser como Daniel”. Conclua com uma oração.
Leia uma passagem da Escritura para as crianças mais velhas, memorize-a com elas e faça a aplicação de um provérbio. Pergunte-lhes como é possível aplicar esses versículos à vida diária, ou talvez leia uma porção dos evangelhos e a sua seção correspondente nos “Pensamentos Expositivos sobre os Evangelhos” de J. C. Ryle, que é simples, mas profundo. Seus pontos são claros e ajudam a promover discussão. Talvez queira ler porções de uma biografia inspiradora. Não permita, contudo, que a leitura de literatura edificante substitua a leitura da Bíblia e a as suas aplicações.
“O Peregrino” e a “Guerra Santa” de John Bunyan, ou as meditações diárias de Charles Spurgeon são apropriadas a crianças espiritualmente mais conscientes. Crianças maiores se beneficiarão também do livro de William Jay, “Exercícios [Espirituais] Matinais e Vespertinos”, do “Tesouro Espiritual” de William Mason, e do “Porções Matinais e Vespertinas”. Depois dessas leituras cante alguns salmos conhecidos e talvez aprenda um novo antes de concluir com uma oração.
Devem-se usar também os credos e as confissões da igreja. Deve-se ensinar às crianças menores o Credo dos Apóstolos e a Oração do Senhor. Se você for aderente dos padrões de Westminster, leve seus filhos a memorizarem o Breve Catecismo pouco a pouco. Se na sua congregação prega-se o Catecismo de Heidelberg, nos sábados pela manhã leia o “Dia do Senhor” desse Catecismo que o ministro usará para pregar à igreja no domingo imediato. Se tiver o Saltério, pode-se usar ocasionalmente as formas de devoção que se encontram em “Orações Cristãs”.6 O uso dessas formas em casa dará a você e a seus filhos a oportunidade de aprenderem a usá-las de modo edificante e proveitoso, habilidades que lhe serão totalmente proveitosas quando as formas litúrgicas forem usadas como parte do culto público.
Para algumas famílias o culto doméstico é quase impossível mais que uma vez ao dia, depois do jantar. De um modo ou de outro, os chefes de família devem estar atentos aos horários da casa de modo a garantir a participação de todos. Ao programar o horário da família aplique o princípio de Mateus 6.33 (“buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”).
Mantenha cuidadosamente o horário do culto doméstico. Se souber com antecipação que, num certo dia, não será possível realizá-lo no horário normal, redefina o horário do culto, mas não deixe de cumpri-lo, isso pode cair no costume. Quando conseguir cumprir os horários que determinou, planeje cuidadosamente e prepare tudo de antemão para fazer valer cada minuto. Lute contra todos os inimigos do culto doméstico.
Durante o Culto Doméstico
Durante o culto doméstico tenha os seguintes objetivos:
Se você realiza o culto doméstico duas vezes no dia, tente dez minutos pela manhã e um pouco mais à noite. Um período de vinte e cinco minutos de culto doméstico poderia ser distribuído assim: dez minutos para leitura e instrução bíblica; cinco minutos para ler uma porção diária ou um livro edificante ou discutir alguma questão à luz da Bíblia; cinco minutos para cantar; e cinco minutos para orar.
Não admita justificativas para não fazer o culto doméstico. Se perdeu a paciência com um dos filhos meia hora antes da hora do culto doméstico, não diga: “seria hipocrisia minha dirigir o culto doméstico, vou deixar de fazê-lo hoje”. Não é preciso fugir de Deus em tais momentos. Antes, deve voltar-se para Deus como um publicano arrependido. Comece o momento de culto pedindo a todos aqueles que testemunharam a sua falta de controle que lhe perdoem, em seguida ore a Deus para que o perdoe. As crianças lhe respeitarão por isso. Elas tolerarão as fraquezas e até mesmo os pecados em seus pais, desde que eles confessem os seus erros e procurem seguir sinceramente o Senhor. Eles e vocês sabem que o sumo sacerdote do Velho Testamento não era desqualificado por ser pecador, por isso é que antes de poder oferecer sacrifícios pelos pecados do povo ele era obrigado a oferecer sacrifícios em favor de si mesmo. Tampouco você e eu somos desqualificados hoje por causa de pecados confessados, pois a nossa suficiência está em Cristo e não em nós mesmos. Como disse A. W. Pink: “Não são os pecados do crente, mas os seus pecados inconfessos, que obstruem o canal da bênção e faz com que tantos percam o melhor de Deus”.
