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fé em ação e perseverança
fé em ação e perseverança

Qual Prêmio Paulo Procurava Conquistar?

 O contexto nos informa do seguinte: 

1. Vs. 11: Trata-se do tipo de vida mediado pela ressurreição.

2. Vs.12: É o tipo de vida que envolve a alma na busca e conquista da «perfeição». Isso alude às perfeições morais e metafísicas envolvidas na salvação, tanto no presente quanto no futuro. O vs. 16 mostra-nos que também está envolvida a «perfeição» presente, isto é, a maturidade espiritual; mas este versículo fala mais especificamente acerca da perfeição da alma, que buscamos na salvação.

3. Vs. 14: É o «prêmio» da vida eterna, a saber, a salvação, com tudo quanto ela inclui.

 

Obtido, Mas Não Obtido: 

«...Não que eu... tenha já obtido a perfeição...» 

1. Essa «perfeição» é a vida eterna, mediante a ressurreição dos justos (vs. 11). 

2. Paulo já havia conseguido chegar ao começo disso, ao primeiro estágio, quando de sua conversão e novo nascimento. Paulo, entretanto, refere-se aqui, especificamente, à completa salvação, após a morte física. Ele não estava declarando a sua absoluta segurança quanto a isso, e nem que tivesse recebido alguma segurança absoluta a respeito. No entanto, entrara na corrida para vencer. Não pouparia esforços. É necessário que «desenvolva­mos nossa própria salvação» (ver Fp 2:12). Era isso que Paulo tinha em mente: o lado humano da questão. E quando demonstrava plena certeza de que a salvação lhe estava garantida, então estava considerando a questão segundo o seulado divino: «...porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade» (Fp 2:13).

 «...tenha já obtido...» No original grego temos o termo «elabon», no aoristo, não se referindo a algum ato particular do passado, mas antes, «à, vida passada inteira» do apóstolo, como se esta fosse resumida em um único ato, que não pudera levá-lo a «obter» tão grande prêmio. Que ele «não podia obter o prêmio» em sua vida é uma verdade que permanece; mas Paulo não entrou em tais detalhes.

 «...obtido a perfeição...» Tal como nas notas expositivas anteriores, a idéia que aqui se destaca não meramente a de «maturidade espiritual», e, sim, a da perfeição real em Cristo, a participação na natureza moral positiva de Deus. E isso não envolve apenas a impecabilidade, mas também a plenitude de Cristo, para que os crentes sejam a sua plenitude, ao receberem a plenitude de Deus (ver Efl:23 e 3:19). Perfeição absoluta é o alvo colimado, o tipo de perfeição que Deus possui. Mas evidentemente Paulo visava aquelaperfeição que possuiremos somente ao entrarmos nos lugares celestiais, sem haver abordado a questão da infinitude dessa perfeição colimada, o que exigirá uma busca que se prolongará pela eternidade inteira. A perfeição moral e espiritual está aqui em foco, de natureza ética ou moral; e também está em foco a perfeição do ser. (Ver Ef 3:17-19; 4:13-16 e Cl 1:28).

 «...prossigo...», isto é, «pressiono», «sigo com zelo», dentro da metáfora do fundista em uma corrida, que faz o esforço necessário para ganhar a corrida, o que mostra-nos a maneira enfática como esse esforço deve ser compreendido.

