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Lições BETEL adultos - maturidade 4 trim - 2015
Lições BETEL adultos - maturidade 4 trim - 2015

                           

  

                                       

 

 

                       ESCOLA DOMINICAL 

Conteúdo da Lição 1 - Revista da Editora Betel -                        4º Trimestre de 2015 

           Abraão, Um Adorador Por Excelência

                     4 de outubro de 2015

Texto Áureo

“E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós”. Gênesis 22.5

Verdade Aplicada

Abraão provou que seu amor e obediência à Deus estavam acima de tudo.

Textos de Referência.

Gênesis 22.1-4

1 E aconteceu depois destas coisas, que provou Deus a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.

2 E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.

3 Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho; e cortou lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.

4 Ao terceiro dia levantou Abraão os seus olhos, e viu o lugar de longe.

 

Introdução

Deus ordena a Abraão que sacrifique em um altar o seu único e amado filho (Gn 22.2). O patriarca não replica e sai em direção ao monte Moriá, obedecendo, sem restrições, à ordem divina.

 

1. As atitudes de um adorador.

Sacrificar Isaque em Moriá não era uma tarefa fácil para Abraão. Era simplesmente assustador. Todavia, seria no cume daquele monte que receberia a maior revelação de sua vida (Jo 8.51-58). Antes de chegar a Moriá, Abraão segue alguns passos interessantes, que revelam as atitudes do coração de um adorador.

 

1.1. Disposição para atender.

Qual a pessoa que levantaria de madrugada para sacrificar o próprio filho em obediência a Deus? Parece incrível, mas o Senhor pediu exatamente o que havia dado como promessa a Abraão por sua lealdade e obediência. Durante vinte e cinco anos, ele sonhou em ser pai e, quando já era da idade de cem anos, sem qualquer possibilidade humana, Deus interveio na situação e gerou do ventre estéril de Sara o filho da promessa (Gn 12.4; 21.5). Não sabemos se ele dormiu, apenas que levantou de madrugada disposto a atender sem restrições o pedido do Senhor (Gn 22.3).

 

1.2. Disposição para o trabalho.

Abraão tinha empregados, mas não delegou a nenhum deles estas tarefas (Gn 22.3). Existem provações que são somente nossas. São batalhas que não poderemos contar com a participação de ninguém. Existem obstáculos que temos que saltar sem auxílio algum para chegar ao nível que Deus quer. Abraão carregou seu fardo sozinho e somente seu coração sabia o que estava passando. Não é por acaso que o texto omite a pessoa de Sara. Ela, com seu amor de mãe, certamente, o impediria e ele, por sua vez, não alcançaria o testemunho de fé (Hb 11.17, 18).

 

1.3. Direção para prosseguir.

Abraão saiu para sacrificar seu filho, mas não saiu sem direção (Gn 22.3). Deus não nos pede algo para nos deixar confusos. Abraão está indo em direção ao monte Moriá porque conhece a voz de Deus, está acostumado a ouvi-lo, tem intimidade, se relaciona. Assim como um filho conhece a voz do pai à distância, Abraão segue adiante porque sabe que aquela voz lhe é familiar. Abraão vai chegar a seu destino por dois motivos: primeiro, porque está familiarizado com Deus; segundo, porque quem conhece a voz de Deus jamais andará sem direção, mesmo quando nada faz sentido.

 

2. Chegando ao lugar de destino.

Durante três dias, Abraão caminhou em direção a seu destino e, mesmo com o coração apertado em ter que sacrificar seu próprio filho, ele vê o lugar de longe (Gn 22.4). O terceiro dia é sempre dia de grandes revelações e Abraão estava prestes a presenciar algo marcante em sua vida.

 

2.1. Ele viu de longe o lugar.

Abraão era um homem de visão e, chegando a Moriá, disse algo profético: “Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e havendo adorado, tornaremos a vós” (Gn22.5). Existem níveis que poucas pessoas podem alcançar e subir a Moriá é um deles. Moriá é o lugar onde se sacrifica aquilo que mais se ama, aquilo que é único. Deus especificou o que queria no altar: “o único, a quem amas”. Era como se dissesse. “Existe algo entre mim e ti e precisa ser retirado”. Abraão tinha duas opções: ou sacrifica Isaque ou sacrificava o próprio Deus. Como sabia que Deus era a fonte, não temeu em obedecer (Rm 4.18).

 

2.2. O centro da vontade de Deus.

Após três dias de caminhada Abraão chega ao momento crucial de sua vida (Gn 22.9). Ele tem de imolar seu próprio filho. Isaque vê a lenha, o fogo e o cutelo, mas não vê o cordeiro para o holocausto. Isaque sabe que algo não está correto. Ele não é uma criança. Ele conhece os procedimentos do sacrifício. Mas, assim como Abraão confia em Deus, Isaque confia em seu pai. Abraão sabia que deveria matar seu e Isaque sabia que deveria morrer; um deveria sacrificar, outro deveria ser o sacrifício. Estar no centro da vontade de Deus é exatamente isto (Gn 22.6-8).

 

2.3. Disposto a ir até o fim.

É incrível como Deus tem formas magníficas de revelar a nós mesmos o que somos. Ele nos conhece, sabe de nossas limitações e o potencial que temos. Nós é que precisamos nos descobrir. Por isso, Ele nos prova, nos faz sangrar, chegar até as últimas consequências. Então, depois, o Eterno se revela com bondade, amor e grandeza. O patriarca Abraão estava realmente disposto a obedecer (Gn 22.10). Ele tinha consciência de que Deus havia gerado Isaque das entranhas do nada, apenas pelo poder de Sua Palavra. O escritor aos Hebreus afirma que Abraão considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar (Hb 11.18). Abraão não creu porque alguém disse algo a respeito de Deus. Ele creu em deus porque o conhecia.

 

3. Deus proverá o cordeiro.

Moriá é o lugar onde Deus se revela com intensidade a Abraão, onde lhe renova as promessas e o torna exemplo de fé para todas as gerações. Em Moriá, Abraão avistou dois cordeiros: o que substituiu Isaque e o que substituiu a humanidade.

 

3.1. A revelação de Cristo vivo.

Na hora do sacrifício, Abraão é impedido por um anjo. No entanto, não é um anjo comum. É o próprio Senhor Jesus que se revela para ele, antes mesmo de ser gerado no ventre de Maria. Em Gênesis 22.1, 2, é o Senhor que ordena a Abraão que sacrifique Isaque em Moriá. Mas, em Gênesis 22.12, o anjo que impede Abraão diz a seguinte frase: “Não estenda a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho”. Observe atentamente a expressão “não me negaste”. A confirmação dessa revelação aparece em João 8.56-58, quando o próprio Jesus afirma que Abraão viu o Seu dia e se alegrou. Em outras palavras, Abraão teve o privilégio de ver o Cristo antes que a humanidade pudesse ver.

 

3.2. A porta dos inimigos.

Após revelar-se a Abraão, o Senhor lhe diz que, por sua obediência, lhe abençoaria de tal forma que a sua descendência possuiria “a porta dos seus inimigos” (Gn 22.16, 17). Fomos abençoados através de Abraão e não com uma medida de benção qualquer, mas, como descendência dele, o Senhor nos conferiu o dom de conquistar. A expressão “possuir a porta dos inimigos” fala de grandes conquistas, de posse e de prosperidade em todas as áreas de nossa vida.

 

3.3. Adorando a Deus.

A primeira menção da palavra “adorar” na Bíblia aparece exatamente no capítulo 22 do livro de Gênesis. Tal referência nos indica que o ato de adorar envolve três fatores: sacrifício, renúncia e obediência. Isaque representa toda a barreira que nos impede de contemplar o Senhor com exclusividade. Com Isaque em nosso coração, Deus fica em segundo plano. É extremamente importante compreender que o nosso Deus não aceita ninguém como rival (Mt 6.24). Por isso, devemos levar nosso Isaque a Moriá e entrega-lo a Deus. O nome Moriá vem da palavra “Morá”, que em hebraico, significa “temor”. Desta montanha, o temor de Deus percorreu a terra toda. Outra versão diz que vem de “ora”, que quer dizer luz. Curiosamente, esse é o mesmo lugar onde Jacó, filho de Isaque e neto de Abraão, teve um encontro com Deus quando fugia de Esaú (Gn 28.19).

 

Conclusão.

Matar seu filho com as próprias mãos obrigava o patriarca a matá-lo primeiro em seu coração (Jo 12.24). Jamais venceremos o externo se o interno não for realmente tratado. Deus não trabalha com aparência, mas sim com transformação e esta começa no interior do coração de cada ser humano.

fonte avivamentonosul21.comunidades.net

 

 

 

                       ESCOLA DOMINICAL

 Conteúdo da Lição 1 - Revista da Editora Betel - 4º Trimestre de 2015 

Abraão, Um Adorador Por Excelência

4 de outubro de 2015 

 

Texto Áureo

“E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós”. Gênesis 22.5

 

Verdade Aplicada

Abraão provou que seu amor e obediência à Deus estavam acima de tudo.

 

Textos de Referência.

 

Gênesis 22.1-4

1 E aconteceu depois destas coisas, que provou Deus a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.

2 E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.

3 Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho; e cortou lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.

4 Ao terceiro dia levantou Abraão os seus olhos, e viu o lugar de longe.

 

Introdução

Deus ordena a Abraão que sacrifique em um altar o seu único e amado filho (Gn 22.2). O patriarca não replica e sai em direção ao monte Moriá, obedecendo, sem restrições, à ordem divina.

 

  1. As atitudes de um adorador.

Sacrificar Isaque em Moriá não era uma tarefa fácil para Abraão. Era simplesmente assustador. Todavia, seria no cume daquele monte que receberia a maior revelação de sua vida (Jo 8.51-58). Antes de chegar a Moriá, Abraão segue alguns passos interessantes, que revelam as atitudes do coração de um adorador.

 

1.1. Disposição para atender.

Qual a pessoa que levantaria de madrugada para sacrificar o próprio filho em obediência a Deus? Parece incrível, mas o Senhor pediu exatamente o que havia dado como promessa a Abraão por sua lealdade e obediência. Durante vinte e cinco anos, ele sonhou em ser pai e, quando já era da idade de cem anos, sem qualquer possibilidade humana, Deus interveio na situação e gerou do ventre estéril de Sara o filho da promessa (Gn 12.4; 21.5). Não sabemos se ele dormiu, apenas que levantou de madrugada disposto a atender sem restrições o pedido do Senhor (Gn 22.3).

 

1.2. Disposição para o trabalho.

Abraão tinha empregados, mas não delegou a nenhum deles estas tarefas (Gn 22.3). Existem provações que são somente nossas. São batalhas que não poderemos contar com a participação de ninguém. Existem obstáculos que temos que saltar sem auxílio algum para chegar ao nível que Deus quer. Abraão carregou seu fardo sozinho e somente seu coração sabia o que estava passando. Não é por acaso que o texto omite a pessoa de Sara. Ela, com seu amor de mãe, certamente, o impediria e ele, por sua vez, não alcançaria o testemunho de fé (Hb 11.17, 18).

 

1.3. Direção para prosseguir.

Abraão saiu para sacrificar seu filho, mas não saiu sem direção (Gn 22.3). Deus não nos pede algo para nos deixar confusos. Abraão está indo em direção ao monte Moriá porque conhece a voz de Deus, está acostumado a ouvi-lo, tem intimidade, se relaciona. Assim como um filho conhece a voz do pai à distância, Abraão segue adiante porque sabe que aquela voz lhe é familiar. Abraão vai chegar a seu destino por dois motivos: primeiro, porque está familiarizado com Deus; segundo, porque quem conhece a voz de Deus jamais andará sem direção, mesmo quando nada faz sentido.

 

  1. Chegando ao lugar de destino.

Durante três dias, Abraão caminhou em direção a seu destino e, mesmo com o coração apertado em ter que sacrificar seu próprio filho, ele vê o lugar de longe (Gn 22.4). O terceiro dia é sempre dia de grandes revelações e Abraão estava prestes a presenciar algo marcante em sua vida.

 

2.1. Ele viu de longe o lugar.

Abraão era um homem de visão e, chegando a Moriá, disse algo profético: “Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e havendo adorado, tornaremos a vós” (Gn22.5). Existem níveis que poucas pessoas podem alcançar e subir a Moriá é um deles. Moriá é o lugar onde se sacrifica aquilo que mais se ama, aquilo que é único. Deus especificou o que queria no altar: “o único, a quem amas”. Era como se dissesse. “Existe algo entre mim e ti e precisa ser retirado”. Abraão tinha duas opções: ou sacrifica Isaque ou sacrificava o próprio Deus. Como sabia que Deus era a fonte, não temeu em obedecer (Rm 4.18).

 

2.2. O centro da vontade de Deus.

Após três dias de caminhada Abraão chega ao momento crucial de sua vida (Gn 22.9). Ele tem de imolar seu próprio filho. Isaque vê a lenha, o fogo e o cutelo, mas não vê o cordeiro para o holocausto. Isaque sabe que algo não está correto. Ele não é uma criança. Ele conhece os procedimentos do sacrifício. Mas, assim como Abraão confia em Deus, Isaque confia em seu pai. Abraão sabia que deveria matar seu e Isaque sabia que deveria morrer; um deveria sacrificar, outro deveria ser o sacrifício. Estar no centro da vontade de Deus é exatamente isto (Gn 22.6-8).

 

2.3. Disposto a ir até o fim.

É incrível como Deus tem formas magníficas de revelar a nós mesmos o que somos. Ele nos conhece, sabe de nossas limitações e o potencial que temos. Nós é que precisamos nos descobrir. Por isso, Ele nos prova, nos faz sangrar, chegar até as últimas consequências. Então, depois, o Eterno se revela com bondade, amor e grandeza. O patriarca Abraão estava realmente disposto a obedecer (Gn 22.10). Ele tinha consciência de que Deus havia gerado Isaque das entranhas do nada, apenas pelo poder de Sua Palavra. O escritor aos Hebreus afirma que Abraão considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar (Hb 11.18). Abraão não creu porque alguém disse algo a respeito de Deus. Ele creu em deus porque o conhecia.

 

  1. Deus proverá o cordeiro.

Moriá é o lugar onde Deus se revela com intensidade a Abraão, onde lhe renova as promessas e o torna exemplo de fé para todas as gerações. Em Moriá, Abraão avistou dois cordeiros: o que substituiu Isaque e o que substituiu a humanidade.