Dirija o culto doméstico com mão firme e paternal, e coração sereno e penitente. Mesmo quando estiver extremamente cansado depois de um dia de trabalho, ore por forças para levar adiante a sua responsabilidade de pai. Lembre se de que Jesus Cristo foi à cruz por você cansado ao extremo e exaurido, mas nunca retrocedeu da Sua missão. Ao negar-se a si mesmo, verá como Ele lhe fortalece durante o culto doméstico de tal modo que na hora de o encerrar, a sua exaustão estará superada.
Espere por grandes coisas de um grande Deus que é fiel à Aliança.
Sejamos mais específicos:
Crianças mais velhas poderão ler quatro ou cinco versículos cada uma, ou pode-se determinar a leitura completa para cada um dos filhos a cada dia. Ensine os seus filhos como ler articuladamente e com expressão. Não os deixe mastigar as palavras nem as metralhar de uma vez. Ensine-as a ler com reverência. Ofereça uma breve palavra de esclarecimento ao longo da leitura, conforme as necessidades das crianças menores.
A leitura da Escritura em família deve ser algo comum e recomenda se que conversem sobre ela e que essa discussão leve-os ao bom uso daquilo que foi lido e ouvido. Por exemplo, se a palavra lida condenou algum pecado deve-se cuidar para que toda a família esteja prudentemente atenta e vigilante contra ele; se o texto menciona uma ameaça ou a aplicação dela, toda a família deve temer que o mesmo juízo, ou pior, caia sobre ela caso não se resguarde do pecado que a motivou; e, finalmente, se exigiu o cumprimento de uma obrigação ou discorreu sobre uma promessa, os familiares devem ser estimulados a buscarem de Cristo o fortalecimento e a capacitação para cumprirem o dever que lhes foi ordenado e para receberem o consolo oferecido. Em tudo isso o chefe da casa deve ter a liderança, mas qualquer um dos membros da família pode suscitar questões ou dúvidas a serem resolvidas.
Encoraje o diálogo da família em torno da Palavra de Deus conforme o conhecido procedimento hebraico de perguntas e respostas (cf. Êx 12; Dt 6; Sl 78). Estimule especialmente os adolescentes a que façam perguntas; ajude-os a se soltar. Se não souber as respostas, diga-lhes e os encoraje a procurá-las. Tenha um ou mais comentários à mão, como os de João Calvino, Matthew Poole e Mathew Henry. Lembre-se: se você não conseguir dar respostas aos seus filhos eles as conseguirão num outro lugar qualquer — e quase sempre as respostas erradas.
Diga aos seus filhos: “nós lhes daremos todos os privilégios que uma Bíblia aberta nos permitir dar, mas se lhes dissermos não, vocês precisarão entender que isso vem do nosso amor”. Como disse Ryle: “o amor é o grandioso segredo do treinamento bem-sucedido. O amor da alma é a alma de todo amor”.
Desenvolva uma oração mais variada trazendo à memória e reforçando os diferentes ingredientes da oração verdadeira, que são: Invocação, adoração e dependência. Comece mencionando um ou dois títulos ou atributos de Deus, assim como: “Gracioso e Santo Deus...”. A isso acrescente a declaração do seu desejo de adorar a Deus e a sua dependência da assistência dEle à sua oração. Diga, por exemplo: “Curvamo-nos humildemente diante de Ti, que és digno de ser adorado; oramos para que as nossas almas sejam elevadas à Tua presença. Assiste-nos com o Teu Espírito. Auxilia-nos a clamar pelo nome de Jesus Cristo, somente por quem podemos nos achegar a Ti”.
A confissão dos pecados da família. Confesse a corrupção da nossa natureza e em seguida confesse pecados cometidos de fato — especialmente os pecados diários e os pecados da família. Reconheça o castigo que merecemos das mãos de um Deus santo, e peça-Lhe para que perdoe todos os seus pecados por causa de Cristo.
Petição por misericórdia pela família. Peça a Deus para que os livre do pecado e do mal. Você poderia dizer: “Ó Senhor, perdoa os nossos pecados pelo Teu Filho. Submete as nossas iniquidades pelo Teu Espírito. Livra-nos da escuridão natural das nossas mentes e da corrupção dos nossos corações.
Livra-nos das tentações a que fomos expostos hoje”.
Peça a Deus para lhe conceder bens espirituais e temporais. Ore para que Ele supra cada uma das necessidades cotidianas. Ore para que as suas almas estejam prontas para a eternidade.
Lembre-se das necessidades familiares e interceda pelos amigos da família. Lembre-se de orar, em todas essas petições, para que seja feita a vontade de Deus; contudo não deixe que a sua submissão à vontade de Deus lhe impeça de argumentar com Deus. Rogue para que Ele ouça as suas petições. Suplique por cada um dos seus familiares, no caminho deles para a Eternidade. Intercede em favor deles apelando à Sua misericórdia, ao Seu relacionamento pactual com você e ao sacrifício de Jesus Cristo.
