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A avivamento na Inglaterra JHON WESLEY
A avivamento na Inglaterra JHON WESLEY

 

                                                     

                HISTORIA DO AVIVAMENTO NA INGLATERRA

                                          INTRODUÇÃO

Após a reforma protestante Deus suscitou verdadeiros campeões da fé,os quais permitiram que suas vidas fossem instrumentos do Espirito santo,para a ministração de poderosos avivamentos para a igreja cristã.Não podemos ter a pretenção de precisar quem ou quando iniciou este periodo.Na realidade,podemos perceber que na igreja,durante e após a reforma,surgiram reavivamentos periodicos e locais,e que a soma destes foi a mola propulsora para a expanção do cristianismo pentecostal.(notas,Campos,bernardo,da reforma protestante á pentecostalismo 2002)
O pentecostalismo é uma manifestação histórica do"principio",que se fez presente em todos os avivamentos ao longo da história da igreja.Diferentemente do que alguns alegam,o Pentecostalismo não se trata de um movimento desvinculado do protestantismo histórico,antes diz respeito a uma forma histórica atual da ação do Espirito Santo que sempre se fez presente na igreja de Cristo.(notas,ibid,pp12)
Logo após o periodo de expanção das ideias protestantes,no seculo 18°,o protestantismo,na tentativa de ser coerente com o s penssamentos modernos,desenvolveu um sistema doutrinario para ser aceito intelectualmente.Isso não significa que não havia importancia em lançar as bases intelectuais do protestantismo,o problema resisdia no fato de não haver uma preocupação com uma doutrina pratica para a vida do individou.Esta falta de preocupação,ocorrida no seculo 17°,gerou um esfriamento espiritual e um formalismo em geral na Alemanha,Inglaterra,vindo a se expandir por toda a Europa e atingindo mais tarde,os Estados Unidos.(Nichols,Robert h.hist.da igreja,p,220). 
Em nosso estudo do periodo moderno ou dos avivamentos,nossa atenção dirigir´se-a aos avivamento.Nosso propósito é descrever,de modo breve,certos movimentos de importancia,que por meio da reforma influenciaram países protestantes como Inglaterra,a alemanha e a América.Pouco depois da reforma apareceram tr~es grupos doferentes na igreja Inglesa:os elementos romanistas,que procuraram fazer amizade e nova união com Roma,O Anglicanismo,que estava satisfeito com as reformas moderadas estabelecidas nos reinados de Henrique 8°.,e da rainha Elisabete,e o grupo protestante radical que desejava uma igreja igual ás que se estabeleceram em Genebra e Escócia.Este ultimo grupo ficou conhecido,cerca do ano de 1654,como"os Puritanos",e opunha-se de modo firme ao sistema Anglicano no governo de Elisabete,e por essa razão muitos de seus dirigentes foram exilados.(notas,Jesse l.Hurlbut,pp.164,1999).
Os Puritanos também divididos entre si:uma parte radical,era favoravel á forma presbiteriana,a outra parte desejava a indenpendencia de cada grupo local,conhecidos como "indenpendentes"ou "congregacionais".Apesar dessa diferenças,continuavam como membros da igreja inglesa.Na luta entre Carlos 1° e o parlamento,os puritanos eram fortes defenssores dos direitos populares.No inicio o grupo presbiteriano predominava.Por ordem do Parlamento,um concilio de ministros reunido em Westminster,em 1643,preparou a"Confissão de Westminster"e os dois catecismos,considerados durante muito tempo como regra de fé por Presbiterianos e congregacionais.Durante o governo de Oliver Cromwell(1653-1658),triunfou o elemento independente,ou congregacional.No governo de Carlos 2°(1660-1685),os anglicanos assumiram  novamente o poder,e nessa época os puritanos foram perseguidos como não conformistas.Apos a revolução de 1688,os puritanos foram reconhecidos como dissidentes da igreja da Inglaterra e conseguiram o direito de organizar-se indenpendente.Do movimento iniciado pelos puritanos surgiram três igrejas,a Presbiteriana,a Congregacional,e a Batista.(notas,ibid,pp.164)
Nos primeiros 50 anos do seculo 18°,as igrejas da Inglaterra,a oficial e a dissidente,entraram em dacadencia.Os cultos eram formalistas,dominados por uma crença intelectual,mas sem poder moral sobre o povo.A inglaterra foi despertada dessa condição ,por um grupo de pregadores sinceros dirigidos pelos irmãos João Wesley e Jorge Whitefield.Dentre os três,Whitefeld era pregador mais avivado com grander poder,que comovia no poder de Deus milhares de pessoas,tanto na Inglaterra como na América do Norte.Carlos Wesley era poeta compositor sacro,cujos hinos enriqueceram a coleção hinológica a partir de seu tempo.João W. foi sem duvida alguma,o indispenssavel dirigente e estadista do movimento.(notas,ibid,pp.164)