 

3.1. A revelação de Cristo vivo.

Na hora do sacrifício, Abraão é impedido por um anjo. No entanto, não é um anjo comum. É o próprio Senhor Jesus que se revela para ele, antes mesmo de ser gerado no ventre de Maria. Em Gênesis 22.1, 2, é o Senhor que ordena a Abraão que sacrifique Isaque em Moriá. Mas, em Gênesis 22.12, o anjo que impede Abraão diz a seguinte frase: “Não estenda a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho”. Observe atentamente a expressão “não me negaste”. A confirmação dessa revelação aparece em João 8.56-58, quando o próprio Jesus afirma que Abraão viu o Seu dia e se alegrou. Em outras palavras, Abraão teve o privilégio de ver o Cristo antes que a humanidade pudesse ver.

 

3.2. A porta dos inimigos.

Após revelar-se a Abraão, o Senhor lhe diz que, por sua obediência, lhe abençoaria de tal forma que a sua descendência possuiria “a porta dos seus inimigos” (Gn 22.16, 17). Fomos abençoados através de Abraão e não com uma medida de benção qualquer, mas, como descendência dele, o Senhor nos conferiu o dom de conquistar. A expressão “possuir a porta dos inimigos” fala de grandes conquistas, de posse e de prosperidade em todas as áreas de nossa vida.

 

3.3. Adorando a Deus.

A primeira menção da palavra “adorar” na Bíblia aparece exatamente no capítulo 22 do livro de Gênesis. Tal referência nos indica que o ato de adorar envolve três fatores: sacrifício, renúncia e obediência. Isaque representa toda a barreira que nos impede de contemplar o Senhor com exclusividade. Com Isaque em nosso coração, Deus fica em segundo plano. É extremamente importante compreender que o nosso Deus não aceita ninguém como rival (Mt 6.24). Por isso, devemos levar nosso Isaque a Moriá e entrega-lo a Deus. O nome Moriá vem da palavra “Morá”, que em hebraico, significa “temor”. Desta montanha, o temor de Deus percorreu a terra toda. Outra versão diz que vem de “ora”, que quer dizer luz. Curiosamente, esse é o mesmo lugar onde Jacó, filho de Isaque e neto de Abraão, teve um encontro com Deus quando fugia de Esaú (Gn 28.19).

 

Conclusão.

Matar seu filho com as próprias mãos obrigava o patriarca a matá-lo primeiro em seu coração (Jo 12.24). Jamais venceremos o externo se o interno não for realmente tratado. Deus não trabalha com aparência, mas sim com transformação e esta começa no interior do coração de cada ser humano.

fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net

 

 

                      ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 3 -                                 Revista da Editora Betel 

    A Importância de Buscar com Zelo os Valores Perdidos

                             18 de outubro de 2015

 

 

Texto Áureo

“Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende”. Lc 15.10 

 

 

Verdade Aplicada

 

Existem pessoas que somente acendem a luz quando se dão conta de que perderam algo de valor. A perda pode revelar as trevas que imergem as nossas vidas.

 

 

Textos de Referência.

 

 

Lucas 4, 6-8

4 Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la?

6 E, chegando à sua casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.

7 Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.

8 Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?

 

 

Introdução

 

Embora o capítulo 15 de Lucas trate três verdades de salvação em uma mesma parábola, destacaremos aqui apenas a busca diligente da dracma perdida e suas verdades para o nosso cotidiano.

 

 

  1. A dracma perdida.

 

A moeda encontrava-se perdida em casa, não por vontade própria, mas pela falta de cuidado ou desatenção de sua dona. Muitas coisas podem se perder, mas perder-se dentro da própria casa implica na possibilidade da alma, preciosa aos olhos de Deus, estar com a salvação comprometida.

 

 

1.1. Conhecendo a dracma.

 

Segundo o Dr. G. Campbell Morgan, as mulheres daquela época costumavam usar acima das sobrancelhas uma tiara chamada “semedi”. Era feita de moedas que por si mesmas tinham muito pouco valor (para utilizar a moeda como jóia, sua superfície deveria ser raspada, o que reduzia seu valor ou anulava a moeda completamente). A tiara significava noivado ou casamento. Sendo ou não monetariamente valiosa, estava acima de qualquer preço para a mulher que a usava. A moeda tinha valor sentimental e era um objeto elegante. Poe esta razão, a mulher a procurou com zelo e fez uma busca completa. Estava ansiosa para recuperar o que tornava perfeito o simbolismo que usava na testa (Lc 15.8, 9; 1Co 12.31).

 

 

1.2. A dracma e sua verdade.

 

Jesus utiliza a perda de uma mulher para expressar o amor de Deus por uma alma perdida. Ele nos faz entender que se uma mulher fazia todo o possível para achar uma moeda de pequeno valor, Ele iria muito mais além (Mt 6.26). A ideia central é trazer de volta para si mesmo os pecadores perdidos, cujas almas valem muito mais do que uma simples moeda de prata. A parábola é reveladora e afirma que existe uma alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende (Lc 15.10). Jesus apresenta o entusiasmo daquela mulher para expressar como se sente diante da recuperação de uma alma perdida e chama a atenção para que possamos sentir o mesmo.

 

 

1.3. A salvação ilustrada em uma dracma.

 

Os judeus entendiam que se um homem se arrastasse diante de Deus, implorando misericórdia, este poderia alcança-la (Lc1.50; Rm 11.32). Porém, jamais foram capazes de conceber um Deus que saísse em busca dos pecadores. Nesta parábola se revelam duas coisas interessantes: a alegria por um pecador arrependido e o amor divino, que se estende mesmo antes de o pecador se arrepender. Nenhum fariseu jamais tinha sonhado com um Deus assim. Em contrapartida, estudiosos judeus admitiram ser isto algo absolutamente novo que Jesus ensinou aos homens a respeito de Deus, que Ele realmente procura os homens e quer acha-los (Lc 19.10).

 

 

  1. As descobertas de uma procura.

 

Ao notar que uma dracma havia se perdido, a mulher deixa todos os seus afazeres e se aplica diligentemente encontrar a moeda perdida (Lc 15.8, 9). É nesse momento que ela acende a luz, varre a casa e incessantemente a busca até que encontre. Vejamos esses passos:

 

 

2.1. A busca pelo que se perdeu.

 

Nosso século trouxe mudanças generalizadas à sociedade. Vivemos o período mais complicado de todos os tempos já vividos até agora. É o século do conhecimento, porém, de forma alarmante e assustadora, é também o século da mistura, de modo que muitos valores se perderam dentro da própria Igreja (casa). Quando temos como normais as coisas que a Palavra denuncia como pecado. Então, é hora de fazer um exame rigoroso de nossa profissão de fé e buscar onde caiu nosso machado, porque, certamente, o juízo virá (2Rs 6.5, 6; Mt 3.10). A mulher tinha nove moedas, mas sabia que estaria incompleta caso não encontrasse a que se perdeu.

 

 

2.2. A luz que ilumina e reprova.

 

O texto nos fala de uma revelação progressiva, onde um sentimento de perda é seguido por uma atitude em recuperar o que se perdeu. Mas essa mulher faz algo interessante no cominho da busca, ela acende a lamparina (candeia – uma representação da vida espiritual). A verdade espiritual é que a perda pode ser a fagulha que acende uma lamparina apagada (Jo 12.36: Ef 5.8). Ou seja, essa mulher estava em trevas e somente se deu conta de que havia perdido algo de valor. A mesma luz que lhe ajudou a encontrar a dracma perdida, lhe ajudou a encontrar-se consigo mesma (Is 9.2).

 

 

2.3. Uma casa desarrumada.

 

Logo que acendeu a candeia, essa mulher viu o que jamais poderia ver enquanto estava em trevas. Sua casa estava desarrumada (Lc 15.8b; 1Pe 2.5). A aplicação espiritual aqui é a visão que temos de nós mesmos quando somos confrontados com a luz da verdade. Nesse caso, a luz mostrou para essa mulher a condição de sua casa e também onde estava o que havia perdido (Jó 12.22; 2Sm 22.29). Existe um tesouro dentro de cada um de nós e o inimigo sabe muito bem dessa verdade. Por isso, a ideia é nos cegar o entendimento, nos fazer insatisfeitos, misturar os conceitos santos com os profanos e nos fazer desistir de nós mesmos.

 

 

  1. Em busca dos valores perdidos.

 

Temos perdido muitos valores em nossos dias, principalmente dentro da comunidade cristã (Ef 2.11, 12). Precisamos agir como essa mulher e vasculhar nossas vidas até encontrarmos esses valores. Só entende o significado da luz aquele que dela precisa; e só se alegra com o que achou aquele que reconhece seu valor. Vejamos alguns conceitos:

 

 

3.1. A importância da luz.

 

Não existe um ser humano que dê os primeiros passos para o pecado sem que seu coração o advirta; porém, se pecar de forma constante, chega o momento em que deixa de preocupa-lo (Mt 6.23). Aquilo que uma vez fizemos com medo, vacilando e com repugnância, converte-se em hábito. Nesse caso, não podemos culpar a ninguém exceto a nós mesmos se chegarmos a essa situação. À medida que o tempo passa, nosso coração pode chegar a embotar-se e para que isso não ocorra devemos estar sempre vigilantes (Ef 5.11). Trevas significam morte e era essa nossa condição antes de nos tornarmos participantes da luz divina (Ef 2.1).

 

 

3.2. As coisas têm o valor que damos a elas.

 

É muito comum dar importância às coisas que não temos e, quando as adquirimos, geralmente elas parecem não ter mais tanto valor. O valor de muitas coisas pode ser relativo. Por exemplo: o valor da honestidade nada significa para uma pessoa desonesta. Todavia, existem coisas simples que são de inestimável valor para os outros. A dracma que foi perdida não era tão valiosa assim; ela correspondia ao salário de um dia de um trabalhador braçal. Mas para essa mulher representava o que ela tinha de mais valioso no momento. Por isso, se esforçou tanto em encontrá-la.

 

 

3.3. A restauração é sempre contagiante.

 

Uma pessoa com perdas não tem alegria. Mas uma pessoa alegre é sempre contagiante. Ao encontrar o que se perdeu, ela se alegrou e compartilhou da alegria com suas amigas e vizinhas (2Co 1.3, 4). O primeiro estágio dessa mulher é solitário e desesperançoso, mas ela não desiste, acende a luz, varre a casa cuidadosamente busca até encontrar. O detalhe está em procurar no lugar certo e nunca desistir até que encontre.

 

 

Conclusão.

 

Aprendemos nesta lição que a vida espiritual pode ser imersa nas trevas sem que nos demos conta de como estão desarrumadas nossas vidas. Contudo, é preciso uma busca diligente e uma boa varredura para que os valores perdidos com o tempo possam ser recuperados e colocados em seu devido lugar.

 

Escola Dominical - Lição 4 - O exercício da misericórdia manifesta a graça de Deus

LIÇÃO  4 – 25 de outubro de 2015 –                               Editora BETEL 

O exercício da misericórdia manifesta a graça de Deus

 

TEXTO AUREO

 

“Porque bem pode ser que ele se tenha separado de ti por algum tempo, para que o retivesses para sempre.” Fm 15

 

Comentarista: Pastor José Fernandes Correia Noleto

 

VERDADE APLICADA

 

Através da revelação da graça, nasceu uma nova relação, na qual todas as diferenças externas são abolidas, pelo fato de que todos nos tornamos irmãos e filhos do mesmo Pai.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

 

• Mostrar quem são as figuras principais da epístola, o que elas tipificam e o pano de fundo da história;

• Ensinar como se deu a conversão de Onésimo, e como Filemom deveria aceitá-lo e perdoá-lo;

• Esclarecer como Onésimo se tornou um teste de fé para Filemom.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA

 

Fm 10 - Peço-te por meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões;

Fm 11- O qual noutro tempo te foi inútil, mas agora a ti e a mim muito útil; eu to tomei a enviar.

Fm 12 - E tu toma a recebê-lo como às minhas entranhas.

Fm 13 - Eu bem o quisera conservar comigo, para que por ti me servisse nas prisões do evangelho;

Fm 14 - Mas nada quis fazer sem o teu parecer, para que o teu benefício não fosse como por força, mas, voluntário.

Fm 15 - Assim, pois, se me tens por companheiro, recebe-o como a mim mesmo.

Fm 16 - E, se te fez algum dano, ou te deve alguma coisa, põe isso à minha.

 

Introdução

A epístola dirigida a Filemom é de uma preciosidade inigualável no Cânon Sagrado. Ela revela o que a graça de Deus pode realizar na vida de pessoas escravas e sem perspectivas como Onésimo, o escravo que se tornou irmão.

 

1 Conhecendo os personagens

A epístola não nos revela o que realmente Onésimo usurpou de seu senhor Filemom. Ela apenas diz que ele fugiu em direção a Roma e pode ter furtado algo de valor para garantir-se (Fm 18,19). Por meio de circunstâncias não registradas na Palavra de Deus, Onésimo conheceu o apóstolo Paulo na prisão e tomou-se cristão. Vejamos o perfil de cada personagem para compreender melhor as lições de vida desta epístola.

 

1.1. Filemom, o líder da igreja

Ao que parece, Filemom era um rico cidadão de Colossos. Sua conversão se operara através da pregação do apóstolo e existem fortes laços de amizade entre eles (Fm 1722). Filemom é descrito por Paulo como um homem de amor e de fé, tanto para com Jesus Cristo quanto para com o povo de Deus. Seu amor era prático. Ele reanimava os santos por meio de suas palavras e de seu trabalho (Fm 7). As igrejas do Novo Testamento reuniam-se nos lares (Rm 16.5,23; ICo 16.19). É bem provável que a igreja na casa de Filemom fosse uma das duas congregações de Colossos (Cl 4.15).

Explique para os alunos que, por se tratar de um homem muito rico, Filemom tinha escravos em sua casa, uma prática comum, visto que mais de um terço da população do Império Romano estava sob o jugo da servidão. Ressalte para eles que a posição dos escravos no Império Romano era muito humilhante. Um escravo não era visto como uma pessoa; era uma ferramenta vivente. Qualquer senhor tinha direito de vida e morte sobre seus escravos. Poderia condená-los a tarefas pesadas, ordenando até que trabalhassem acorrentados no campo. O senhor poderia castiga-los com golpes de vara, ou até mesmo marcá-los na fronte como se marcava um animal. Caso fossem ladrões ou fugitivos e, se comprovasse que era impossível corrigi-los, este senhor poderia crucificá-los.