As ações de graças como família. Agradeça a Deus pela comida e pela bebida, pelas misericórdias providenciais, pelas oportunidades espirituais, pela recuperação de saúde, pelo livramento do mal. Confesse: “As Tuas misericórdias são a causa de não sermos consumidos como família”.
Lembre-se da resposta à Pergunta 116 do Catecismo de Heidelberg, que diz:
“Deus só concederá a Sua graça e o Espírito Santo àqueles que constante e sinceramente Lhe pedem esses dons e que Lhe são gratos por eles”.
Conclusão. Bendiga a Deus por Ele ser quem Ele é e pelo que tem feito. Rogue para que o Seu reino, poder e glória sejam sempre manifestos. Depois conclua com um “amém”, que significa: “com certeza será assim”.
Matthew Henry disse que o culto doméstico matinal é um momento especial de louvor e para suplicar por forças para o dia e pela bênção divina sobre as suas atividades. O culto doméstico à noite deveria enfocar a gratidão, a reflexão penitente e as súplicas humildes pela noite.
Por exemplo, veja no Saltério o número 53: “O Senhor é o meu Pastor e nada me faltará”. O texto é simples o suficiente para qualquer criança que já aprendeu a falar; só existem três palavras de mais de duas sílabas (justiça, transborda, eternamente). Palavras como “justiça”, “bondade” e “misericórdia” devem ser apontadas e explicadas antes. Não se esqueça de começar dizendo às crianças que um pastor é alguém que toma conta das ovelhas que ele tem e que ama! Não é sábio assumir que essas coisas são suficientemente claras e auto evidentes.
Depois do Culto Doméstico
Quando se recolher à noite ore para que Deus abençoe o culto doméstico: “Senhor, usa a instrução para salvar a nossos filhos e para fazê-los crescer em graça e colocarem a sua esperança em Ti. Usa o nosso louvor ao Teu nome para que o Teu nome, o Teu Filho e o Teu Espírito sejam amados por suas almas imortais. Usa as nossas orações vacilantes para trazer os nossos filhos ao arrependimento. Senhor Jesus Cristo, sopra sobre a nossa família nesse momento de adoração o Teu Espírito e a Tua Palavra. Que estes sejam momentos de concessão de vida”.
BEEKE. Dr. Joel. O Culto Doméstico. pag. 10-17.
Jó. 1.4. Seus filhos iam às casas uns dos outros. Jó era homem ativo, que se movimentava e ia a muitos lugares, realizava muitas coisas e era bem-sucedido em tudo quanto fazia. Seus filhos eram honrados pelos vizinhos, sendo convidados para muitas festas, e as filhas (bonitas, sem dúvida) eram favorecidas, sendo convidadas para os lares de criadores de gado e fazendeiros prósperos, cujos filhos queriam tê-las como esposas. Essa “situação familiar" ajudava Jó a prosperar cada vez mais. O texto, contudo, não dá a entender “prazeres descuidados", que poderiam fazer parte da queda de Jó, conforme uma de minhas fontes pretende. Peio contrário, Jó tinha uma boa família que era querida pelos seus vizinhos. Nenhum de seus filhos dava trabalho e todos seguiam o seu bom exemplo. Naturalmente, quando a tribulação chegou, sua família foi avassalada, mas isso foi resultado do sofrimento de Jó, não a causa. A pergunta que o autor sagrado apresenta é: “Por que os inocentes sofrem?”. Ele não falará sobre carma.
O autor sagrado enfatiza “o amor e a harmonia dos membros da família de Jó, em contraste com a mina que logo interrompeu tão bela cena de felicidade... A narrativa dá a entender que a série de festas eram os aniversários de cada filho ou filha” (Jamielson, in loc.). É possível que tais celebrações fossem confinadas a tempos específicos, provavelmente a festas de sete dias, nas quais mais de uma pessoa era honrada.
“Os filhos desse príncipe edomita eram, ao que tudo indica, solteiros, e, no entanto, cada um deles mantinha sua casa de uma maneira real (cf. II Sam. 13.7;
14.28 ss.). Tão incomum era a harmonia fraterna, que regularmente eles se reuniam para ter banquetes em família, para os quais convidavam seus irmãos, costume excepcional no antigo Oriente" (Samuel Terrien, in loc.).