 «...o alcance da possibilidade vai de zero ao infinito; em qualquer dado momento, nossa vida é aquilo para o que estamos vivos—e não mais. A biografia mais breve que já foi escrita está contida em sua sentença que descreve Matusalém: “Todos os dias de Matusalém foram novecentos e sessenta e nove anos; e morreu” (Gn 5:27). Em todos os seus novecentos e sessenta e nove anos parece que ele não conseguiu coisa alguma digna de ser relembrada. Algum contentamento animal fê-lo tornar-se inconsciente de tudo quanto podia ser feito naquele tempo. E muitíssimas pessoas, com duração de vida muito menor, perdem a maior parte das possibilidades que poderiam ser delas, preenchendo os seus dias com ocupações insignifican­tes, não lhes restando tempo para o que mais vale a pena. Certo jornal de certa feita afirmou que a maioria dos jovens nunca usa mais de uma décima parte da capacidade de suas mentes. Qualquer pessoa pode lembrar um tempo em que pensava saber qual a medida de sua própria mentalidade, somente para que os seus cálculos fossem perturbados ao ler, pela primeira vez, algum livro realmente profundo, que repentinamente expandiu seu horizonte mental de uma forma imprevista. De fato, continuamos a saber mais e mais, de nosso próprio intelecto, ao expormos a mente a uma variedade de exercícios mais profundos; e essa exposição é a essência mesma da educação mais ampla.

 Nossa civilização inteira tende a confinar nossas vidas à sua obsessão com a satisfação de produzir coisas que perecem, até que, tal como o rico, na parábola, com armazéns cada vez mais amplos, ele ouviu o sussurro perturbador: 'Louco, esta noite te pedirão a tua alma...' (Lc12:20). A convicção contínua de que não obtivemos ainda a perfeição serve tão-somente de sinal que algo que poderia fazer parte de nós bate à nossa porta, quando estamos dormindo. Não há limite para essa 'vida aberta', contanto que não pensemos que já a temos atingido. (Wicks, in loc).

 «...para conquistar aquilo para o que também fui conquistado...» O apóstolo Paulo fora «conquistado» ou «apanhado» por Cristo, para que fosse exclusivamente dele. Assim, pois, Paulo queria «apreender» aquilo para o que ou em vista do que Cristo o «apanhara». Cristo se apossara de Paulo por ocasião da conversão deste. Quando de sua glorificação, pois, Paulo queria obter o alvo ou objetivo dessa conversão, a saber, a «plena salvação», que consiste de compartilharmos de tudo quanto Cristo é e possui. Cristo apossou-se de nós a fim de tornar-nos iguais a ele mesmo, para que fôssemos o seu corpo místico, para que compartilhássemos de sua natureza e herança. Paulo falava sobre a «elevada chamada», sobre o «prêmio», referidos no versículo seguinte. Portanto, não estão em foco outras interpretações, como aquelas que enumeramos abaixo:

 1. Não devemos pensar aqui na sua missão entre os povos gentílicos. Paulo não quis dar a entender que queria levar a bom termo o seu apostolado entre os gentios, como se essa fosse a razão pela qual ele fora apanhado ou conquistado por Cristo. Isso é uma verdade, mas não a que está em pauta aqui.

 2. O reino messiânico também não está focalizado aqui, ainda que isso, por semelhante modo, expresse uma verdade, mas não a verdade toda que ocupava a mente de Paulo neste ponto.

 3. Nem Paulo queria dar a entender aqui simplesmente o «céu». Pois Paulo fora conquistado por Cristo com um alvo muito maior do que vir ele a mudar de endereço para os céus. A finalidade dessa conquista era a de tornar o seu ser semelhante ao de Cristo, compartilhar sua imagem e natureza (II Co 3:18).

 4. E certamente o «perdão» dos pecados, de modo a deixar-nos futuramente impecáveis, também fica muito aquém do grande alvo de Paulo, embora isso faça parte necessária do grande alvo. A perfeição cristã vai muito além do mero escape do pecado, conforme é explicado nas notas expositivas mais acima.