 

1.2. Onésimo, o escravo fujão

Onésimo nasceu escravo, sem Deus e sem esperança (Ef2.11,12). Certamente, motivado pela pregação que ouviu, desejou ser livre e partiu para Roma. Ele escolheu seu próprio caminho de liberdade, mas algo parece não ter mudado em sua vida e resultou em uma prisão, pior ainda que a escravidão. É nessa hora que ele encontra um preso chamado Paulo, que lhe anuncia a salvação e daí por diante, ele se torna um homem livre e útil ao apóstolo (Fm 10-14). Paulo escreve uma carta a seu filho na fé Filemom, dizendo que receba a Onésimo como um filho gerado em suas entranhas. Onésimo agora deve voltar, mas volta numa condição diferente. Ele retorna como irmão em Cristo (Rm 8.1).

Explique para os alunos que a manifestação da graça salvadora é fruto do Deus Salvador que nos ama profundamente em Cristo. O nosso Deus nos ama não para barganhar conosco, mas porque Ele é amor (lJo 4.8). Reforce para eles que o Evangelho de Cristo é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16). Comente com eles que a manifestação do Evangelho da graça de Deus revista a nossa condição vil, a ação soberana de Deus em nos buscar em Cristo e a plena segurança que temos nEle. É por causa desta graça que temos o lindo cântico de Moisés em Apocalipse 15.3, 4. O Senhor Jesus deixou bem claro o motivo da Sua vinda: buscar e salvar o que se havia perdido (Lc 19.10). Deus é glorificado quando um homem é salvo por Sua maravilhosa graça. Exatamente como na vida de Onésimo.

 

1.3. Paulo, um tipo de Cristo

Na epístola, Paulo tipifica o Senhor Jesus Cristo, Onésimo, a humanidade pecadora e escrava, e Filemom, o Pai, que deve conceder o perdão ao pecador regenerado por Cristo. Paulo gostaria de ficar com Onésimo, mas o envia de volta a Filemom, porque não deseja fazer nada sem o seu consentimento (Fm 13, 14). O cristianismo não existe para ajudar os crentes a escaparem de seus pecados. Ele existe para capacitar os seguidores de Cristo a enfrentar o passado e a elevar-se acima dele. Onésimo tinha escapado, mas deveria voltar e enfrentar as consequências de seus atos.

Esclareça para os alunos que o cristianismo não é uma fuga dos erros do passado. É a conquista de uma nova vida (Jo 8.12; Rm 6.4). Onésimo morava dentro da igreja, mas não era livre. Ele encontrou sua liberdade numa prisão. Que paradoxo! Dois presos se encontram numa prisão e um preso liberta o outro. Paredes podem aprisionar um corpo, mas jamais poderão aprisionar o espírito.

 

2 A conversão de Onésimo

Como escravo fugitivo, Onésimo deveria ser punido se voltasse para a casa de seu senhor. Porém, a graça de Deus o encontrou. Agora, as coisas mudaram de figura porque, diante de Deus, Filemom também deverá recebê-lo como um irmão e perdoá-lo por seus agravos (2Co 2.10).

 

2.1. Um filho gerado nas prisões

Paulo afirma a Filemom que Onésimo em outro tempo lhe era inútil. Ele faz um trocadilho com o significado de seu nome que quer dizer “útil”. E diz: “agora” a ti e a mim muito útil (Fm 11). Agora quando? Agora que a Palavra de Deus o transformou. Dentro da prisão, a vida de Onésimo sofre uma grandiosa mutação (Fm 9,10). Ele passa da condição de escravo a irmão de Filemom. Agora Onésimo tem um defensor, Paulo, que prepara uma carta de próprio punho e endereça a Filemom, testemunhando aquela transformação e coloca-se diante de Filemom como um seguro para Onésimo. A prisão de Paulo foi a solução para a vida de Onésimo (2Tm 2.9,10).

Mostre para os alunos que, geralmente, quando não compreendemos os propósitos divinos, reclamamos das situações adversas que estamos passando. Paulo foi para a prisão por causa de Cristo e por amor a Cristo. Paulo descobriu a beleza do Evangelho numa prisão. Ele era livre, mesmo algemado e preso numa cela. Se não estivesse lá, Onésimo não seria salvo. O que Pardo pudesse pensar ser injustiça era uma oportunidade para a salvação de um perdido (Fm 10).

 

2.2. A humilde intercessão de Paulo

Paulo não se apresenta a Filemom como apóstolo ou líder, mas como prisioneiro de Cristo e como amigo (Fm 1). Paulo declara que Onésimo é seu filho na fé e, dirigindo-se com amor, traça um elogio ao trabalho que executa em sua casa e como as pessoas que recebem sua palavra testemunham com alegria (Fm 5-7). Paulo não usa sua autoridade apostólica. Ele pede com um carinho especial de pai para que Filemom o receba e afirma que gostaria que Onésimo ficasse em Roma para ajudá-lo, mas sabendo a quem ele pertence, o envia para que haja uma reconciliação (Fm 8-14). E finaliza dizendo: “Escrevi-te confiado na tua obediência, sabendo que ainda farás mais do que digo” (Fm 21).

Comente com os alunos que, quando nos preocupamos e oramos pelos nossos amigos, o Senhor recompensa-nos abundantemente, concedendo-nos até aquilo que não pedimos (Jó 42.10). Esclareça para eles que, mesmo em situações de profunda crise, a intercessão em favor dos outros traz grandíssima recompensa (Et 4.14-17; 8.15 17). Informe para eles que Daniel orava três vezes ao dia. Ele era um deportado. Ele estava longe dos seus em terra estranha, mas intercedia pela sua família e pelos seus concidadãos todos os dias. A recompensa veio de várias maneiras. Ele foi salvo da boca dos leões. Ele tomou-se um príncipe e o chefe dos sábios. Ele foi exaltado perante o rei e, por fim, foi agraciado com a presença de um anjo, fazendo dele um profeta escatológico (Dn 10.2,3; 11; 12). Informe para os alunos que, além das grandes vantagens que a intercessão traz à igreja, à família, ao país e aos crentes em particular, o intercessor é contemplado com a graça e a misericórdia de Deus de forma abundante, traduzida em bênçãos, tal como aconteceu com os servos de Deus no passado.

 

2.3. Recebe-o como a mim mesmo

Onésimo encontrou no cárcere de Roma nada menos que o homem que havia pregado para o seu senhor. Pode-se dizer que Onésimo foi um homem agraciado em todos os sentidos. Ao interceder, Paulo relembra algo a Filemom: “Ainda que tenha em Cristo grande confiança para te mandar o que te convém, todavia peço-te antes por amor” (Fm 8, 9). Vai ser duro para Filemom considerar como irmão a um escravo fugitivo, mas é exatamente o que Paulo lhe ordena (Fm 17). O apóstolo também se propõe a pagar todas as perdas que Onésimo tenha acarretado a Filemom, lembrando-o sutilmente que ele lhe deve muito mais que valores, deve-lhe sua vida espiritual (Fm 18-20).

Informe aos alunos que o versículo 19 de Filemom dá a entender que foi Paulo quem levou Filemom a fé em Cristo. O apóstolo usa esse relacionamento especial para incentivar o amigo a receber Onésimo. Filemom e Onésimo não eram somente irmãos espirituais no Senhor; eles também foram gerados pelo mesmo “pai espiritual” (Fm 10; ICo 4.15).

 

3. Perdendo para ganhar

Se algum dia Filemom anunciou o Evangelho a Onésimo não o sabemos. Mas, ao abraçar ao Senhor, a conversão de Onésimo gerou uma nova relação, onde as diferenças externas foram abolidas e para Filemom era aceitar ou rejeitar (ICo 12.13; G1 3.28).

 

3.1. Filemom perde um escravo e ganha um irmão

Onésimo sai como ladrão e retorna como irmão. A graça fez em que Filemom e Onésimo se encontrassem num mesmo nível porque Cristo era Senhor de ambos. Paulo diz que Filemom o perdera por um tempo para tê-lo para sempre (Fm 15). Ou seja, foi preciso que ele perdesse para poder ganhar (Fp 3.8). Onésimo tinha fugido como escravo e era como tal que retornava, mas agora não só era um escravo, era também um irmão amado no Senhor. Aquele que antes o servia por medo e de maneira obrigatória, agora o serviria com amor e como uma pessoa da família (lJo 4.16).

Explique para os alunos que essa nova relação nunca dava ao escravo o direito de ser negligente, nem de aproveitar-se; fazia dele um servo mais eficiente, porque agora devia fazer as coisas de tal maneira que pudesse oferecê-las a Cristo. Quanto ao senhor significava que já não trataria seu servo como uma coisa, mas sim como uma pessoa e como um irmão em Cristo.

 

3.2. Onésimo, a provação de Filemom

Precisamos estar atentos para entender como Deus está se movendo, para que as verdades do mundo espiritual não passem despercebidas (ICo 2.14,15). Primeiro, Onésimo furta algo e foge, depois é preso e encontra-se com Paulo, o pai na fé de Filemom e o líder da igreja que presidia. Nada disso aconteceu por acaso. Onésimo se constituiu em um grande teste de fé para Filemom, porque qualquer reação contrária à fé que anunciava poderia manchar seu ministério. O teste de fé era exercer o amor e o perdão que ensinava (Mt 6.15; Ef 4.32).

Informe para os alunos que depois, a pedido de seu líder, Filemom deveria reconhecê-lo como irmão. Pergunte a eles qual seria a sua reação em uma situação como essa. Pergunte se estariam dispostos a cumprir os ditames que a graça reserva para cada um de nós.

 

3.3. Onésimo, o bispo de Éfeso

Cinquenta anos mais tarde, levado para execução desde sua igreja em Antioquia até Roma, Inácio, um dos grandes mártires cristãos, escreve cartas, que ainda existem, às igrejas da Ásia Menor. Detém-se em Esmirna e dali escreve à igreja de Éfeso. No primeiro capítulo de sua carta, fala muito a respeito de seu maravilhoso bispo. E qual é o nome do bispo? Onésimo. E Inácio faz exatamente o mesmo trocadilho que Paulo tinha feito: “E Onésimo de nome e por natureza, útil para Cristo”. Onésimo, o escravo fugitivo, chegaria a ser, com o passar dos anos, nada menos que Onésimo, o grande bispo de Éfeso (Cl 2.6; 4.9).

Esclareça para os alunos que o futuro declarou o que realmente foi gerado naquela prisão onde Paulo e Onésimo um dia se encontraram. Merece ser destacado para eles que as prisões podem ser a incubadora que Deus cria para que venhamos a dar frutos que abençoarão milhares de vida.

 

Conclusão

É preciso mais do que amor para resolver problemas. O amor deve pagar um preço. Deus nos salvou por Seu amor e deu Seu Filho por nós (Jo 3.16). Deus salva os pecadores pela graça (Ef 2.8, 9). A graça de Deus é o Seu amor, que cobriu o salário do pecado, nos resgatou e nos deu a vida eterna (Rm 6.23).

 

Escola Dominical - Lição 5 - Judas Iscariotes, um apóstolo dominado pela carne

   LIÇÃO 5 – 01 de novembro de 2015 – BETEL

 

Judas Iscariotes, um apóstolo dominado pela carne 

 

TEXTO AUREO 

“Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos.” ICo 10.11 

Comentarista: Pastor José Fernandes Correia Noleto 

VERDADE APLICADA

 

Existem pessoas que começam bem, mas terminam mal. O importante não é como começamos, mas como iremos terminar a nossa trajetória nesta vida.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

 

  • Apresentar quem era Judas, como se tornou um dos doze discípulos e o motivo principal que o levou a trair Jesus;
  • Revelar como a vida de Judas foi minada por Satanás;
  • Ensinar que devemos tratar as nossas fraquezas, porque a única recompensa para o pecado é a morte.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA

 

At 1.16 - Homens irmãos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo predisse pela boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a Jesus;

At 1.17 - Porque foi contado conosco e alcançou sorte neste ministério.

At 1.18 - Ora, este adquiriu um campo com o galardão da iniquidade; e, precipitando-se, rebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram.

At 1.19 - E foi notório a todos os que habitam em Jerusalém; de maneira que na sua própria língua esse campo se chama Aceldama, isto é, Campo de Sangue.

 

Introdução

Judas foi escolhido por Jesus para ser um dos doze. Desfrutava da comunhão, expulsava demônios e curava os enfermos (Mc 6.7). Mas, seu coração foi vencido por Satanás, passando da condição de herói à de vilão (Lc 22.3).

 

  1. Judas, o traidor

Judas foi um privilegiado. Ele fez parte do seleto grupo escolhido por Jesus. Mas durante sua caminhada algo terrível aconteceu. Judas passou a roubar, tornou-se ganancioso e foi contado como o maior traidor da história.

 

1.1. A enigmática vocação de Judas

Um fator que nos é obscuro no Novo Testamento é o momento da vocação de Judas como discípulo de Jesus, visto que seu nome figura sempre por último nas listas apostólicas, como que em repúdio à sua vergonhosa carreira (Mt 10.4). Acredita-se que o traidor tenha conhecido Jesus quando este anunciava o Evangelho pela Judeia. Talvez ele estivesse nas proximidades do Jordão na ocasião do batismo de Jesus. É possível também que Judas tenha sido despertado e atraído pela fama de Jesus. Ou até mesmo, que tenha conhecido o Mestre ao buscar um de Seus milagres. Todas essas suposições são plausíveis. Porém, as Escrituras não nos fornecem o registro do momento em que Judas foi vocacionado como discípulo, apenas que era um dos doze (Mt 10.4; Jo 6.70).

Diga para os alunos que não é fácil entender como pessoas boas e com um futuro tão promissor, de repente, se tomam tão contrárias e tão negativas a seus próprios credos. Ressalte para eles que Judas ainda é um enigma. Não sabemos até hoje como integrou o grupo, apenas sabemos que era um dos doze (Mt 10.2-4).