             INICIO DO AVIVAMENTO "OS QUAKERS"(1624-1691)

O fato do primeiro lider dizer aos fiéis para tremarem diante de Deus gerou o nome"quakres',Com a inexixtencia de sacramentos, os quakres permaneceram em silencio nos cultos,aguardando uma iluminação proveniente do Espirito Santo,a respeito do que dizer.Neste movimento há crenças na possibilidade de uma comunicação direta com Deus.George Fox foi o fundador desta organização evangelica na Inglaterra do seculo 18°.Nichols afirma""George Fox foi um dos mais avivdados lideres do seu tempo e fervoroso evangelista que alcançou grande numero de conversões.
De acordo com historiador Gaarner,os Quakers foram perseguidos na Inglaterra pela intolerancia religiosa,e acabaram emigrando para os Estados Unidos na época da colonização,onde William Pen conseguiu estabelecer uma colonia quakers.Este dispunha de uma grande porção e terra na América do Norte que mais tarde passou a ser conhecida como estado de Pensilvania.Neste lugar os quakers criaram comunidades regidas por principios de justiça,moralidade fraternidade nas relações humanas.Os quakers apesar de serem sinceros em sua fé eram extremamente radiacais,de tal modo que seguiam a orientação de Fox de considerar as instituições e autoridades locais.
Também violavam outras convenções sociais,por exemplo:não tiravam chapéu em respeito a ninguém,nem cumprimentavam quaisquer pessoa com "bom dia"ou"boa noite'.Evidentemente que isso resultou em grande antipatia por parte da sociedade.Talvez a crença na iminencia apocaliptica,explica excessos exajeros ou excessos.Entretanto com tempo esse carater escatologico perdeu-se e o fervor inicial deu lugar a uma religiosidade excessivamente mistica,sem o devido embasamento nas doutrinas biblicas e com uma visão da pessoa de Cristo um tanto equivocada.Segundo Gaarner"a maior parte dos 200 mil quakers do mundo mora nos Estados Unidos.(notas Gaarner,o livros da religiões,p.2000).
No periodo dos dias agitados anos de 1640 a 1650,na Inglaterra muntiplicam-se certos movimentos sectáricos .Alguns deles os Levellers e os Diggers,formaram seitas tanto religiosas como politicos.Outros fortemente demonstraram tendencia tanto religiosa como politica(relativismo ao milenio),especialemente  os homens da 5° monarquia.Ainda outros  revelaram  inclinações misticas,tais como os Seekers e os Finders.Mas destes movimentos ,o mais significativo e um dos mais notaveis da época das gerras civis foi a sociedade dos amigos Quekers Jorge Fox (1624-1691) foi um dos poucos genios da igreja da historia da Inglaterra.Filho de um tecelão,nasceu em Fenny Drayton.Cresceu fervoroso,aos 19 anos de idade foi convidado por alguns cristãos de nome apenas para participar de uma reunião para beber.Ficou tão escandalizado com o contraste entre a pratica  e as palavras,que se entregou á ansiosa procura  da realidade espiritual.Detestava toda sorte de falsidades.(notas,W.Walker,hist,da igreja,pp.160). 
Sua experiencia transformadora e sempre central se deu em 1646.Dai lhe veio a firme convicção de que toda criatura recebe do Senhor uma porção de luz  e que se esta"luz interior'é seguida,ela seguramente a leva á luz da vida e á verdade espiritual.A revelação não está confiada ás Escrituras ainda sejam elas a verdadeira Palavra de Deus-ela ilumina todos quantos são discipulos verdadeiros.O Espirito Santo fala diretamente através desses discipulos,entrega-lhes sua menssagem e os estimula a servir.(notas,ibid,pp.160).
Fox começou seu tempestuoso ministério em 1647.Visto que Deus dá a luz interior onde quer,o verdadeiro ministério é o de qualquer homem ou mulher que ele queira chamar.Deve-se rejeitar o ministério simplesmente profissional e frio.A sinceridade  e o zelo espiritual das crenças de Fox sua aversão a todo aspecto de formalismo e sua ansia por intima experiencia espiritual,tiveram enorme força de atração.Ele obteve seguidores entre varios partidos puritanos e entre as seitas que haviam proliferado no solo puritano.Por volta de 1652,em Preston Patrick,no norte da Inglaterra ,se reuniu a primeira comunidade Quakers.Dois anos depois os Antigos se haviam expandido até Londres,Bristol e Norwich.Entre os primeiros conversos de Fox,Margarida Fell(1614-1702)foi a mais importante .Com ela contraiu matrimonio depois que ela ficou viuva,e a casa dela,Swartmore Hall,se converteu em quartel general para seus pregadores.(notas,ibid,w.walker,pp.161).