 5. As palavras gregas «eph o» têm sido traduzidas por «até onde», por «em razão de» ou por «por causa». É como se Paulo tivesse dito: «Em face de ter sido eu conquistado por Paulo é que pressiono na direção da meta». Mas essa é uma tradução duvidosa. A melhor tradução é mesmo «aquilo para o que», indicando que a razão que pressionava Paulo na direção do alvo é que ele fora procurado e achado por Cristo. Quanto a esse particular, Alford, (in loc.) diz que se tivéssemos de compreender a frase desse modo, teria de haver o verbo «katalabo», no sentido absoluto, na voz passiva, e não na voz ativa. Portanto, «eph o» são palavras que significam «aquilo para o que». Por conseguinte, poderíamos traduzir aqui que Paulo desejava «conquistar aquilo para o que Cristo o conquistara».

 3:13       Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão adiante,

 

A Magnífica Obsessão De Paulo 

1. Todos os seus esforços concentravam-se nessa «única coisa»: conquistar o «prêmio» (vs. 14).

 2. Isso ele tentava fazer através da absoluta dedicação pessoal à corrida. Desvencilhara-se de todas as cargas, e estava pronto e ansioso por saltar por cima de quaisquer obstáculos. Sua mente concentrava-se exclusivamente na sua tarefa. Não olhava para trás, porquanto se esquecera das «coisas passadas».

 3. Seus olhos estavam fixos no prêmio celeste, e cada músculo estava retesado ao máximo, a fim de que pudesse ser um vencedor. Paulo entrara na corrida a fim de vencer.

 Essa atitude de Paulo pode ser equiparada com a de Agostinho. Quando lhe perguntaram: «O que mais queres saber?», ele retrucou: «Deus e a alma». «Somente isso?», veio a pergunta admirada. «Somente isso!» foi a resposta pronta de Agostinho. E todos os escritos de Agostinho, tanto os filosóficos como os teológicos, salientam a sua convicção.

 Uma dedicação total: Conta-se a história de um homem, que vivia nos países frios do hemisfério norte, o qual, em tempo de inverno, ao chegar à beira de um rio gelado, não tinha maneira de saber qual a espessura do gelo. Temia que se começasse a andar por cima do gelo, este se partiria e ele seria engolido pelas águas gélidas do rio. Assim, para distribuir melhor o seu peso, deitou-se de braços sobre o gelo e foi-se arrastando lentamente na direção do centro do rio. Repentinamente, por detrás, ouviu um baralho terrífico, e, levantando a vista, viu um idoso homem negro, com uma parelha de cavalos, que puxavam um vagão carregado de mercadorias, e que estava chegando à beira do rio. Lá se foi o homem por sobre o rio gelado, com os cavalos e o vagão sobrecarregado, sem a menor hesitação. Ao ver isso, lentamente, ressabiado, o homem se levantou e atravessou por sobre o gelo, em passadas firmes, o que restava para chegar ao outro lado. Paulo se assemelhava ao homem que chegou à beira do rio com os cavalos, e o vagão carregado e que começou a cruzar o rio gelado sem a menor hesitação, deixando-nos o exemplo. Ele mostrou-nos total dedicação e não uma atitude tímida, encorajando-nos com o seu exemplo a fazermos o mesmo.

 A maioria das pessoas se dedica parcialmente ao Senhor, por causa de seus outros motivos, como o dinheiro, a ambição, a emulação e o senso de segurança carnal, que são coisas que as atraem. Mas, que segurança temos na vida presente, afinal de contas? Esse é um alvo elevadíssimo: conhecer a Cristo e obter o alvo para o qual fomos conquistados por Cristo. Se eu o conheço em minha experiência, então o meu grande motivo será o alvo que ele tem para mim, não servindo eu de alvo para mim mesmo.

 «...não julgo havê-lo alcançado...» são palavras que reiteram a idéia do versículo anterior. Todavia, devemos dar atenção ao enfático «eu» (no grego, «ego») e «...a mim...» (no grego, «emauton», isto é, «eu mesmo»). Isso assinala a avaliação fixa que Paulo fazia de si mesmo. Era assim que ele se estimava, não havendo qualquer esperança de vir ele a avaliar-se de outra maneira.