 

1.2. As reais convicções de Judas

Como explicar o desequilíbrio pessoal de Judas, se ele durante três longos anos testemunhara tanto as riquezas dos ensinamentos quanto a sublimidade dos milagres realizados por Jesus? Judas possuía profundas convicções de que Jesus não era um mentiroso, nem tampouco um impostor (Mt 26.1, 2). Alguns expositores afirmam que Judas se decepcionou e, por esse motivo, traiu o Mestre. Esperava um Messias de acordo com a ideologia de seu povo e, no princípio, até se admirou dele. Porém, essa admiração passou com o tempo e, assim, o vendeu para os judeus.

Explique para os alunos que, mesmo que esses fatos sejam apreciados, a Bíblia nos diz que Satanás entrou em Judas e isso encerra toda e qualquer especulação. Onde Satanás penetra até as maiores convicções da verdade se deterioram (Jo 10.10; Lc 22.3). Merece ser destacado para os alunos que, por alguma razão, Satanás entrou em Judas, mas não em Pedro. Jesus deixou bem claro que Satanás também queria Pedro (Lc 22.31). Houve algo na maneira como esses homens aceitaram a Jesus que fez a diferença em sua vida. Suas características eram quase as mesmas. No entanto, o que aconteceu com cada um foi muito diferente. Tanto Pedro como Judas falharam com Jesus. Todavia, Pedro continuou a receber a promessa da vida eterna, enquanto Judas continuou a receber a promessa de destruição eterna.

 

1.3. Por que Jesus escolheu a Judas?

Se Jesus sabia que Judas iria traí-lo, por que o chamou? Deus nunca obrigará ninguém a servi-lo ou obedecê-lo. Ele dá as opções e nós tomamos as decisões (Dt 30.19). Não somos robôs ou máquinas sem capacidade de pensar ou agir. Ele nos fez seres inteligentes e racionais, Ele deu a cada um de nós a capacidade de escolha (livre arbítrio). Até mesmo quando Ele nos escolhe e comissiona, deixa a nosso critério a fidelidade ou a traição. Temos a capacidade de observar o mal e dele não fazer parte. Ninguém nasce perdido, ninguém nasce obrigado a fazer o que não quer, todos fazem suas opções. Jesus não se enganou a respeito de Judas. Foi Judas quem se enganou a respeito de Jesus (Jo 6.70; 13.24-30).

Informe para os alunos que Judas era um privilegiado. Podemos afirmar que Judas andava com Deus (Jo 1.14). Judas caminhou lado a lado com a verdade (Jo 14.6). Mas, infelizmente, temos que admitir: Judas era uma farsa. Ele possuía todos os meios legais para ser verdadeiro e andar com Jesus foi o maior privilégio que possuiu em vida (Mt 13.17).

 

2 Quando o profano vence o santo

A Bíblia nos fornece a resposta da transformação radical no caráter de Judas: a entrada de Satanás em sua vida (Lc 22.3). O que nos resta agora é procurar por onde Satanás penetrou; qual parte de sua vida não estava selada e por onde Satanás encontrou legalidade para atuar e destruir sua vida.

 

2.1. Entrou, porém, Satanás

Satanás entrou e essa declaração diz tudo. É difícil acreditar como uma pessoa que dormia ao lado de Cristo se deixou possuir inteiramente por Satanás. Mas, infelizmente, esta é a única palavra que explica uma traição tão absurda como a de Judas. Quando Satanás penetra em uma vida, nada mais é como antes. E ele só precisa de uma pequena brecha para entrar (lPe 5.8). Primeiro, ele matou as certeiras convicções de Judas, depois, roubou sua simplicidade e santidade, e, por fim, conduziu Judas ao extremo de eliminar a própria vida (Jo 10.10).

Esclareça para os alunos que Satanás é o pivô de toda e qualquer desgraça no mundo em que vivemos. Ele é ardiloso e desfigurado e aquele que se toma seu escravo não demora a praticar as mesmas ações de seu caráter (Jo 8.44). Talvez os alunos se perguntem como pode ser isto possível. Ressalte para eles que é exatamente isso que a Bíblia está nos ensinando. Por mais influenciadoras que sejam as pessoas, para o bem ou para o mal, nós podemos escolher copiá-las ou não. Deus jamais interferirá no livre--arbítrio de Suas criaturas.

 

2.2. Judas personificou o mal

Judas esteve aos pés de Jesus vivendo num verdadeiro clima celestial. Quando Jesus proferia Suas parábolas, ele fazia parte do grupo que as compreendia (Mt 13.11). Mas a verdade não criou raízes em sua vida como na de seus companheiros (Jo 14.6). Da mesma maneira que Satanás tramou na eternidade, ele seduziu Judas a tramar na Terra. O diabo não se firmou no céu ao lado de Deus e Judas não se firmou na Terra ao lado de Jesus. Judas mentia, roubava e tramava contra o Mestre. Ele, desde o princípio, também não se firmou na verdade.

Explique para os alunos que, em vez de se tomar semelhante a Cristo, Judas personificou o diabo (Jo 8.44).

 

2.3. A porta de entrada de Satanás

João denuncia que Judas era ladrão. Jesus sabia, mas talvez esperasse que Judas caísse em si e tomasse uma posição quanto àquilo que minava sua vida espiritual (Jo 12.6). É certo que entre os doze deveria surgir o traidor, mas não significava que fosse Judas (Jo 13.21). Mas foi exatamente esse que Satanás conquistou, alimentando sua fútil ganância pelo dinheiro e foi por dinheiro que ele vendeu seu mestre (Mt 26.14-16). É interessante, mas ele vendeu a única pessoa que poderia comprá-lo. Judas jamais permitiu que os ensinamentos de Jesus moldassem seu caráter. Mesmo convivendo diariamente com a verdade, ele conseguia viver na mentira! Mesmo andando com a vida, ele se mantinha morto. Estando ele andando no caminho, ainda assim se desviou dele.

Informe para os alunos que, quando Maria, irmã de Lázaro, derrama um vaso de nardo puro ungindo os pés de Jesus, Judas fica extremamente contrariado e contesta a atitude de Maria. Jesus o repreende porque conhecia o seu coração e a intenção de ambos. Ao condenar Maria, Judas pensava apenas em si mesmo, não nos pobres. Seu discurso traía seu coração. Mais tarde, entregaria Jesus por 30 moedas de prata. O preço da traição foi dez vezes menor que o valor do perfume de Mana. O maior erro de Judas não foi a traição, mas sua incapacidade de reconhecer suas próprias limitações, de aprender com Jesus que os maiores problemas do homem estão na caixa de segredos de sua personalidade. Judas não se perdoou por trair Jesus. Tanto que não achou saída e, ao invés de sincero arrependimento, sentiu remorso. Mostre aos alunos que a Palavra de Deus sempre nos ordena escolher a vida e Judas escolheu (Dt 30.19). Porém, jamais se enquadrou nas verdades que essa vida produz. Seu maior problema foi não deixar que a verdade penetrasse e desfizesse todo o mau-caratismo de sua alma pecadora (Mt 12.43, 45). Ele apenas viveu a esfera do sucesso, sem nunca tratar o que lhe traria fracasso.

 

3 Quando o enganador é enganado

Durante muito tempo, Judas foi alimentado pelo sucesso de estar ao lado da maior figura em destaque de sua época. Mas não o entendeu, não assimilou Seus ensinamentos e se deixou vencer pela cobiça (Jo 12.6). Porém, ao cair em si e ver o quanto estava errado, Judas ainda poderia ir ao Mestre, mas o peso de sua traição e a acusação do inimigo contra si foi tão grande que a única porta que encontrou para escapar foi a da morte (Mt 27.5; Jo 10.9).

 

3.1. O pior negócio da história

Ludibriado por Satanás, Judas abriu mão da única pessoa que poderia perdoá-lo e ajudá-lo (Jo 14.6). Judas vendeu Jesus por trinta moedas que jamais usou. Sua ficha só caiu quando as moedas estavam suas mãos. Ele até tentou desfazer o negócio, pois entendeu que aqueles religiosos eram falsos e enganadores, mas eles pioraram sua situação dizendo: “Que nos importa? Isso é contigo” (Mt 27.4). Satanás age assim. Ele usa pessoas para nos influenciar nas áreas que nos domina e depois, quando erramos, ele usa esse erro para nos envergonhar e nos escravizar.

Mostre aos alunos que o texto diz que Judas se arrependeu (Mt 27.3), mas infelizmente, ele foi buscar abrigo em pessoas que eram piores que ele. Ressalte para eles que as aparências podem nos enganar. Judas era apóstolo por fora, mas por dentro era um ladrão. Façamos uma varredura em nossas almas e deixemos Cristo nos transformar. Judas não terminou mal por falta de oportunidade, mas por falta de caráter.

 

3.2. O prêmio da iniquidade

Não podemos esquecer que iremos colher o que semeamos, seja bom ou mau (G1 5.16). Judas recebeu o prêmio de sua insanidade (At 1.17, 18a). É isso que o inimigo promove na vida daqueles que se deixam seduzir por ele. Não existe recompensa alguma na traição. O galardão da iniquidade é a perda total da moralidade. Judas não ficou com Jesus, não usufruiu o dinheiro e sequer teve apoio dos judeus (Mt 27.3-5).

Informe aos alunos que o único prêmio recebido por Judas foi a morte, a recompensa destinada a todos aqueles que fazem opção pelo pecado (Rm 6.23a). A Bíblia diz que, caindo do precipício (acredita-se que era mais pesado que o galho, onde tentou se enforcar), rebentou-se ao meio e suas entranhas se derramaram corpo afora (Mt 27.5; At 1.18).

 

3.3. Um alerta para quem serve a Deus

Em Provérbios 30.19, Aqui nos fala sobre o caminho da cobra na penha. Uma representação de um coração duro (penha - pedra), onde a cobra (Satanás) passeia livremente. A cobra é um animal debilitado de visão e, para se orientar, usa a língua como um sensor. Essa saliva deixa um odor que marca o território onde passou. Para retornar, ela se guia por esse odor e, se o local por onde passou estiver limpo, ela jamais encontrará o caminho de volta. Judas foi escolhido por Jesus, mas foi Satanás que entrou em sua vida. Por quê? Ele não limpou o terreno de sua alma. Havia nele uma marca de Satanás, a mentira, e foi por aí que Satanás não somente retornou, mas tomou posse dele por inteiro (Mt 12.43, 45).

Esclareça para os alunos que Satanás se acha dono de nosso corpo e mestre de nossas vidas. Observe o que Jesus diz em Mateus 12.43, 45. Ele afirma que o diabo sempre volta pelo mesmo lugar e, ao voltar, traz consigo sete espíritos piores que ele e, entrando, toma pior a vida de que quem é dominado. Todavia, só entrara se a casa estiver desocupada. Não podemos ser omissos quanto a essa verdade. Tomemos o exemplo de Judas, que cuidou de tudo, menos em proteger sua própria vida. Seu coração não esteve reto e sua integridade foi minada pelo diabo.

 

Conclusão

O que Judas tanto cobiçou não teve valor algum quando esteve em seu poder. Esta pode ser a surpresa de muitas pessoas que se deixam enredar pelos desvarios da própria alma. Judas começou bem, mas terminou muito mal. O importante não é como começamos, mas como iremos terminar.

 

         ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 6 -

                        Revista da Editora Betel  

                           O Cristão Vence o Mal

                        Usando a Armadura de Deus

                       08 de novembro de 2015

 

 

Texto Áureo

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas.”2 Co 10.4

 

Verdade Aplicada

Para vencer a batalha no mundo espiritual é preciso conhecer o inimigo e as suas artimanhas.

 

Textos de Referência.

 

Ef 6.10-13

10 No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.

11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.

12 Porque não temos que lutar contra carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.

13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.

 

Introdução

Ser um Crente salvo em Jesus Cristo é estar em constante guerra contra Satanás e seus adeptos. Uma vez salvo, nos tornamos soldados importantes na peleja entre o poder de Deus (luz) e as forças de Satanás (trevas).

 

  1. Conhecendo os poderes das trevas.

Existe uma batalha travada no mundo espiritual, onde forças opostas à verdade de Cristo farão de tudo para desarticular a fé daqueles que hão de herdar a salvação. Para isso, devemos estar revestidos, alicerçados e de posse das armas de nossa milícia, as quais são poderosas em Deus para destruir as fortalezas do inimigo (2Co 10.4).

 

1.1. As astutas ciladas.

Escrevendo aos Efésios, Paulo falou acerca das “ciladas” (Ef 6.10, 11). Ele diz que devemos nos fortalecer no Senhor e nos revestir de toda a armadura. Fala da necessidade de estarmos preparados para a guerra e explica o porquê de tal preparo: “as astutas ciladas do diabo”. Ele dia “ciladas” e prossegue dizendo que nossa luta não é contra seres humanos: “carne e sangue”, e sim contra as hostes espirituais da maldade. E conclui revelando onde se encontram esses poderes do mal: “nos lugares celestiais”.

 

1.2. O poder do mal.

A função de Satanás é matar, roubar e destruir (Jo 10.10). Se olharmos bem para os acontecimentos que estão à nossa volta, iremos identificar o trabalho do maligno em todas as camadas da sociedade. Filhos matando os pais por ganância; pai assassinando filha e jogando pela janela; jovens matando a pauladas mendigos de rua; outros incendiando pessoas vivas; marginais que mutilam pelo simples prazer de matar; fraudes nas camadas sociais do governo; mentiras; depravação moral e sexual. Ignorar que o mal existe é permitir que ele destrua não somente a nós, mas também a todos aqueles a quem amamos. Temos duas opções: ser livres pela verdade ou escravos pela ignorância (Jo 8.32).

 

1.3. Conhecendo as fortalezas.

A mensagem do Evangelho apresenta dois reinos: o Reino de Deus, e o reino das trevas. O Reino de Deus é santo; o das trevas é um reino de engano, de uma falsa felicidade e de perversão dos bons costumes (1Co 10.23; 15.33). O Senhor não somente nos chama para combater o mal, mas para estar preparados contra toda investida de Satanás e suas hostes. O que vai determinar nossa vitória é a maneira como preparamos nosso espírito para a batalha. Não há como vencer na carne. Não lutamos contra pessoas, mas sim, contra o que lhes domina (Gl 5.16-18). O mundo é governado por ideias errôneas acerca de Deus, de Seu Reino e de Seu poder. E só se pode vencer uma boa ideia com outra ideia melhor (1Jo 3.8b).