Por causa das  ciecunstancias da vida Inglesa,tal movimento encontrou extrema oposição.Antes de 1661 mais de 3 mil amigos ,incluindo Fox,haviam passado pela prisão.Cedo entre eles se manifestou tal zelo missionario que os Quakers foram levados a proclamar sua fé nos mais distantes lugares,como Jerusalém,ilhhas da Indias Ocidentais,Alemanha,Austria e Holanda.Em 1656 entraram em Massachusetts e em 1661 quatro foram enforcados.Para essa severidade há uma explicação,não justificação,quakers,comportamento que em qualquer época teria provocado a interferencia policial.(notas,ibid,pp161)
Tais extravagancia foram devido as á falta inicial de organização,assim como crença na imediata inspiração do Espirito.Fox persebeu a necessidade de ordem,a ao por 1666 as linhas principais da disciplina quacre estavam formuladas,ainda que enfrentando grande oposição.Foram estabelecidas!"reuniões todo mes" para vigiarem com rigor a vida e o comportamento dos membros.Antes da morte de Fox,em 1691,adquiriram os quakers as sóbrias carateristicas que desde então os distinguem. William Pen (16644-1718),filho do Almirante Sir William Pen,apos sua inclinação ao quacarismo desde 1661,abraçou totalmente suas crenças em 1666 e se tornou um dos mais eminentes pregadores e defensores literarios da fé.Resolveu achar na América a liberdade negada aos quakers na Inglaterra.Após auxiliar e enviar uns 800 a Nova Jersey em 1677-1678,Penn obteve de Carlos 2° a concessão da Pennylvania,em 1681,como cancelamento de uma divida da coroa para com seu pai.Em 1682 foi fundada Filadélfia estado americano e teve inicio um grande experimento colonial.O ato de tolerancia de 1689,deu alivio aos quakers,como a outros dissidentes quanto ás mais severas restrições,e lhes concedeu liberdade de culto.(ibid,pp.162)
Algo importante sobre Fox é que quando se sentia movido pelo Espirito Santo a falar e orar  em alguma igreja .Frequentemete,surgiam debates,em tais convenções,nos quais mostrava-lhes firme e convincente.Em certas ocasiões,suas palavras não eram bem aceitas ou não recebidas,e o golpeavam,atirando-lhe pedras.Mas isto não o afastava e logo encontrava-se em outra " com campanário",intemrrompendo o culto e proclamamando sua mensagem.O numero de seus seguidores cresceu rapidamente.No começo,davam-lhe a si mesmos o nome"filhos da luz".O própio Fox,preferia dar-lhes simplemente o titulo de "amigos"O povo,vendo que sua exaltação era tal que tremiam,deu-lhe o nome de "quakers". (notas,Justo l.Gonzalez,a era dos dogmas e das duvidas,pp.149).
As pregações de Fox e praticas  não eram do agrado de muitos.Os lideres religiosos não gostavam deles.Foz quando não estava preso,Fox passava parte do tempo em sua casa de Swarthmore,que veio a ser o quartel general dos quakers.No restante passava viajando pela Inglaterra e exterior,visitando assembleias de quakers e levando sua menssagem a novas regiões.Primeiro foi á escócia,onde o acusaram de sedição,depois a Irlanda,mais tarde passou 2 anos no Caribe e América do Norte e por ultimo,fez duas visitas ao continente Europeu(holanda e Alemanha.Em todos os lugares,o movimento se estende e na, morte de Fox,em 1691,seus seguidores atingiam dezenas de milhares.Esses seguidores foram perseguidos.Repetidamente,os eram presos,acusados de serem vadios,blasfemos,de iniciarem motins e não pagarem os dizimo.Quando em 1664,Carlos 2/,proibiu as assembleias ou reunião de culto,outros grupos comtinuavam reunindo em secreto.Mas os quakers resolveram faze-los o culto publico e milhares deles foram presos.Quando em 1689,Jaime  2° prolungou a tolerancia religiosa,os quakers contavam com centenas de martires,que haviam morrido na prisão.(notas,ibid,pp.152).