 «...julgo...» No original grego é «logidzomai», que significa «considero-me», «reputo-me», palavra usada com freqüência nos escritos de Paulo, expressando o poder e o processo do raciocínio que subjaz tudo quanto está sendo «avaliado» ou «aquilatado», conforme essa palavra também pode significar.

 «...esquecendo-me das cousas que para trás ficam...» Isso é, tudo quanto ficava no passado, em sua experiência cristã, ou em qualquer porção de sua experiência, incluindo a sua vida passada, quando ainda estava no farisaísmo. Paulo passara por sucessos e fracassos, por alegrias e desapontamentos, por tristezas e consolos; mas agora, tudo isso era passado. Na qualidade de fundista cristão, ele não se conservava olhando para trás, porquanto isso só serviria para tornar mais lento o seu progresso espiritual; antes, olhava constantementepara a frente, mirando o alvo e o prêmio. Não considerava ele a velocidade e a facilidade com que chegara até aquele ponto, como se isso fosse algo significativo; somente ao atingir o alvo e o sucesso final é que um homem realmente pode considerar-se bem-sucedido. Ter alguém começado bem também não é o bastante; aquele que chega primeiro ao fim da pista é que é declarado vencedor, e esse é quem recebe o prêmio. Não é que Paulo se envergonhasse do que acontecera antes, e nem se orgulhava ele de suas realizações passadas, mas é que não desejava ter qualquer senso de auto-satisfação que pudesse enfraquecer a sua determinação de atingir o alvo final.

 «...avançado...» Essa tradução não consegue reter a metáfora que aparece no original grego. O grego diz, literalmente, «esticando-me», dando a entender um violento esforço para a frente. No grego temos o vocábulo «epekteinomai», que quer dizer «esticar-se». A postura inclinada para a frente, de todos os corredores, está aqui em foco. E é com essa metáfora que Paulo nos dá a entender o seu tremendo esforço.

 «...para as que diante de mim estão...» As «coisas à frente» serviam para aumentar o seu conhecimento de Cristo e a sua estatura em Cristo. Isso permitia que ele fizesse aquilo que servia para fomentar a causa do Senhor e do evangelho, ao mesmo tempo que permitia que ele mesmo—Paulo—, fosse sendo transformado segundo a imagem de Cristo, podendo assim atingir a mesma herança que Cristo tem (ver Rm 8:17,29). Ele corria «...olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus...» (Hb 12:2).

 «O corpo do corredor se inclina para a frente, sua mão se estende na direção do alvo, e seus olhos se fixam no mesmo». (Vincent, in loc). «O olhar vai adiante e puxa a mão, e a mão atrai o pé». (Bengel, in loc). A expressão aqui utilizada por Paulo foi utilizada pela linguagem dos desportistas, porquanto chamamos a porção final de uma pista de corridas, imediatamente antes do alvo final, de «home-stretch» (no inglês), ou «reta de chegada».

 

3:14       prossigo para o alvo pelo prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus.

 Muitos geralmente participam de uma competição atlética, como em uma corrida, mas apenas um atleta obtém o prêmio. Devemos correr de tal modo que obtenhamos o prêmio.

 «...prossigo para o alvo...» A palavra «...alvo...», neste caso, é tradução do vocábulo grego «skopos», usada para indicar um sinal ou marca onde se devia alvejar o dardo ou flecha, embora aqui se refira à meta que os corredores procuram atingir.

 «...prêmio...» No original grego é «brabeion», o «prêmio» oferecido aos atletas vencedores. Mas essa palavra também dava a entender qualquer «recompensa». Tal palavra também é usada em I Co 9:24, para indicar o «prêmio» que seria dado ao vencedor na corrida cristã. Esse prêmio é o motivo estimulador. Por isso é que Inácio disse para Policarpo: «Sê controlado, como atleta de Deus; o prêmio é aincorrupção e a vida eterna».