 

  1. Conhecendo os segredos do dia mau.

Paulo o nos fala acerca de um dia mau e inevitável em nossas vidas. Revela-nos a batalha que estamos travando e nos instrui a estar preparados e revestidos com toda a proteção (armadura) divina para que nesse dia possamos sair vitoriosos e permanecer firmes (Ef 6.13).

 

2.1. A manifestação de “poneros”.

Esse dia Paulo se refere como “dia mau” não deve ser interpretado como um dia de vinte e quatro horas (Ef 6.13). Mas como uma época em que os poderes malignos provocarão uma série de males sobre a vida das pessoas. O termo usado para “dia mau” é “poneros”, cujo significado é: “maldade, lascivo, daninho, e implicitamente perversão”. “Poneros” fala de prostituir a mente ou fazer a mente fornicar. É a mesma palavra usada em Apocalipse 17.5. O dia mau representa um período onde se libera a opressão da tentação com o espírito da maldade para que se experimente os efeitos da depravação.

 

2.2 “Poneros”, o espírito dos últimos dias.

“Poneros” representa uma entidade de cabeça de uma estrutura que, unida a outros espíritos, faz sinergia com a intenção de sequestrar o cérebro (2Co 4.4; Ef 4.14-18; Fp 4.8). “Poneros” age na mente humana. È o espírito que tem operado em muita gente nesse século. Sua esfera é agir intensamente na vida do crente nesse tempo final. Esse já não é um problema dos de fora. Existem pessoas dentro da Igreja que estão trabalhando intensamente contra esse espírito. Por fora é fácil identifica-lo. Porém, identificar uma pessoa que está imersa nesse mundo dentro da Igreja é mais complicado, principalmente porque confessar pode ser vergonhoso.

 

2.3. Resistindo a “poneros”.

Muitas pessoas que sofrem a tentação de “poneros” não buscam ajuda porque tem medo de se expor e de serem julgadas pelas pessoas (Sl 32.3, 6). Desse modo, enfrentam a batalha de maneira solitária, sem alguém que possa ao menos lhes aconselhar e, quando o conselheiro é a si mesmo em batalhas privadas, o resultado é a escravidão (Pv 19.20). O sequestro tem a intenção de perverter a mente e perversão. É o mau uso ou a má representação de um desenho original (Rm 1.21, 22). Não podemos permitir que a escravidão se torne um hábito. É comum ver esse hábito na sociedade. Para as pessoas, a imoralidade, o pecado e a desonestidade são coisas normais (Rm 1.32). Por isso, Paulo nos alerta a estar revestidos, a nos vestir de toda a armadura de Deus para enfrentar esse período e continuar firme (Ef 6.10-13).

 

  1. Vencendo com as armas corretas.

Uma grande batalha não se vence somente com a força ou potência das armas, se vence também com uma boa estratégia. Para combater o inimigo com eficácia, devemos não somente conhecer suas estratégias, mas também estar empenhados em conhecer nossas limitações e nossa esfera de poder.

 

3.1. Inimigos das trevas.

Talvez não sejamos capazes de compreender profundamente o enorme conflito que se ergue no reino espiritual. Tampouco perceber quão determinado o inimigo está em aniquilar aqueles que reconhecem a Jesus como seu Senhor e dono. Precisamos ter em mente que a nossa decisão de seguir a Cristo nos colocou definitivamente na condição de inimigos de todos os poderes das trevas (Ef 5.8, 11). No momento que entramos em uma vida de obediência e dependência em Cristo, todos os alarmes do inferno foram disparados e nos tornamos alvo de todas as forças e potestades (2Sm 22.6).

 

3.2. Firmes e constantes.

O propósito divino é nos trazer de volta à perfeição em Sua Presença (Lc 19.10; Ef 4.13; 1Co 15.49). Todavia, o reino das trevas produzirá laços e armadilhas para nos enredar e nos sacar fora da presença de Deus enquanto estivermos nesse corpo mortal. Nossa vitória está em manter uma vida produtiva, comprometida com a verdade, sem dar brechas para que o inimigo possa nos derrotar. Mais que isso, devemos ter a coragem de ser parte do plano de Deus para a destruição do projeto de Satanás e suas fortalezas (2Co 10.4).

 

3.3. Destruindo fortalezas.

Precisamos entender bem esse assunto porque não é somente o inimigo que possui fortalezas (2Co 10.4, 5). A fortaleza é um lugar impenetrável, que representa Segurança. Temos fortalezas boas e más. Uma boa fortaleza pode ser nossa segurança perante o inimigo, mas uma fortaleza má pode nos impedir de viver uma vida saudável e vitoriosa em Cristo. Não se contaminar antes do casamento, ser honesto, não mentir, são boas fortalezas contra o inimigo. Porém, o hábito de não orar, jejuar e ler a palavra de Deus são péssimas fortalezas contra nós mesmos.

 

Conclusão

O Evangelho possui armas que nenhum argumento ou ação humana podem resistir. No entanto, nós, muitas vezes, preferimos confiar nos métodos carnais e não nos valemos desse arsenal invencível. A guerra existe, o inimigo é real, façamos a nossa parte (Ef 6.10-13).

 

                                        Escola Dominical - Lição 8 – 

                          Lições de uma vida pródiga 

            LIÇÃO 8 – 22 de novembro de 2015 –  BETEL

 

 

TEXTO AUREO

 

“Levanta-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do SENHOR vai nascendo sobre ti.” Is 60.1

 

Comentarista: Pastor José Fernandes Correia Noleto

 

VERDADE APLICADA

 

Não é difícil perceber a fraqueza daqueles que nos rodeiam; difícil é não ter a capacidade de enxergar a fraqueza que existe em nós mesmos.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

 

  • Explicar as atitudes do irmão mais velho, sua incompreensão da graça e sua recusa a seu irmão;
  • Mostrar a posição inflexível e impiedosa tomada pelo irmão mais velho no momento em que se deparou com a música e as danças;
  • Esclarecer que enquanto um irmão reconhecia seus erros e voltava para pedir perdão, o outro buscava prestígio pelos serviços prestados.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA

 

Lc 15.26 - E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.

Lc 15.27 - E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.

Lc 15.28 - Mas ele se indignou, e não queria entrar.

Lc 15.29 - E saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos;

Lc 15.30 - Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.

 

Introdução

A figura do irmão mais velho e bastante incomodado com a festa é uma representação dos fariseus. Eles acreditavam que eram perfeitos e preferiam antes a destruição de um pecador do que a sua salvação.

 

1 Conhecendo o pano de fundo

A parábola do filho pródigo nos fala mais do amor de um pai que do pecado de um filho. Ela tem por base o perdão de Deus, que é estendido a todo aquele que se arrepende de coração. Nesta lição, nos deteremos apenas nas ações do irmão mais velho, que ficou indignado ao saber que seu pai havia matado o bezerro cevado e preparado uma festa para seu irmão pródigo (Lc 15.13).

 

1.1. Apenas um jornaleiro

Segundo o doutor e teólogo Kenneth E. Bailey, na Palestina, pedir herança ao pai vivo era afrontá-lo. Significava o mesmo que desejar sua morte. Outra grave afronta é que, pedindo parte da herança, o pai deveria vender uma parte da fazenda, porque, segundo os costumes da época, os funcionários ali residiam. Fica evidente que o pródigo recebera tudo o que lhe cabia, não tendo mais direito a nada em termos de herança. É por esse motivo que, ao “cair em si”, ele pensa em voltar como um dos jornaleiros de seu pai. O escravo comum era em certo sentido um membro da família, mas o jornaleiro podia ser despedido no dia. Não era absolutamente alguém da família (Lc 15.19).

Comente com os alunos que o pai do filho pródigo não lhe deu oportunidade de formular seu pedido, antes disso, ele o interrompeu. Ressalte pare eles que a túnica simboliza a honra; o anel a autoridade, porque se um homem dava a outro o anel com seu selo era como se o designasse seu procurador; os sapatos diferenciam o filho do escravo, uma vez que os filhos da família andavam calçados e os escravos não. Sendo assim, realizou-se uma festa para que todos se alegrassem com a chegada do filho que se havia perdido.

 

1.2. Uma atitude surpreendente

Em momento algum são citados os danos, os prejuízos ou o desequilíbrio moral do filho mais novo (Lc. 15.20-24). O pai não lança em seu rosto os seus desvarios e, mesmo tendo ele falhado e causado tantos danos à família, o pai o aguardava, acreditava em sua restauração, o que demonstra um amor ilimitado por um filho que, na interpretação de muitos, de nada era merecedor. Assim como o pai agiu com esse filho, Deus também age conosco. E a misericórdia, a graça, o dom imerecido de Deus que recai sobre todos os seres viventes. Assim como Deus age, temos também que agir. Não precisamos buscar respostas, precisamos apenas obedecer. Essa é a vontade de Deus (Ef 2.8, 9).

Esclareça para os alunos que Deus na figura do pai tem paciência com Seus filhos pecadores. Informe para eles que o pai descrito na parábola é muito paciente com o absurdo que o filho mais novo fez. Ele não estava preocupado com os bens materiais que se perderam, mas com o crescimento do filho. Esse pai i soube esperar o filho crescer e se arrepender de seus pecados. Ressalte para os alunos que a paciência de Deus visa dar tempo para cairmos em si e nos arrependermos dos nossos erros. Deus sempre nos recebe de braços abertos quando sermos humildes e nos arrependemos. Quando o pai vê a volta de seu filho arrependido, manda preparar uma festa (Lc 15.32).

 

1.3. Ouvindo a música e as danças

Ao chegar do campo e ver a música e as danças, o irmão mais velho ficou indignado. Sentiu-se injustiçado e não acreditou que o pai fosse capaz de receber a seu pródigo irmão com uma festa (Lc 15.25-28). Ele não conhecia o poder do perdão. Em vez de alegrar-se, ficou enciumado, desprezando não somente a festa, mas a alegria de seu pai. Sua mágoa era por causa do bezerro cevado. Era porque nunca teve uma festa. Porém, ele nunca saiu do aprisco, nunca viveu os pesadelos e as desventuras de seu irmão. Nunca perdeu tudo e mendigou, nunca foi escarnecido por seus erros, nunca se expos ao ridículo, nem esteve do outro lado. É por isso que ele nunca teve uma festa de reconciliação.

Esclareça para os alunos que o pai saiu de casa duas vezes. Primeiro, ele saiu para receber um filho perdido e fazê-lo entrar em casa. Na segunda vez, ele saiu para atender um filho problemático que não queria entrar. Ressalte para eles que esse filho deveria estar ausente da casa há muito tempo porque uma festa não acontece da noite para o dia. Geralmente, os maiores causadores de problemas sempre estão fora da agenda da casa. Reforce para eles que, infelizmente, pessoas como esse filho preferem conviver com a indignação do que entrar na casa (Lc 15.28,29).

 

2 A má interpretação da graça divina

Quando soube da festa que seu pai havia promovido, o irmão mais velho ficou tão indignado que assentou em seu coração não fazer parte da festa. Seu pai muito insistiu para que fizesse parte daquele momento tão especial, mas ele, por não compreender o valor daquele momento, apresentou ao pai suas críticas.

 

2.1. Nunca me deste um cabrito

Ele rejeitou o banquete porque carnalmente não entendia o motivo da festa. Ignorou o arrependimento do irmão e a bondade do pai. A única coisa que ele visualizou foi um cabrito (ICo 2.12-14). Era, na verdade, uma pessoa rica, coberta por uma pobreza de espírito. Enquanto o pai sacrificou o bezerro cevado, o filho brigava por um cabrito! E triste ser rico sem saber. Enquanto ele discutia por um cabrito, seu pai dizia: “Todas as minhas coisas são tuas” (Lc 15.31; Ap 3.17). O que o pai está dizendo é que o filho, mesmo vivendo com ele, jamais reconheceu o potencial que possuía. Pessoas que brigam por um cabrito jamais podem ver o que um cordeiro pode produzir.

Explique para os alunos que, talvez, no pensamento do irmão mais velho, seu irmão tivesse voltado como se nada tivesse acontecido e ainda havia ganhado de brinde uma festa. Comente com eles que ele não sabia o que estava no coração de seu irmão. A passagem indica que ele se arrependeu e que estava disposto a voltar como funcionário e não como filho (Lc 15.17. 21). Ressalte para eles que devemos evitar fazer juízos precipitados.

 

2.2. “Teu filho”, e não “meu irmão”

“Vindo, porém, este teu filho...” (Lc 15.12a). Devemos observar essa frase com muita atenção porque, às vezes, sem entender a obra que Deus está realizando em uma vida, agimos como esse jovem, que achou injusta a recepção e o calor humano dado ao seu perdido irmão. Há tanta gente assim, doente no meio da Igreja, que não aceita ver Deus levantando gente que um dia foi escória da sociedade (ICo 1.28; 4.10). Assim, não entram na festa, fazem biquinho e não sentem o calor do culto. Todos pulam, louvam, dançam e se divertem, mas eles estão mumificados, bocas fechadas, corações empedrados e, a cada dia, mais mortos espiritualmente (At 7.51).

Comente com os alunos que, como o filho mais velho, muitas vezes focamos no menos importante ao invés do mais importante. Informe para eles que o filho mais velho fica extremamente preocupado com sua própria justiça e zelo e com os bens materiais que seu irmão desperdiçou, achando-se superior. Estava tão cego que não conseguia enxergar a conversão de seu irmão, pelo contrário, dá a entender que preferia que seu irmão permanecesse no mundo (Lc 15.29, 30)

 

2.3. Ele desperdiçou tua fazenda

Tudo o que o pai desejava era ter o filho de volta. Não importava o que gastasse. Para o pai, o filho era mais importante que a própria fazenda. Esse é o exemplo claro do caráter de Deus. Ele perdoa os erros que cometemos mesmo quando lhe causamos prejuízos. A graça de Deus é indescritível e foi isso que o irmão mais velho nunca entendeu (Lc 15.30). Como pode uma pessoa desperdiçar tudo e ser restaurado? A resposta está na graça. Ela é um dom oferecido exatamente a quem nunca fez por merecer (Rm 5.8; Ef 2.12).