                 AVIVAMENTO DE MISSÕES NA INGLATERRA
                            PAI DE MISSÕES MODERNAS 
                           GUILHERME CAREY(1761-1834)

           (Notas,Herois da fé,Orlando Boyer,pp.95-102,cpad,Brasil)I

 

O menino Guilherme Carey, era apaixonado pelo estu­do da natureza. Enchia seu quarto de coleções de insetos, flores, pássaros, ovos, ninhos, etc. Certo dia, ao tentar al­cançar um ninho de passarinhos, caiu de uma árvore alta. Ao experimentar a segunda vez, caiu novamente. Insistiu a terceira vez: caiu e quebrou uma perna. Algumas semanas depois, antes de a perna sarar, Guilherme entrou em casa com o ninho na mão. - "Subiste à árvore novamente?!" -exclamou sua mãe. - "Não pude evitar, tinha de possuir o ninho, mamãe" - respondeu o menino.

 

Diz-se que Guilherme Carey, fundador das missões atuais, não era dotado de inteligência superior e nem de qualquer dom que deslumbrasse os homens. Entretanto, foi essa característica de persistir, com espírito indômito e inconquistável, até completar tudo quanto iniciara, que fez o segredo do maravilhoso êxito da sua vida.

 

Quando Deus o chamava a iniciar qualquer tarefa, per­manecia firme, dia após dia, mês após mês e ano após ano,até acabá-la. Deixou o Senhor utilizar-se de sua vida, não somente para evangelizar durante um período de quarenta e um anos no estrangeiro, mas também para executar a fa­çanha por incrível que pareça, de traduzir as Sagradas Es­crituras em mais que trinta línguas.

 

O avô e o pai do pequeno Guilherme eram sucessiva­mente professor e sacristão (Igreja Anglicana) da Paró­quia. Assim o filho aprendeu o pouco que o pai podia ensi­nar-lhe. Mas não satisfeito com isso, Guilherme continuou seus estudos sem mestre.

 

Aos doze anos adquiriu um exemplar do Vocabulário Latino,por Dyche,. o qual decorou. Aos quatorze anos ini­ciou a carreira como aprendiz de sapateiro. Na loja encon­trou alguns livros, dos quais se aproveitou para estudar. Assim iniciou o estudo do grego. Foi nesse tempo que che­gou a reconhecer que era um pecador perdido, e começou a examinar cuidadosamente as Escrituras.

 

Não muito depois da sua conversão, com 18 anos de idade, pregou o seu primeiro sermão. Ao reconhecer que o batismo por imersão é bíblico e apostólico, deixou a deno­minação a que pertencia. Tomava emprestados livros para estudar e, apesar de viver em pobreza, adquiria alguns li­vros usados. Um de seus métodos para aumentar o conhe­cimento de outras línguas, consistia em ler diariamente a Bíblia em latim, em grego e em hebraico.

 

Com a idade de vinte anos, casou-se. Porém os membros da igreja onde pregava eram pobres e Carey teve de continuar seu ofício de sapateiro para ganhar o pão coti­diano. O fato de o senhor Old, seu patrão, exibir na loja um par de sapatos fabricados por Guilherme, como amostra, era prova da habilidade do rapaz.