 O Prêmio Incomparável 

1. Esse prêmio consiste daquilo que um homem ganha, ao vencer a corrida da vida: a vida eterna, a salvação (ver Hb 2:3).

2. Essa idéia é comprovada pelo contexto em geral:

a. Vs. 11: A vida é mediada pela ressurreição dos justos.

b. Vs. 12: O tipo de vida envolvido na obtenção da «perfeição».

c. Vs. 14: O tipo de vida que a «chamada de Deus» nos confere, como é óbvio, é a vida eterna, mediada através da eleição.

3. Esses fatores eliminam aqui a interpretação que diz que Paulo buscava uma «ressurreição mais abundante», isto é, «um elevado galardão», e não a própria salvação. Não há que duvidar que Paulo também buscava isso, mas não é a essa realidade que se refere o texto presente.

4. O intenso conflito de Paulo, aqui refletido, está relacionado à sua mensagem de Fp 2:12: «...desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor». Ele aludia ao lado humano da questão; daí a luta, de mistura com certas dúvidas, no tocante ao resultado final.

5. Quando ele finalmente pôde dizer: «Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé... Já agora a coroa da justiça me está guardada...» (II Tm 4:7,8), então não restavam mais dúvidas. Por conseguinte, no tocante a essa atitude de Paulo, deveríamos usar mesmo a palavra «dúvida», ou seria preferível o termo «cautela»?

6. O prêmio a ser conquistado é a coroa da justiça (ver II Tm 4:8), a coroa da vida (ver Tg 1:12 e Ap 2:10).

7. A salvação é o prêmio; a salvação conquista a participação na natureza e nos atributos de Cristo (ver Cl 2:10), na plenitude do Pai (verEf 3:19) e na natureza divina (ver II Pe 1:4).

«Aquele que corre não fixa os olhos nos espectadores, e, sim, no prêmio. Sem importar se os espectadores são ricos ou pobres, se dele zombam, se o aplaudem ou insultam, se lançam pedras contra ele, se lhe assaltam a casa, e mesmo que vejam seus filhos ou sua esposa, ou qualquer outra coisa, o corredor não se desvia do seu alvo, porquanto se preocupa tão-somente com correr e conquistar o prêmio. Aquele que corre não pára em parte alguma, porquanto, se mostra negligente, mesmo que em pouco tempo, tudo estará perdido. Aquele que corre não afrouxa a corrida sob hipótese alguma, antes de chegado o fim, mas antes, mais do que nunca, estica-se para vencer a pista». (Crisóstomo).

 «...vocação de Deus...» Encontramos aqui uma espécie de termo técnico, usado para indicar o apelo lançado aos homens para que exerçam fé em Cristo, oferecendo-lhes a salvação. Uma vez que esse apelo seja acolhido, isso fala de tudo quanto o indivíduo obtém através dessa chamada. Compete-nos ser «dignos da chamada com a qual fomos chamados». O termo grego aqui empregado é «klesis». E aqueles que dão ouvidos a esse chamamento são os kleitoi, ou «chamados». Esse chamamento divino, neste ponto, é visto em seus efeitos—a santificação e a transformação do crente segundo a imagem de Cristo; mas o seu alvo ainda jaz no futuro, porquanto fomos chamados para receber todas as glórias de Cristo, para compartilharmos de sua natureza perfeita, para participarmos da própria plenitude de Deus (ver Ef 3:19).

 «...soberana vocação...» Literalmente traduzida, a expressão diria «chamada para o alto». Se preferirmos a tradução mais literal, veremos que o chamamento cristão nos convoca não apenas para avançar, mas também para subir sempre para novas alturas. No entanto, alguns estudiosos pensam que «vocação celestial» ou «vocação soberana» São boas traduções para o original grego. Isso fala sobre a grandiosidade e sobre a sublimidade da chamada divina. (Comparar com o trecho de Hb 3:1, «...santos irmãos, que participais da vocação celestial...»). Mas ambas as idéias são verazes—o chamamento divino sempre nos convoca a subir mais e mais, e também é sublime em sua natureza, por causa das bênçãos celestes que nos confere em Cristo Jesus (ver Ef 1:3). No entanto, a primeira dessas idéias é a que conta com melhor apoio léxico.