Comente com os alunos que valorizamos muito os dons espirituais, mas esquecemos de que todos eles desaparecerão e a única coisa que subsistirá será o amor. O maior exemplo de amor é Jesus Cristo, vemos isso através de Sua vida, Suas palavras e Suas atitudes (Ef 3.19). Esclareça para eles que, assim como Deus, aquele pai esperava que houvesse uma parte de sua essência em seu filho para que ao menos entendesse o motivo de sua alegria (Jo 3.16; Rm 8.35).

 

3 Diante de um pai amoroso e perdoador

Enquanto o irmão mais novo sai de uma vida de vergonha para um banquete, o mais velho fica travado na porta, expondo sua indignação diante dos funcionários de seu pai. Seu pai usa de muita sensibilidade no falar e, com muito amor, lhe convida a fazer parte da festa e a se alegrar junto a ele (Lc 15.32).

 

3.1. Teu filho... teu irmão

Com um tom de insatisfação pelo glamour da festa, o irmão mais velho desconsidera o momento de alegria, perdão e regozijo. Ele se mantém como filho, mas não se considera irmão daquele que retornou do fracasso (Lc 15.30). E, com muita sensibilidade, o pai lhe diz:

“Este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se” (Lc 15.32). A intenção do pai era reintegrar o filho perdido à família com todos os direitos de filho, pois, mesmo tendo ele desperdiçado tudo, jamais havia deixado de ser filho. Por razões egoístas, irmãos podem deixar de ser irmãos, mas filho jamais deixará de ser filho.

Merece ser especialmente ressaltado para os alunos que, até que esse encontro acontecesse, o tempo certamente passou. É bem provável que, nesse tempo, o irmão mais velho trabalhou, reconstruiu a fazenda, alargou os temos e prosperou. Ressalte para os alunos que é possível compreender o porquê de sua insatisfação. Ele não queria dividir o que conquistou. Ele só não contam com uma coisa: tudo era do pai e, enquanto o pai estivesse vivo, este não desampararia um filho arrependido. Assim é a graça de Deus (Rm 11.6).

 

3.2. Era justo nos alegrarmos

Em outras palavras, o pai está dizendo: “Filho, você deveria estar feliz juntamente comigo; todos os de fora estão alegres (Lc 15.9, 10, 25). Você é irmão dele! Deveria abraçá-lo, chorar com ele. Dizer que sentiu muito sua falta, dizer que o perdoa e está feliz pelo seu retorno. Filho, você tem vida, mas seu irmão estava morto. Será que você não possui sensibilidade? Filho, ele já sofreu bastante, esteve longe de nós, quase comeu bolotas de porcos! Viveu momentos de opressão, sentiu o sabor de derrota. Mas teve coragem de passar por cima do fracasso, do orgulho e voltou para se reconciliar” (Rm 8.31-39).

Comente com os alunos que a sutileza da sabedoria de Jesus ao contar a parábola do filho pródigo impressiona. O patriarca, um homem de andar lento e solene, corre em direção ao filho, abraça-o e beija-o no rosto, na frente de todos. Informe para eles que aquela cena chocante contrariava todas as tradições do patriarcado. Por amor ao filho, o pai se humilha perante a aldeia naquele gesto público. Esclareça para os alunos que, naquela região, até hoje, quando há um conflito, uma forma comum de resolução é a mediação, feita por uma pessoa de confiança dos litigantes. Se a questão for resolvida, o gesto que sela a paz é exatamente o beijo no rosto.

 

3.3. Todas as minhas coisas são tuas

Enquanto ele discutia por um bezerro, seu pai dizia: “Tudo o que eu tenho te pertence”. Em outras palavras: “Você tem o mesmo potencial que eu tenho. Você é meu filho”. Essa palavra também indica que o pai tinha esperança de que seu filho mais velho tivesse sua essência, seu carisma, seu amor e sua compreensão. No entanto, enquanto seu irmão reconhecia seus erros, se humilhava e voltava para pedir perdão, ele buscava um reconhecimento pelos serviços prestados a seu pai (Lc 15.29).

"... Teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo” (Lc 15.27). Explique para os alunos que essa é a razão pela qual o bezerro cevado teve que morrer. Reforce que isso o irmão mais velho nunca entendeu. Aqui estão representados dois tipos de cristãos: os que procuram acertar, reconhecendo seus erros e confessando seus pecados; e os que se justificam, cobrando os serviços prestados à Igreja.

 

Conclusão

A grande verdade dessa parábola é que o filho que regressou havia voltado à condição antiga de todo ser humano (Cl 2.13; Ef 2.5). O irmão mais velho não precisou sair para morrer. Ele estava morto dentro da própria casa. A parábola termina com um filho arrependido, mas não diz que o outro entrou na casa.

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 10 -                             Revista da Editora Betel 

Jesus Renova as Esperanças de João Batista

                    6 de dezembro de 2015

 

 

Texto Áureo

“Então, temerão o nome do SENHOR desde o poente, e a sua glória desde o nascente do sol; vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a sua bandeira”. Isaias 59.19

 

Verdade Aplicada

O Evangelho nos conduzirá a uma vida eterna e pacífica ao lado Daquele que um dia veremos face a face.

 

Textos de Referência.

 

Mateus 11.2-5, 11.

2 E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos,

3 A dizer-lhe: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?

4 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes:

5 Os cegos veem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho.

11 Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.

 

Introdução

João Batista não foi isento de ser tomado pela incredulidade, pela dúvida e pelo medo. Sua prisão e seus últimos instantes de vida revelam que todos nós podemos oscilar diante de uma grande provação.

 

  1. João Batista, preparador de caminhos.

A verdade pregada por João o levou para a prisão e, no cárcere, as esperanças de vida do profeta estavam por terminar (Lc 3.19,20). Sabendo que o tempo se findava, João envia seus discípulos a perguntar se Jesus era ou não o Messias (Mt 11.2,3).

 

1.1. João Batista, um profeta anunciado.

João não era um homem qualquer. Ele nasceu com a missão de preparar o caminho do Senhor e para isso teve que viver uma vida diferente, solitária e consagrada nos desertos de Israel (Is 40.3; Jo 1.23; Lc 1.76; 3.4). Durante toda a sua vida, João foi preparado espiritualmente para anunciar a salvação através do Messias e identifica-lo em Sua chegada, para depois sair de cena e deixar que Jesus realizasse Sua Missão (Lc 1.80; 19.10). Preparar o palco para que alguém possa brilhar não é tarefa fácil. João nasceu, viveu e morreu somente para esse fim. Jesus afirmou que entre os nascidos de mulher não houve homem igual a João Batista, isso devido a sua responsabilidade profética e submissão à vontade de Deus (Mt 11.11).

 

1.2. A mensagem profética de João.

Durante quatrocentos anos, a voz profética esteve interrompida e João fez com que essa voz renascesse outra vez. A mensagem de João era dura e denunciava intrepidamente o mal em qualquer lugar que o encontrasse (Mt 3.1-10). Se o rei Herodes pecava, contraindo um casamento ilegal e pecaminoso, João o reprovava. Se os saduceus e os fariseus, dirigentes da ortodoxia religiosa daquela época, estavam afundados em um formalismo ritualista, João os censurava. Se as pessoas comuns viviam afastadas de Deus, João lhes anunciava o arrependimento. João era uma luz acesa que denunciava a escuridão; uma cana agitada pelo vento do Espírito (Mt 5.14; 11.8).

 

1.3. A humildade de João Batista.

João apontava para além de si mesmo. Ele anunciava alguém maior que ele. João desfrutava de uma grande reputação e sua influência era enorme. Entretanto, dizia que não era digno sequer de desatar as sandálias daquele que havia de vir após ele, o que era o dever de um escravo (Mt 3.11). A atitude de João era negar-se a si mesmo e não atribuir a si mesmo glória. Sua única importância, tal como ele a entendia, era servir de indicador, isto é, anunciar a vinda daquele que havia de vir (Jo 1.19-23). João não somente era uma luz que iluminava o mal, uma voz que reprovava o pecado, mas, além disso, um sinal indicador do caminho para Deus.

 

  1. A prisão de João Batista.

A prisão silencia a voz profética de João e surge uma grande dúvida em sua mente: Jesus é o Messias que havia de vir ou esperamos outro? João sabia que iria morrer e envia seus discípulos até Jesus para ter a certeza de que não lutou em vão.

 

2.1. A incrédula pergunta de João.

Quando jesus apareceu no Jordão, João disse: “Eis o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo” (Jo 1.29). Logo em seguida, atestou: “eu não o conhecia, mas o que me mandou batizar com água, esse me disse: sobre aquele que vires descer o Espírito e sobre ele repousar, esse é o que batiza com Espírito Santo” (Jo 1.32, 33). Ele declara diante de todos que recebera de Deus um sinal para conhecer Jesus e não batizar o Messias errado. E, por fim, conclui: “E eu vi e tenho testificado que este é o Filho de Deus” (Jo 1.34). Pelo valor da pergunta feita em Mateus 11.3, podemos sentir a profunda escuridão que se apossava da alma de João naquele momento. Essa pergunta pôs à prova tudo o que havia vivido até então.

 

2.2. A poderosa resposta de Jesus.

Quando Jesus foi informado acerca do questionamento de João, não forneceu resposta direta, nem tentou convencê-lo de Sua divindade, Ele simplesmente respondeu com milagres e falou para os discípulos informa-lo acerca de tudo o que estava realizando (Mt 11.4, 5). Jesus sabia que João corria o perigo de ser vencido pela dor da incerteza. Sabia que mesmo sendo um homem de nível elevado de unção, João ainda estava sujeito a todos os sentimentos e paixões que são comuns a todos nós (Hb 4.15; Tg 5.17). A resposta de Jesus foi sobrenatural e é assim que Ele nos responde em tempos de grandes aflições (Jó 37.5).

 

2.3. Heranças do pecado adâmico.

O medo, a vergonha e a timidez são reações do pecado adâmico que se refletem em todos nós, seres humanos (Gn 3.8-10). Segundo os psicólogos, essas reações geralmente afloram nas horas de angústias e intensas dificuldades. O Medo pode gerar dúvida; e a dúvida, a incredulidade; e quando esta penetra, distorce toda a verdade das coisas espirituais (Hb 11.6). Não estamos falando da vida de um homem devotado, que viveu todo tempo em consagração, aguardando o momento certo de se revelar e cumprir sua missão. João sabia que Jesus era o Cristo, mas a prisão e a certeza da morte foram tão fortes que ele buscou ter a certeza de que não havia apresentado ao mundo um homem errado (Jo 1.29).

 

  1. Renovando nossas convicções.

Quando as expectativas não acontecem de acordo com os planos, a frustração tenta se apossar e criar uma brecha para que o inimigo bombardeie a mente com pensamentos que contrariem os credos.

 

3.1. Lutando contra a esperança.

Entre a promessa e o cumprimento está a provação; ela é inevitável (Mt 6.34). Precisamos estar preparados para surpresas. Porque existem provações tão, difíceis que poderão abalar os alicerces de nossas vidas. A meta de Satanás é plantar uma semente de dúvida em nossa vida. João estava solitário e foi minado naquele cárcere. Por um momento, João se esqueceu de quem era e dos sinais que Deus lhe havia revelado (Jo 1.32-34). Quando estamos vulneráveis, somos alvos fáceis nas mãos do inimigo e ele não respeita pessoas ou lugares santos, sua meta é adulterar a verdade que recebemos de Deus. Devemos lutar por nossas convicções, mesmo que tudo diga o contrário (Rm 4.18).

 

3.2. O cumprimento de uma missão.

O cumprimento de uma missão poderá envolver sofrimento e morte (Jo 16.33). Temos muitos exemplos como: Jó, José, Daniel e seus três amigos, e muitos heróis da fé (Hb 11.37). Todos eles venceram, mas andaram por caminhos que jamais imaginariam. Servir a Deus e andar em conformidade com a verdade pode ser uma missão suicida. João hoje está na glória, mas aqui terminou o ministério com a cabeça em uma bandeja (Mc 6.7-29). Talvez João pudesse pensar que Jesus o salvasse sobrenaturalmente da prisão, mas isso não aconteceu. João terminou seu ministério, mas pagou um preço altíssimo pela verdade que anunciava.

 

3.3. Um Deus que nos conhece.

Quando Deus compra uma vida, já sabe até o seu último pecado. Deus não compra ninguém enganado (Jr 17.10). Deus vê o futuro, conhece nosso amanhã. Somos tolos em ficar prostrados pensando que tudo acabou. O diabo tem surrado muitas vidas com setas de culpa, pondo dúvidas nos corações e desestimulando a sua fé (Mt 13.19). Deus não pode ser enganado, nem tampouco compra uma mercadoria sem saber seu conteúdo e valor. Deus espera que nos coloquemos de pé e caminhemos em Sua direção (Mt 11.28).

 

Conclusão.

Seja qual for o problema, jamais esqueçamos que foi Ele quem nos formou e conhece nos mínimos detalhes (Sl 139.14-16). Um fabricante dá a garantia de um produto porque conhece os defeitos. João recorreu ao fabricante, reclamou sua garantia e Jesus não o decepcionou com a resposta (Mt 11.5).

 

 

                                Escola Dominical - Lição 11 

 Calebe: um exemplo de visão, coragem e perseverança .

LIÇÃO 11 – 13 de dezembro de 2015 –  BETEL 

 

 

TEXTO AUREO

 

“E ainda hoje estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; qual era a minha força então, tal é agora a minha força, tanto para a guerra como para sair e entrar.” Js 14.11

 

Comentarista: Pastor José Fernandes Correia Noleto

 

VERDADE APLICADA

 

As frustrações são obstáculos que nos influenciam a observar a beleza da vida.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

 

  • Mostrar como um discurso negativo pode mudar o destino de uma nação, influenciando-a para o mal;
  • Ensinar que a incredulidade tem o poder de maximizar o problema, enquanto a fé vê as circunstâncias sob a ótica divina;
  • Explicar porque a perseverança é essencial e como é poderosa para construir um sólido caráter.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA

 

Js 14.7 - Quarenta anos tinha eu, quando Moisés, servo do SENHOR, me enviou de Cades-Barnéia a espiar a terra; e eu lhe trouxe resposta, como sentia no meu coração;

Js 14.8 - Mas meus irmãos, que subiram comigo, fizeram derreter o coração do povo; eu porém perseverei em seguir ao SENHOR meu Deus.