 

Foi durante o tempo que ensinava geografia em Moul­ton, que Carey leu o livro As Viagens do Capitão Cook e Deus falou à sua alma acerca do estado abjeto dos pagãos sem o Evangelho. Na sua tenda de sapateiro afixou na pa­rede um grande mapa-mundi, que ele mesmo desenhara cuidadosamente. Incluíra neste mapa todos os dizeres dis­poníveis: o número exato da população, a flora e a fauna, as características dos indígenas, etc., de todos os países.Enquanto consertava sapatos, levantava os olhos, de vez em quando, para o mapa e meditava sobre as condições dos vários povos e a maneira de os evangelizar. Foi assim que sentiu mais e mais a chamada de Deus para preparar a Bíblia, para os muitos milhões de indus, na própria língua deles.

 

A denominação a que Guilherme pertencia, depois de aceitar o batismo por imersão, achava-se em grande deca­dência espiritual. Isto foi reconhecido por alguns dos mi­nistros, os quais concordaram em passar "uma hora em oração na primeira segunda-feira de todos os meses" pe­dindo de Deus um grande avivamento da denominação. De fato esperavam um despertamento, mas, como aconte­ce muitas vezes, não pensaram na maneira em que Deus lhes responderia.

 

As igrejas de então não aceitavam a idéia, que conside­ravam absurda, de levar o Evangelho aos pagãos. Certa vez, numa reunião do ministério, Carey levantou-se e su­geriu que ventilassem este assunto: O dever dos crentes em promulgar o Evangelho às nações pagãs. O venerável pre­sidente da reunião, surpreendido, pôs-se em pé e gritou: "Jovem, sente-se! Quando agradar a Deus converter os pa­gãos, ele o fará sem o seu auxílio, nem o meu."

 

Porém o fogo continuou a arder na alma de Guilherme Carey. Durante os anos que se seguiram esforçou-se inin­terruptamente, orando, escrevendo e falando sobre o as­sunto de levar Cristo a todas as nações. Em maio de 1792, pregou seu memorável sermão sobre Isaías 54.2,3: "Amplia o lugar da tua tenda, e as cortinas das tuas habitações se estendam; não o impeças; alonga as tuas cordas, e firma bem as tuas estacas. Porque transbordarás à mão direita e à esquerda; e a tua posteridade possuirá as nações e fará que sejam habitadas as cidades assoladas."

 

Discursou sobre a importância de esperar grandes coi­sas de Deus e, em seguida, enfatizou a necessidade de ten­tar grandes coisas para Deus.

 

O auditório sentiu-se culpado de negar o Evangelho aos países pagãos, a ponto de "levantar as vozes em choro." Foi então organizada a primeira sociedade missionária na história das igrejas de Cristo para a pregação do Evangelho entre os povos nunca evangelizados. Alguns como Brainerd, Eliot e Schwartz já tinham ido pregar em lugares distantes, mas sem que as igrejas se unissem para susten­tá-los.

 

Apesar de a sociedade ser o resultado da persistência e esforços de Carey, ele mesmo não tomou parte na sua for­mação. O seguinte, porém, foi escrito acerca dele nesse tempo:"Aí está Carey, de estatura pequena, humilde , quieto e constante; tem transmitido o espírito missio­nário aos corações dos irmãos, e agora quer que saibam da sua prontidão em ir onde quer que eles desejem, e está bem contente que formulem todos os planos".

 

Nem mesmo com esta vitória, foi fácil para Guilherme Carey concretizar o sonho de levar Cristo aos países que ja­ziam nas trevas. Dedicava o seu espírito indômito a alcan­çar o alvo que Deus lhe marcara.

 

A igreja onde pregava não consentia que deixasse o pastorado: somente com a visita dos membros da sociedade a ela é que este problema foi resolvido. No relatório da igreja escreveram: "Apesar de concordar com ele, não achamos bom que nos deixe aquele a quem amamos mais que a nos­sa própria alma."Entretanto, o que mais sentiu foi quando a sua esposa recusou terminantemente deixar a Inglaterra com os fi­lhos. Carey estava tão certo de que Deus o chamava para trabalhar na Índia que nem por isso vacilou.