 «...de Deus...» A chamada vem da parte de Deus, a fim de nós aproximarmos de Deus, porquanto tudo quanto há na existência tem a Deus como fonte originária, visando a sua pessoa, a fim de que os chamados compartilhem de sua plenitude e redundem na glória de Deus (ver I Co 8:6 e Rm 11:32). «Porque dele e por meio dele e para ele são todas as cousas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém». (Rm 11:36).

 «...em Cristo Jesus...» Acerca dessas palavras, precisamos desdobrar os comentários como segue:

 1. A vocação divina é «em Cristo Jesus» mediante a comunhão com o Senhor Jesus, em união com ele (ver I Co 4:4). Essa expressão, que normalmente toma a forma de «em Cristo», é usada por nada menos de cento e sessenta e quatro vezes nos escritos de Paulo, dando a entender a comunhão e a união mística que desfrutamos com ele, através do Espírito em nós residente, por meio de quem fluem todas as bênçãos espirituais. (Ver Ef 1:3).

2. Também está em foco a idéia da «agência» de Cristo Jesus, através da confiança nele (ver o nono versículo deste capítulo).

3. Cristo é a «esfera» ou «elemento» onde o chamamento divino tem a sua fruição, em quem o prêmio nos é dado. Em outras palavras, nosso relacionamento com o Senhor Jesus é que nos garante essas coisas. Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida; e à parte dele ninguém poderá jamais vir a Deus. (Ver João 14:6).

4. Essa chamada divina se concretiza em consonância com as provisões da graça divina, que se acham em Cristo, a saber, para que os crentes sejam o que Jesus Cristo é e possuam a sua herança. Portanto, o próprio Cristo é a «medida» do nosso prêmio. É ele quem dá substância e natureza a esse prêmio.

 Quando alguém disse a Diógenes, o filósofo cínico: «Agora já és um homem velho, descansa dos teus labores», ele replicou: «Se corri por toda a pista, cabe-me afrouxar o passo agora, que já estou perto do fim? Não deveria eu, bem pelo contrário, esticar-me para a frente?» (Ver Diog. Laert., lib. vi. cap.2 e secção 6). Por semelhante modo, o idoso apóstolo Paulo, já tendo percorrido boa parte da pista, e tendo todo o direito de sentir-se cansado e desencorajado, bem ao contrário disso, intensificou a sua busca, porquanto já podia contemplar o prêmio, visto que agora chegara à «reta de chegada».

 Paulo pode contemplar a Jesus, o qual, para o profeta Ageu, é o «desejado das nações». Para Jeremias é o «Senhor, Justiça Nossa». Para Daniel, é o «Ungido». Para Salomão, a «Rosa de Sarom». Para o apóstolo João é «o Salvador, o Filho de Deus, o Caminho, a Verdade e a Vida». Para João Marcos, o «Filho do homem». E para Paulo, Jesus é o «Bendito e único Potentado», o «Senhor», o «Capitão», o «Senhor da Glória», o «Mediador», o «Redentor». E para João, no livro de Apocalipse, Jesus é o «Senhor dos senhores e Rei do reis», o «Alfa e Omega», «o Começo e o Fim», o «Rei dos santos». Por conseguinte, o apóstolo dos gentios, estando agora mais perto do alvo e tendo uma visão mais perfeita do prêmio, resolveu terminar a sua carreira com alegria, porquanto já rebrilhava ante seus olhos aquela coroa que o Senhor, Justo Juiz, haveria de dar-lhe.

 Fonte Bibliografia R. N. Champlin,comentário do novo testamento,2003

FONTE www.avivamentonosul.blogspot.com.br