Js 14.10 - E agora eis que o SENHOR me conservou em vida, como disse; quarenta e cinco anos são passados, desde que o SENHOR falou esta palavra a Moisés, andando Israel ainda no deserto; e agora eis que hoje tenho já oitenta e cinco anos;

 

Introdução

Nesta lição, observaremos como a incredulidade pode nos afastar das promessas divinas. Também aprenderemos como reagir diante das adversidades e a extrema importância de perseverar no Senhor.

 

 

A determinação de Calebe

Na 11ª lição de nossa Revista, temos um dos maiores exemplos de fé inabalável. Calebe, testemunha da saga do povo de Israel, desde o cativeiro no Egito até a sua chegada em Canaã, reflete o espírito desbravador do verdadeiro servo de Deus.

Hoje em dia, confortavelmente sentados em nossos bancos nas igrejas, perdemos o ímpeto corajoso de nossos heróis da fé. Parece a nós que basta estarmos em dia com os cultos e demais obrigações com a nossa congregação, nada mais tem importância. Não atentamos para o fato de que, nestes tempos apocalípticos, mais do que nunca, fazermos a diferença é necessário. E não só para satisfazer nossos egos corrompidos, devemos agir em prol da Palavra de Deus como exemplos vivos da transformação que Cristo Jesus operou e opera em nós.

Há tanta coisa para fazer! Quantas pessoas, mesmo em nosso círculo social mais restrito, estão desenganadas pelas tribulações, acorrentadas em vícios dos mais diversos, desviadas ou mesmo sem conhecimento pleno da Palavra do Senhor? O que esperamos para agir, transformar, consolar, evangelizar, enfim, servir?

Calebe perseverou na Promessa, ainda que todo o povo de Israel se confrontasse com ele. Ele recebeu de Deus sua recompensa, pois não se desviou nem relutou em seguir o mandamento do Senhor. Que tal nos espelharmos em sua fé e coragem e trilharmos nossos desertos, nem que para isso tenhamos que esperar anos a fio?

Que todos tenham uma excelente aula.

 

1 Os malefícios da incredulidade

Moisés escolheu doze homens para espiar a terra de Canaã. Eles deveriam observar o local, expor um relatório completo de tudo que iriam presenciar e trazer uma novidade do fruto daquela terra (Nm 13.18-20).

 

1.1. A influência negativa dos olhos

Os próprios israelitas pediram a Moisés o envio de espias para saber como era a terra (Dt 1.22). Uma atitude desnecessária e incrédula da parte do povo, porque Deus já lhes havia dito que a terra da promessa era fértil e abundante. Que prova a mais esse povo necessitava? O povo não falhou diante da Terra Prometida, já havia falhado aqui, demonstrando incredulidade naquilo que Deus havia dito e preferindo andar por vista em vez de agir por fé. Confiados apenas no que viram, sem atentar para o que ouviram da parte de Deus, deram ocasião à dúvida e assim desistiram de tomar posse da promessa (Pv 3.5, 6).

Explique para os alunos que, em meio ao motim criado pelo assombroso relato dos dez espias, o Senhor destaca um homem entre eles, Calebe, do qual dá testemunho dizendo que nele havia outro espírito e que perseverou em segui-lo (Nm 14.24). Ressalte para eles que a ordem era clara e não incluía suposições, porque aquela terra já lhes pertencia. Infelizmente, eles retrocederam, ignorando a promessa, e, por esse motivo, Deus rejeitou a todos, exceto Josué e Calebe (Nm 14.21-23). Esclareça também que, enquanto os olhos de Josué e Calebe visualizavam as maravilhas vividas desde a saída do Egito, os olhos dos espias viam a força dos inimigos. É incrível, mas dez homens destruíram o sonho de uma nação inteira (Hb 12.1).

 

1.2. A influência negativa de um discurso

Os espias foram enviados para colher informações da Terra Prometida, não para fazer cálculos negativos de si mesmos, nem comparações acerca da estatura de seus moradores. Deus não disse nada a esse respeito, eles mesmos se inferiorizaram e disseram que não podiam (Nm 13.31-33). O problema todo estava na visão. Todos temeram, inclusive Josué e Calebe. Mas eles viram a questão de outra forma e acreditavam no mesmo poder que os havia libertado do Egito (Nm 13.30). O discurso dos dez espias conduziu o povo a cair na incredulidade, na derrota, na perda da herança e no juízo de Deus. Tanto a confiança quanto a incredulidade contagiam. Podemos animar ou desanimar através de nossas palavras e atitudes (Js 14.8a).

Assinale para os alunos que as frustrações são obstáculos que nos influenciam a observar a beleza da vida na contrariedade. Reforce para eles que, através delas, os fortes esculpem suas personalidades, ganham coragem para viver e humildade para conquistar.

 

1.3. O benefício de uma sábia decisão

A incredulidade do povo fez com que o Senhor emitisse uma sentença (Nm 14.22, 23). Porém, com Calebe, o Senhor agiu de maneira diferente dizendo: “Porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o levarei à terra em que entrou, e a sua descendência a possuirá em herança” (Nm 14.24). Houve um momento em que Calebe teve que decidir entre seguir o povo ou seguir a Deus. Ele escolheu ser odiado pelo povo, tomando a firme decisão de eleger o Senhor como seu Deus. Calebe não quis seguir sua vontade própria, nem a dos demais. Ele decidiu por Deus, mesmo não sendo o caminho mais fácil.

Mostre para os alunos que Calebe é um personagem que nos inspira até o dia de hoje. O testemunho que Deus dá a seu respeito e de um significado muito profundo. A expressão “outro espírito” significa que Calebe tinha um espírito distinto do que possuía o povo de Israel (Nm 13.30; 14.24). Ele se destaca pela fé e a confiança em possuir o que Deus já lhe havia assegurado. Calebe representa aquela pessoa empreendedora que começa algo e tem uma motivação poderosa no que faz.

 

  1. A confiança em Deus

Durante quarenta e cinco anos, Calebe foi condenando a andar em círculo com seus irmãos, mesmo estando certo de que aquela era a terra de sua herança. Ele possuía motivos para desistir e desanimar, mas perseverou em seguir ao Senhor de todo o coração e Deus honrou a sua fé.

 

2.1. Uma profunda confiança em Deus

Calebe era possuidor de uma confiança que subjugava o medo, as circunstâncias e a morte (Nm 14.9). Enquanto ele via o inimigo como pão, os outros dez se viam como gafanhotos. A incredulidade sempre encontra um porquê e maximiza o problema. Não há relato de que foram vistos com desprezo pelos filhos de Enaque, mas eles disseram: “éramos aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos seus olhos” (Nm 13.33). Eles incendiaram a alma do povo com um relato maior que a realidade e, por esse triste relatório, foram os primeiros a morrer (Nm 14.37).

Apresente para os alunos a seguinte afirmativa: “Existem três classes de pessoas neste mundo. Primeira classe: aquelas que dizem “quero”. Essas triunfam em tudo. Segunda classe: as que dizem “não quero”. Essas se opõem a tudo. Terceira classe: as que dizem “não posso”. Essas fracassam em tudo. Ressalte para eles que os dez espias conseguiram identificar Canaã como a “terra a que nos enviaste” e “a terra pelo meio da qual passamos” (Nm 13.27, 32), mas não a viram como “a terra que o Senhor nosso Deus está nos dando”. Problemas é tudo aquilo que vemos quando tiramos os olhos de Deus. Eles olharam para a terra e viram gigantes; olharam para as cidades e viram muralhas enormes e portões trancados; olharam para si mesmos e viram gafanhotos. Se olhassem para Deus pela fé, teriam visto Aquele que vê as nações do mundo como gafanhotos (Is 40.22).

 

2.2. O poder de reação diante da adversidade

O que aprendemos com Calebe não é a forma como vemos as coisas, mas como reagimos diante delas. Confiar em Deus não nos isenta de enfrentar problemas. Porém, se a perspectiva contém Deus e se é vista desde Sua ótica, tudo muda de forma radical. As circunstâncias enfrentadas serão as mesmas. Todavia, com Sua presença na batalha, teremos a força necessária para superar os obstáculos e ainda nos mantermos firmes até o final. A fé vê as circunstâncias através de Deus (Nm 13.30; 14.9). A incredulidade não vê Deus porque se fixa nas circunstâncias. Ela é caracterizada pela exclusão de Deus do seu raciocínio (Nm 13.31-33). Mas, se incluirmos Deus, todo o nosso raciocínio incrédulo se tornará anão diante de Sua maravilhosa e poderosa presença (Hb 10.35-39).

Comente com. os alunos que, mesmo que os relatórios que a vida lhe apresente sejam negativos, não devemos desistir. Existe uma promessa de Deus que inclui restauração, salvação, libertação, suprimento e paz (Nm 13.25-33; Sl 112.7). Enfrente o espírito de covardia (Nml4.9c). A vida é difícil e muitas vezes ficamos inibidos pelas dificuldades e lutas diárias. A covardia promove acomodações. Não se acomode, tenha coragem, pois foi por coragem que Josué e Calebe herdaram a promessa (Js 1.7-9).

 

2.3. Uma confiança inabalável

Por que Deus conservou Calebe em vida? (Js 14.10). Primeiro, para sustentar o que havia dito a seu respeito acerca de sua entrada na Terra Prometida, porque certamente não o deixaria morrer sem que essa palavra se cumprisse. Segundo, porque no deserto o Senhor o fortalecia (Js 14.11). Calebe conhecia o peso da palavra do Senhor e sabia que, mesmo o deserto consumindo a todos, sua herança estava garantida (Nm 23.19). Quanto mais os anos se passavam, mais Calebe se fortalecia. Sua perseverança nos contagia, porque não é fácil suportar quarenta e cinco anos de humilhação e manter-se com a mesma força e vitalidade (Dt 8.3). Calebe viveu pelo que acreditava e esse foi o segredo de sua inabalável fé e perseverança.

Comente com os alunos que a vida de Calebe deve injetar em nós disposição e perseverança. Devemos sempre enfrentar o espírito de covardia que promove rendição desde antes da luta começar. Informe para eles que Calebe não teve medo de gigantes, nem de montanhas, porque ele sabia que o Senhor o ajudaria a conquistá-los. Calebe sonhou com a promessa. A nossa esperança é que você encontre sua “montanha”. Lembre-se sempre que a referência do seu sonho é a Terra Prometida.

 

3 A vitória da perseverança

Calebe não podia embasar sua confiança nos companheiros de missão, nem tampouco esperar qualquer reação de um povo impactado pelo medo. Ele teve que escolher entre seu povo e seu Deus. Perseverar foi para ele remar contra a maré e sofrer até que os dias de sentença se cumprissem.

 

3.1. A terra que pisou o teu pé

Calebe jamais pensou em desistir da terra que pisou o seu pé. Ele sabia que, mesmo habitada por gigantes, aquela era a terra de sua herança e, se Deus havia escolhido essa, não lhe importava outra (Dt 1.36). Calebe quis o plano original, descartou as possibilidades de um plano “b”, não permitindo que o tempo nem as circunstâncias aniquilassem aquela promessa. Calebe se destaca porque tinha em seu coração uma real convicção de que Deus estava dirigindo sua vida (Js 14.7). O próprio Deus afirmou que Calebe era homem de um espírito diferente não somente por sua posição de fé, mas porque sua forma de agir e pensar se destacou diante dos demais (Nm 14.24).

Explique para os alunos que, devido à sua fé incomum, Deus prometeu dar a Calebe a maior e melhor parte daquela terra. Informe para eles que o nome Calebe vem da palavra “Kalev” que, no hebraico, é uma palavra composta, algo muito comum do hebraico antigo. Assim, a sua origem pode ser decomposta em dois termos: “Kol”, que significa “tudo ou todo”; e “Lev”, que significa “coração”. Daqui extrai-se que “Kalev”, no seu sentido mais remoto e profundo, significa “de todo o coração”.

 

3.2. Perseverança, a chave da conquista

Para muitas pessoas, a vida, além de ser uma tarefa difícil, algumas vezes pode ser absolutamente insuportável. E por que precisamos de perseverança? Porque ela é essencial, a única chave que pode abrir a porta da esperança (Rm 5.35). É mediante a perseverança que se constrói um caráter forte, sólido e esperançoso, que nos motiva a viver e lutar por nossos ideais.

Esclareça para os alunos que perseverança pode ser definida como: “disposição para aceitar o que vier; a força para enfrentar os problemas de frente, determinação para manter-se firme e discernimento para ver a mão do Senhor em tudo”. Informe para eles que Calebe tinha um coração esperançoso (Nm 14.7), uma mente perseverante (Nm 14.8), era animado i pelas promessas divinas e tinha razões específicas pelas quais lutar (Nm 14.10-12).

 

3.3. Praticantes, não somente ouvintes

Uma coisa é envelhecer no Senhor, outra bem diferente é crescer no Senhor. Calebe não somente envelheceu, ele conservou sua força através dos anos. Seria insano alguém ouvir o médico diagnosticar sua doença e pensar que, pelo fato de ter conversado com ele, o mal irá desaparecer repentinamente. Assim é a Palavra ouvida sem a prática (Tg 1.25). Infelizmente, Deus não oferece uma fórmula que produza cristãos amadurecidos da noite para o dia (Ef 4.13). Não há como fugir dos problemas, mas podemos nos preparar para confrontar nossos reveses, encará-los, atravessá-los e sairmos mais fortes em Cristo (Ef 6.10, 11).

Explique para os alunos que existem muitas pessoas que vão de igreja em igreja, de uma conferência bíblica para outra, enchendo caderno após caderno de notas, porém, continuam sendo pessoas mal-humoradas, difíceis e irresponsáveis. Ressalte para eles que falta-Ihes maturidade porque não praticam aquilo que ouvem (Tg 1.22).

 

Conclusão

Calebe sofreu o desconforto de caminhar quarenta e cinco anos errante pelo deserto. Mesmo assim, conservou suas forças e expulsou os mesmos gigantes que seus irmãos se recusaram a enfrentar. Calebe se distinguiu dos demais por ser perseverante e diferenciado em espírito. Que essas qualidades nos contagiem!