 

Havia outro problema que parecia insolúvel: Era proi­bida a entrada de qualquer missionário na Índia. Sob tais circunstâncias era inútil pedir licença para entrar. Nestas condições, conseguiram embarcar sem esse documento. In­felizmente o navio demorou algumas semanas e, pouco an­tes de partir, os missionários receberam ordem de desem­barcar.

 

A sociedade missionária, apesar de tantos contratem­pos, continuou a confiar em Deus; conseguiram granjear dinheiro e compraram passagem para a Índia em um navio dinamarquês. Uma vez mais Carey rogou à sua querida es­posa que o acompanhasse. Ela ainda persistia na recusa e nosso herói, ao despedir-se dela, disse: "Se eu possuísse o mundo inteiro, daria alegremente tudo pelo privilégio de levar-te e os nossos queridos filhos comigo; mas o sentido do meu dever sobrepuja todas as outras considerações. Não posso voltar para trás sem incorrer em culpa a minha alma."

 

Porém, antes de o navio partir, um dos missionários foi à casa de Carey. Grande foi a surpresa e o regozijo de todos ao saberem que esse missionário conseguiu induzir a espo­sa de Carey a acompanhar o seu marido. Deus comoveu o coração do comandante do navio a levá-la em companhia dos filhos, sem pagar passagem.

 

Certamente a viagem a vela não era tão cômoda como nos vapores modernos. Apesar dos temporais, Carey apro­veitou-se do ensejo para estudar o bengali e ajudar um dos missionários na obra de verter o livro de Gênesis para a língua bengaleza.

 

Guilherme Carey aprendeu suficiente o bengali, duran­te a viagem, para conversar com o povo. Pouco depois de desembarcar, começou a pregar e os ouvintes vinham para ouvir em número sempre crescente.Carey percebeu a necessidade imperiosa de o povo pos­suir a Bíblia na própria língua e, sem demora, entregou-se à tarefa de traduzi-la. A rapidez com que aprendeu as línguas da Índia é uma admiração para os maiores lingüis­tas.

 

Ninguém sabe quantas vezes o nosso herói se mostrou desanimadíssimo na Índia. A esposa não tinha interesse nos esforços de seu marido e enlouqueceu. A maior parte dos ingleses com quem Carey teve contato, o tinham como louco; durante quase dois anos nenhuma carta da Inglater­ra lhe chegou às mãos. Muitas vezes faltava aos seus di­nheiro e alimento. Para sustentar a família, o missionário tornou-se lavrador da terra e empregou-se em uma fábrica de anil.

 

Durante mais de trinta anos Carey foi professor de línguas orientais no colégio de Fort Williams. Fundou tam­bém, o Serampore College para ensinar os obreiros. Sob a sua direção, o colégio prosperou, preenchendo um grande vácuo na evangelização do país.

 

Ao chegar à Índia, Carey continuou os estudos que co­meçara quando menino. Não somente fundou a Sociedade de Agricultura e Horticultura, mas criou um dos melhores jardins botânicos, redigiu e publicou o "Hortus Bengalensis". O livro "Flora Índica", outra de suas obras, foi consi­derada obra-prima por muitos anos.

 

Não se deve concluir, contudo, que, para Guilherme Carey, a horticultura fosse mais do que um passatempo. Passou, também, muito tempo ensinando nas escolas de crianças pobres. Mas, acima de tudo, sempre lhe ardia no coração o desejo de se esforçar na obra de ganhar almas.

 

Quando um de seus filhos começou a pregar, Carey es­creveu: "Meu filho, Félix, respondeu à chamada para pre­gar o Evangelho". Anos depois, quando esse filho aceitou o cargo de embaixador da Grã Bretanha no Sião, o pai, desa­pontado e angustiado, escreveu para um amigo: "Félix en­colheu-se até tornar-se um embaixador!"

 

Durante o período de quarenta e um anos, que passou na Índia, não visitou a Inglaterra. Falava, embora com di­ficuldade, mais de trinta línguas da Índia, dirigia a tradu­ção das Escrituras em todas elas e foi apontado ao serviço árduo de tradutor oficial do governo. Escreveu várias gra­máticas indianas e compilou notáveis dicionários dos idio­mas bengali, marati e sânscrito. O dicionário do idioma bengali consta de três volumes e inclui todas as palavras da língua, traçadas até a sua origem e definidas em todos os seus sentidos.