Jó. 1.5. Chamava Jó a seus filhos e os santificava. Jó era homem piedoso, e assim fazia com que aquelas muitas festas se tomassem ocasiões de observância religiosa com o apropriado cerimonial de purificações e sacrifícios. Jó queria ter certeza de que, se algum de seus filhos tivesse pecado, esse pecado seria expiado, e nenhum empecilho viria de alguma inadequação espiritual. Ele se preocupava com que nenhum de seus filhos viesse a amaldiçoar secretamente a Deus. Ele considerava cuidadosamente o bem-estar espiritual de sua família. O autor sagrado nos diz que Jó era próspero e piedoso, e que a tragédia atingiria um homem inocente; de nós espera-se que perguntemos: “Por quê?". Jó era um homem muito rico, porquanto era rico tanto espiritual quanto materialmente. A prosperidade sempre arrasta sua própria ameaça. Os ricos acabam por voltar-se à idolatria de muitas espédes, literais e espirituais. Mas não era esse o caso de Jó. Ele provou que é melhor um crente ser rico do que pobre, e que o homem espiritual não tem dificuldade para manusear dinheiro, que, afinal, pode ser uma fonte de sen/iço espiritual.
Os Sacerdotes da Família. Sabemos que originalmente o pai era o sacerdote da família. Mais tarde, entre o povo hebreu, surgiu o clã sacerdotal, os levitas, o que transformou a tribo deles em uma casta religiosa. Portanto, muitos dos deveres que cabiam antes aos sacerdotes foram formalizados em adoração pública. Mas a história de Jó é posta dentro do período patriarcal, quando o chefe de uma
família era também o sacerdote da família. Sem dúvida, é isso o que está por trás da cena referida neste versículo, onde Jó oferece pessoalmente os devidos sacrifícios. Presumimos que o autor sacro esteja atribuindo à sociedade árabe o tipo de condições que existiam na sociedade hebreia. Os árabes, afinal, eram filhos de Abraão e tinham as mesmas tradições essenciais dos hebreus.
E blasfemado contra Deus em seu coração. Cf. Jó 2.6,9. Satanás supunha que os homens dotados de riquezas, até mesmo o piedoso Jó, privados de seus bens materiais e de seus familiares, transformar-se-iam em amaldiçoadores de Deus.
O Drama no Céu: Deus e Satanás Disputam sobre Jó (1.6-12)
Yahweh Recomenda Jó; Primeiro Ato do Drama (1.6-8)
Jó era elogiado pelos homens, e também foi elogiado por Deus. O Adversário (Satanás), em suas andanças pela terra, tinha observado Jó, aquele grande homem, mas não demonstrou respeito por ele e duvidou da autenticidade de sua espiritualidade, questionando a avaliação feita por Deus.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1864.
Jó. 1.4 — Cada filho de Jó participava de um banquete com seus irmãos, cada um no seu dia. Esta expressão pode referir-se à comemoração de aniversário. No entanto, o contexto do versículo 5 pode indicar um ciclo regular de festividades e banquetes, talvez semanal ou sazonal.
Jó. 1.5 — Quando Jó santificava seus filhos por meio das orações e dos holocaustos que oferecia a Deus a favor deles, cumpria um papel de intercessor; assim como quando orou por seus amigos no epílogo (Jó 42.10). Quanto à expressão blasfemaram de Deus, o texto original em hebraico registra não bendizer a Deus — provavelmente um eufemismo de amaldiçoar, uma substituição feita por um escriba hebreu por não suportar escrever a palavra blasfemaram próxima ao nome divino.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 784.
Mc. 12.30,31 — O primeiro mandamento resume os quatro primeiros dos Dez Mandamentos. O segundo é a base dos mandamentos que vão do quinto ao décimo e referem-se à maneira como lidamos com nosso semelhante. Alguns estudiosos tentaram encontrar um terceiro mandamento: “ame a si mesmo”. No entanto, isso não é um mandamento, mas algo óbvio. Nós nos amamos mesmo. E por isso que corremos para pegar a caixinha de primeiros socorros quando nos machucamos.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 123-124.
Mc.12.29-31 - As leis de Deus não são difíceis de serem cumpridas: podem ser resumidas em dois princípios muito simples: amar a Deus e ao próximo. Estes mandamentos estão no AT (Dt 6.5: Lv 19.18). Quando você ama a Deus completamente e cuida do próximo como de si mesmo, está cumprindo os Dez Manda mentos e outras leis do AT. De acordo com Jesus, esses dois mandamentos resumem todas as leis de Deus. Deixe que elas governem seus pensamentos, suas decisões e ações. Quando não tiver certeza do que deve fazer, pergunte a si mesmo o que demonstrará melhor seu amor por Deus e pelo próximo.(notas APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag. 120.).
fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net