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                                  Escola Dominical - Lição 12 -

                  O princípio de honrar aos pais  

  LIÇÃO 12 – 20 de dezembro de 2015 –  BETEL

 

 

 

TEXTO AUREO

 

“Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.” Rm 13.7

 

Comentarista: Pastor José Fernandes Correia Noleto

 

VERDADE APLICADA

 

A honra é um mandamento divino que redunda em felicidade e vida prolongada.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

 

  • Esclarecer os princípios da honra, sua relação com a vida e a maldição resultante da desonra.
  • Ensinar a diferença entre função e posição, a proteção dos pais e como devem investir tempo com seus filhos;
  • Mostrar como os pais devem ser exemplo, inspirar confiança a seus filhos e como são merecedores de honra.

 

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA

 

Dt 27.16 - Maldito aquele que desprezar a seu pai ou a sua mãe. E todo o povo dirá: Amém.

Mt 15.5 - Porque Deus ordenou, dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá

Ef 6.1 - Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.

Ef 6.2 - Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa;

Ef ô.3 - Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.

Ef 6.4 - E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.

 

 

Introdução

A maior crise no desenvolvimento social de qualquer país é a ausência de pais no lar. Enquanto muitos tentam redefinir o casamento, estudos científicos comprovam que não existe um substituto para os genitores. 

 

O princípio da honra

 

Já estamos na 12ª lição de nossa Revista, e, este penúltimo estudo do ano traz um assunto extremamente atual e preocupante.

Está claro que uma das estratégias mais contundentes, senão a mais efetiva e destruidora do inimigo é minar a instituição da família. Ele sabe que, se conseguir destruir o que Rui Barbosa chama com propriedade de “a célula mater da sociedade”, estará mais próximo da consecução de seus sórdidos objetivos. Deus criou a família de forma perfeita, perpetuando nossa descendência através da inter-relação familiar. Os pais ensinam, advertem, educam, guiam, protegem e preparam seus filhos para a vida adulta, embasados nas experiências por eles vividas.

Em contrapartida, os filhos obedecem, respeitam, honram e se norteiam pelas atitudes e conselhos de seus pais, para alcançarem seus objetivos presentes e futuros. Há um componente nesta equação, porém, que não pode ser mensurado. É o amor que os pais devotam a seus filhos, que deve ser recíproco e inabalável. Os filhos, por natureza, amam aos pais, respeitam suas observações e conselhos e até se espelham em suas atitudes.

Neste mundo pós-moderno, porém, a inversão dos valores sociais, a influência da mídia, dos comportamentos “diferentes” e vários outros fatores, formam uma teia que enreda as crianças e adolescentes, fazendo com que se rebelem contra quem os gerou e educou. E é contra essa tentativa de burlar a Lei de Deus que devemos reagir, incutindo em nossos filhos os verdadeiros valores cristãos.

Tenham todos uma aula abençoada. 

 

  1. O princípio de honrar aos pais

A educação dos filhos começa no lar. É responsabilidade dos pais ensinar seus filhos e prepará-los para serem pessoas íntegras, produtivas e responsáveis.

 

1.1. Uma definição de honra

A palavra honra se deriva do latim “honor”, que significa: respeitar, decorar ou ornamento. De acordo com o dicionário, a palavra honra tem os seguintes significados: grande respeito e estima dada a outrem; nobreza de mente, retidão; dignidade, especialmente a que se outorga a altas posições; cortesia social. No hebraico é “hadar”, e sempre indica sinais de respeito, obediência a pessoas e leis (Pv 21.21). A honra é o resultado da soma de todas as virtudes. É o justo sentimento de reconhecimento, não somente de uma posição em si, mas de alegria em dar a outrem aquilo que é por si mesmo ou conquistou (Rm 12.10; 13.7).

Explique para os alunos que a honra, além de ser uma qualidade moral que leva o indivíduo a cumprir os deveres para com os outros e consigo mesmo, é um mandamento divino que redunda em felicidade e vida prolongada. Comente com eles que temos a tendência de pensar que honrar nossos pais significa meramente obedecer-lhes. Não há dúvida, porém, de que o Senhor tinha em mente mais do que isso, quando disse: “Honra a teu pai e a tua mãe”. Os dicionários dão diversas definições da palavra honra. A maioria delas se relaciona à consideração, ao respeito, estima e admiração e alta reputação. Honrar pai e mãe significa mais do que prestar-lhes obediência e respeito. Significa amá-los sem restrições, porque desejamos. Esclareça para eles que, se realmente honramos nossos pais, obedecemos aos seus justos desejos e escutamos seus sábios conselhos.

 

1.2. Honra aos pais, um mandamento com promessa

Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, a honra aos pais aparece vinculada a uma vida longa (Êx 20.12; Ef 6.2, 3). Isso não é mágica ou milagre, é uma realidade social. Se os pais forem responsáveis para com seus filhos e não fracassarem, não haverá tanta violência no mundo; os jovens completarão maior idade sem o risco de morrer na juventude. Esse é um mandamento com promessa: “Honra a teu pai e a tua mãe. Para quê? Para que te vá bem e vivas muito tempo sobre a terra”. O que isso significa? Menos delinquentes no mundo, prisões vazias, vida prolongada, paz nos lares, amizade entre pais e filhos. É isso que Satanás almeja destruir com a desintegração da família.

Explique para os alunos que é dever dos filhos honrar seus pais. Comente com eles que a honra aos pais, diante de Deus, garante sucesso e vida longa (Dt 5.16; 6.6-9, Pv 22.6). Esclareça para eles que, como acontece com todos os mandamentos, o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e o exemplo de como devemos guardar o mandamento de honrar nossos pais. Mesmo na hora de Seu sofrimento na cruz, Jesus demonstrou preocupação por Sua mãe terrena (Jo 19.26, 27).

 

1.3. A desonra e a repentina ceifa

Deus vinculou honrar aos pais a uma vida longa, isto significa que a taxa de mortalidade de um país está relacionada à desonra aos pais (Pv 20.20). Jesus está se reportando aqui aos filhos maldizentes, aqueles que falam mal de seus pais, que são injustos e que os traem negando suas responsabilidades (Pv 17.25; 23.22). A desonra aos pais é um mal que assola as nações, o que resulta em uma maldição nacional (Ml 4.6). Os noticiários estão cheios de histórias bizarras envolvendo filhos e pais, jovens morrendo prematuramente e a única maneira de frear essa maldição é não fracassando na paternidade.

Esclareça para os alunos o texto de Mateus 15.4: “Porque Deus ordenou, dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá”. Mostre para eles que a palavra “maldição” está sempre associada à morte (Mt 21.19). Devemos refletir muito neste assunto porque, ao fracassar em nossa paternidade, poderemos estar produzindo uma geração de filhos imprestáveis, que trarão sérios danos às famílias e ã nação. Ser pai é muito mais que gerar um filho. O que é honrar? Comente com eles que honrar não é somente obedecer. Esaú obedecia a seu pai, agradava-o, mas tomou atitudes que vieram a desonrá-lo gravemente (Gn 25.34, 35). Esclareça para eles que honrar não é buscar somente a prosperidade material. O jovem Absalão foi amado por seu pai, o rei Davi, desde o seu nascimento até a sua morte. No entanto, seu interesse materialista resultou na desonra do seu pai e em sua própria morte (2Sm 18.9).

 

  1. Pais responsáveis, filhos idôneos

Não é o fato de gerar um bebê que nos torna pais. Qualquer esperma que atingir um óvulo vai fecundá-lo, isso inclui também os animais. Paternidade é diferente de concepção biológica. Ser pai é uma posição e uma função, não um título ou um nome.

 

2.1. A diferença entre função e posição

Deus fala sobre honrar um pai, não necessariamente uma pessoa. Pai não é a pessoa, mas a maneira como ele funciona no nascimento e na origem da criança. Aquele que dá a origem deve também: proteger, sustentar, guiar, preservar, ser um exemplo (Is 40.26). Pode ser que não gostemos de muitas coisas em nossos pais, mas devemos honrar sua posição, respeitá-la e estimar. Pois, se depreciamos a posição, destruímos o poder e a autoridade conferidos a ela (Rm 13.7). Por outro lado, os pais devem merecer o direito de serem respeitados. Isso significa que existe algo que eles devem fazer para sustentar essa posição, o que inclui presença e acessibilidade. Os filhos precisam de ajuda, de conselhos e de pais que possam lhes socorrer (Pv 1.8; Ef 6.4).

Explique para os alunos que o pai funciona com uma fonte nos momentos em que os filhos precisam de ajuda, conselho e socorro. Ser pai é funcionar. Reforce que é exatamente essa função que Deus manda honrar. Mostre para eles também que a palavra hebraica para pai é “aba” e "aba” representa a descrição de uma função. Um pai é uma fonte que gera e toda fonte sustenta o que dela é produzido. É isso que nos identifica como pais (Is 43.7).

 

2.2. Pais são protetores

A experiência de vida conduz os pais a calcular os riscos e os benefícios das ações e atitudes, levando-os a optar pelo que seja prático e seguro. Geralmente, os filhos agem pelos impulsos e só depois é que pensam nas consequências. Funcionar como pai é sempre se lembrar dos erros da juventude e prevenir os filhos para que não repitam os mesmos deslizes (Pv 22.15). Proteção é um fator real na vida paterna e isso independe da idade que os filhos alcancem. E o que não dizer das mães? Elas são tão protetoras que sentem a necessidade de estar a todo tempo cuidando, até mesmo depois que os filhos se casam. Esse é um instinto natural dos pais (Is 49.15).

Explique para os alunos que o único perigo é quando esse cuidado dos pais vem em forma de superproteção, porque pode se tomar em um ponto negativo no caráter dos filhos.

 

2.3. Pais gastam tempo com os filhos

Existem coisas que, como pais, acreditamos ser importantes para nós. Porém, elas podem não ter a mesma importância para nossos filhos. Provavelmente, eles não se lembrarão ou não darão muita relevância às situações que consideramos de grande valor. Existem algumas coisas que são simples, mas que marcam a vida e deixam impressões que nunca se apagarão (Pv 22.6). Uma dessas coisas é termos tempo para passar com nossos filhos. Esses momentos comuns e gloriosos dos quais eles jamais tirarão da lembrança (Ec 3.1). A maior glória que um pai ou uma mãe pode alcançar é fazer algo que seus filhos considerem de extrema importância, não importando quão simples ou trivial possa parecer.

Informe para os alunos que uma boa definição de pai seria: “Aquele a quem os filhos desejam imitar”. Certamente, um filho não pode imitar um pai ausente (ICo 11.1). Ressalte para eles que esse é o grande problema da humanidade sem Deus. Como imitá-lo estando longe de Sua presença e convívio?

 

  1. Conselhos importantes aos pais

Neste tópico, destacaremos três pontos importantes que podem em muito nos ajudar no convívio com nossos filhos.

 

3.1. Os pais devem ser exemplos

Os filhos são grandes aprendizes. Eles assimilam melhor pela observação e pela imitação. Por isso, não devemos viver de uma maneira e dizer aos nossos filhos para que vivam de outra. O velho ditado “faça o que eu digo e não faça o que eu faço” é uma receita pronta para a falência dos pais. Se nossas palavras dizem algo e nossas atitudes representam outra coisa, os nossos filhos escolherão reconhecer as atitudes e ignorar nossos aconselhamentos. Por essa razão, precisamos ser muito cuidadosos e viver exatamente do modo que desejamos que os nossos filhos vivam (Pv 17.6).

Explique para os alunos que as crianças aprendem muito mais por meio de exemplos do que pelas palavras. Elas imitam as pessoas com quem têm mais convivência (Pv 20.11). Ressalte para eles que, à medida que as crianças crescem, as responsabilidades e os deveres são acrescidos. Filhos não se educam sozinhos e a intenção de Deus nunca foi essa. Nós, pais, precisamos instruí-los e treiná-los por meio de nossa força espiritual no Senhor para que alcancem sucesso na vida. E é justamente isso que nossos filhos esperam de nós.

 

3.2. Os pais devem respeitar os filhos e inspirar neles confiança

Deus fez as crianças para brincar. É justamente assim que elas conseguem aprender e se tornam criativas. Elas aprendem a socializar e a relacionar-se com outras pessoas adequadamente por meio de jogos e brincadeiras e não pelo trabalho. Crianças não são adultos em miniaturas. É errado tratá-las dessa maneira. Elas precisam de uma orientação paciente e instruções cuidadosas, disciplina consistente e limites claros e definidos (Pv 22.15; Cl 3.21). Todas essas coisas são vitais para gerar na criança um sentimento de segurança e proteção. Quando se sentem protegidas, elas crescem livre do medo, da ansiedade e dos problemas psicológicos. Não podemos tratá-las como serviçais e escravas dentro de casa.

Informe para os alunos que existem pais que esperam e exigem muito das crianças. Reforce para eles que nosso trabalho como pais não é treinar bons trabalhadores para suprir nossas horas de ausência, mas criar uma descendência idônea (Sl 45.16).

 

3.3. Os pais devem ser honrados

Se honrar é um mandamento, é possível que os pais possam ser desonrados (Mt 15.5). Se Deus dá uma ordem é porque essa ordem pode também não ser cumprida e isso implica em que devemos fazer jus a tal merecimento. A honra deve ser dada àqueles que cumprem verdadeiramente seus deveres como pais. Mesmo que não sejam pais biológicos, contanto que tenham a posição e funcionem (Em 13.7). Abraão foi chamado “pai de uma nação” porque funcionou como uma fonte. Ele não somente gerou a Isaque, mas cuidou dele, e o treinou e mentoriou para se tornar um crente em Jeová exatamente como ele (Gn 17.1-9; 26.1-5).

Mostre para os alunos que Isaque fez o mesmo com sua descendência e assim surgiu a nação de Israel. O futuro de uma nação depende de funcionarmos como pais. Abraão não é considerado pai de nações pela biologia, mas pela funcionalidade. Ressalte para eles que a maior crise para os homens é a ausência de pais como modelos. A maioria dos filhos não quer ser como seus pais. Alguns agem como professores, mas nunca como pais. Os filhos têm professores o dia inteiro. Eles precisam de pais que participem com eles, que lhe auxiliem, que dialoguem, que em vez de cobranças, chorem com eles, brinquem com eles e lhes conquistem. É preciso compreender que jamais poderemos liderar aqueles a quem não conquistamos.

 

Conclusão

O nosso cotidiano e as muitas responsabilidades do lar podem nos distanciar de nossos filhos e, no afã de reparar o tempo perdido, suprimos essa ausência com presentes. É preciso entender urgentemente que o melhor presente que um filho pode receber é um pai presente.

fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net