 

Tudo isto era possível porque sempre economizava o tempo, segundo se deduz do que escreveu seu biógrafo:"Desempenhava estas tarefas hercúleas sem pôr em risco a sua saúde, aplicando-se metódica e rigorosamente ao seu programa de trabalho, ano após ano. Divertia-se, passando de uma tarefa para outra. Dizia que se perde mais tempo, trabalhando inconstante e indolentemente do que nas interrupções de visitas. Observava, portanto, a norma de entrar, sem vacilar, na obra marcada e de não deixar coisa alguma desviar a sua atenção para qualquer outra coisa durante aquele período."O seguinte escrito pedindo desculpas a um amigo pela demora em responder-lhe a carta, mostra como muitas das suas obras avançavam juntas:

 

"Levantei-me hoje às seis, li um capítulo da Bíblia hebraica; passei o resto do tempo, até às sete, em oração. Então assisti ao culto doméstico em bangali, com os cria­dos. Enquanto esperava o chá, li um pouco em persa com um munchi que me esperava; li também, antes de comer, uma porção das Escrituras em industani. Logo depois de comer sentei-me, com um pundite que me esperava, para continuar a tradução do sânscrito para o ramayuma. Tra­balhamos até as dez horas, quando então fui ao colégio para ensinar até quase as duas horas. Ao voltar para casa, li as provas da tradução de Jeremias em bengali, só findan­do em tempo para jantar. Depois do jantar, traduzi, ajuda­do pelo pundite chefe do colégio, a maior parte do capítulo oito de Mateus em sânscrito. Nisto fiquei ocupado até as seis. Depois das seis assentei-me com um pundite de Te­linga, para traduzir do sânscrito para a língua dele. Às sete comecei a meditar sobre a mensagem para um sermão e preguei em inglês, às sete e meia. Cerca de quarenta pes­soas assistiram ao culto, entre as quais, um juiz do Sudder Dewany'dawlut. Depois do culto, o juiz contribuiu com 500 rupias para a construção de um novo templo. Todos os que assistiram ao culto tinham saído às nove horas; sentei-me para traduzir o capítulo onze de Ezequiel para o bengali. Findei às onze, e agora estou escrevendo esta carta. De­pois, encerrei o dia com oração. Não há dia em que dispo­nha de mais tempo do que isto, mas o programa varia."

 

Com o avançar da idade, seus amigos insistiam em que diminuísse os seus esforços, mas a sua aversão à inatividade era tal, que continuava trabalhando mesmo quando a força física não dava para a necessária energia mental. Por fim, viu-se obrigado a ficar de cama, onde continuava a corrigir as provas das traduções.

 

Finalmente, em 9 de junho de 1834, com a idade de 73 anos, Guilherme Carey dormiu em Cristo.A humildade era uma das características mais destaca­das da sua vida. Conta-se que, no zênite da fama, ouviu certo oficial inglês perguntar cinicamente: - "O grande doutor Carey não era sapateiro?" Carey, ao ouvir casual­mente a pergunta, respondeu: "- Não, meu amigo, era apenas um remendão."

 

Quando Guilherme Carey chegou à Índia, os ingleses negaram-lhe permissão para desembarcar. Ao morrer, po­rém, o governo mandou içar as bandeiras a meia haste em honra de um herói que fizera mais para a Índia do que to­dos os generais britânicos.Calcula-se que traduziu a Bíblia para a terça parte dos habitantes do mundo. Assim escreveu um de seus sucesso­res, o missionário Wenger: "Não sei como Carey conseguiu fazer nem a quarta parte das suas traduções. Faz cerca de vinte anos (em 1855), que alguns missionários, ao apresen­tarem o Evangelho no Afeganistão (país da Ásia central), acharam que a única versão que esse povo entendia era o Pushtoo, feita em Sarampore por Carey."

 

O corpo de Guilherme Carey descansa, mas a sua obra continua a servir de bênção a uma grande parte do mundo.

 

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